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Unidade 1 Avaliação Neurológica do Adulto

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Unidade I 
Avaliação Neurológica simplificada
Profª Ingrid de Souza Costa
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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1.1. Anamnese:
Identificação do paciente: 
Diagnóstico Clínico:
QP:
HDA:
HPP:
HFam.:
HFis.:
Exames Complementares:
Medicamentos:
Déficits funcionais:
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1.2. Sinais Vitais
FC
FR
PA
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1.3. Inspeção- Palpação
Observa-se o estado da pele, unhas, situação das articulações, trofismo muscular, deformidades osteomioarticulares, deformidades torácicas, presença de edema, padrões estereotipados, etc. 
A Palpação complementa a inspeção examinando a massa muscular, presença de depressões, elasticidade musculocultânea, dor, etc.
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1.3.1.Transtornos Tróficos
Atrofias – Diminuição do volume do músculo e das fibras contráteis desse músculo. As atrofias podem ser neuropáticas, miopáticas (doenças do próprio músculo) ou por causas não definidas 
Hipertrofias – Aumento do volume do músculo.
Pseudohipertrofia – Ocorre por acúmulo de gordura e tecido conjuntivo. Exemplo: distrofia muscular progressiva.
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1.4. Exame Neurológico:
1.4.1- Avaliação do Estado Geral 
1.4.2- Exame Neuropsicológico
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`1.4.1. Avaliação do Estado Geral
Primeiras Impressões na Sala de Espera – observa a coordenação, timbre da voz, e o som dos passos (a maneira como o paciente deambula).
Primeiras Impressões na Entrada do Paciente – observa a locomoção, como o paciente chega ao fisioterapeuta; o tipo de marcha; a coordenação desenvolvida entre membro superior e inferior; aspecto quanto à pele, cabelo e fisionomia.
Atitudes do Paciente – posturas adotadas pelo paciente em pé, deitado ou deambulando.
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1.4.2. Exame Neuropsicológico
Testes padronizados podem ser utilizados para avaliação do estado mental geral do paciente. 
Bateria de rastreio cognitivo, teste do relógio, MEEM, ...
O Mini exame do Estado mental (MEEM), de Folstein et. al (1975) é um dos exames de rastreamento para quadros demenciais mais utilizados na prática clínica por ser de fácil aplicabilidade e interpretação.
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Exame Neuropsicológico
Mini-mental
Orientação
Registro de dados
Atenção e cálculo
Memória
Linguagem
Nomeação
Repetição
Compreensão
Leitura
Escrita
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Exame Neuropsicológico
Pontos de corte para o MEEM em função da Escolaridade
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2. Exame Físico 
2.1.Força muscular
2.2.Tônus muscular
2.3.Reflexos
2.4.Sensibilidade
2.5. Coordenação Motora
2.6. Equilíbrio
2.7.Marcha
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	Força Muscular : capacidade que um músculo apresenta de vencer uma determinada resistência. É testada através da escala de Oxford que varia entre o grau zero e cinco.
2.1 Avaliação da Força Muscular
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 Força Muscular
Monoparesia / monoplegia
Paraparesia / paraplegia
Hemiparesia / hemiplegia
Tetraparesia / tetraplegia
Diparesia / diplegia
A paresia é a diminuição da força muscular, 
Parestesia é a sensação de formigamento 
Paralisia ou plegia é a ausência ou a abolição da força muscular.
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2.2 Tônus muscular
Definição: Tônus é o estado de relativa tensão em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso. 
As alterações do tônus podem ser de aumento (hipertonia), diminuição (hipotonia) ou ausência completa (atonia). 
Tônus muscular clinicamente é a resistência encontrada quando uma articulação é movida passivamente. Ou ainda, a resistência de um músculo ao alongamento passivo ou estiramento.
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Anormalidade do Tônus Muscular:
Hipotonia – é a diminuição do tônus muscular, e acontece nas lesões do arco reflexo, seja nas lesões aferentes ou eferentes, bem como nas lesões do cerebelo, ex: de causas musculares (miopatias). Pode ocorrer por lesão do SNP, atacando as vias sensitivas (polineurite)
Hipertonia Piramidal - ocorre lesão do neurônio motor superior, apresenta o sinal da navalha, que é uma resistência que se apresenta no inicio do movimento, e depois desaparece permitindo o movimento. Ex: hemiplegias, paraplegias espásticas e monoplegias espásticas.
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O sistema piramidal é uma grande coleção de axônios que viajam entre o córtex cerebral do cérebro e a medula espinhal. É composto principalmente de axônios motores, constituindo o componente voluntário da motricidade. As vias piramidais consistem em um único trato, originado no encéfalo, que se divide em dois tratos separados na medula espinhal: o trato corticoespinhal lateral e o trato corticoespinhal anterior. 
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Hipertonia Extra piramidal – hipertonia plástica, também chamada de rigidez e se instala de maneira igual tanto nos músculos agonistas como nos antagonistas e se caracteriza pelo sinal da roda denteada onde se faz o movimento passivo e oferece uma resistência, que é vencida por etapas, sendo comum no parkisoniano.
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O sistema extrapiramidal é uma rede neural localizada no cérebro humano que faz parte do sistema motor envolvido na coordenação dos movimentos. O sistema é chamado de "extrapiramidal" para diferenciá-lo dos tratos do córtex motor que atingem seus destinos passando através das "pirâmides" da medula. 
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Espasticidade
Hipertonia muscular
dependente da velocidade
 
Quando o músculo espástico é estirado lentamente, a resistência a esse estiramento vai ser menor do que quando esse mesmo músculo é estirado rapidamente
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Características da Espasticidade
Ocorre por lesão dos tratos corticoespinhais.
Leva a exacerbação do reflexo de estiramento;
Aumento da contração da musculatura antigravitária (flexores dos membros superiores e os extensores dos membros inferiores);
Resistência aumentada à movimentação passiva da articulação;
Relaciona-se a hiperreflexia, clônus e Babinsk.
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Clônus
O clônus é caracterizado por uma alternância cíclica espasmódica de contração e relaxamento muscular em resposta ao alongamento mantido de um músculo espasmódico. 
É comum nos flexores plantares, mas pode ocorrer em outras áreas do corpo como a mandíbula ou o punho.
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Escala de Ashworth para espasticidade
 
Grau 1: Sem aumento de tônus muscular;
  Grau 2: Leve aumento no tônus muscular; ADM completa
Grau 3: Moderado aumento do tônus muscular; ADM completa
Grau 4: Aumento acentuado do tônus muscular; ADM 	 	 moderadamente reduzida  
Grau 5: Rigidez em flexão e na extensão. ADM reduzida
  
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Escala de Ashworth Modificada
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Escala de Ashworth Modificada (continuação)
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	Definição: O reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. O arco-reflexo, a base anátomo-funcional dos reflexos, é constituído por uma via aferente, um centro reflexógeno, uma via eferente e um órgão efetuador, geralmente um músculo.
2.3 Reflexos
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Classificação 
Reflexos superficiais (cutâneos)
Profundos (tendinosos)
Testados bilateralmente
	Déficits unilaterais (lesão de nervo periférico)
	Déficits bilaterais (disfunção do SNC)
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Reflexos Cutâneos Anormais
O reflexo cutâneo-plantar (raízes L5 e S1) é pesquisado através da excitação da região plantar (podemos utilizar um objeto como uma chave, uma caneta ou um martelo de exames) no sentido póstero-anterior, desde o calcanhar até a concavidade, fazendo uma curva no sentido medial.
Sinal de Babinsk positivo: indica lesão piramidal.
Reflexo cutâneo plantar
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 Reflexos Profundos
Reflexos tendinosos profundos são formados por um componente aferente (sensorial) e outro eferente (motor) com sinapses no nível da medula espinal.
O componente aferente é estimulado quando se faz a percussão de um tendão muscular com o uso de um martelo neurológico, gerando uma resposta eferente (motora)contração do músculo testado.
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		Reflexos profundos
 Reflexo aquiliano - n. tibial - L5 a S2
 Reflexo patelar - n.femoral - L2 a L4
 Reflexo dos flexores dos dedos - n. mediano e ulnar - C8 a T1
 Reflexo bicipital - n. músculo cutâneo - C5 a C6
 Reflexo tricipital - n. radial - C7 a C8
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Reflexos Profundos
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Reflexos Profundos
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Reflexos Profundos
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Reflexos Profundos
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Escala de Graduação de Reflexos
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2.4. Avaliação da Sensibilidade
Definição – é capacidade de captar um determinado estímulo e funciona protegendo o organismo dos elementos nocivos a ele, sendo dividida em superficial (da pele – tátil, frio, calor, dor), sensibilidade muscular e óssea (pressão, vibração e posição), e sensibilidade da visão, audição, equilíbrio, olfato.
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Sensibilidade Exteroceptiva
Tátil: algodão seco, gaze ou pincel, estesiômetro.
Dolorosa: alfinete ou agulha de costura 
 Térmica: tubo com água quente (<45°C) e fria (>15°C)
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Sensibilidade Proprioceptiva
Sentido de posição – faz-se a posição, retira-se e pede ao paciente para repetir a mesma posição, com os olhos abertos no início e depois com os olhos fechados.
Sentido de movimentação passiva – realiza o movimento passivo, detém essa posição e pergunta em qual direção foi levado o seguimento.
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Sensibilidade Combinada
Barestesia – pressão sobre a musculatura do paciente e pergunta-se o tipo de sensação que o paciente está sentindo.
Barognosia – Reconhecimento de pesos.
Esterognosia – reconhecimento de formas de objetos.
Grafestesia – reconhecimento de grafias na pele.
Vibratória – detecta a sensibilidade óssea. É feita com o diapasão que deve ser colocado sobre os processos ósseos, fazendo com que o paciente sinta quando começa e quando termina a vibração.
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Dermátomos cervicais
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Avaliação da Sensibilidade
Os dermátomos são avaliados com toque suave na região avaliada.
Bilateralmente.
	Achados Positivos:
Algia – presença de dor.
Hipoestesia – diminuição da sensibilidade.
Hiperestesia –aumento da sensibilidade.
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Sensações “semelhantes a choques” em um dermátomo ou na distribuição de um nervo periférico  Neuralgia
Sensação de queimação, dormência ou formigamento, mesmo que não haja estímulo externo Parestesia/ disesteria.
Anestesia – ausência de sensibilidade
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2.5. Avaliação da Coordenação Motora
Avaliação dinâmica e estática.
Comparação bilateral
MMSS: Prova índex nariz
 Prova Índex-nariz-índex
MMII: Calcanhar- joelho
Diadocosinesia
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2.6 Equilíbrio
ESTÁTICO
 (Teste Romberg e Romberg Tanden)
DINÂMICO (Marcha Tanden)
 Marcha com olhos abertos e fechados
 Caminhar encostando o hálux no calcanhar a 
 cada passo
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2.7 Marchas
Para realização da marcha é necessário que haja sinergia (harmonia dos movimentos), diadococinesia (continuidade dos movimentos complexos e simultâneos) e eumetria (medida do movimento).
Exemplos de marchas. Maiores detalhes dentro do estudo das patologias.
Marcha Festinante – Doença de Parkinson
Marcha Atáxica - Ataxia cerebelar
Marcha em báscula- Hemiplegia

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