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INTRODUÇÃO E NOÇÕES DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO Sistema Genital Masculino É constituído pelos testículos, sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), glândulas anexas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândula bulbouretral), escroto e pênis. O sistema reprodutor masculino está relacioando com a produção de espermatozóides, na produção de hormônios sexuais masculinos e na liberação de gametas. O sistema de ductos realiza o transporte e armazenamento dos espermatozóides, auxiliando na maturação e transporte até o exterior. a) Testículos Encontrados aos pares e envolvidos por uma camada espessa de tecido conjuntivo denso denominado de túnica albugínea. Estão relacioandos com a produção de espermatozóides (espermatogênese) e a secreção hormonal. Os testículos possuem cerca de 200-300 lóbulos que contém de um a quatro túbulos muito espiralados denominados de túbulos seminíferos nos quais são produzidos os espermatozóides. O processo em que ocorre a produção dos espermatozóides recebe a denominação de espermatogênese. Os túbulos seminíferos possuem um epitélio germinativo ou epitélio seminífero constituído por células da linhagem espermatogênica (células produtoras de espermatozóides) e células de Sertoli (funções de suporte da espermatogênese). O processo de diferenciação final do espermatozóide é denominado de espemiogênese.As células mióides localizam- se na porção mais externa e possuem características de células musculares lisas, possuindo atividade contrátil. Entre os espaços dos túbulos seminíferos observam-se as células intersticiais ou de Leydig envolvidas com a produção hormonal. As células de Sertoli se estendem da membrana basal em direção ao lúmen do túbulo. As células de Sertoli estão unidas por junções de oclusão masi internamente a membrana basal e espermatogônias formando a barreira hematotesticular isolando os gametas que estãos e desenvolvendo do sangue impedindo que ocorra a resposta imune frente as células espermatogênicas que podem ser reconhecidas como estranhas devido a quantidade reduzida de cromossomos. A função das células de Sertoli está em proteger e sustentar as células espermatog~enicas em desenvolvimento. Outras funções incluem a produção de líquido para o transporte de espermatozóides, secreção do hormônio inibina re regulação dos hormônios testosterona e folículo estimulante (FSH). As células de Leydig ou intersticiais encontram-se nos espaços entre os túbulos seminíferos e são responsáveis pela secreção de testosterona. A testosterona é um androgênio que estimula o desenvolvimento das características masculinas e estimula a libido masculina. As células germinativas primordiais migram do saco vitelino entrando no testículo ao redor da quinta semana de desenvolvimento embrionário. Estas células germinativas primordiais se diferenciam em espermatogônias que iniciam o processo de produção dos espermatozóides na puberdade. b) Ductos do Sistema Genital Masculino Ductos do testículo Os espermatózóides seguem por uma série de ductos curtos denominados de túbulos seminíferos retos que leva a uma rede de ductos denominada de rede do testículo. A seguir os espermatozóides seguem pelos dúctulos eferentes em direção ao ducto do epidídimo. Epidídimo Constituído pelos ductos do epidídimo e dividido em cabeça, corpo e cauda. Os dúctulos eferentes entram na cabeça e a extremidade distal do ducto epididimário emergindo da cauda tornando-se o ducto deferente. O corpo é a parte média e estreita, e a cauda continua como ducto deferente. Os ductos do epidídimo estão envolvidos por células musculares lisas que auxiliam na movimentação dos espermatozóides devido as suas contrações peristálticas. O epitélio é revestido por estereocílios que aumentam a superfície de reabsorção dos espermatozóides degenerados.O epidídimo é o local onde ocorre a maturação dos espermatozóides onde estes adquirem a motilidade, e é o local de armazenamento dos espermatozóides que podem permanecer viáveis por meses e se estes não forem ejaculados serão reabsorvidos. Ducto deferente Esta estrutura sobe ao longo da margem posterior do epidídimo , entra na cavidade pélvica e a região terminal dilatada é denominada de ampola. O ducto deferente conduz os espermatozóides do epidídimo para a uretra durante a excitação sexual pelas contrações peristáticas da túnica muscular. Neste local ocorre o armazenamento dos espermatozóides por meses. Os espermatozóides não ejaculados serão reabsorvidos. Figura 01. Sistema Reprodutor Masculino (Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004) c) Glândulas Acessórias São as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que produzem secreções importantes para a função reprodutiva do homem. Vesículas seminais São estruturas tubulares contorcidas, encontradas aos pares e localizadas posteriormente a base da bexiga e anteriormente ao reto. Produzem uma secreção viscosa e alcalina contendo frutose, prostaglandinas e proteínas de coagulação diferentes das sanguíneas. A frutose constitui uma fonte energética para aos espermatozóides, as prostaglandinas contribuem para a motilidade podendo estimular as contrações uterinas do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação auxiliam na coagulação do sêmen após a ejaculação e a natureza doalcalina deste líquido seminal neutraliza o ambiente ácido da uretra masculina e do trato do sistema genital feminino que inativaria ou causaria a morte dos espermatozóides. Próstata Glândula única situada na porção inferior a bexiga urinária envolvendo a porção prostática da uretra. Do nascimento a puberdade há aumento gradativo da próstata, ocorrendo rápida expansão ao redor dos 30 anos de idade permanecendo estável até por volta dos 45 anos quando novamente se espande. Há secreção de um líquido leitoso, com pH aproximado de 6,5 contendo ácido cítrico que é utilizado para a produção de ATP. Contém enzimas proteolíticas como o antígeno prostático específico (PSA) , pepsinogênio, lisozima, amilase e a hialuronidase que decompõem as proteínas de coagulação provenientes das glândulas seminais. O líquido prostático contém a seminalplasmina que tem ação antibiótica diminindo a quantidade de bactérias que naturalmente são encontradas no sêmen e no trato inferior do sistema genital feminino. Não se conhece os efeitos da fosfatase ácida secretada pela próstata. As secreções da próstata correspondem a 25% do volume so sêmen contribuindo para a motilidade e viabilidade do espermatozóide. Bulbouretrais (glândulas de Cowper) Encontradas aos pares localizadas na região inferior a próstata no interior dos músculos transversos profundos do períneo. Secretam um líquido um líquido alcalino na uretra (durante a excitação sexual) protegendo os espermatozóides ao neutralizar o pH ácido da urina presnte na uretra. estas glândulas secretam um muco que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra protegendo os espermatozóides durante a ejaculação. Figura 02. Glândulas acessórias do sistema Reprodutor Masculino (Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2010) Sêmen É uma mistura de espermatozóides e líquido seminal (conjunto da secreção dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e bulbouretrais). Normalmente a ejaculação tem um volume de cerca de 2,5 a 5 mL e de 50 a 150 milhões de espermatozóides por mL. O pH ligeriamente alcalino (7,2 a 7,7) se deve ao grande volume de líquido das glândulas seminais. O sêmen coagula após 5 minutos da ejaculação devido as proteínas de coagulação das vesículas seminais. Não se sabe o exato papel desta proteínas,porém após 10 a 20 minutos o sêmen volta a tornar-se líquido pois há decomposição do coágulo por ação do PSA e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata. d) Pênis Constitutído pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil envolvidos pela pele. Na parte dorsal do pênis estão localizados os 2 cilindros denominados de corpos cavernosos do pênis. Na porção ventral encontra-se o terceiro cilindro denominado de corpo cavernoso da uretra ou corpo esponjoso e que envolve a uretra. Na extremidade distal encontra-se a glande do pênis. O prepúcio é uma dobra de pele retrátil que contém músculo liso. Há glândulas sebáceas na dobra interna da pele que recobre a glande. Referências Bibliográficas (figuras): JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Aparelho Reprodutor Masculino. In: Histologia Básica.Editora Guanabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 10ª edição. 488 pp. 2004. TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Sistema Genital. In: Princípios de anatomia e fisiologia. Editora Guabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 12ª edição. 1228 pp. 2010. INTRODUÇÃO E NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Sistema Genital Feminino O sistema genital feminino é constituído pelos ovários (gônadas femininas), tubas uterinas, útero, vagina e órgãos genitais femininos externos. As glândulas mamárias são consideradas como parte do sistema genital feminino e do sistema tegumentar, apesar de ser diretamente influenciadas pelo estado funcional do sistema reprodutor. Dentre as funções deste sistema estão incluídas a produção de gametas femininos denominados de ovócitos, manutenção do ovócito fertilizado durante o seu desenvolvimento completo da fase embrionária até o nascimento e a produção de hormônios sexuais que controlam a atividade deste sistema influenciando todo o organismo. Há considerável alteração da estrutura deste sistema desde a infância até a maturidade reprodutiva (menarca- primeira menstruação) onde notam-se modificações cíclicas na sua estrutura e atividade funcional sob ação hormonal. A menopausa ocorre em um período variável onde as modificações cíclicas passam a ser irregulares e finalmente cessam. Na pós-menopausa ocorre a involução das estruturas que compõem este sistema. Figura 01. Sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) a) Ovários Os ovários são as gônadas femininas, glândulas pares que são responsáveis pela produção dos gametas femininos e de hormônios sexuais incluindo a progesterona, estrogênios, inibina e relaxina. Localizam-se um de cada lado do útero descendo durante o terceiro mês de desenvolvimento para a parte superior da cavidade pélvica. Para a manutenção dos ovários em sua localização estão presentes o ligamento largo do útero, ligamento útero ovárico e ligamento suspensor do ovário. Nota-se a presença do hilo onde se localizam vasos sanguíneos e nervos. Histologicamente os ovários são constituídos em sua superfície por um epitélio germinativo (epitélio pavimentoso simples) e logoa abaixo por uma camada de tecido conjuntivo denso denominado de túnica albugínea. O ovário é divido no córtex onde há predominância dos folículos ovarianos contendo os ovócitos que derivam de sucessivas divisões celulares das ovogônias que ocorrem no período fetal. O folículo ovariano é constituído por uma camada de células foliculares que envolvem um ovócito. Os folículos se desenvolvem devido a influência hormonal a cada ciclo menstrual. Desenvolvimento inicial dos ovários No primeiro mês de vida embrionária há migração das células germinativas primordiais que são uma pequena população de células provenientes do anexo fetal denominado de saco vitelino até os primórdios gonadais onde está ocorrendo o desenvolvimento das gônadas. Estas células se dividem intensamente nas gônadas originando as ovogônias que no segundo mês de vida embrionária atingem cerca 600 mil ovogônias e quase cerca de 7 milhões por volta do quinto mês de gestação. As ovogônias a partir do terceiro mês de gestação iniciam a prófase da primeira divisão meiótica parando na fase de diplóteno da prófase da primeira meiose constituindo os ovócitos primários que encontram-se envolvidos por uma camada de células foliculares (achatadas). Até cerca do sétimo mês de gestação a maior parte das ovogônias já se transformou em ovócito primário, porém muitos destes ao longo da gestação passam por um processo degenerativo denominado de atresia. Desta maneira no período próximo da puberdade os ovários contém cerca de 300 mil ovócitos primários, e como a atresia continua durante a vida reprodutiva da mulher ao redor dos 40 a 45 anos de idade restam apenas 8 mil ovócitos. Calcula-se que somente cerca de 450 ovócitos sejam liberados ao longo da vida reprodutiva da mulher (vida reprodutiva com duração média de 30 a 40 anos) fato explicado pela liberação de apenas 1 ovócito a cada ciclo menstrual e a degeneração de muitos por atresia. b) Tubas uterinas As mulheres possuem 2 tubas uterinas (denominadas de ovidutos) estendendo-se da proximidade do ovário ao lúmen uterino. Medem aproximadamente 10-12 cm de comprimento e estão situados entre as pregas do ligamento largo do útero. Esta região é uma via para chegada dos espermatozóides e o transporte dos ovócitos secundários e ovócitos fertilizados (zigoto) para o útero. A tuba uterina é subdividida em 4 regiões denominadas de infundíbulo, ampola, istmo e porção intramural. O infundíbulo que se abre para a cavidade peritoneal próximo ao ovário e possui prolongamentos digitiformes denominados de fímbrias. A ampola é a parte mais larga e longa formando cerca dos 2/3 laterais da sua extensão. O istmo é a parte mais espessa, estreita, curta e medial que se une ao útero. A porção intramural atravessa e se abre no interior do útero. Histologicamente a tuba uterina é constituída de 3 camadas: 1. túnica mucosa (epitélio colunar simples e tecido conjuntivo frouxo), 2. túnica muscular (músculo liso disposto numa camada circular interna e longitudinal externa), 3. túnica serosa (membrana serosa). O epitélio da mucosa contém 2 tipos celulares um tipo ciliado e outro tipo secretor. A movimentação dos cílios seguem em direção ao útero movimentando uma película de muco que recobre a superfície. Este muco é proveniente das células secretoras possuindo funções secretoras e de proteção ao ovócito. Além disso este secreção promove a ativação também denominada de capacitação do espermatozóide. Normalmente a fertilização ocorre na ampola da tuba uterina. c) Útero Anatomicamente está situado entre a bexiga urinária e o reto, com um formato de pêra invertida e tamanho aproximado em mulheres que nunca engravidaram de 7,5 de comprimento por 5cm de largura e 2,5 de espessura. Nota-se que o útero é maior em mulheres que tiveram uma gestação recente e menor em mulheres após a menopausa devido ao declínico dos hormônios sexuais. O útero está subdividido em fundo do útero (porção superior), corpo do útero (porção central) e colo do útero (porção inferior) que se abre na vagina. Nomrlamente o corpo do útero assume uma posição de anteflexão (projeta-se anterior e superiormente sobre a bexiga urinária). Possui diversos ligamentos que mantém a sua posição: ligamentos largos, ligamentos retouterinos (uterossacrais), ligamentos transversos do colo, ligamentos redondos. Histologicamente consiste de 3 camadas denominadas de: 1. perimétrio (túnica serosa), 2. miométrio (camada média e muscular), 3. endométrio (camada interna). O perimétrio é a parte do peritôneo visceral constituído por um epitélio pavimentoso simples e tecido conjuntivo areolar. O miométrio é a camada mais espessa constituído de músculo liso distribuídas em3 camadas definidas. A camada interna e externa são longitudinais ou oblíquas e a camada média é a mais espessa e circular. No trabalho de parto as contrações coordenadas do miométrio principalmente pela ação do hormônio ocitocina auxiliam na expulsão do feto. O endométrio é muito vascularizado e possui 3 componentes: epitélio colunar simples que reveste o lúmen (com células ciliadas e células secretoras), estroma endometrial e glândulas endometriais (tubulares simples) que podem se ramificar nas porções mais profundas próximas do miométrio. O endométrio é dividido em 2 camadas denominadas de estrato funcional que reveste a cavidade uterina e se desprende na menstruação e o estrato basal que é a camada mais profunda e origina um novo estrato funcional após a menstruação. O muco do colo uterino é produzido pelas células secretoras da mucosa do colo do útero contendo água, glicoproteínas, lipídios, enzimas e sais inorgânicos. Este muco favorece a entrada do espermatozóide por protegê-lo da ação dos fagócitos e do meio hostil da vagina e útero, exercendo papel na capacitação (série de alterações funcionais para que seja capaz de fertilizar o ovócito). O muco permite a entrada do espermatozóide no período da ovulação devido ao fato de se tornar menos viscoso e mais alcalino (pH=8,5). Após este período o muco torna-se mais viscoso não favorecendo a penetração do espermatozóide, formando uma espécie de tampão no colo do útero. Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são importantes durante a menstruação. As artérias uterinas (ramos da artéria ilíaca interna) levam o sangue até o útero, e se ramificam nas artérias arqueadas dispostas circularmente no miométrio. Estas se reamificam nas artérias radiais que penetram profundamente no endométrio. Antes das ramificações entrarem no endométrio há uma divisão em 2 tipos de arteríolas: as arteríolas retas (suprem o estrato basal para regenerar o estrato funcional) e as arteríolas espirais (suprem o estrato funcional mudando muito durante o ciclo menstrual). O suprimento sanguíneo do útero é muito imporante para realizar o crescimento de um novo estrato funcional após cada menstruação, a implantação do blastocisto e o desenvolvimento da placenta. A cérvix uterina é uma porção cilíndrica mais baixa do útero e histologicamente distinta do útero. Possui uma mucosa constituída por epitélio colunar simples capaz de secretar muco. Consiste em sua maior parte de tecido conjuntivo denso possuindo poucas fibras musculares lisas. A porção externa da xérvix faz saliência com o lúmen da vagina e possui um epitélio pavimentoso estratificado. Nota-se a presença de glândulas mucosas cervicais que são altamente ramificadas. A mucosa desta região não sofre muitas mudanças durante o ciclo menstrual e não descama com a mesntruação. As secreções da cérvix tem importãncia grande na fertilização, onde na época da ovulação as secreções são mais fluidas facilitando a penetração do esperma no útero. Durante a gestação devido a ação da progesterona a secreção fica mais viscosa impedindo a entrada de microorganismos e do esperma para o interior do útero. Figura 02. Estruturas do sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) d) Vagina A vagina é um canal fibromuscular longo e tubular, não contém glândulas e consiste em 3 camadas: mucosa, muscular e adventícia. Em uma mulher adulta o epitélio é pavimentoso estratificado podendo conter uma pequena quantidade de queratoialina, não notando-se a intensa queratinização como nos epitélios queratinizados típicos. Quando sob a ação do hormônio estrógeno as células do epitélio vaginal acumulam grande quantidade de glicogênio que será depositado no lúmen da vagina quando este epitélio descama. As bactérias presentes na vagina utilizam o glicogênio e metabolizam produzindo ácido láctico que determina o pH baixo da vagina. Este ambiente ácido permite e proteção contra os microorganismos patogênicos. A túnica muscular é composta por músculo liso dispostos de maneira circular na porção externa e de maneira longitudinal na porção interna. Esta camada muscular tem capacidade de esticar permitindo acomodar o pênis durante a relação sexual e a passagem do bebê no momento do parto. A túnica adventícia é a camada de tecido conjuntivo areolar que está na porção superficial da vagina. O hímen é uma prega fina de túnica mucosa vascularizada está na margem ao redor da extremidade inferior da abertura da vagina para o exterior (óstio da vagina) fechando parcialmente. Após a sua ruptura permanece apenas pequenos resquícios desta estrutura. e) Vulva Composta pelos órgãos genitais femininos externos. Formado pelo monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clítoris, vestíbulo, glândulas parauretrais, glândulas vestibulares maiores e menores e pelo bulbo do vestíbulo. Figura 03. Estruturas do sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) f) Períneo Região localizada na porção medial as coxas e nádegas contendo os órgãos genitais externos e o ânus. g) Glândulas Mamárias São glândulas sudoríparas altamente modificadas e são idênticas em homens e mulheres até a puberdade. Após esta fase devido a ação hormonal há desenvolvimento das mamas nas mulheres. Na mama existem numerosas glândulas mamárias que são alveolares compostas dividida em lobos que são drenados por ductos lactíferos (ducto galactóforo) liberando a secreção (leite) sobre a superfície do mamilo. Referências Bibliográficas (figuras): GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Fisiologia feminina antes da gravidez e hormônios femininos. In:Tratado de fisiologia médica. Editora Elsevier. 11ª edição. 1115pp. 2006. CICLO REPRODUTIVO DA MULHER Ciclo menstrual O ciclo reprodutivo feminino é o processo no qual ocorrem alterações cíclicas no útero e ovário, onde cada ciclo tem duração de aproximada de um mês envolvendo a maturação do ovócito durante o ciclo ovariano e o ciclo uterino que corresponde a alterações que ocorrem no endométrio a fim de prepará-lo para o desenvolvimento do ovócito fertilizado. Fases do ciclo reprodutivo •Conduta cíclica dos ovários •Variação de 21 a 35 dias (média: 28 dias) •Dividida em 4 fases: 1.Fase Menstrual (Menstruação) 2.Fase Pré Ovulatória (fase proliferativa- útero) 3.Ovulação 4.Fase Pós-ovulatória 1. Fase Menstrual: •Menstruação •Duração aproximada: primeiros 5 dias do ciclo (1º dia da menstruação marca o primeiro dia do novo ciclo) Eventos no ovário: Crescimento de cerca de 20 ou mais folículos •Acúmulo de líquido folicular Eventos no útero: •Diminuição do nível dos hormônios ováricos(especialmente a progesterona) estimula aliberação de prostaglandinas provocando a constrição de arteríolas espirais do útero– morte celular– desprendimento de todo o estrato funcional •Permanência do estrato basal (endométrio fica muito fino– de 2 a 5 mm) •Fluxo menstrual de cerca de 50 a 150 mL de sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais derivadas do endométrio que passam do útero para o colo e pela vagina para o exterior 2. Fase pré ovulatória: Corresponde a 2ª fase do ciclo reprodutivo feminino. •Entre a menstruação e ovulação •Período de duração variável no ciclo em relação as outras fases (diferencia a duração do ciclo em mais longos ou mais curtos) •Duração: 6 a 13 dias (em um ciclo de 28 dias) Eventos no ovário: •Influência do FSH: crescimento dos folículos •Início da secreção de estrogênios e inibina pelo folículo dominante (por volta do 6º dia) diminuindo a secreção de FSH e parando o crescimento dos demais folículos e atresia. •Folículo dominante (maduro ou de Graaf) pode atingir20mm de diâmetro e estar pronto para a ovulação, aumenta a produção de estrogênio sob influência do LH, produz pequenas qtdes de progesterona 1 a 2 dias antes da ovulação. Eventos no útero: •Estrogênios liberados pelos folículos em crescimento estimulam reparo do endométrio (espessura do endométrio dobra para 4 a 10mm e há reparo das arteríolas) •Fase pré-ovulatória é também denominada de fase proliferativa (proliferação do endométrio) 3. Ovulação: •Rompimento do folículo maduro e liberação do ovócito secundário (metáfase da meiose II) •Normalmente no 14º dia do ciclo de 28 dias •Testes de farmácia podem ser usados para prever a ovulação com 1 dia de antecedência – detecta o pico de LH •Há ruptura da parede do folículo maduro e liberação do ovócito que será capturado pela extremidade aberta e dilatada da tuba uterina onde o ovócito pode ser fecundado. •Normalmente liberação de 1 ovócito (2 ou mais- 2 ou mais embriões) • Líquido folicular: auxilia transporte do ovócito Eventos: 1.Altos níveis de estrogênio – FEEDBACK positivo GnRH promovendo liberação de LH e FSH 2.Pico de LH- ruptura do folículo dominante e expulsão do ovócito secundário 3.Após ovulação há colpaso do folículo maduro e pequeno sangramento formando o corpo hemorrágico 4.Coágulo é reabsorvido pelas céls foliculares restantes e formam o corpo lúteo sob a influência do LH. 5.Estimulado pelo LH o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênio, relaxina e inibina O efeito de feedback positivo dos estrogênios sobre o hipotálamo e adenohipófise NÃO ocorre se a progesterona estiver presente ao mesmo tempo. Figura 01. Ovulação (ruptura do folículo) 4. Fase pós ovulatória •Período de duração mais constante •Duração: 14 dias (do 15º ao 28º dia em um ciclo de 28 dias) •Período entre a ovulação e o início da próxima menstruação Evento nos ovários: •Influência do LH: estímulo ao desenvolvimento do corpo lúteo •Secreção de qtdes crescentes de progesterona e alguns estrogênios •FASE LÚTEA do ciclo ovariano •Oócito Não fertilizado: • corpo lúteo tem vida útil de 2 semanas, atividade secretora diminui e se transforma no corpo albicans • diminuição dos níveis de progesterona, estrogênios e inibina levando a liberação de GnRH, FSH, LH recomeçando o novo ciclo. Evento no útero: •Progesterona e estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem: crescimento e enrolamento das glândulas endometriais espessamento e vascularização do endométrio e aumento do volume do líquido tecidual 1 semana após a ovulação as mudanças atingem o ponto máximo- tempo provável da chegada do oócito fertilizado •FASE SECRETORA Não fertilização: • nível de progesterona diminui devido degeneração do corpo lúteo e ocorre a menstruação Formação do corpo lúteo Há um acúmulo de pigmento lipídico amarelado (luteína). •As células sofrem alterações após ruptura da parede ovariana • Células granulosa: •céls granulosa-luteínicas •Hipertrofia •característica de células secretoras de esteróides - Células teca foliculares: céls teca-luteínicas •Paredes foliculares tornam-se pregueadas •Coágulo após a hemorragia: corpo hemorrágico •Parte mais central: restos de coágulos e tecido conjuntivo Caso não ocorra a fertilização: • Ocorre a degeneração do corpo lúteo, fagocitose por macrófago e substituição por uma cicatriz de tecido conjuntivo. Forma-se o Corpo Albicans- corpo branco devido grande quantidade de colágeno. Havendo a fertilização há formação do corpo lúteo gravídico. Corpo luteo gravídico: •Células trofoblásticas do embrião implantado: –Liberação de gonadotrofina coriônica humana (HCG)sinalizando o corpo lúteo •Crescimento adicional desta glândula endócrina estimulando a secreção de progesterona: –manutenção da mucosa uterina durante a gestação –Estimula a secreção das glândulas uterinas (provavel importância na nutrição do embrião antes da placenta tornar-se funcional) •Persiste 4-5 meses e degenera sendo substituído pelo corpo albicans (maior que o da menstruação) Atresia folicular •Regressão dos folículos que não chegam a ovulação •Pode ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento •Estágios avançados: degeneração e cicatrização •Degeneração: degeneração do ovócito e células associadas (atividade fagocitária) •Algumas células da teca interna persistem Figura 02. Ciclo menstrual e ovariano na mulher (TORTORA; DERRICKSON, 2010) Figura 02. Concentração hormonal durante o ciclo menstrual (TORTORA; DERRICKSON, 2010) Referências Bibliográficas: TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Sistema Genital. In: Princípios de anatomia e fisiologia. Editora Guabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 12ª edição. 1228 pp. 2010. GAMETOGÊNESE - OVOGÊNESE E ESPERMATOGÊNESE Gametogênese Na reprodução sexual ocorre a formação dos gametas (feminino e masculino) a partir do processo de divisão celular reducional denominado de meiose. A meiose permite a redução do número de cromossomos normal de uma célula (2n=46 cromossomos) pela metade e ocorre no interior das gônadas (ovários e testículos), resultando nos gametas contendo 23 cromossomos sendo denominados de células haplóides (n=23). Assim, a união dos gametas feminino (ovócito) e masculino (espermatozóide), cada qual contendo 23 cromossomos, forma um organismo diplóide (n=46 cromossomos) a partir do processo denominado de fertilização. O processo de fertilização restaura o número diplóide de cromossomos. O processo de formação do gameta feminino é denominado ovogênese e do gameta masculino é denominado de espermatogênese. Ovogênese No processo denominado de ovogênese ocorre a formação do gameta feminino (denominado de ovócito) no interior dos ovários. Diferente da espermatogênese que inicia a partir da puberdade nos homens, o processo de ovogênese ocorre nas mulheres antes do nascimento e completa-se após a puberdade, continuando até a fase denominada de menopausa. A ovogênese envolve uma sequência de eventos em que ocorre a transformação das ovogônias em ovócitos maduros. Durante o primeiro mês de vida embrionária há migração de uma pequena população de células denominadas de germinativas primordiais do saco vitelino (anexo fetal) para os primórdios das gônadas que estão iniciando o desenvolvimento. Nas gônadas estas células dividem-se por mitose e transformam-se nas ovogônias. O processo de divisão é intenso podendo alcançar cerca de 600.000 ovogônias no segundo mês de gestação e mais de 7 milhões por volta do quinto mês. Ainda durante a vida fetal inicial as ovogônias proliferam pelo processo de divisão mitótica aonde mantém-se a quantidade de cromossomos em 2n (diplóide) das células. A partir do terceiro mês as ovogônias iniciam a prófase da meiose I parando na fase de diplóteno formando assim os ovócitos primários que são envolvidos por células epiteliais foliculares achatadas. Os ovócitos primários envolvidos por uma camada única de células epiteliais foliculares são denominados de folículos primordiais. Antes do sétimo mês de gestação a maioria das ovogônias transformam-se nos ovocitos primários, porém muitos se perdem por um processo degenerativo denominado de atresia. Devido a este fato, na puberdade os ovários contém aproximadamente cerca de 300.000 ovócitos. Como a atresia ainda continua durante a vida reprodutiva da mulher, ao redor dos 40 a 45 anos de vida a mulher contém aproximadamente cerca de 8.000 ovócitos. Acredita-se que durante a vida reprodutiva a mulher amadurece e ovula apenas cerca de 400 a 450 ovócitos,sendo que o restante degeneram pela atresia. Após a puberdade o ovócito primário cresce e as células foliculares tornam-se cúbicas e colunares formando o folículo primário. A seguir o ovócito primário é envolvido por uma camada denominada de Zona Pelúcida que é constituída por um material amorfo e glicoprotéico. Normalmente os ovócitos primários iniciam a divisão meiótica antes do nascimento, porém a prófase não está completada até a adolescência. Folículos ovarianos O folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares ou da granulosa. Após a puberdade há mensalmente a liberação das gonadotrofinas (hormônio foliculo estimulante e hormônio luteinizante) que estimulam o desenvolvimento de um grupo de folículos primordiais, sendo que apenas um deles alcança normalmente a maturação para a ovulação. O crescimento folicular envolve as modificações que ocorrem no ovócito, células foliculares e fibroblastos ao redor dos folículos. Os folículos primordiais que iniciam o crescimento folicular possuem células foliculares que se dividem por mitose formando uma camada de células cúbicas ao redor sendo denominados de folículo primário unilaminar. Há proliferação das células foliculares formando um epitélio estratificado denominado de camada da granulosa sendo então o folículo denominado de folículo primário multilaminar ou pré antral. Nota-se a formação da zona pelúcida que é uma camada espessa composta por glicoproteínas envolvendo o ovócito por inteiro. Os folículos continuam o crescimento notando-se o aumento do número de células da camada granulosa e acúmulo do líquido folicular entre as células foliculares. Forma-se uma grande cavidade denominada de antro folicular e os folículos são então denominados de folículos secundários ou antrais. Na formação deste folículo nota-se a presença de um pequeno espessamento formado por células da granulosa denominado de cumulus oophorus. Há um conjunto de células foliculares que envolvem o ovócito formando a corona radiata, que normalmente permanecem ao redor do ovócito após a ovulação. Ao mesmo tempo em que ocorrem estas alterações, o estroma ao redor do folículo se modifica formando as camadas da teca interna e teca externa. As células da teca interna produzem um hormônio esteróide denominado e androstenediona que são transportados para as células da granulosa. As células são capazes de transformar a androstenediona em estrógeno por ação da enzima aromatase. As células da teca externa se assemelham as células do estroma porém possuem aranjo mais organizado ao redor do folículo. Normalmente em cada ciclo nota-se que um folículo cresce a matura mais que o restante se tornando o dominante que pode ovular. No ponto máximo do desenvolvimento este folículo recebe o nome de folículo maduro ou de Graaf. Assim que ocorre a ovulação o restante dos foliculos que se desenvolveram sofrem atresia onde as células foliculares e ovócitos que morrem são eliminados por células fagocíticas. Figura 01. Crescimento folicular (Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004) Espermatogênese Os esperamtozóides são produzidos no túbulo seminífero (testículos). A espermatogênese é o processo em que ocorre a formação dos espermatozóides maduros e que tem duração aproximada de 65-75 dias. O processo inicia com uma célula germinativa primitiva denominada de espermatogônia (célula situada próximo da lâmina basal do epitélio) que contém um número diplóide (2n=46 cromossomos) de cromossomos. As esperrmatogônias apresentam dois grupos de células: espermatogônias tipo A e tipo B, as espermatogônias tipo A proliferam-se por mitose e permanecem próximo da membrana basal do túbulo seminífero sendo células fonte de novas espermatogônias. As espermatogônias tipo B (células progenitoras) são células que por estímulo hormonal diferenciam-se formando os espermatozóides. Normalmente as esperamtogônias permanecem em estado quiescente nos túbulos seminíferos desde o período fetal aumentando em quantidade na puberdade. Após diversas divisões mitóticas as espermatogônias crescem sofrendo modificações. as espermatogônias diferenciam-se em espermatócitos primários que possuem 46 cromossomos e a seguir entram na prófase da primeira divisão meiótica. Esta fase dura cerca de 22 dias e originam duas células menores denominadas de espermatócitos secundários que possuem 23 cromossomos. Os espermatócitos secundários originam as espermátides. As espermátides passam por um processo de transformação em espermatozóide denominado de Espermiogênese. Na espermiogênese ocorre a formação do acrossomo (a partir do complexo de golgi), condensação e alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo (a partir dos centríolos) e a perda da maior parte do citoplasma. As mitocôndrias acumulam-se ao redor da porção proximal do flagelo (peça intermediária) permitindo gerar os movimentos do flagelo. Para que ocorra a espermatogênese normal é essencial a presença do cromossomo Y pois problemas de microdeleções podem ocasionar infertilidade ou uma espermatogênese alterada. Figura 02. Gametogênese normal- espermatogênese e ovogênese (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) Figura 03. Espermatozóide (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) Referências Bibliográficas (figuras): JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Aparelho Reprodutor Feminino. In: Histologia Básica.Editora Guanabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 10ª edição. 488 pp. 2004. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. O início do desenvolvimento humano: primeira semana. In: Embriologia Clínica. Editora Elsevier. São Paulo. 8ª ediçaõ. 536 pp.2008. FERTILIZAÇÃO E GESTAÇÕES MÚLTIPLAS Fertilização Complexa sequência de eventos moleculares coordenados iniciando com o contato entre um espermatozóide e um ovócito. Viabilidade dos gametas: Espermatozóide Ovócito Capacitação: 7 horas (mais ativos) Viabilidade: •Sptzs: não sobrevive mais que 48hs no trato genital feminino Viabilidade: •Fecundação: geralmente 12 horas após a ovulação •Após 24 hs geralmente degeneram Local da fertilização: –Ampola da tuba uterina na porção maior e mais dilatada, podendo ocorrer em outros locais da tuba mas não no útero. Caso não ocorra fertilização o ovócito segue em direção ao útero onde degenera e é reabsorvido. A fertilização pode ocorrer em outras partes da tuba uterina, mas não ocorre no útero. Há liberação de substâncias que atraem os espermatozóides capacitados em direção ao ovócito. A fertilização corresponde a penetração do espermatozóide no óvulo seguida da fusão dos núcleos de ambos os gametas. Assim há a restauração do número diplóide de cromossomos, a determinação do sexo cromossômico do embrião e a ativação metabólica do ovócito e Início da clivagem. Após a fertilização há a persistência do corpo lúteo além das 2 semanas normais, ocorre a divisão (clivagem) das células do zigoto, há liberação do hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) que é produzido pelo cório do embrião nos primeiros 8-12 dias após a fertilização estimulando a atividade secretora do corpo lúteo. Nota-se a presença do hCG no sangue materno ou na urina que é um indicador da gravidez. Fases da fertilização: 1. Passagem do espermatozóide através da corona radiata •Ação da hialuronidase (acrossoma do sptz + enzimas da mucosa tubárica+ movimentos da cauda do sptz) 2. Penetração da zona pelúcida: •Enzimas liberadas pelo acrossoma •Após penetração há reação ZONAL onde há mudança da composição da cobertura glicoprotéica extracelular após a fertilização- impermeável aos sptzs • 3. Fusão das membranas plasmáticas ovócito e sptzs•Cabeça e cauda do sptzs entram no citoplasma do ovócito •Membrana plasmática fica para trás Figura 01. Fases da fertilização (MOORE: PERSAUD, 2008) 4. Término da 2ªdivisão meiótica e formação do pronúcleo feminino •Penetração do espermatozóide estimula o ovócito a completar a 2ª divisão meiótica formando o ovócito maduro e o 2º corpo polar •Há condensação dos cromossomos maternos e o núcleo do ovócito maduro torna- se pronúcleo feminino 5. Formação do pronúcleo masculino •Formação do pronúcleo masculino •Degeneração da cauda do espermatozóide 6. Fusão dos pronúcleos e agregação dos cromossomos- diplóide – forma-se o ZIGOTO Figura 02. Fusão dos prónúcleos feminino e masculino (MOORE: PERSAUD, 2008) Gestações Múltiplas: Gêmeos monozigóticos ou idênticos: são originários de 1 zigoto, onde há subdivisão do embrioblasto e sempre são do mesmo sexo. Gêmeos dizigóticos ou fraternos:são originários de zigotos diferentes e portanto da fusão de ovócitos diferentes com espermatozóides diferentes. Podem ou não ser do mesmo sexo e normalmente não compartilham dos mesmos anexos fetais. Figura 03. Gêmeos monozigóticos (MOORE: PERSAUD, 2008) Figura 04. Gêmeos dizigóticos (MOORE: PERSAUD, 2008) Referências bibliográficas (figuras): MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. O início do desenvolvimento humano: primeira semana. In: Embriologia Clínica. Editora Elsevier. São Paulo. 8ª edição. 536 pp.2008. GESTAÇÕES ECTÓPICAS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Gestações ectópicas -Normalmente a implantação do blastocisto ocorre no endométrio –porção superior do corpo do útero –mais frequente na parede posterior que na anterior •Pode ser detectada por ultrassonografia, dosagens de hCG por radioimunoensaio no final da segunda semana. Gestações ectópicas: –Blastocisto implantam-se fora do útero –95%-98% das implantações ectópicas ocorrem na tuba uterina – ampola e tuba uterina. Gravidez tubárica: - Apresenta sinais e sintomas de gravidez (ausência de menstruação), pode apresentar dor abdominal e distenção da tuba uterina, sangramento anormal, peritonite –Produção mais lenta de beta-hCG- dosagens podem dar falsos negativos –Ultrassonografia endovaginal é muito útil na detecção destas gestações •Causas: –fatores que atrasam ou impedem o transporte para o útero do zigoto em clivagem (aderências, obstruções) •Consequências: –ruptura da tuba uterina, hemorragia na cavidade abdominal e morte do embrião. –Se no istmo este tende a se romper mais precocemente (hemorragia intensa), se trasmural pode evoluir até 8 semanas antes da expulsão. •Recomendação: –remoção cirúrgica da tuba e concepto Implantação na ampola e fímbrias •Podem ser expulsos para a cavidade peritoneal implantando-se na bolsa reto-uterina •Gravidez abdominal- pode até chegar a termo, mas normalmente a condição é séria pois a placenta se adere a órgãos abdominais causando sangramento intraperitoneal. Há aumento do risco de morte materna. Implantação cervical: incomum Placenta prévia •Implantação do blastocisto no segmento inferior do útero (próximo ao orifício externo) •A placenta cobre parcialmente ou totalmente o orifício. •Pode causar sangramento devido a separação prematura durante a gravidez ou parto Aborto espontâneo dos embriões •Ocorrem na maioria durante as 3 primeiras semanas e espontaneamente •Abortos espontâneos e recorrentes são os problemas ginecológicos mais comuns •Abortos precoces- muitas vezes a mulher nem percebe a gravidez •Mais de 50% dos abortos espontâneos conhecidos resultam de anormalidades cromossômicas Métodos de inibição da implantação: “Pílula da manhã seguinte” –Administração de doses relativamente grandes de progestinas e/ou estrógenos durante vários dias iniciando logo após uma relação sexual não protegida –Não impede a fecundação mas impede a implantação do blastocisto Altas doses de dietilestilbestrol diariamente por 5 a 6 dias pode também acelerar a passagem do zigoto em clivagem pela tuba uterina. A grande qtde de estrogênio perturba o equilíbrio normal entre estrogênio e progesterona para preparo do endométrio para implantação do blastocisto. DIU (dispositivo intra-uterino) inserido no útero pela vagina e colo, interferindo na implantação por provocar uma reação inflamatória no local, além de conter progesterona lentamente liberada e que interferem no desenvolvimento do endométrio não ocorrendo a implantação Métodos contraceptivos: •Todos apresentam vantagens e desvantagens e não são 100% seguros •Pensar na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST)!!! 1.Esterilização Cirúrgica 2.Métodos Hormonais 3.Dispositivos intra-uterinos 4.Espermaticidas 5.Métodos de barreira 6.Abstinência periódica 7.Coito interrompido 1.Esterilização cirúrgica 1.Vasectomia- remoção de parte do ducto deferente em homens 2.Ligação tubárica em mulheres 2.Dispositivos intra-uterinos (DIU) 1.Objeto de plástico, cobre ou aço inoxidável introduzido na cavidade do útero 2.Provoca mudanças no revestimento do útero impedindo a implantação do óvulo fertilizado 3.Espermaticidas –Espumas, cremes, géis, supositórios, duchas contendo agentes espermaticidas ou espermicidas –Tornam a vagina e colo do útero desfavoráveis para a sobrevivência do espermatozóide –Mais eficiente é utilizar um espermaticida com o condom (“camisinha”) 4. Métodos de barreira –Impedem os espermatozóides de chegarem a cavidade do útero e tubas uterinas –Impedem a gravidez e protegem contra doenças sexualmente transmissíveis –CONDOM (camisinha): •revestimento de látex, não poroso que se coloca sobre o pênis –BOLSA VAGINAL: •“camisinha feminina”- 2 anéis flexíveis ligados por uma bainha de poliuretano e é introduzido para se ajustar sobre o colo do útero –DIAFRAGMA: •estrutura de borracha que se ajusta sobre o colo do útero e é usado em conjunto com o espermaticida 5. Abstinência Periódica –Método do ritmo (antigo)- Método deficiente •Oócito secundário é fertilizável por 24 horas e está disponível de 3 a 5 dias em cada ciclo reprodutivo. No período de 3 dias antes e 3 dias após a ovulação o casal se abstém da relação sexual. Método deficiente. –Método simpto-termal- Método deficiente •Sinais da fertilidade: como os sinais da ovulação que compreendem o aumento da temperatura corporal basal, produção de muco do colo do útero transparente e viscoso, muco abundante e dor associada a ovulação. •Casal se abstém da relação quando estes sinais são evidentes e 3 dias após. Método deficiente. 6. Coito interrompido- Método deficiente –Retirada do pênis da vagina imediatamente antes da ejaculação –Falhas: não retirada antes, emissão pré-ejaculatória de líquido da uretra que contém espermatozóides•estrutura de borracha que se ajusta sobre o colo do útero e é usado em conjunto com o espermaticida Métodos hormonais (mais eficientes): •Mais eficientes •Anticoncepcionais orais –Regulam a duração dos ciclos menstruais, diminuem o fluxo menstrual –Interfere com a produção de gametas –Interfere com a implantação do óvulo fertilizado no útero –Pílulas anticoncepcionais: •Normalmente as pílulas utilizadas são combinadas e contém concentração maior de progestina (subst semelhante a progesterona) e menor de estrogênio. Os 2 hormônios atuam comofeedback negativo diminuindo a secreção de GnRH e consequentemente de FSH e LH impedindo o desenvolvimento do folículo e a ovulação. •Algumas pílulas podem determinar a ovulação porém os anticoncepcionais orais alteram o muco do colo tornando hostil aos espermatozóides –Contracepção de Emergência (pílula do dia seguinte): •2 pílulas no período de 72 horas após a relação sexual desprotegida e outras 2 pílulas 12 horas mais tarde há redução da gestação em 75% •Outros métodos anticoncepcionais: –Norplant •6 cápsulas finas de hormônios implantadas cirurgicamente que loiberam continuamente uma progestina que inibe a ovulação e deixa mais viscoso o muco do colo uterino •Efeitos duram por 5 anos e são confiáveis •Remoção das cápsulas restaura a fertilidade –Depo-provera •Aplicação em injeção IM a cada 3 meses •Contém hormônio semelhante a progesterona impedindo a maturação do ovócito produzindo mudanças no útero que tornam a gestação improvável –Anel vaginal •Anel que se ajusta a vagina e libera progestina isolada ou progestina + estrogênio •Usado por 3 semanas e removido por 1 semana para permitir que a menstruação ocorra ANEXOS FETAIS As membranas fetais são denominadas de: córion, âmnio, saco vitelino e alantóide (figura 01). Figura 01. Anexos fetais (LEISER; KAUFMANN, 1994) Córion: Placenta O córion é uma camada epitelial derivada do trofoblasto, A placenta é o local onde ocorrem as trocas de nutrientes e gasosas entre a mãe e o feto. O componente fetal da placenta é constituída pelo córion viloso e o componente materno da placenta é formado pela decídua basal. Normalmente o sistema de transporte de substâncias entre a mãe e o feto ocorre pela placenta e o cordão umbilical. A placenta é um órgão altamente vascularizado que apresenta rápido crescimento em um curto espaço de tempo, devendo suprir o aumento da demanda do metabolismo necessário para o crescimento fetal. Para que ocorra o desempenho de suas funções deve ocorrer um adequado desenvolvimento da rede capilar fetal e uterina, permitindo que ocorram as modificações necessárias e peculiares a cada fase da gestação. Normalmente os fatores relacionados ao processo de formação destes vasos desempenham um importante papel no processo de placentação e sobrevivência fetal. Classificação da placenta humana: a) em relação a vascularização dos tecidos fetais é classificada como cório alantoideana b) em relação a extensão da área de trocas é classificada como discóide c) em relação a barreira de trocas é classificada como hemocoriônica. Cordão umbilical: Normalmente está localizado no centro da superfície fetal, possui cerca de 1 a 2 cm de diâmetro e em média 55cm de comprimento, contendo 2 artérias e 1 veia envolvidas por tecido conjuntivo mucóide (geléia de Wharton). Desenvolvimento da placenta: O desenvolvimento da placenta ocorre devido a uma rápida proliferação do trofoblasto, ocorrendo o desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Ao final da terceira semana está estabelecido o arranjo anatômico para trocas fisiológicas entre mãe e embrião, e ao final da quarta semana nota-se uma rede vascular complexa permitindo um sistema de trocas materno- embrionárias de gases, nutrientes e produtos de excreção. •Rápida proliferação do trofoblasto •Desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas •Final da 3ª semana: –estabelecido o arranjo anatômico para trocas fisiológicas entre mãe e embrião •Final da 4ªsemana: –rede vascular complexa (trocas materno-embrionárias de gases, nutrientes e produtos de excreção) •Até início da 8ªsemana: –Vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico ÂMNIO •Envolve o embrião e o feto •Líquido amniótico: –papel importante no desenvolvimento e crescimento do embrião; –Secreção: • pequena pelas células amnióticas •grande parte fluido tecidual materno e amniótico •Trato respiratório fetal vai para cavidade amniótica •Final da gestação- meio litro de urina diária Líquido amniótico •Conteúdo de água trocado cada 3 horas (passa pela membrana amniocoriônica para o fluido tecidual materno– capilares uterinos) •Troca de fluido com sangue fetal através do cordão umbilical e local de adesão com placa coriônica (equilíbrio com circulação fetal) •Líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratórios e digestivos. Fluido passa para o sangue fetal e os produtos de excreção nele seguem pela membrana placentária e vão ao sangue materno pelo espaço interviloso. •Excesso de água no sangue fetal é excretado pelos rins do feto e retorna ao saco amniótico pelo trato urinário fetal •Troca: –Movimentação pelas circulação materna e fetal principalmente pela membrana placentária –Deglutição é normal –Passa para TGI e um pouco aos pulmões –Circulação fetal –Membrana placentária –Circulação materna Composição do líquido amniótico: •99% água •Material não dissolvido está suspenso •Sais inorgânicos e orgânicos •Excretas fetais ( avanço da gestação) Importância do líquido amniótico: •Embrião flutua livremente nele •Funções críticas para desenvolvimento normal do feto •Permite crescimento externo simétrico do embrião e feto •Age como barreira contra as infecções SACO VITELINO Funções: –papel na transferência de nutrientes para o embrião na 2ª e 3ª semana quando se está estabelecendo a circulação útero-placentária; –Formação de sangue –Endoderma do saco vitelino na 4ªsemana formam o intestino primitivo –Células germinativas primordiais- diferenciam nas células germinativas •Destino: –10 semanas: localizado na cavidade coriônica entre os sacos amniótico e coriônico –Avanço da gestação: atrofia e no fim está muito pequeno ALANTÓIDE •Aparece durante a 3ªsemana como divertículo (parede caudal do saco vitelino) •Durante o segundo mês a parede extra embrionária degenera •Não funcional nos embriões humanos •Importância: –Formação de sangue na sua parede (3ª-5ªsemanas) –Vasos sanguíneos persistem como veia umbilical e artérias umbilicais –Líquido da cavidade amniótica se difunde para veia umbilical e circulação fetal (transferido ao sangue materno pela membrana placentária) –Porção intra-embrionária- umbigo a bexiga Figura 02. Desenvolvimento da placenta e anexos fetais (MOORE; PERSAUD, 2008) Anornalidades da placenta: Placenta Acreta- aderência anormal da placenta ao miométrio Placenta percreta- placenta penetra por toda e espessura do miométrio Placenta prévia- colocada sobre a abertura interna do útero e bloqueia o canal do cólo do útero Referências bibliográficas (figuras): LEISER, R.; KAUFMANN, P. Placental structure: in a comparative aspect. Exp. Clin. Endocrinol. 102:122- 134. 1994. PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Primeira semana do desenvolvimento: Após a fertilização ocorrem clivagens sucessivas das células. Figura 01. Desenvolvimento a partir da fecundação ao longo do trajeto pelo útero (MOORE; PERSAUD, 2008) Clivagem •Divisões mitóticas repetidas do zigoto •Rápido aumento no número de células (divisão após 30 horas da fecundação) •Células embrionárias são denominadas de BLASTÔMEROS e tornam-se menores a cada divisão Compactação Após estágio de 9 células os blastômeros mudam suas forma e se agrupam firmemente (glicoproteínas de adesão)- maior interação Mórula Estágio com 12 a 32 blastômeros, forma-se 3 dias após a fecundaçãoe alcança o útero Figura 02. Desenvolvimento a partir da formação do zigoto até blastocisto (Fonte: SCHOENWOLF et al., 2009) Blastocisto •Logo após a mórula ter alcançado o útero (4 dias após a fecundação) surge no interior um espaço preenchido por líquido (cavidade blastocística) •O aumento do fluido separa os blastômeros em 2 partes: •Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta •Massa celular interna (embrioblasto): originará o embrião • Blastocisto tardio: o blastocisto permanece livre por 2 dias e há degeneração gradual e desaparecimento da zona pelúcida. A diferença é que o blastocisto inicial apresenta a zona pelúcida e o tardio não apresenta. Figura 03. Blastocisto inicial e tardio (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) Implantação Uma condição importante para que ocorra o evento da implantação é a sincronização entre a diferenciação embrionária (blastocisto) e a receptividade uterina. Em humanos ocorre 6 dias após a fecundação (20º dia em um ciclo de 28 dias). –Aderência do blastocisto (polo embrionário) –Proliferação do trofoblasto que se diferencia em 2 camadas: –Citotrofoblasto (mais interna) –Sinciciotrofoblasto (massa externa)- multinucleado É o contato físico e fisiológico do embrião com o endométrio uterino e um estabelecimento de um posicionamento fixo no endométrio para permitir a fisiologia e interações materno-fetais. As fases incluem: aposição, adesão e invasão (penetração no epitélio uterino, penetração na lâmina basal e penetração nos vasos uterinos). Figura 04. Fase de aposição (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2003) Figura 05. Fase de invasão (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2003) Segunda semana de desenvolvimento: Características 1.Completa-se a implantação do blastocisto 2.Trofoblasto em rápida proliferação e diferenciação 3.Reação decidual: mudanças no endométrio 4.Mudanças morfológicas no embrioblasto produzindo um disco embrionário bilaminar (epiblasto e hipoblasto) 5.Formação do saco vitelino, mesoderma extra-embrionário (e celoma), cavidade coriônica, cavidade amniótica e placa precordal •Ao final da 2ª semana é completada a implantação do blastocisto (duração evento: 6-10 dias) •Aumento do contato do trofoblasto com o endométrio e diferenciação em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto -Eventos moleculares complexos envolvendo o endométrio receptivo (microvilosidades das céls endometraiais, moléculas de adesão celulares, citocinas, prostaglandinas, genes homeobox, fatores de crescimento, metaloproteinases de matriz) e fatores hormonais (estrogênio, progesterona, prolactina, moléculas de adesão celular, fatores de crescimento, genes HOX). Resumo dos eventos: Trofoblasto Citotrofoblasto – camada interna Sincíciotrofoblasto – camada externa Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino –Surgimento de um pequeno espaço no embrioblasto que é o PRIMÓRDIO DA CAVIDADE AMNIÓTICA –Células amniogênicas (formadoras do âmnio) ou amnioblastos separam-se do epiblasto e revestem o âmnio que envolvem a cavidade amniótica –Mudanças morfológicas no embrioblasto formando uma PLACA BILAMINAR quase circular de células achatadas – DISCO EMBRIONÁRIO formado por 2 camadas: •Epiblasto- camada mais espessa, céls colunares altas relacionadas com a cavidade amniótica •Hipoblasto- pequenas células cubóides adjacentes a cavidade exocelômica •Disco embrionário: –Origina as camadas germinativas que formam os tecidos e órgãos do embrião •Estruturas extra-embrionárias: –Formam-se durante a segunda semana incluem a cavidade amniótica, âmnio, saco vitelino, saco coriônico Figura 06. Origem dos tecidos do embrião (Fonte: MOORE: PERSAUD, 2008) Formação das lacunas: •Cavidades isoladas no sinciciotrofoblasto que se formam logo após a formação do âmnio, disco embrionário e saco vitelino primitivo. •Tornam-se logo preenchidas por uma mistura de sangue materno (provenientes de capilares endometriais rompidos) e restos celulares das glândulas erodidas •Fluido nos espaços lacunares – EMBRIOTROFO- passa por difusão ao disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião. •Circulação úteroplacentária primitiva –comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas. Ao fuir o sangue pelas lacunas disponibiliza-se oxigênio e substâncias nutritivas para o embrião (sangue oxigenado das artérias endometriais espiraladas passa para as lacunas e é removido o sangue pobre em oxigênio pelas veias endometriais) Redes lacunares: •Formam-se aos 12 dias devido a fusão das lacunas do sinciciotrofoblasto adjacente •Aspecto esponjoso •Pólo embrionário: formam primórdios dos espaços intervilosos da placenta •Capilares endometriais em torno do embrião tornam-se congestos e dilatados formando os sinusóides (vasos de paredes delagadas e maiores que os comuns) que são rompidos pelo sincicio permitindo que o sangue materno flua livremente no interior da rede lacunar. •Trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares e transfere ao embrião. Reação Decidual: •Transformação das células do tecido conjuntivo endometrial após a implantação •Acúmulo de glicogênio e lipídeos no citoplasma das células que ficam intumescidas e são denominadas de células deciduais. •Função: fornecer ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado. Desenvolvimento: 1.Celoma extra-embrionário •Formados a partir dos espaços celômicos extra-embrionários que se desenvolvem no mesoderma extra-embrionário •Preenchida por fluido e envolve o âmnio e o saco vitelino exceto onde estã aderidos ao córion e pedículo do embrião •Torna-se a cavidade coriônica Divide o mesoderma extra embrionário em 2 camadas: 2.Saco vitelino primário 1.Diminui gradativamente com a formação do celoma extraembrionário 2.Formação de um pequeno saco vitelino secundário 3.Saco vitelino é o sítio de origem das células germinativas primordiais . Cavidade amniótica - Espaço entre o trofoblasto e a massa celular interna 4. Saco coriônico –Final da 2ª semana –Surgimento das vilosidades coriônicas primárias (proliferação citotrofoblasto) – 1º estágio de formação das vilosidades coriônicas da placenta 5. Massa celular interna - Final da 2ª semana de desenvolvimento: Disco embrionário bilaminar (ectoderme e endoderme). •Epiblasto – ectoderma primitivo (assoalho da cavidade amniótica) •Hipoblasto- endoderma primitivo (teto do saco vitelino) O embrião é formado por um disco embrionário bilaminar: –Ectoderme (epiderme e sistema nervoso) –Endoderme (sistema respiratório, digestório, glândulas anexas) –Mesoderma extra-embrionário- envolve toda superfície externa do disco germinativo TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Terceira semana do desenvolvimento embrionário •Rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário nesta semana caracteriza-se por: –Aparecimento da linha primitiva –Desenvolvimento da notocorda –Diferenciação das 3 camadas germinativas •Ao final da 3ª semana podem ser notados sintomas da gravidez como náuseas, vômitos. O momento do início dos sintomas é variável. O sangramento vaginal na época esperada da menstruação não exclui a gravidez porque pode haver uma pequena perda de sangue no local de implantação do blastocisto. •Sangramento da implantação: –extravasamento de sangue para a cavidade uterina das redes lacunares rompidas pelo blastocisto implantadoGastrulação: •Evento significativo que ocorre na 3ª semana 1º sinal da gastrulação: aparecimento como opacidade por uma faixa linear espessada no epiblasto: Linha primitiva •Migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário •Formação das 3 camadas germinativas precursoras de todos os tecidos embrionários. As células do epiblasto originam as 3 camadas germinativas do embrião •Orientação axial são estabelecidas nos embriões •O disco embrionário bilaminar é convertido em trilaminar •É o início do processo da morfogênese •Durante este período o embrião é as vezes denominado de gástrula Disco germinativo trilaminar –Ectoderme (epiderme e sistema nervoso central e periférico, olho, orelha interna, células da crista neural, tec conj da cabeça) –Mesoderme (origina todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas e revestimento dos vasos sanguíneos, todo músculo liso visceral, todos os revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo, ductos e órgãos do sistema reprodutivo e secretor e maior parte do sistema cardiovascular, origina todos os tecs conjuntivos incluindo cartilagem, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma dos órgãos internos) –Endoderme (fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e TGI, incluindo glândulas que se abrem o TGI e as células glandulares dos órgãos associados (fígado, pâncreas) Figura 01. Dias 15 a 18 de gestação (MOORE: PERSAUD, 2008) Linha primitiva: •Proliferação e formação do Nó primitivo •Ao mesmo tempo forma-se o sulco primitivo que continua com uma pequena depressão no nó primitivo (fosseta primitiva) •Sulco + Fosseta primitivo resultam da invasão (movimento para dentro) das células epiblásticas 1.Logo após o aparecimento da linha primitiva há migração das células da superfície profunda formando o MESÊNQUIMA (tecido conjuntivo). 2.Céls mesenquimais: amebóides e ativamente fagocíticas. 3.Mesênquima: - forma os tecidos de sustentação do embrião (maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e trama de conj das glândulas). 4.Parte do mesênquima forma o MESOBLASTO (mesoderma indiferenciado) que forma o MESODERMA EMBRIONÁRIO ou INTRAEMBRIONÁRIO Destino da linha primitiva: •Forma ativamente o MESODERMA pelo ingresso de células até o início da 4ª semana, que depois se torna mais lenta. •A linha primitiva diminui de tamanho e torna-se uma estrutura insignificante na região sacro- coccígea do embrião. •Normalmente sofre mudanças degenerativas e desaparece no fim da quarta semana Camadas germinativas: •Células que permanecem no Epiblasto formam o ECTODERMA EMBRIONÁRIO ou INTRAEMBRIONÁRIO •Células do epiblasto+ nó primitivo + céls de outras partes da linha primitiva deslocam o hipoblasto formando o ENDODERMA EMBRIONÁRIO no teto do saco vitelino •Moléculas sinalizadoras: fatores de crescimento transformantes induzem o mesoderma, participam da especificação dos destinos da camada celular germinativa (TGF beta, fator de transcrição T-box (vegT) e a via de sinalização Wnt parecem estar envolvidos na especificação do endoderma •Céls mesenquimais originadas da linha primitiva migram amplamente e são pluripotenciais. Processo notocordal e notocorda: •Algumas células mesenquimais que ingressaram pela linha primitiva tiveram destinos de céls do mesoderma migrando cefalicamente do nó e da fosseta primitivos formando um cordão celular mediano denominado PROCESSO NOTOCORDAL •Possui uma luz denominada canal notocordal •Cresce cefalicamente entre ectoderma e endoderma até alcançar a placa pré cordal (pequena área circular de células endodérmicas colunares onde o ectoderma e endoderma estão em contato) •Mesoderma pré-cordal: população mesenquimal anterior a notocorda e essencial para a indução do cérebro anterior e do olho Placa pré-cordal: •primórdio da membrana buco-faríngea (localizada no futuro local da cavidade oral) •Pode ter papel como centro sinalizador de controle do desenvolvimento de estruturas cranianas Caudal a linha primitiva: •Membrana cloacal: futuro ânus •Células mesenquimais da linha primitiva: –Juntamente com céls do processo notocordal migram lateralmente e cefalicamente entre outras céls mesodérmicas (entre ectoderma e mesoderma) até alcançarem as bordas do disco embrionário. Estão em continuidade com o mesoderma extraembrionário que cobre o âmnio e saco vitelino. –Migração cefálica para cada lado do processo notocordal em torno da placa notocordal e em torno da placa pré-cordal. Nesse local se encontram cefalicamente formando o mesoderma cardiogênico (área cardiogênica) onde o primórdio do coração começa a se desenvolver ao final da terceira semana •Membrana cloacal e membrana buco-faríngea: –disco embrionário parece bilaminar porque a ectoderma e endoderma estão fundidos impedindo a migração de células entre os folhetos •Metade da terceira semana: –mesoderma intra-embrionário separa o ectoderma do endoderma (exceto na membrana buco-faríngea, no plano mediano onde se localiza o processo notocordal, caudal na membrana cloacal) •Sinalização indutora da região da linha primitiva induzem as céls precursoras notocordais a formarem a NOTOCORDA uma estrutura celular semelhante a uma haste. •Mecanismo molecular de sinalização: Shh da placa ventral do tubo neural NOTOCORDA: 1.Extende-se da membrana buco-faríngea ao nó primitivo 2.Funciona como um indutor primário (centro sinalizador) do embrião inicial. Fornece sinais necessários para o desenvolvimento do eixo axial (ossos da cabeça e coluna vertebral) e o sistema nervoso central 1.Define o eixo primitivo do embrião dando uma certa rigidez. Contribui para a formação dos discos vertebrais 3.Notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural 4.Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais de formam persistindo como núcleo pulposo de cada disco Figura 02. Formação da notocorda (MOORE: PERSAUD, 2008) Alantóide: •Allas: salsicha •Surge ao redor do 16º.dia como pequeno divertículo (evaginação) em forma de salsicha da parede caudal do saco vitelino ao pedículo do embrião. Humanos: •permanece muito pequeno porém o mesodermo alantóide se expande abaixo do córion formando os vasos sanguíneos da placenta •Parte proximal permanece durante quase todo o tempo sendo denominado de úraco que se estende da bexiga até a região umbilical. Nos adultos representa o ligamento umbilical mediano •Vasos sanguíneos do alantóide tornam-se as artérias umbilicais. •Parte embrionária das veias umbilicais tem origem diferente QUARTA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ATÉ O NASCIMENTO Aspectos internos e externos do embrião da quarta a oitava semana do desenvolvimento embrionário - Diferenciação das camadas germinativas nos diversos tecidos e órgãos e ao final do período embrionário observam-se os primórdios de todos os principais sistemas de órgãos estabelecidos. - Aspecto do embrião: –Formação do encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos. Tabela 01. Folhetos embrionários e estruturas originadas Tabela 2 - Estágios Carnegie embrionários Estági o Carne gie Dias Tamanh o Características principais 1 1 0.1 - 0.15 mm Formação do embrião pós fertilização 2 2-3 0.1 - 0.2 mm Mórula 3 4-5 0.1 - 0.2 mm Blastocisto 4 6 0.1 - 0.2 mm Implantação (início) 5 7-8 0.15 - 0.2 mm Embrião bilaminar 6 17 0.2 mm Crista neural primitiva7 19 0.4 mm Notocorda e placa neural 8 23 0.5 - 1.5 mm Processo axial 9 25 1.5 - 2.5 mm Somitos 10 28 2 - 3.5 mm Fechamento do tubo neural 11 29 2.5 - 4.5 mm Fechamento do neuroporo rostral 12 30 3 - 5 mm Fechamento do neuroporo caudal 13 32 4 - 6 mm Mais de 30 somitos 14 33 5 - 7 mm Primórdio do cerebelo 15 36 7 - 9 mm Genese do botão do membro anterior 16 39 8 - 11 mm Pigmentação dos olhos 17 41 11 - 14 mm Atrofia da cauda embrionária 18 44 13 - 17 mm O embrião masculino pode ser determinado 19 46 16 - 18 mm Mandíbula, maxilar e articulações 20 49 18 - 22 mm Separação dos dedos 21 51 22 - 24 mm Pés e mãos ficam próximos e podem se tocar 22 53 23 - 28 mm Septo nasal 23 56 27 - 31 mm Cabeça totaliza 50% do tamanho do embrião Figura 01 - Estágios Carnegie embrionários Período fetal •O período fetal começa da 9ª semana após a fertilização e termina com o nascimento. •Caracteriza-se por: -um rápido crescimento corporal; -diferenciação dos diversos sistemas -diminuição relativa do ritmo de crescimento da cabeça em comparação ao resto do corpo. •Até cerca de 30 semanas –feto tem uma aparência avermelhada e enrugada (fina espessura da pele e ausência relativa de gordura subcutânea) •Últimas seis a oito semanas –Desenvolvimento rápido da gordura dando ao feto uma aparência lisa e rechonchuda. •Fase terminal –especialmente destinada a formação dos tecidos –preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intra-uterino para o extra- uterino. Desenvolvimentoda forma externa: •Dividido em 3 períodos: –Período pré-embrionário –Período embrionário - Período fetal •Período Pré-Embrionário: –Fecundação até a gastrulação •Período Embrionário: –Início da 4ª semana – 8ª semana –Surgimento dos somitos permitindo determinar a idade do embrião: •20 dias de desenvolvimento- 1 a 4 pares de somitos •21 dias- 4 a 7 pares de somitos •22 dias- 7 a 10 pares de somitos •30 dias- 34 a 35 pares de somitos Período Fetal –9ª semana até final da gestação –O embrião adquire aspecto humano e passa a ser chamado de feto –Neste período há essencialmente o crescimento do feto ( crescimento da cabeça menor do que do corpo) –Idade do embrião pelo comprimento vértice-nádega (distância reta do vértice cefálico até região caudal)- valores aproximados Resumo dos meses de gestação: Primeiro mês: 1.Fertilização 2.Clivagem 3.Implantação- cerca do 10º dia 4.Desenvolvimento do trofoblasto (citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto) – Placenta presa ao embrião pelo cordão umbilical 5.Disco embrionário (bilaminar para trilaminar) 6.Cerca do 16º dia- células sanguíneas primitivas 7.Extremidade cefálica do embrião (fusão dos finos vasos) formando o coração (inicialmente um tubo cardíaco) 8.Cerca do 21º dia- início dos batimentos cardíacos, surgimento do sistema nervoso (placa neural, sulco neural, pregas neurais- neurulação) 9.Final: •embrião com aproximadamente 6mm de comprimento •Cabeça muito encurvada para frente •Pequena cauda pontuda recurvada abaixo do ventre •Não possui face apenas abertura ampla e funda •Coração grande •Dorso há 35 somitos que originarão as massas musculares •Arcos branquiais Esboços de órgãos adultos: olhos, nariz, estômago, rins Segundo mês •Importante: Neste período estabelece-se em definitivo o padrão da organogênese sendo o feto sensível a agentes teratogênicos!! -Embrião possui um face •Pescoço liso suporta uma enorme cabeça •Braços e pernas mostram dedos, cotovelos e joelhos •Glândulas sexuais específicas (testículos e ovários) e aparência dos órgãos sexuais externos •Maior desenvolvimento da cauda e posterior regressão •Aumento do embrião –6 vezes o comprimento (6mm- 35mm) –500 vezes o peso (100 miligramas) •Final: –Maxilar inferior pequeno –Queixo pouco pronunciado –Nariz largo e chato –Olhos muito distantes –Testa proeminente –Aparecimento dos ossos (inferior do braço e pernas) e primeiros centros de ossificação – nitidez e diferenciação de membros e dedos –Constitutição dos músculos é definitiva –Moldes para componentes da espinha dorsal –Aparecimento do fígado (ao final inicia função de secreção de bile) –Apêndice caudal menos distinto até incorporar-se a região inferior do tronco (pelve) Terceiro mês: •Desenvolvimento de boca, nariz e garganta previamente formados •Aparecimento do gérmen do dente •Surgimento das cordas vocais •Sinais de atividade do sistema digestório •Surgimento do pâncreas •Desenvolvimento do órgãos sexuais externos masculinos (aumento do comprimento do pênis, glande, epitélio e testículos (até 7º mês para a cavidade abdominal) •Não há muita evolução nos órgãos sexuais femininos (4º mês) •Ossos, músculos traçam forma e robustez ao corpo fetal •Batimentos cardíacos fortes •Final: –Comprimento quase duplicado (8 cm e peso de 40 gramas) –Início da movimentação do feto no interior do saco amniótico (não perceptível para a mãe) –Volume da cabeça em relação ao corpo é um pouco menor –Impressões digitais, palmares bem desenvolvidas –TODOS OS GRANDES SISTEMAS ESTÃO FORMADOS!! Quarto mês •Comprimento cerca de 14 cm de 200 gramas de peso •Pele é finíssima desprovida de gordura subcutânea •Transparência- cor vermelha ao feto (rede capilar e tecidos irrigados) •Rins filtram água e resíduos catabólitos do sangue, emitem urina para a bexiga e líquido amniótico que é deglutido pelo feto. Eliminação é feita quando há o transporte pelo sangue fetal pelo cordão umbilical até a placenta •Mãe começa a perceber os movimentos fetais •Esqueleto ósseo em formação e pode ser visualizado pelo Raio X •Cobertura corpórea de uma capa protetora caseosa Quinto mês •Pele enrugada •Mede cerca de 30cm e pesa cerca de 450 gramas •Órgãos internos já estão arquitetados •Derivados da pele (cabelos) cobrem todo o crânio e o corpo está coberto por um pelo macio (lanugo e lanugem), aparecimento das unhas •Coração e pulmão na região do futuro pescoço •Fígado, estômago e mesonéfrons no futuro peito •Cordão umbilical na altura do futuro diafragma •Abdomen e pelve são reduzidos e particamente não existem •Digestão rudimentar •Mecônio- primeira fezes do recém nascido •Corção bate cerca de 120 a 160 vezes por minuto e é audível ao estetoscópio •Não consegue sobreviver fora do útero materno Sexto mês •Peso chega a 800 gramas •Pálpebras reabrem •Olhos inteiramente formados (membrana opaca e delgada denominada membrana pupilar- desaparece no 7ºmês ou persiste até nascer) •Íris não possui pigmentação completa – azul-cinzenta •Surgimento de cílios e sombrancelhas •Delimitação nítida de lábios •Pulmões desenvolvidos para poder respirar por poucas horas caso venha nascer prematuramente •Glândulas sebáceas secretam exsudato denso e untuoso denominado verniz caseoso que protege a pele do feto durante o parto Sétimo mês •Sistema Nervoso bastante desenvolvido para vida independente, porém ainda devendo-se desenvolver nos 2 meses finais •Sexo masculino- descida dos testículos para bolsas escrotais •Final mede 27 cm e 1.300 gramas de peso •Sistemas desenvolvidos para sobrevivência precária Oitavo mês •Membros gradualmente mais cheios e firmes •Ganho de peso muito rápido e 200 a 250g por semana (últimas 8 semanas) •Condições de sobrevivência
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