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FACULDADE DO SUDESTE MINEIRO – FACSUM CURSO DE ENFERMAGEM Dor torácica: Avaliação e Conduta de Enfermagem Juiz de Fora 2018 Autores: Gabriela de Oliveira Cruz 01550006483 Gabriele Flôr de Almeida 01550006304 Laís de Matos Rabelo 01550006219 Nathália Cristine de Oliveira Cassiano 01550006698 Dor torácica: Avaliação e Condutas de Enfermagem Juiz de Fora 2018 Dor torácica: Avaliação e Condutas de Enfermagem Trabalho de Atividade Prática Supervisionada apresentado ao Curso de Enfermagem da Faculdade do Sudeste Mineiro de Juiz de Fora, como requisito parcial ao aprimoramento da aprendizagem, interdisciplinaridade e integração dos conteúdos das disciplinas do 1° semestre de 2018. Orientador: professora Anamaria de Paula Reis Professor da disciplina: Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem 3° período do Curso de Enfermagem Juiz de Fora 2018 AGRADECIMENTOS (A instituição de urgência e emergência do Pronto Socorro de São João, e a enfermeira Camila Rabelo e a sua equipe de enfermagem, etc) “ A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!” ( Florence Nightingale ) RESUMO Este trabalho de APS teve como objetivo, visitar a instituição de Urgência e Emergência do Pronto Socorro de São João, onde o grupo entrevistou a enfermeira da triagem e a sua equipe de Enfermagem, fizemos perguntas sobre dor torácica e a sua conduta e avaliação de enfermagem exercida pelos profissionais mediante á um atendimento de um paciente com dor torácica, prática estudada na disciplina Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem, ministrada pela Professora Anamaria de Paula Reis no 3° período do curso de enfermagem. Também verificamos que com este trabalho utilizamos os conhecimentos apreendidos em outras disciplinas, tais como Epidemiologia, Bases Diagnósticas, Métodos de Reprocessamento de Artigos Hospitalares. As visitas foram feitas no período de 06 de maio a 08 de maio de 2018, onde fizemos questionamentos a Enfermeira e sua equipe sobre os tipos de dores torácicas , e como identificamos os sinais e sintomas questionados pelos pacientes com dor torácica, diferenciando uma dor torácica relacionada a problemas cardiovascular e a dor torácica não relacionada a problemas cardiovascular . Com a visita conhecemos a importância de um bom atendimento de Enfermagem diante a situação do paciente para seu bem estar e sua recuperação . SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................... ...................01 2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................03 3 CONCLUSÃO ................................................................................................... 06 4 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................07 ANEXOS ................................................................................................................................................................. Anexo 1. Imagens do grupo no desenvolvimento da APS Anexo 2. Capas da APS Anexo 3. Ficha de composição da equipe Anexo 4. Ficha de registro de atividades Anexo 5. Declaração de visita INTRODUÇÃO É válido inicialmente destacar que a dor torácica é apontada como uma das principais queixas citadas pelos pacientes que procuram os atendimentos de emergência. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a estimativa é de quatro milhões de pessoas atendidas por dor torácica anualmente no Brasil. Desses atendimentos cerca de 5 a 15% dos pacientes que mencionam dor torácica são diagnosticados com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ou seja, em dados relativos, 400 mil por ano em nosso país. Considerando que essa dor é o sintoma clássico da Síndrome Coronariana Aguda (SCA), a atenção a ela precisa ser redobrada. Os enfermeiros que atuam em um serviço de emergência, na classificação de risco, precisam estar atentos em vigência da dor torácica, que pode ter em sua origem uma isquemia cardíaca e, diante de sua subjetividade, avaliar e classificar a dor torácica não se constitui em tarefa simples. Portanto, nesse caso, a identificação da gravidade na classificação deve ser rápida e o serviço especializado, visto que o tempo é determinante para o sucesso do atendimento. Nesse contexto, surgem como tecnologia do cuidado e instrumento para o embasamento da prática de enfermagem, os protocolos assistenciais que vêm ao encontro das necessidades dos enfermeiros para a tomada de decisão durante a classificação de risco. Com relação aos eventos coronarianos, a redução de casos como o Infarto Agudo do Miocárdio na Síndrome Coronariana Aguda ocorre mediante uso de diretrizes com evidência científica comprovada. O uso de protocolos clínicos é útil para aperfeiçoar a qualidade do atendimento. Atualmente no Brasil, especificamente ao se abordar a prática dos profissionais enfermeiros, deve-se considerar a escassez de estudos que tratam sobre a utilização de instrumentos auxiliares à conduta dos profissionais, os protocolos. O uso de protocolos na área da saúde proporciona uma evolução para o cuidado, à medida que vem com a finalidade de conferir embasamento científico ao profissional. A adoção desta tecnologia para a assistência em saúde promove melhora significativa do atendimento. O Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) surgiu com a finalidade de melhor coordenar a ordem do atendimento, excluindo a ordem de chegada e incluindo a classificação da gravidade ou fatores de risco associados que predisponham a um possível risco ameaçador à vida. Para a classificação de risco é necessário o trabalhode um profissional de enfermagem de nível superior munido de um instrumento que fundamente a condução do caso e avalie sua gravidade ou seu potencial de agravamento do caso. Os protocolos assistenciais sistematizam a ação do profissional, além de serem fundamentais para a efetiva classificação de risco e avaliação da vulnerabilidade do paciente. Em harmonia com a contextualização da problemática, sobre a avaliação de risco realizada por enfermeiros na avaliação da dor torácica, surgem questionamentos sobre a percepção dos enfermeiros de um Serviço de Emergência Hospitalar ao utilizar um protocolo específico para a avaliação da dor torácica durante a classificação de risco. Nessa perspectiva, cabe o entendimento de que, o enfermeiro, tem como competência do seu próprio exercício profissional e como sua missão oferecer ao paciente uma assistência de qualidade, evitando sofrimento, erros e até mesmo a morte, é necessário manter-se em constante atualização, cabendo a si o comprometimento em participar dos treinamentos, assim como planejá-los. O enfermeiro tem papel fundamental no atendimento deste paciente, esclarecendo suas dúvidas, avaliando suas necessidades, atendendo expectativas, além de manter participação ativa nos procedimentos hospitalares. Este profissional, por meio do atendimento inicial e de seus cuidados, torna-se essencial na construção da conduta adequada ao cuidado com o paciente. DESENVOLVIMENTO A visita no Pronto Socorro São João , na cidade São João Nepomuceno - MG , realizada entre os dias 6 e 8 de maio de 2018 , com a Enfermeira da triagem Camila Rabelo e sua equipe de enfermagem teve como objetivo explicar a importância a avaliação e condutas de dor torácica, no seu atendimento utiliza-se o protocolo de dor torácica que organiza o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência e emergência gerando atendimento resolutivo e humanizado onde este protocolo classifica o grau de risco do paciente : Emergência - Necessitam de atendimento imediato. ( vermelho ) . Muito Urgente - Necessitam de atendimento praticamente imediato. ( Laranja ). Urgente - Necessitam de atendimento rápido , mas podem aguardar . ( Amarelo ). Pouco Urgente - Podem aguardar atendimento ou serem encaminhados para outros serviços de saúde . ( Verde ). Não Urgente - Podem aguardar atendimento ou serem encaminhados para outros serviços de saúde . ( Azul ). As principais queixas apresentadas pelos pacientes que dão entrada nas unidades de dor torácica são descritas como: sensação de estrangulamento, dor profunda, aperto, constrição, peso, queimação, pressão e indigestão. Geralmente a dor localiza-se entre a mandíbula e a cicatriz umbilical irradiando para os ombros. Existem quatros tipos de classificação da dor torácica, sendo elas: Tipo A - Definitivamente anginosa: independente dos exames complementares, as características apresentadas pelo paciente dão certeza do diagnóstico de SCA. Tipo B - provavelmente anginosa: a SCA é a principal hipótese, mas necessita de exames complementares para a comprovação do diagnóstico. Tipo C - Provavelmente não anginosa: a SCA não é principal hipótese, mas necessita de exames complementares para a exclusão do diagnóstico. Tipo D - Definitivamente não anginosa: as características do paciente não caracterizam a SCA como hipótese diagnóstica. Existem diversas causas para dor torácica, vindas do sistema cardíaco, vascular, pulmonar, gastrointestinal, musculoesquelético, infeccioso e psicológico. Entretanto, mais de 50% dos pacientes são internados para investigação diagnóstica e apenas 10 a 15% dos pacientes que chegam às salas da emergência apresentam infarto agudo do miocárdio, e menos de 1% apresenta embolia pulmonar ou dissecção aórtica. O infarto agudo do miocárdio (IAM) acontece quando o tecido do miocárdio é destruído em alguma região do coração, com sua redução, o fluxo sanguíneo não é suficiente para a irrigação. A falta de irrigação sanguínea no músculo cardíaco pode evoluir para lesões irreversíveis na parte anterior, posterior, inferior ou lateral dependendo da extensão do comprometimento. O IAM pode ser classificado por duas maneiras: IAM com supra desnivelamento de segmento ST (IAMSST) e sem supra desnivelamento de segmento ST (IAMS sem ST) . A avaliação inicial para pacientes com queixa de dor torácica deve ser realizada em menos de dez minutos, contendo: anamnese breve e direcionada para caracterização da dor torácica, exame físico direcionado com aferição dos dados vitais, palpação de pulsos e identificação de sinais clínicos de gravidade, monitorização cardíaca contínua e oximetria de pulso, ECG de 12 derivações, acesso venoso periférico, exames laboratoriais e radiografia de tórax.. Uma vez realizada a avaliação inicial e confirmado o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o paciente deve receber a terapia medicamentosa, conhecida como MONAB (morfina, oxigênio, anti-plaquetários, nitrato, anticoagulantes e betabloqueadores). Vamos ver um pouquinho sobre cada uma delas? •Morfina: Analgésico de escolha para dor torácica de origem isquêmica, que reduz a pré e a pós-carga do ventrículo esquerdo, diminui a resistência vascular sistêmica e tem efeito analgésico no sistema nervoso central (SNC). •Oxigênio: Deve ser administrado em pacientes com saturação de O2 menor que 90% ou com presença de sinais de hipoxemia, sendo feita a monitorização da saturação com oximetria de pulso. •Nitrato: Reduzem a dor torácica, mas não substituem os analgésicos, são responsáveis pela dilatação das coronárias, do leito vascular periférico e dos vasos de capacitância venosa. •Antiplaquetário: Inibem a re-oclusão coronária, a agregação plaquetária e a recorrência de eventos, tendo como exemplo: aspirina e clopidrogel. •Anticoagulantes: Mantém a latência da artéria coronária culpada pelo infarto, previne a formação de trombose venosa profunda, trombos no ventrículo e surgimento de embolia pulmonar e cerebral. •Betabloqueadores: Bloqueiam o estímulo simpático sobre a frequência cardíaca e a contratilidade miocárdica, diminuindo o volume de O2, reduzem a incidência de re-infarto em pacientes que recebem terapia fibrinolítica, reduzem a incidência de complicações em pacientes que não recebem terapia fibrinolítica, reduzem a extensão da lesão, a pós-carga ventricular, a isquemia pós-infarto e a incidência de taquiarritmias ventriculares. Estima-se que muitos pacientes com dor torácica e IAM são liberados erroneamente para casa sem ter o diagnóstico feito na sala de emergência. A mortalidade destes pacientes liberados inapropriadamente tem maior proporção do que aqueles inicialmente hospitalizados. Bibliografia ARAÚJO, R. D. de; MARQUES, I. R. Compreendendo o significado da dor torácica isquêmica de pacientes admitidos na sala de emergência. RevistaBrasileira de Enfermagem, v. 60, n. 6, nov.- dez. São Paulo – SP, 2007.. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000600011> Acesso em: 22 abr. 2013. BASSAN, R. et al. Dor Torácica na Sala de Emergência. A Importância de uma Abordagem Sistematizada. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v. 74, n. 1, p. 13-21. Rio de Janeiro – RJ, 2000. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/abc/2000/7401/74010003.pdf> Acesso em: 22 abr. 2013. BASSAN, R. Unidades de Dor Torácica. Uma Forma Moderna de Manejo de Pacientes com Dor Torácica na Sala de Emergência. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v. 79, n. 2, p. 196-202. Rio de Janeiro - RJ, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v79n2/11080.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2013. GANEM, F. (org). Protocolo Institucional – Hospital Sírio-Libanês. Síndrome Coronária Aguda: Infarto Agudo do Miocárdio com Supra desnivelamento de ST. São Paulo – SP, 2012. Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-senhoras/Documents/protocolos-institucio nais/protocolo-SCA-com-supra.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2013. ORTIZ, M.; BITTENCOURT, M. G. Hospital de Clínicas (HC). Universidade Federal do Paraná (UFPR). Departamento de Clínica médica. Disciplina de cardiologia. UTI Cardiológica Protocolo de Dor Torácica. Curitiba, 2010. Disponível em: <http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1332108029Prot_Dor_Toracica.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2013. VIEIRA, W. F. S.; RAFAEL, D. Hospital de Clínicas (HC). Universidade Federal do Paraná (UFPR). Departamento de Clínica médica. Disciplina de Cardiologia. Unidade Coronariana. Protocolo de Manejo Hospitalar do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível de segmento ST. Curitiba, 2011. Disponível em: <http://www.hc.ufpr.br/sites/default/files/protocolo_IAMCSST_2011.pdf>. 22 abr. 2013. Anexos 1.
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