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Caderno de Exercícios. Universidade Federal Fluminense. Microeconomia II. CAPÍTULO 9. Comprando e Vendendo 1 Faculdade de Economia, Universidade Federal Fluminense Microeconomia III – 1° semestre de 2015 Lista 1 - Capítulo 9: Comprando e Vendendo 1. Suponha um consumidor que tenha uma cesta inicial de 4 unidades do bem 1 e 4 unidades do bem 2. O preço dos dois bens no primeiro período é 1 e sua função utilidade é ( )33/123/2121 ),( xxxxu = . a) Determine a demanda líquida pelos dois bens. b) Suponha que o preço do bem 1 seja reduzido para 0,5. Qual deverá ser a cesta final consumida? c) Determine a alteração da quantidade decorrente do efeito substituição, do efeito renda ordinário, e do efeito renda dotação. d) Construa a curva de oferta para o bem 1 no exercício acima, arbitrando preços 0,5, 1, 2, 5, 10. 2. Relacione demanda líquida com oferta líquida. 3. Prove, pela utilização de preferência revelada, que, quando o consumidor é demandante líquido de um bem, reduções de seu preço implicam melhoria de sua situação. 4. Uma mudança na dotação tem o mesmo efeito que uma mudança nos preços dos bens que compõem a dotação. Verdadeiro ou falso. Justifique sua resposta. 5. Se as demandas líquidas de um consumidor são (5, -3) e a sua dotação é (4, 4), quais as suas demandas brutas. 6. A função utilidade de um trabalhador u(X,L), depende do consumo de um bem X e lazer L. Lazer é definido como a quantidade de horas disponíveis para o trabalho que o indivíduo não vende no mercado. Se um aumento da taxa de salário resulta em uma diminuição na quantidade de trabalho que ele está disposto a vender no mercado, então: a) Lazer é um bem de Giffen. b) Lazer é um bem inferior. c) O efeito substituição entre o bem X e o lazer L é maior que o efeito renda. d) Se todos os trabalhadores nesta economia têm o mesmo comportamento, segue-se que a curva de oferta de trabalho é negativamente inclinada. 7. Calcule os efeitos renda, substituição e renda-dotação que registra um consumidor se os preços das motos (p1 = 300) aumentam a (p1 = 350). O consumidor, tem uma cesta inicial de 3 carros e 0 motos, e ele é demandante líquido de motos segundo a função de demanda: x1 = 3 + 15p 2m Sua renda monetária mensal é de 1000 reais e os preços dos carros, que não se alteram (p2 = 1500 reais). 8. Os preços são (p1,p2) = (2,3), e o consumidor consome atualmente (x1,x2)=(4,4). Há um mercado perfeito para os dois bens no qual eles podem ser comprados e vendidos sem custo. O consumidor preferirá necessariamente consumir a cesta (y1,y2)=(3,5)? Preferirá ele necessariamente ter a cesta (y1,y2)=(3,5)? 9. Os preços são (p1,p2)=(2,3), e o consumidor consome atualmente (x1,x2)=(4,4). Os preços mudam agora para (q1,q2)=(2,4). O consumidor poderia melhorar com esses novos preços? 10. Com cesta inicial de produtos, o aumento de preços de um produto que compõe a cesta poderia levar a uma redução da demanda por este produto incluso no caso de ele ser um bem normal. Verdadeiro ou Falso. Justifique sua resposta. 11. Suponha que o consumidor é comprador líquido de um bem e o preço de este bem aumenta. Se ele decidir continuar a ser comprador líquido desse bem, sua situação Caderno de Exercícios. Universidade Federal Fluminense. Microeconomia II. CAPÍTULO 9. Comprando e Vendendo 2 melhorará ou piorará. E se ele decidir ser vendedor líquido? Justifique mediante gráficos a sua resposta. 12. Os Estados Unidos importam atualmente cerca da metade do petróleo que consomem. O resto de suas necessidades é suprido pela produção doméstica. Poderia o preço do petróleo aumentar tanto a ponto de fazer com que os Estados Unidos melhorassem de situação? 13. Suponhamos que, por um milagre, o número de horas do dia aumentasse de 24 para 30 (com um pouco de sorte, isso aconteceria pouco antes da semana de provas). Como isso afetaria a restrição orçamentária? 14. Se o lazer for um bem inferior, o que se pode dizer a respeito da inclinação da curva de oferta de trabalho? 15. Lady Wellesleigh fabrica bolsas de seda a partir de orelhas de porcas. Ela é a única pessoa no mundo que sabe como fazê-lo. Ela precisa de uma orelha de porca e de uma hora do seu trabalho para fabricar uma bolsa de seda. Ao preço de US$ 1 ela consegue comprar tantas orelhas quanto queira. Lady Wellesleigh não tem qualquer outra fonte de renda além do seu trabalho. Sua função de utilidade é dada por uma função Cobb-Douglas U(c, r) = c1/3r2/3, onde c é a soma diária de dinheiro que ela tem que gastar com bens de consumo e r sua quantidade de horas de lazer. Lady Wellesleigh tem 24 horas por dia para se dedicar seja ao lazer, seja ao trabalho. (a) Lady Wellesleigh pode tanto fabricar suas bolsas de seda ou ganhar US$ 5 por hora como costureira num ateliê de costura. Se ela trabalhasse neste ateliê, quantas horas ela iria trabalhar? Dica: Para encontrar a quantidade perguntada, escreva a equação de restrição orçamentária de Lady Wellesleigh e procure se lembrar como se acha a função de demanda para alguém com uma função Cobb-Douglas de utilidade). (b) Se ela ganhasse, como costureira, um salário de US$ w por hora, quantas horas ela iria trabalhar? (c) Se o preço das bolsas de seda for US$ p, quanto ganhará Lady Wellesleigh por bolsa, uma vez deduzido o que ela paga pelas orelhas de porca que utiliza? (d) Se ela puder ganhar US$ 5 por hora como costureira, qual será o preço mais baixo ao qual ela ainda produzirá bolsas de seda? (e) Qual é a função de oferta para as bolsas de seda? (Dica: O preço das bolsas de seda determina o "salário por hora" que Lady Wellesleigh pode obter fazendo suas bolsas. É este que determinará o número de horas que ela escolherá trabalhar e daí a oferta de bolsas de seda) 16. Suponha que existam somente dois bens: x e y, que as preferências de um consumidor sejam racionais, contínuas localmente não saciáveis e estritamente convexas e que o bem x é um bem normal. Se o consumidor for um vendedor líquido do bem x, mostre que se houver uma elevação no preço do bem x então o consumidor continuará sendo um vendedor líquido, mas se houver uma queda no preço do bem x então ele poderá passar a ser um vendedor líquido. 17. Sejam R (lazer) = L* - L; R* = L*, o máximo de horas de lazer (ou de trabalho); L= Horas de trabalho; C= consumo; P= Preço do consumo; W= Salário; M= Renda não resultante do trabalho. Considere P= 1; W= 2; M = 12; R*= 24 e a função de utilidade U(C,R)= CR2. Calcule o número de horas que o indivíduo vai decidir trabalhar. 18. Suponha que existam somente dois bens: x e y, que as preferências de um consumidor sejam racionais, contínuas localmente não saciáveis e estritamente convexas e que o bem x é um bem normal. Se o consumidor for um comprador líquido do bem x então mostre que se houver uma queda no preço do bem x, então o consumidor continuará sendo um comprador líquido, mas se houver uma elevação no preço do bem x então ele poderá passar a ser um vendedor líquido. 19. Suponha que o indivíduo possui a seguinte função demanda pelo bem 1. 1= 0,6m/p1. Sabendo, ainda, que p1 = 3; w1 = 4; p2 = 3 e w2 = 5; Responda: a) Qual é a demanda bruta inicial pelo bem 1? b) Qual a demanda líquida inicial do bem 1? O consumidor é ofertante ou demandante líquido do bem 1? Logo o consumidor é comprador/demandante líquido. c) Suponha agora que o preço do bem 1 passe a ser p1= 6. Qual é o novo valor de dotação do indivíduo? d) Qual a nova demanda pelo bem 1? e) Qual é o montante de dinheiro necessário, aos novos preços, para comprar a cesta ótima inicial? f) Calcule o efeito substituição,efeito renda ordinário, e o efeito renda dotação. Caderno de Exercícios. Universidade Federal Fluminense. Microeconomia II. CAPÍTULO 9. Comprando e Vendendo 3 20. Parece ser evidente o fato de que se a remuneração da poupança aumenta (por exemplo, o governo eleva a taxa de juros) as pessoas tendem a poupar mais do que poupavam anteriormente. Porém, uma afirmativa como essa só pode partir de pessoas que nunca estudaram microeconomia. Interprete a situação da seguinte maneira: as pessoas poupam hoje para consumir no futuro. Logo, existem dois “bens”, o consumo presente (c1) e o consumo futuro (c2). A renda presente de um indivíduo (m) pode ser considerada como sua dotação inicial do bem “consumo presente”. Dessa forma, um aumento da taxa de juros torna o consumo presente relativamente mais caro em relação ao consumo futuro, se compararmos com a situação original. Por outro lado, o aumento na taxa de juros aumenta o poder de compra do indivíduo. Usando a equação de Slutsky revisitada, verifique que se o consumo presente for um bem normal, é possível que um aumento na taxa de juros venha a diminuir a poupança (ou seja, aumentar o consumo presente). 21. Mostre graficamente e explique por que quando no preço do bem 1 cai, quando o indivíduo é um vendedor liquido desse bem e continua como vendedor, o bem- estar desse indivíduo diminui. (Utilize argumentos da preferência revelada). 22.Uma mudança na dotação de um agente econômico tem o mesmo efeito que uma mudança nos preços dos bens que compõe a dotação do mesmo? Justifique a sua resposta. 23. As preferências de Verônica sobre os bens x e y podem ser representadaspela função de utilidade Cobb Douglas u(x, y) = xy a) Suponha que sua renda é de R$10, 00 e que os preços dos bens e que os preços dos bens são iguais a R$1, 00. Qual será a cesta ótima? b) Suponha que o preço do bem x caia para R$0, 50. Qual será a cesta ótima? c) Que acréscimo de renda deve ser dado à Verônica para recompor seu poder de compra aos novos preços? Com essa nova renda qual será a cesta ótima? d) Com base nas respostas anteriores diga qual será o efeito substituição e o efeito renda. Ilustre com um diagrama. 24. - Suponha, como antes, que os preços dos bens são iguais a R$ 1,00 mas que, ao invés de possuir uma renda de R$10, 00, Verônica possui uma dotação inicial de (x, y) = (2, 5; 7, 5). a) qual será a cesta ótima? b) Suponha que o preço do bem x caia para R$0, 50. Qual será a cesta ótima? c) Podemos observar que o efeito substituição e o efeito renda serão os mesmos que no exercício anterior. Qual será o efeito renda-dotação? Ilustre com o diagrama. 25. (Fonte: SHIKIDA, C Apostila de exercícios - Teoria dos Preços, 2007) Sejam R = horas de lazer = L* - L; R* = L* = máximo de horas de lazer (ou de trabalho); L= Horas de trabalho; C= consumo; P= Preço do consumo; W= Salário; M= Renda não resultante do trabalho a) Considere P=1; W=2; M=0; R*=24 e a função de utilidade U (C,R)= CR. Calcule o número de horas que o indivíduo decidirá trabalhar. b) Considere P=1; W=1; M=0; R*=16 e a função de utilidade U (C,R)= CR – R² - 2C². Calcule o número de horas que o indivíduo decidirá trabalhar.
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