NP2 PSICOLOGIA JURIDICA

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NP2 PSICOLOGIA JURIDICA
ADOÇÃO:
Antes, acredita-se que crianças e adolescentes vindo de famílias pobres e com dificuldades, eram institucionalizados.
Foi nomeado como uma instituição na infância.
No brasil, milhares de crianças e adolescentes não tiveram a oportunidade de viver uma experiência familiar.
O período de institucionalização era muito grande (Durante toda infância).
Anos 80 foram os enfrentamentos dessas situações.
Anos 90, com aprovação do ECA, toda criança deve ter a oportunidade de um convivel familiar.
A institucionalização deve ser a última medida a ser tomada em relação a proteção da infância e adolescência.
Para que uma mudança efetiva ocorra, é necessário romper com vários estereótipos e modelos estabelecidos pela nossa sociedade.
Não é possível mudar a lógica da institucionalização sem mudar a visão histórica construída com relação as famílias e suas potencialidades.
Infância e adolescência são construções histórico-social, sofrem modificações ao longo do tempo.
Nem sempre existiu a concepção e o sentimento de infância e adolescência como hoje.
Uma construção histórico-social.
Modo de lidar com as famílias e filhos nem sempre foram os mesmos.
A inquietação sobre a infância e Adolescência são entendidas como resultados da problematização da construção da família.
Implica interesse pelo desenvolvimento das crianças e preocupação com as relações familiares. - Incluindo as esferas conjugais e parentais.
Lei nacional de adoção (2009) - o olhar e a importância da família para as crianças, pois, são sujeitos ativos a serem compreendidos e respeitados seus direitos.
NEDER – Apontava para o olhar preconceituoso que existe no Brasil em relação as famílias pobres.
Visão esta que acham as famílias pobres incapazes de criar seus filhos adequadamente.
Antes, assim, quando as crianças ingressavam na instituição, era demarcado o cumprimento do vínculo familiar, por acreditar ter falhas que poderiam ser prejudiciais ao desenvolvimento da criança. (famílias pobres).
Diferentes áreas do conhecimento - Há uma grande importância da vivência familiar para a criança e para sua constituição psíquica.
Há vários preconceitos a serem revistos, profissionais que não veem perspectivas, a sociedade que não conseguem implementar as medidas de apoio e proteção.
São meros obstáculos a serem enfrentados.
É um processo lento que requer muito esforço e superação.
Um dos aspectos que precisa de transformação, é a forma como a instituição compreende essa família e como fala dela para a criança.
Outros aspectos é a essência de uma rede de apoio que permite os pais saírem para o trabalho com tranquilidade.
A falta de alguém para tomar conta dos filhos tem sido um problema.
Mudar isto implica construir outras práticas protetivas e de apoio a estas famílias.
Será necessário também implementar projetos interessantes para a criança e os adolescentes.
Permitir o cuidado e o investimento enquanto os pais trabalham.
Mudança de forma a lidar com o problema.
A lei nacional de adoção visa legitimar e fortalecer estas mudanças.
Tudo isso é para garantir a integridade das crianças e adolescentes.
Tal realidade será verdadeiramente efetivada e transformada quando pudemos ampliar o nosso olhar sobres os diferentes universos familiares.
Deixar de fazer julgamentos as grandes diferenças.
PAPEL DA PSICOLOGIA:
Psicólogo vai trabalhar na preparação para a adoção - Orientação sexual dos adotados - tempo de espera (insegurança x expectativa) - investigação da personalidade e maturidade do adolescente - estratégia de grupo de discussão, vivências - reflexão sobre emoções, disposição - capacidade do exercício dos papeis parentais - discussão de ideias e sentimentos sobre o processo de adoção - esclarecer dúvidas - dissipar temores – conscientizar – dar suporte – realizar estudos psicossociais (visita domiciliar, entrevista, avaliação) - escolha de nome.
Adoção não é um único momento, é um processo.
Para adotar, responde a um questionário (nome, idade, estado civil, escolaridade, renda, endereço), define um perfil (menino, menina, branco, negro, limite de idade para a criança a ser adotada). Isso para cruzar os dados das crianças e dos candidatos. 
Após isso, entramos em contato com os candidatos para entrevista-los e investigar a motivação da adoção.
Temos que identificar as fantasias do processo de adoção: será como eu, será como os pais biológicos, se tem familiares dependentes que não quer. Formamos grupos para compartilhamento de experiências, tornando algo distante, próximo. Falamos também sobre processos de desenvolvimento e ciclo vital das crianças (como acontece, quais cuidados, quais dificuldades) para desmistificar coisas que os pais acreditam que só acontece com crianças adotadas.
Processo de aproximação: os candidatos vão até o abrigo e, por um dia, substituem o cuidador, depois passam a semanas, passeios e, após a construção de um vínculo de confiança (aproximadamente 1 mês), pode levar a criança para dormir uma noite em casa.
Quanto mais velha a criança, mais amplo nosso trabalho deve ser.
Após a criança ir para a casa, fazemos visita domiciliar para verificar o dia a dia, as expectativas.
Nosso trabalho deve ser global, sistêmico para investigar a estrutura do casal, da família e tudo que interfere no processo de adoção.
Troca de certidão de nascimento da criança: colocar o nome dos pais adotivos no lugar dos biológicos; até dois anos pode-se trocar o primeiro nome e colocar o sobrenome dos pais adotivos.
Nossa sociedade nega a diferença, portanto a adoção de crianças com algum tipo de comprometimento é a última opção.
No Brasil, acontece a adoção brasileira aos montes: pego o filho de outra pessoa e registro no meu nome. Isso por que as pessoas imaginam que o processo é muito longo. - É ilegal, um crime.
A adoção só acontece se houver destituição do poder familiar. É obrigação dos pais contarem para a criança que ela é adotada (nosso trabalho também é orientar a respeito disso, adequando à linguagem da criança).
Depois da adoção, não se pode devolver a criança, é irrevogável.
Depois de formalizado não se pode devolve-la.
Adoção Unilateral - consiste na adoção, geralmente, pelo padrasto ou madrasta, do filho do cônjuge ou companheiro.
Adoção Bilateral - rompem-se os vínculos familiares tanto do pai quanto da mãe (com exceção dos impedimentos matrimoniais), constituindo-se nova família, conhecida como família substituta.
O TRABALHO DO PSICÓLOGO NAS VARAS ESPECIAIS COM OS ADOLESCENTES EM CONFLITOS COM A LEI E AS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVA.
Adolescentes – conflito com a lei.
Adultos – pena.
O Psicólogo vai acompanhar o adolescente na execução de medidas.
Preservação de direito/saúde.
Preparo para a reintegração.
O adolescente é uma pessoa na fase peculiar do desenvolvimento.
Então como falamos da maioridade penal sem levar em consideração os aspectos pessoais do sujeito? (Vida, trabalho, educação).
Devo verificar que demanda estão me trazendo e, como eu trabalho essa demanda.
Adolescentes em conflito com a lei - garantir os seus direitos (medidas socioeducativas).
Trafico – considerado uma atividade profissional – sustento de quem depende dela.
A maioria dos adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas são, por roubo, tráfico, etc.
A desigualdade está extremamente ligada aos fatores de riscos.
Fatores como, sentimento de inferioridade, baixa escolaridade e alfabetização, dificuldades em habilidades sociais e resolução de problemas.
Fatores que contribuem para a violência:
Punição extrema;
Estressores relacionado a pobreza;
Violência em bairros públicos;
Fracasso no emprego;
Moradia pequena para o grupo familiar (não a privacidade);
Problema na infância;
Uso de substâncias (Álcool, Crack, cocaína, etc);
Transtorno desafiador de oposição;
Violência Mediática (Exposição excessiva a jogos, filmes violentos).
Transtorno desafiador de conduta - padrão persistente de comportamentos negativos hostil e desafiador (discutir com adulto, não obedeceràs regras, etc).
O Envolvimento em infrações está ligada a:
Vínculo pouco afetivo;
Ausência de função materna e paterna, etc.
DROGAS – aumenta a agressividade, perturbação, episódio de mania.
Percepção das pessoas sobre a droga: pergunta-la se isto é bom ou não para ela, o que contribui para sua vida, em vez de sair classificando-a.
Fatores de Proteção:
Ambiente familiar afetivo;
Escolaridade;
Emprego/oportunidade.
1% dos homicídios que ocorrem no brasil são acometidos pelos adolescentes.
Somos o 3° país com a maior taxa de mortalidade de adolescente no mundo.
FORMAS DE PRONUNCIAR O SETENCIADO/INFRATOR:
Adulto: 
Crime
Delinquente/criminoso
Pena
Adolescente:
Ato infracional
Infrator
Medidas socioeducativas
Medidas socioeducativas tem finalidade pedagógica e não de ''pena''.
AVALIAÇÃO:
Identificar aspectos para intervenção;
Ajudá-lo a se reconhecer;
Como que está sua autoestima;
Quais seus padrões comportamentais;
Aprimoramento de aprendizagem;
Ressignificação.
ECA – MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS/PROTETIVA:
Medida protetiva - Crianças.
Medida Socioeducativa - Adolescentes.
Liberdade assistida: medida mais adequada a fim de acompanhar, auxiliar e orientar o sujeito no seu cotidiano.
O adolescente pode trabalhar, estudar e fazer outras coisas, más deve ir de tempo em tempo aos técnicos do Direito onde eles questionaram suas atividades e rotinas.
Caso o adolescente ganhe a liberdade assistida, ao voltar a seu convivel, no caso de haver danos e riscos que compromete sua integridade, o juiz pode determinar uma medida Socioeducativa e uma Medida Protetiva para o adolescente.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO SISTEMA PENAL/ PRISIONAL:
Fatores sociais implicam nas ocorrências de crimes delinquentes.
Não podemos olhar para o delinquente de uma forma individual, más deve-se olhar o seu contexto ao todo.
Percurso Histórico da psicologia no sistema - Saúde/doença mental – higienismo e classificação (1970/1980).
Laudo - Exame Criminológico.
Criminologia clínica.
Tradicional – Foco no infrator, relação de causa e efeito.
Moderna - Concepção Multifatorial.
Crítica - questionamento anterior à causalidade.
Criminologia Moderna:
Social e crítica - ''A sociedade têm os criminosos que merecem''.
Qual objetivo da prisão?
Reeducação e reintegração?
Más na verdade busca-se mais punir do que reintegrar.
OBS: A prisão deve proporcionar uma reeducação e reintegração dos sujeitos e não a vingança e a punição.
Demanda:
Quando a pessoa pede por alguma questão subjetiva.
Para avaliação.
Quando pede atendimento.
Pedido de ajuda, etc.
As demandas são sempre contextualizadas, busca de respostas, desejo de reestabelecer as esperanças.
A TÉCNICA E INTERVENÇÕES DA CONCILIAÇÃO E DA MEDIAÇÃO COMO NOVO MODO DE ESPALDAR CASAIS EM LETÍGIOS E A GUARDA COMPARTILHADA:
A técnica de Mediação pode ser usada quando há conflitos.
 No Brasil há uma lei sobre a mediação, Lei 13.140/2015 (Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia).
CEJUSCs - é uma unidade do Poder Judiciário especializada em atendimento ao público para a solução consensual de conflitos e orientação.
 Aqui a Mediação serve para solução de conflitos como, guarda de filhos, divorcio, quando contratar algo e não receber, etc.
Constelação familiar - é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica não empirista, ou subjetiva, desenvolvido pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.
Abordagem sistêmica para questões relacionadas a conflitos no divórcio por exemplo.
Os Juízes acostumam fazer uma formação nessa área, pois usam muito esse tipo de abordagem. Alguns psicólogos também a usa, más não é uma prática própria da psicologia e nem aprovada pelo Conselho, pelo fato de não ser cientifico. 
A Mediação traz uma segurança Jurídica.
Método de Conciliação de Conflito:
Conciliação - É um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo. O conciliador é uma pessoa da sociedade que atua, de forma voluntária e após treinamento específico, como facilitador do acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao entendimento mútuo, à aproximação de interesses e à harmonização das relações. Utilizado para conflitos que as pessoas não têm intimidade com o outro.
Mediação - por sua vez, através da figura do mediador - figura neutra e imparcial - apenas auxilia as partes a solucionar entre si o conflito, sem sugerir ou impor uma solução ou mesmo interferir nos termos do acordo.
O paradigma de quem ganha e de quem perde, não deve existir na mediação/conciliação.
Não é objetivo da mediação trazer questões do passado, e também é um processo voluntário.
Pré-mediação - É quando eu vou receber a pessoa, direi o meu papel como mediador, explicar o procedimento, ouvir e acolher, depois as pessoas se apresentam e traz seus relatos.
Mediação - Facilitar a comunicação entre as pessoas. Parafrasear as questões postas, permitindo reflexão sobre o que pensam, orientar perguntas para o futuro, perguntas do passado, tudo isso deve ser focado somente no conflito.
Depois, Termo de acordo ou impasse por final.
Mediação na família - Ajudar os pais da criança a resolver questões relacionadas a conjulgalidade.
Objetivo de construção de uma nova realidade pelas partes.
Portanto, a Mediação deve facilitar comunicações, provocar as pessoas a sair de suas posições em busca de seus interesses e necessidades.
A Situação de mediação pode ficar inviável em casos de:
Violência Doméstica (quando a agressividade foi intensa e uma das partes deseja não ver o agressor).
Excessiva Rigidez de valores e princípios.
Estados pessoais que dificultam a comunicação e compreensão.
Estados emocionais e característicos da personalidade.
Diferença grande de poder.
Obs: A Mediação é sair da ponta do alciberg e encontrar seus valores, interesses e necessidades
MEDIAÇÃO X PSICOTERAPIA
Processo breve. - Processo de duração variável
Considera a emoção como um todo. - Trabalha os conteúdos emocionais
Foco no conflito. - Foco na investigação do vínculo
Trabalha presente e futuro. - Trabalha passado, presente e futuro
Visa mudança na relação e tomada de decisões. - Visa a transformação do Vínculo
Ass. Anderson Gouveia - Curso psicologia/UNIP - Sorocaba/SP 7° Semestre.