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INTRODUÇÃO E NOÇÕES DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO 
Sistema Genital Masculino 
É constituído pelos testículos, sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e 
uretra), glândulas anexas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândula bulbouretral), 
escroto e pênis. O sistema reprodutor masculino está relacioando com a produção de 
espermatozóides, na produção de hormônios sexuais masculinos e na liberação de gametas. O 
sistema de ductos realiza o transporte e armazenamento dos espermatozóides, auxiliando na 
maturação e transporte até o exterior. 
 
a) Testículos 
Encontrados aos pares e envolvidos por uma camada espessa de tecido conjuntivo denso 
denominado de túnica albugínea. Estão relacioandos com a produção de espermatozóides 
(espermatogênese) e a secreção hormonal. Os testículos possuem cerca de 200-300 lóbulos que 
contém de um a quatro túbulos muito espiralados denominados de túbulos seminíferos nos quais são 
produzidos os espermatozóides. O processo em que ocorre a produção dos espermatozóides recebe 
a denominação de espermatogênese. Os túbulos seminíferos possuem um epitélio germinativo ou 
epitélio seminífero constituído por células da linhagem espermatogênica (células produtoras de 
espermatozóides) e células de Sertoli (funções de suporte da espermatogênese). O processo de 
diferenciação final do espermatozóide é denominado de espemiogênese.As células mióides localizam-
se na porção mais externa e possuem características de células musculares lisas, possuindo atividade 
contrátil. Entre os espaços dos túbulos seminíferos observam-se as células intersticiais ou de Leydig 
envolvidas com a produção hormonal. 
As células de Sertoli se estendem da membrana basal em direção ao lúmen do túbulo. As células de 
Sertoli estão unidas por junções de oclusão masi internamente a membrana basal e espermatogônias 
formando a barreira hematotesticular isolando os gametas que estãos e desenvolvendo do sangue 
impedindo que ocorra a resposta imune frente as células espermatogênicas que podem ser 
reconhecidas como estranhas devido a quantidade reduzida de cromossomos. A função das células de 
Sertoli está em proteger e sustentar as células espermatog~enicas em desenvolvimento. Outras 
funções incluem a produção de líquido para o transporte de espermatozóides, secreção do hormônio 
inibina re regulação dos hormônios testosterona e folículo estimulante (FSH). 
As células de Leydig ou intersticiais encontram-se nos espaços entre os túbulos seminíferos e são 
responsáveis pela secreção de testosterona. A testosterona é um androgênio que estimula o 
desenvolvimento das características masculinas e estimula a libido masculina. 
As células germinativas primordiais migram do saco vitelino entrando no testículo ao redor da quinta 
semana de desenvolvimento embrionário. Estas células germinativas primordiais se diferenciam em 
espermatogônias que iniciam o processo de produção dos espermatozóides na puberdade. 
 
b) Ductos do Sistema Genital Masculino 
Ductos do testículo 
Os espermatózóides seguem por uma série de ductos curtos denominados de túbulos seminíferos 
retos que leva a uma rede de ductos denominada de rede do testículo. A seguir os espermatozóides 
seguem pelos dúctulos eferentes em direção ao ducto do epidídimo. 
 
Epidídimo 
Constituído pelos ductos do epidídimo e dividido em cabeça, corpo e cauda. Os dúctulos eferentes 
entram na cabeça e a extremidade distal do ducto epididimário emergindo da cauda tornando-se o 
ducto deferente. O corpo é a parte média e estreita, e a cauda continua como ducto deferente. Os 
ductos do epidídimo estão envolvidos por células musculares lisas que auxiliam na movimentação dos 
espermatozóides devido as suas contrações peristálticas. O epitélio é revestido por estereocílios que 
aumentam a superfície de reabsorção dos espermatozóides degenerados.O epidídimo é o local onde 
ocorre a maturação dos espermatozóides onde estes adquirem a motilidade, e é o local de 
armazenamento dos espermatozóides que podem permanecer viáveis por meses e se estes não 
forem ejaculados serão reabsorvidos. 
 
Ducto deferente 
Esta estrutura sobe ao longo da margem posterior do epidídimo , entra na cavidade pélvica e a região 
terminal dilatada é denominada de ampola. O ducto deferente conduz os espermatozóides do 
epidídimo para a uretra durante a excitação sexual pelas contrações peristáticas da túnica muscular. 
Neste local ocorre o armazenamento dos espermatozóides por meses. Os espermatozóides não 
ejaculados serão reabsorvidos. 
 
Figura 01. Sistema Reprodutor Masculino (Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004) 
 
c) Glândulas Acessórias 
São as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que produzem secreções importantes 
para a função reprodutiva do homem. 
Vesículas seminais 
São estruturas tubulares contorcidas, encontradas aos pares e localizadas posteriormente a base da 
bexiga e anteriormente ao reto. Produzem uma secreção viscosa e alcalina contendo frutose, 
prostaglandinas e proteínas de coagulação diferentes das sanguíneas. A frutose constitui uma fonte 
energética para aos espermatozóides, as prostaglandinas contribuem para a motilidade podendo 
estimular as contrações uterinas do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de 
coagulação auxiliam na coagulação do sêmen após a ejaculação e a natureza doalcalina deste líquido 
seminal neutraliza o ambiente ácido da uretra masculina e do trato do sistema genital feminino que 
inativaria ou causaria a morte dos espermatozóides. 
Próstata 
Glândula única situada na porção inferior a bexiga urinária envolvendo a porção prostática da uretra. 
Do nascimento a puberdade há aumento gradativo da próstata, ocorrendo rápida expansão ao redor 
dos 30 anos de idade permanecendo estável até por volta dos 45 anos quando novamente se 
espande. Há secreção de um líquido leitoso, com pH aproximado de 6,5 contendo ácido cítrico que é 
utilizado para a produção de ATP. Contém enzimas proteolíticas como o antígeno prostático 
específico (PSA) , pepsinogênio, lisozima, amilase e a hialuronidase que decompõem as proteínas de 
coagulação provenientes das glândulas seminais. O líquido prostático contém a seminalplasmina que 
tem ação antibiótica diminindo a quantidade de bactérias que naturalmente são encontradas no 
sêmen e no trato inferior do sistema genital feminino. Não se conhece os efeitos da fosfatase ácida 
secretada pela próstata. As secreções da próstata correspondem a 25% do volume so sêmen 
contribuindo para a motilidade e viabilidade do espermatozóide. 
 
Bulbouretrais (glândulas de Cowper) 
Encontradas aos pares localizadas na região inferior a próstata no interior dos músculos transversos 
profundos do períneo. Secretam um líquido um líquido alcalino na uretra (durante a excitação sexual) 
protegendo os espermatozóides ao neutralizar o pH ácido da urina presnte na uretra. estas glândulas 
secretam um muco que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra protegendo os 
espermatozóides durante a ejaculação. 
 
Figura 02. Glândulas acessórias do sistema Reprodutor Masculino (Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 
2010) 
 
Sêmen 
É uma mistura de espermatozóides e líquido seminal (conjunto da secreção dos túbulos seminíferos, 
glândulas seminais, próstata e bulbouretrais). Normalmente a ejaculação tem um volume de cerca de 
2,5 a 5 mL e de 50 a 150 milhões de espermatozóides por mL. O pH ligeriamente alcalino (7,2 a 7,7) se 
deve ao grande volume de líquido das glândulas seminais. O sêmen coagula após 5 minutos da 
ejaculação devido as proteínas de coagulação das vesículas seminais. Não se sabe o exato papel desta 
proteínas,porém após 10 a 20 minutos o sêmen volta a tornar-se líquido pois há decomposição do 
coágulo por ação do PSA e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata. 
 
d) Pênis 
 Constitutído pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil envolvidos pela pele. Na parte dorsal 
do pênis estão localizados os 2 cilindros denominados de corpos cavernosos do pênis. Na porção 
ventral encontra-se o terceiro cilindro denominado de corpo cavernoso da uretra ou corpo esponjoso 
e que envolve a uretra. Na extremidade distal encontra-se a glande do pênis. O prepúcio é uma dobra 
de pele retrátil que contém músculo liso. Há glândulas sebáceas na dobra interna da pele que recobre 
a glande. 
 
Referências Bibliográficas (figuras): 
JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Aparelho Reprodutor Masculino. In: Histologia Básica.Editora 
Guanabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 10ª edição. 488 pp. 2004. 
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Sistema Genital. In: Princípios de anatomia e fisiologia. Editora 
Guabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 12ª edição. 1228 pp. 2010. 
INTRODUÇÃO E NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
Sistema Genital Feminino 
O sistema genital feminino é constituído pelos ovários (gônadas femininas), tubas uterinas, útero, 
vagina e órgãos genitais femininos externos. As glândulas mamárias são consideradas como parte do 
sistema genital feminino e do sistema tegumentar, apesar de ser diretamente influenciadas pelo 
estado funcional do sistema reprodutor. 
Dentre as funções deste sistema estão incluídas a produção de gametas femininos denominados de 
ovócitos, manutenção do ovócito fertilizado durante o seu desenvolvimento completo da fase 
embrionária até o nascimento e a produção de hormônios sexuais que controlam a atividade deste 
sistema influenciando todo o organismo. 
Há considerável alteração da estrutura deste sistema desde a infância até a maturidade reprodutiva 
(menarca- primeira menstruação) onde notam-se modificações cíclicas na sua estrutura e atividade 
funcional sob ação hormonal. A menopausa ocorre em um período variável onde as modificações 
cíclicas passam a ser irregulares e finalmente cessam. Na pós-menopausa ocorre a involução das 
estruturas que compõem este sistema. 
 
Figura 01. Sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) 
 
 
a) Ovários 
Os ovários são as gônadas femininas, glândulas pares que são responsáveis pela produção dos 
gametas femininos e de hormônios sexuais incluindo a progesterona, estrogênios, inibina e relaxina. 
Localizam-se um de cada lado do útero descendo durante o terceiro mês de desenvolvimento para a 
parte superior da cavidade pélvica. Para a manutenção dos ovários em sua localização estão 
presentes o ligamento largo do útero, ligamento útero ovárico e ligamento suspensor do ovário. 
Nota-se a presença do hilo onde se localizam vasos sanguíneos e nervos. 
Histologicamente os ovários são constituídos em sua superfície por um epitélio germinativo (epitélio 
pavimentoso simples) e logoa abaixo por uma camada de tecido conjuntivo denso denominado de 
túnica albugínea. O ovário é divido no córtex onde há predominância dos folículos ovarianos 
contendo os ovócitos que derivam de sucessivas divisões celulares das ovogônias que ocorrem no 
período fetal. O folículo ovariano é constituído por uma camada de células foliculares que envolvem 
um ovócito. Os folículos se desenvolvem devido a influência hormonal a cada ciclo menstrual. 
 
Desenvolvimento inicial dos ovários 
No primeiro mês de vida embrionária há migração das células germinativas primordiais que são uma 
pequena população de células provenientes do anexo fetal denominado de saco vitelino até os 
primórdios gonadais onde está ocorrendo o desenvolvimento das gônadas. Estas células se dividem 
intensamente nas gônadas originando as ovogônias que no segundo mês de vida embrionária 
atingem cerca 600 mil ovogônias e quase cerca de 7 milhões por volta do quinto mês de gestação. 
As ovogônias a partir do terceiro mês de gestação iniciam a prófase da primeira divisão meiótica 
parando na fase de diplóteno da prófase da primeira meiose constituindo os ovócitos primários que 
encontram-se envolvidos por uma camada de células foliculares (achatadas). Até cerca do sétimo mês 
de gestação a maior parte das ovogônias já se transformou em ovócito primário, porém muitos destes 
ao longo da gestação passam por um processo degenerativo denominado de atresia. Desta maneira 
no período próximo da puberdade os ovários contém cerca de 300 mil ovócitos primários, e como a 
atresia continua durante a vida reprodutiva da mulher ao redor dos 40 a 45 anos de idade restam 
apenas 8 mil ovócitos. Calcula-se que somente cerca de 450 ovócitos sejam liberados ao longo da vida 
reprodutiva da mulher (vida reprodutiva com duração média de 30 a 40 anos) fato explicado pela 
liberação de apenas 1 ovócito a cada ciclo menstrual e a degeneração de muitos por atresia. 
 
b) Tubas uterinas 
As mulheres possuem 2 tubas uterinas (denominadas de ovidutos) estendendo-se da proximidade do 
ovário ao lúmen uterino. Medem aproximadamente 10-12 cm de comprimento e estão situados entre 
as pregas do ligamento largo do útero. Esta região é uma via para chegada dos espermatozóides e o 
transporte dos ovócitos secundários e ovócitos fertilizados (zigoto) para o útero. A tuba uterina é 
subdividida em 4 regiões denominadas de infundíbulo, ampola, istmo e porção intramural. O 
infundíbulo que se abre para a cavidade peritoneal próximo ao ovário e possui prolongamentos 
digitiformes denominados de fímbrias. A ampola é a parte mais larga e longa formando cerca dos 2/3 
laterais da sua extensão. O istmo é a parte mais espessa, estreita, curta e medial que se une ao útero. 
A porção intramural atravessa e se abre no interior do útero. 
Histologicamente a tuba uterina é constituída de 3 camadas: 1. túnica mucosa (epitélio colunar 
simples e tecido conjuntivo frouxo), 2. túnica muscular (músculo liso disposto numa camada circular 
interna e longitudinal externa), 3. túnica serosa (membrana serosa). O epitélio da mucosa contém 2 
tipos celulares um tipo ciliado e outro tipo secretor. A movimentação dos cílios seguem em direção ao 
útero movimentando uma película de muco que recobre a superfície. Este muco é proveniente das 
células secretoras possuindo funções secretoras e de proteção ao ovócito. Além disso este secreção 
promove a ativação também denominada de capacitação do espermatozóide. 
Normalmente a fertilização ocorre na ampola da tuba uterina. 
 
c) Útero 
Anatomicamente está situado entre a bexiga urinária e o reto, com um formato de pêra invertida e 
tamanho aproximado em mulheres que nunca engravidaram de 7,5 de comprimento por 5cm de 
largura e 2,5 de espessura. Nota-se que o útero é maior em mulheres que tiveram uma gestação 
recente e menor em mulheres após a menopausa devido ao declínico dos hormônios sexuais. 
O útero está subdividido em fundo do útero (porção superior), corpo do útero (porção central) e colo 
do útero (porção inferior) que se abre na vagina. Nomrlamente o corpo do útero assume uma posição 
de anteflexão (projeta-se anterior e superiormente sobre a bexiga urinária). Possui diversos 
ligamentos que mantém a sua posição: ligamentos largos, ligamentos retouterinos (uterossacrais), 
ligamentos transversos do colo, ligamentos redondos. 
Histologicamente consiste de 3 camadas denominadas de: 1. perimétrio (túnica serosa), 2. miométrio 
(camada média e muscular), 3. endométrio (camada interna). O perimétrio é a parte do peritôneo 
visceral constituído por um epitélio pavimentoso simples e tecido conjuntivo areolar. O miométrio é a 
camada mais espessa constituído de músculo liso distribuídas em3 camadas definidas. A camada 
interna e externa são longitudinais ou oblíquas e a camada média é a mais espessa e circular. No 
trabalho de parto as contrações coordenadas do miométrio principalmente pela ação do hormônio 
ocitocina auxiliam na expulsão do feto. O endométrio é muito vascularizado e possui 3 componentes: 
epitélio colunar simples que reveste o lúmen (com células ciliadas e células secretoras), estroma 
endometrial e glândulas endometriais (tubulares simples) que podem se ramificar nas porções mais 
profundas próximas do miométrio. O endométrio é dividido em 2 camadas denominadas de estrato 
funcional que reveste a cavidade uterina e se desprende na menstruação e o estrato basal que é a 
camada mais profunda e origina um novo estrato funcional após a menstruação. 
O muco do colo uterino é produzido pelas células secretoras da mucosa do colo do útero contendo 
água, glicoproteínas, lipídios, enzimas e sais inorgânicos. Este muco favorece a entrada do 
espermatozóide por protegê-lo da ação dos fagócitos e do meio hostil da vagina e útero, exercendo 
papel na capacitação (série de alterações funcionais para que seja capaz de fertilizar o ovócito). O 
muco permite a entrada do espermatozóide no período da ovulação devido ao fato de se tornar 
menos viscoso e mais alcalino (pH=8,5). Após este período o muco torna-se mais viscoso não 
favorecendo a penetração do espermatozóide, formando uma espécie de tampão no colo do útero. 
Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são importantes durante a menstruação. As artérias 
uterinas (ramos da artéria ilíaca interna) levam o sangue até o útero, e se ramificam nas artérias 
arqueadas dispostas circularmente no miométrio. Estas se reamificam nas artérias radiais que 
penetram profundamente no endométrio. Antes das ramificações entrarem no endométrio há uma 
divisão em 2 tipos de arteríolas: as arteríolas retas (suprem o estrato basal para regenerar o estrato 
funcional) e as arteríolas espirais (suprem o estrato funcional mudando muito durante o ciclo 
menstrual). O suprimento sanguíneo do útero é muito imporante para realizar o crescimento de um 
novo estrato funcional após cada menstruação, a implantação do blastocisto e o desenvolvimento da 
placenta. 
A cérvix uterina é uma porção cilíndrica mais baixa do útero e histologicamente distinta do útero. 
Possui uma mucosa constituída por epitélio colunar simples capaz de secretar muco. Consiste em sua 
maior parte de tecido conjuntivo denso possuindo poucas fibras musculares lisas. A porção externa da 
xérvix faz saliência com o lúmen da vagina e possui um epitélio pavimentoso estratificado. Nota-se a 
presença de glândulas mucosas cervicais que são altamente ramificadas. A mucosa desta região não 
sofre muitas mudanças durante o ciclo menstrual e não descama com a mesntruação. As secreções 
da cérvix tem importãncia grande na fertilização, onde na época da ovulação as secreções são mais 
fluidas facilitando a penetração do esperma no útero. Durante a gestação devido a ação da 
progesterona a secreção fica mais viscosa impedindo a entrada de microorganismos e do esperma 
para o interior do útero. 
 
Figura 02. Estruturas do sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) 
 
 
d) Vagina 
A vagina é um canal fibromuscular longo e tubular, não contém glândulas e consiste em 3 camadas: 
mucosa, muscular e adventícia. Em uma mulher adulta o epitélio é pavimentoso estratificado 
podendo conter uma pequena quantidade de queratoialina, não notando-se a intensa queratinização 
como nos epitélios queratinizados típicos. Quando sob a ação do hormônio estrógeno as células do 
epitélio vaginal acumulam grande quantidade de glicogênio que será depositado no lúmen da vagina 
quando este epitélio descama. As bactérias presentes na vagina utilizam o glicogênio e metabolizam 
produzindo ácido láctico que determina o pH baixo da vagina. Este ambiente ácido permite e 
proteção contra os microorganismos patogênicos. A túnica muscular é composta por músculo liso 
dispostos de maneira circular na porção externa e de maneira longitudinal na porção interna. Esta 
camada muscular tem capacidade de esticar permitindo acomodar o pênis durante a relação sexual e 
a passagem do bebê no momento do parto. A túnica adventícia é a camada de tecido conjuntivo 
areolar que está na porção superficial da vagina. O hímen é uma prega fina de túnica mucosa 
vascularizada está na margem ao redor da extremidade inferior da abertura da vagina para o exterior 
(óstio da vagina) fechando parcialmente. Após a sua ruptura permanece apenas pequenos resquícios 
desta estrutura. 
 
e) Vulva 
Composta pelos órgãos genitais femininos externos. Formado pelo monte do púbis, lábios maiores, 
lábios menores, clítoris, vestíbulo, glândulas parauretrais, glândulas vestibulares maiores e menores e 
pelo bulbo do vestíbulo. 
 
Figura 03. Estruturas do sistema reprodutor feminino (GUYTON; HALL, 2006) 
 
f) Períneo 
Região localizada na porção medial as coxas e nádegas contendo os órgãos genitais externos e o ânus. 
 
g) Glândulas Mamárias 
São glândulas sudoríparas altamente modificadas e são idênticas em homens e mulheres até a 
puberdade. Após esta fase devido a ação hormonal há desenvolvimento das mamas nas mulheres. Na 
mama existem numerosas glândulas mamárias que são alveolares compostas dividida em lobos que 
são drenados por ductos lactíferos (ducto galactóforo) liberando a secreção (leite) sobre a superfície 
do mamilo. 
 
Referências Bibliográficas (figuras): 
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Fisiologia feminina antes da gravidez e hormônios femininos. In:Tratado de 
fisiologia médica. Editora Elsevier. 11ª edição. 1115pp. 2006. 
CICLO REPRODUTIVO DA MULHER 
Ciclo menstrual 
 
O ciclo reprodutivo feminino é o processo no qual ocorrem alterações cíclicas no útero e ovário, onde 
cada ciclo tem duração de aproximada de um mês envolvendo a maturação do ovócito durante o ciclo 
ovariano e o ciclo uterino que corresponde a alterações que ocorrem no endométrio a fim de 
prepará-lo para o desenvolvimento do ovócito fertilizado. 
 
Fases do ciclo reprodutivo 
•Conduta cíclica dos ovários 
•Variação de 21 a 35 dias (média: 28 dias) 
•Dividida em 4 fases: 
1.Fase Menstrual (Menstruação) 
2.Fase Pré Ovulatória (fase proliferativa- útero) 
3.Ovulação 
4.Fase Pós-ovulatória 
 
1. Fase Menstrual: 
•Menstruação 
•Duração aproximada: primeiros 5 dias do ciclo (1º dia da menstruação marca o primeiro dia do 
novo ciclo) 
Eventos no ovário: 
Crescimento de cerca de 20 ou mais folículos 
•Acúmulo de líquido folicular 
Eventos no útero: 
•Diminuição do nível dos hormônios ováricos(especialmente a progesterona) estimula aliberação de 
prostaglandinas provocando a constrição de arteríolas espirais do útero– morte celular– 
desprendimento de todo o estrato funcional 
•Permanência do estrato basal (endométrio fica muito fino– de 2 a 5 mm) 
•Fluxo menstrual de cerca de 50 a 150 mL de sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais 
derivadas do endométrio que passam do útero para o colo e pela vagina para o exterior 
 
2. Fase pré ovulatória: 
Corresponde a 2ª fase do ciclo reprodutivo feminino. 
•Entre a menstruação e ovulação 
•Período de duração variável no ciclo em relação as outras fases (diferencia a duração do ciclo 
em mais longos ou mais curtos) 
•Duração: 6 a 13 dias (em um ciclo de 28 dias) 
 
Eventos no ovário: 
•Influência do FSH: crescimento dos folículos 
•Início da secreção de estrogênios e inibina pelo folículo dominante (por volta do 6º dia) diminuindo a 
secreção de FSH e parando o crescimento dos demais folículos e atresia. 
•Folículo dominante (maduro ou de Graaf) pode atingir20mm de diâmetro e estar pronto para a 
ovulação, aumenta a produção de estrogênio sob influência do LH, produz pequenas qtdes de 
progesterona 1 a 2 dias antes da ovulação. 
Eventos no útero: 
•Estrogênios liberados pelos folículos em crescimento estimulam reparo do endométrio (espessura do 
endométrio dobra para 4 a 10mm e há reparo das arteríolas) 
•Fase pré-ovulatória é também denominada de fase proliferativa (proliferação do endométrio) 
 
3. Ovulação: 
•Rompimento do folículo maduro e liberação do ovócito secundário (metáfase da meiose II) 
•Normalmente no 14º dia do ciclo de 28 dias 
•Testes de farmácia podem ser usados para prever a ovulação com 1 dia de antecedência – 
detecta o pico de LH 
•Há ruptura da parede do folículo maduro e liberação do ovócito que será capturado pela 
extremidade aberta e dilatada da tuba uterina onde o ovócito pode ser fecundado. 
•Normalmente liberação de 1 ovócito (2 ou mais- 2 ou mais embriões) 
• Líquido folicular: auxilia transporte do ovócito 
Eventos: 
1.Altos níveis de estrogênio – FEEDBACK positivo GnRH promovendo liberação de LH e FSH 
 
2.Pico de LH- ruptura do folículo dominante e expulsão do ovócito secundário 
3.Após ovulação há colpaso do folículo maduro e pequeno sangramento formando o corpo 
hemorrágico 
4.Coágulo é reabsorvido pelas céls foliculares restantes e formam o corpo lúteo sob a influência do 
LH. 
5.Estimulado pelo LH o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênio, relaxina e inibina 
O efeito de feedback positivo dos estrogênios sobre o hipotálamo e adenohipófise NÃO ocorre se 
a progesterona estiver presente ao mesmo tempo. 
 
 
Figura 01. Ovulação (ruptura do folículo) 
 
 
 
 
4. Fase pós ovulatória 
•Período de duração mais constante 
•Duração: 14 dias (do 15º ao 28º dia em um ciclo de 28 dias) 
•Período entre a ovulação e o início da próxima menstruação 
Evento nos ovários: 
•Influência do LH: 
estímulo ao desenvolvimento do corpo lúteo 
•Secreção de qtdes crescentes de progesterona e alguns estrogênios 
•FASE LÚTEA do ciclo ovariano 
•Oócito Não fertilizado: 
• corpo lúteo tem vida útil de 2 semanas, atividade secretora diminui e se transforma no corpo 
albicans 
• diminuição dos níveis de progesterona, estrogênios e inibina levando a liberação de GnRH, FSH, LH 
recomeçando o novo ciclo. 
 
Evento no útero: 
 
•Progesterona e estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem: 
crescimento e enrolamento das glândulas endometriais 
espessamento e vascularização do endométrio e aumento do volume do líquido tecidual 
 
 1 semana após a ovulação as mudanças atingem o ponto máximo- tempo provável da chegada do 
oócito fertilizado 
 
•FASE SECRETORA 
 Não fertilização: 
 • nível de progesterona diminui devido degeneração do corpo lúteo e ocorre a menstruação 
 
 Formação do corpo lúteo 
Há um acúmulo de pigmento lipídico amarelado (luteína). 
 •As células sofrem alterações após ruptura da parede ovariana 
• Células granulosa: 
•céls granulosa-luteínicas 
•Hipertrofia 
•característica de células secretoras de esteróides 
- Células teca foliculares: céls teca-luteínicas 
 •Paredes foliculares tornam-se pregueadas 
•Coágulo após a hemorragia: corpo hemorrágico 
•Parte mais central: restos de coágulos e tecido conjuntivo 
 
Caso não ocorra a fertilização: 
• Ocorre a degeneração do corpo lúteo, fagocitose por macrófago e substituição por uma 
cicatriz de tecido conjuntivo. Forma-se o Corpo Albicans- corpo branco devido grande 
quantidade de colágeno. Havendo a fertilização há formação do corpo lúteo gravídico. 
 
 Corpo luteo gravídico: 
•Células trofoblásticas do embrião implantado: 
–Liberação de gonadotrofina coriônica humana (HCG)sinalizando o corpo lúteo 
•Crescimento adicional desta glândula endócrina estimulando a secreção de progesterona: 
–manutenção da mucosa uterina durante a gestação 
–Estimula a secreção das glândulas uterinas (provavel importância na nutrição do embrião 
antes da placenta tornar-se funcional) 
•Persiste 4-5 meses e degenera sendo substituído pelo corpo albicans (maior que o da 
menstruação) 
 
 Atresia folicular 
•Regressão dos folículos que não chegam a ovulação 
•Pode ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento 
•Estágios avançados: degeneração e cicatrização 
•Degeneração: degeneração do ovócito e células associadas (atividade fagocitária) 
 •Algumas células da teca interna persistem 
 
Figura 02. Ciclo menstrual e ovariano na mulher (TORTORA; DERRICKSON, 2010) 
 
 
 Figura 02. Concentração hormonal durante o ciclo menstrual (TORTORA; DERRICKSON, 2010) 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Sistema Genital. In: Princípios de anatomia e fisiologia. Editora 
Guabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 12ª edição. 1228 pp. 2010. 
 
 
GAMETOGÊNESE - OVOGÊNESE E ESPERMATOGÊNESE 
Gametogênese 
Na reprodução sexual ocorre a formação dos gametas (feminino e masculino) a partir do processo de 
divisão celular reducional denominado de meiose. A meiose permite a redução do número de 
cromossomos normal de uma célula (2n=46 cromossomos) pela metade e ocorre no interior das 
gônadas (ovários e testículos), resultando nos gametas contendo 23 cromossomos sendo denominados 
de células haplóides (n=23). Assim, a união dos gametas feminino (ovócito) e masculino 
(espermatozóide), cada qual contendo 23 cromossomos, forma um organismo diplóide (n=46 
cromossomos) a partir do processo denominado de fertilização. O processo de fertilização restaura o 
número diplóide de cromossomos. 
O processo de formação do gameta feminino é denominado ovogênese e do gameta masculino é 
denominado de espermatogênese. 
 
 
Ovogênese 
No processo denominado de ovogênese ocorre a formação do gameta feminino (denominado de 
ovócito) no interior dos ovários. Diferente da espermatogênese que inicia a partir da puberdade nos 
homens, o processo de ovogênese ocorre nas mulheres antes do nascimento e completa-se após a 
puberdade, continuando até a fase denominada de menopausa. A ovogênese envolve uma sequência 
de eventos em que ocorre a transformação das ovogônias em ovócitos maduros. 
Durante o primeiro mês de vida embrionária há migração de uma pequena população de células 
denominadas de germinativas primordiais do saco vitelino (anexo fetal) para os primórdios das gônadas 
que estão iniciando o desenvolvimento. Nas gônadas estas células dividem-se por mitose e 
transformam-se nas ovogônias. O processo de divisão é intenso podendo alcançar cerca de 600.000 
ovogônias no segundo mês de gestação e mais de 7 milhões por volta do quinto mês. Ainda durante a 
vida fetal inicial as ovogônias proliferam pelo processo de divisão mitótica aonde mantém-se a 
quantidade de cromossomos em 2n (diplóide) das células. A partir do terceiro mês as ovogônias iniciam 
a prófase da meiose I parando na fase de diplóteno formando assim os ovócitos primários que são 
envolvidos por células epiteliais foliculares achatadas. Os ovócitos primários envolvidos por uma 
camada única de células epiteliais foliculares são denominados de folículos primordiais. Antes do 
sétimo mês de gestação a maioria das ovogônias transformam-se nos ovocitos primários, porém muitos 
se perdem por um processo degenerativo denominado de atresia. Devido a este fato, na puberdade os 
ovários contém aproximadamente cerca de 300.000 ovócitos. Como a atresia ainda continua durante 
a vida reprodutiva da mulher, ao redor dos 40 a 45 anos de vida a mulher contém aproximadamente 
cerca de 8.000 ovócitos. Acredita-se que durante a vida reprodutiva a mulher amadurece e ovula 
apenas cerca de 400 a 450 ovócitos,sendo que o restante degeneram pela atresia. Após a puberdade 
o ovócito primário cresce e as células foliculares tornam-se cúbicas e colunares formando o folículo 
primário. A seguir o ovócito primário é envolvido por uma camada denominada de Zona Pelúcida que 
é constituída por um material amorfo e glicoprotéico. Normalmente os ovócitos primários iniciam a 
divisão meiótica antes do nascimento, porém a prófase não está completada até a adolescência. 
 
Folículos ovarianos 
O folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares 
ou da granulosa. Após a puberdade há mensalmente a liberação das gonadotrofinas (hormônio foliculo 
estimulante e hormônio luteinizante) que estimulam o desenvolvimento de um grupo de folículos 
primordiais, sendo que apenas um deles alcança normalmente a maturação para a ovulação. O 
crescimento folicular envolve as modificações que ocorrem no ovócito, células foliculares e fibroblastos 
ao redor dos folículos. 
Os folículos primordiais que iniciam o crescimento folicular possuem células foliculares que se dividem 
por mitose formando uma camada de células cúbicas ao redor sendo denominados de folículo primário 
unilaminar. Há proliferação das células foliculares formando um epitélio estratificado denominado de 
camada da granulosa sendo então o folículo denominado de folículo primário multilaminar ou pré 
antral. Nota-se a formação da zona pelúcida que é uma camada espessa composta por glicoproteínas 
envolvendo o ovócito por inteiro. Os folículos continuam o crescimento notando-se o aumento do 
número de células da camada granulosa e acúmulo do líquido folicular entre as células foliculares. 
Forma-se uma grande cavidade denominada de antro folicular e os folículos são então denominados 
de folículos secundários ou antrais. Na formação deste folículo nota-se a presença de um pequeno 
espessamento formado por células da granulosa denominado de cumulus oophorus. Há um conjunto 
de células foliculares que envolvem o ovócito formando a corona radiata, que normalmente 
permanecem ao redor do ovócito após a ovulação. 
Ao mesmo tempo em que ocorrem estas alterações, o estroma ao redor do folículo se modifica 
formando as camadas da teca interna e teca externa. As células da teca interna produzem um hormônio 
esteróide denominado e androstenediona que são transportados para as células da granulosa. As 
células são capazes de transformar a androstenediona em estrógeno por ação da enzima aromatase. 
As células da teca externa se assemelham as células do estroma porém possuem aranjo mais 
organizado ao redor do folículo. 
Normalmente em cada ciclo nota-se que um folículo cresce a matura mais que o restante se tornando 
o dominante que pode ovular. No ponto máximo do desenvolvimento este folículo recebe o nome de 
folículo maduro ou de Graaf. Assim que ocorre a ovulação o restante dos foliculos que se 
desenvolveram sofrem atresia onde as células foliculares e ovócitos que morrem são eliminados por 
células fagocíticas. 
Figura 01. Crescimento folicular (Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004) 
 
 
 Espermatogênese 
Os esperamtozóides são produzidos no túbulo seminífero (testículos). A espermatogênese é o processo 
em que ocorre a formação dos espermatozóides maduros e que tem duração aproximada de 65-75 
dias. O processo inicia com uma célula germinativa primitiva denominada de espermatogônia (célula 
situada próximo da lâmina basal do epitélio) que contém um número diplóide (2n=46 cromossomos) 
de cromossomos. As esperrmatogônias apresentam dois grupos de células: espermatogônias tipo A e 
tipo B, as espermatogônias tipo A proliferam-se por mitose e permanecem próximo da membrana basal 
do túbulo seminífero sendo células fonte de novas espermatogônias. As espermatogônias tipo B 
(células progenitoras) são células que por estímulo hormonal diferenciam-se formando os 
espermatozóides. Normalmente as esperamtogônias permanecem em estado quiescente nos túbulos 
seminíferos desde o período fetal aumentando em quantidade na puberdade. Após diversas divisões 
mitóticas as espermatogônias crescem sofrendo modificações. as espermatogônias diferenciam-se em 
espermatócitos primários que possuem 46 cromossomos e a seguir entram na prófase da primeira 
divisão meiótica. Esta fase dura cerca de 22 dias e originam duas células menores denominadas de 
espermatócitos secundários que possuem 23 cromossomos. Os espermatócitos secundários originam 
as espermátides. As espermátides passam por um processo de transformação em espermatozóide 
denominado de Espermiogênese. 
Na espermiogênese ocorre a formação do acrossomo (a partir do complexo de golgi), condensação e 
alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo (a partir dos centríolos) e a perda da maior parte 
do citoplasma. As mitocôndrias acumulam-se ao redor da porção proximal do flagelo (peça 
intermediária) permitindo gerar os movimentos do flagelo. Para que ocorra a espermatogênese normal 
é essencial a presença do cromossomo Y pois problemas de microdeleções podem ocasionar 
infertilidade ou uma espermatogênese alterada. 
 
 
 Figura 02. Gametogênese normal- espermatogênese e ovogênese (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) 
 
 
Figura 03. Espermatozóide (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) 
 
 
Referências Bibliográficas (figuras): 
JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Aparelho Reprodutor Feminino. In: Histologia Básica.Editora 
Guanabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro. 10ª edição. 488 pp. 2004. 
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. O início do desenvolvimento humano: primeira semana. In: 
Embriologia Clínica. Editora Elsevier. São Paulo. 8ª ediçaõ. 536 pp.2008. 
FERTILIZAÇÃO E GESTAÇÕES MÚLTIPLAS 
 Fertilização 
Complexa sequência de eventos moleculares coordenados iniciando com o contato entre um 
espermatozóide e um ovócito. 
 
Viabilidade dos gametas: 
Espermatozóide Ovócito 
Capacitação: 7 horas (mais ativos) 
Viabilidade: 
•Sptzs: não sobrevive mais que 48hs no trato 
genital feminino 
Viabilidade: 
•Fecundação: geralmente 12 horas após a 
ovulação 
•Após 24 hs geralmente degeneram 
 
 
Local da fertilização: 
 
–Ampola da tuba uterina na porção maior e mais dilatada, podendo ocorrer em outros 
locais da tuba mas não no útero. Caso não ocorra fertilização o ovócito segue em 
direção ao útero onde degenera e é reabsorvido. A fertilização pode ocorrer em outras 
partes da tuba uterina, mas não ocorre no útero. Há liberação de substâncias que 
atraem os espermatozóides capacitados em direção ao ovócito. 
 
A fertilização corresponde a penetração do espermatozóide no óvulo seguida da fusão dos núcleos de 
ambos os gametas. Assim há a restauração do número diplóide de cromossomos, a determinação do sexo 
cromossômico do embrião e a ativação metabólica do ovócito e Início da clivagem. 
Após a fertilização há a persistência do corpo lúteo além das 2 semanas normais, ocorre a divisão 
(clivagem) das células do zigoto, há liberação do hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) que é 
produzido pelo cório do embrião nos primeiros 8-12 dias após a fertilização estimulando a atividade 
secretora do corpo lúteo. Nota-se a presença do hCG no sangue materno ou na urina que é um 
indicador da gravidez. 
 
Fases da fertilização: 
 
1. Passagem do espermatozóide através da corona radiata 
•Ação da hialuronidase (acrossoma do sptz + enzimas da mucosa tubárica+ 
movimentos da cauda do sptz) 
 
2. Penetração da zona pelúcida: 
•Enzimas liberadas pelo acrossoma 
•Após penetração há reação ZONAL onde há mudança da composição da cobertura 
glicoprotéica extracelular após a fertilização- impermeável aos sptzs 
• 
3. Fusão das membranas plasmáticas ovócito e sptzs•Cabeça e cauda do sptzs entram no citoplasma do ovócito 
•Membrana plasmática fica para trás 
 
 
 
 Figura 01. Fases da fertilização (MOORE: PERSAUD, 2008) 
 
 
 
4. Término da 2ªdivisão meiótica e formação do pronúcleo feminino 
•Penetração do espermatozóide estimula o ovócito a completar a 2ª divisão 
meiótica formando o ovócito maduro e o 2º corpo polar 
•Há condensação dos cromossomos maternos e o núcleo do ovócito maduro torna-
se pronúcleo feminino 
 
5. Formação do pronúcleo masculino 
•Formação do pronúcleo masculino 
•Degeneração da cauda do espermatozóide 
 
6. Fusão dos pronúcleos e agregação dos cromossomos- diplóide – forma-se o ZIGOTO 
 
 
 Figura 02. Fusão dos prónúcleos feminino e masculino (MOORE: PERSAUD, 2008)
 
 
 
Gestações Múltiplas: 
Gêmeos monozigóticos ou idênticos: são originários de 1 zigoto, onde há subdivisão do 
embrioblasto e sempre são do mesmo sexo. 
Gêmeos dizigóticos ou fraternos:são originários de zigotos diferentes e portanto da fusão 
de ovócitos diferentes com espermatozóides diferentes. Podem ou não ser do mesmo 
sexo e normalmente não compartilham dos mesmos anexos fetais. 
 
Figura 03. Gêmeos monozigóticos (MOORE: PERSAUD, 2008)
 
 
Figura 04. Gêmeos dizigóticos (MOORE: PERSAUD, 2008)
 
 
Referências bibliográficas (figuras): 
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. O início do desenvolvimento humano: primeira semana. In: 
Embriologia Clínica. Editora Elsevier. São Paulo. 8ª edição. 536 pp.2008. 
GESTAÇÕES ECTÓPICAS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Gestações ectópicas 
-Normalmente a implantação do blastocisto ocorre no endométrio 
–porção superior do corpo do útero 
–mais frequente na parede posterior que na anterior 
 
•Pode ser detectada por ultrassonografia, dosagens de hCG por radioimunoensaio no final da 
segunda semana. 
 
Gestações ectópicas: 
 
–Blastocisto implantam-se fora do útero 
–95%-98% das implantações ectópicas ocorrem na tuba uterina – ampola e tuba uterina. 
 
Gravidez tubárica: 
 - Apresenta sinais e sintomas de gravidez (ausência de menstruação), pode apresentar dor 
abdominal e distenção da tuba uterina, sangramento anormal, peritonite 
 
–Produção mais lenta de beta-hCG- dosagens podem dar falsos negativos 
–Ultrassonografia endovaginal é muito útil na detecção destas gestações 
•Causas: 
–fatores que atrasam ou impedem o transporte para o útero do zigoto em clivagem 
(aderências, obstruções) 
•Consequências: 
–ruptura da tuba uterina, hemorragia na cavidade abdominal e morte do embrião. 
–Se no istmo este tende a se romper mais precocemente (hemorragia intensa), se 
trasmural pode evoluir até 8 semanas antes da expulsão. 
•Recomendação: 
–remoção cirúrgica da tuba e concepto 
 
Implantação na ampola e fímbrias 
•Podem ser expulsos para a cavidade peritoneal implantando-se na bolsa reto-uterina 
•Gravidez abdominal- pode até chegar a termo, mas normalmente a condição é séria pois a 
placenta se adere a órgãos abdominais causando sangramento intraperitoneal. Há aumento do 
risco de morte materna. 
Implantação cervical: incomum 
 Placenta prévia 
•Implantação do blastocisto no segmento inferior do útero (próximo ao orifício externo) 
•A placenta cobre parcialmente ou totalmente o orifício. 
•Pode causar sangramento devido a separação prematura durante a gravidez ou parto 
 Aborto espontâneo dos embriões 
 
•Ocorrem na maioria durante as 3 primeiras semanas e espontaneamente 
•Abortos espontâneos e recorrentes são os problemas ginecológicos mais comuns 
•Abortos precoces- muitas vezes a mulher nem percebe a gravidez 
•Mais de 50% dos abortos espontâneos conhecidos resultam de anormalidades cromossômicas 
 
Métodos de inibição da implantação: 
 
 “Pílula da manhã seguinte” 
–Administração de doses relativamente grandes de progestinas e/ou estrógenos durante 
vários dias iniciando logo após uma relação sexual não protegida 
–Não impede a fecundação mas impede a implantação do blastocisto 
 
Altas doses de dietilestilbestrol diariamente por 5 a 6 dias 
 pode também acelerar a passagem do zigoto em clivagem pela tuba uterina. A grande 
qtde de estrogênio perturba o equilíbrio normal entre estrogênio e progesterona para 
preparo do endométrio para implantação do blastocisto. 
 
DIU (dispositivo intra-uterino) 
 inserido no útero pela vagina e colo, interferindo na implantação por provocar uma 
reação inflamatória no local, além de conter progesterona lentamente liberada e que 
interferem no desenvolvimento do endométrio não ocorrendo a implantação 
 
Métodos contraceptivos: 
•Todos apresentam vantagens e desvantagens e não são 100% seguros 
•Pensar na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST)!!! 
1.Esterilização Cirúrgica 
2.Métodos Hormonais 
3.Dispositivos intra-uterinos 
4.Espermaticidas 
5.Métodos de barreira 
6.Abstinência periódica 
7.Coito interrompido 
 
 
1.Esterilização cirúrgica 
1.Vasectomia- remoção de parte do ducto deferente em homens 
2.Ligação tubárica em mulheres 
 
2.Dispositivos intra-uterinos (DIU) 
1.Objeto de plástico, cobre ou aço inoxidável introduzido na cavidade do útero 
2.Provoca mudanças no revestimento do útero impedindo a implantação do óvulo 
fertilizado 
 
3.Espermaticidas 
–Espumas, cremes, géis, supositórios, duchas contendo agentes espermaticidas ou 
espermicidas 
–Tornam a vagina e colo do útero desfavoráveis para a sobrevivência do espermatozóide 
–Mais eficiente é utilizar um espermaticida com o condom (“camisinha”) 
 
4. Métodos de barreira 
–Impedem os espermatozóides de chegarem a cavidade do útero e tubas uterinas 
–Impedem a gravidez e protegem contra doenças sexualmente transmissíveis 
 
–CONDOM (camisinha): 
•revestimento de látex, não poroso que se coloca sobre o pênis 
 
–BOLSA VAGINAL: 
•“camisinha feminina”- 2 anéis flexíveis ligados por uma bainha de poliuretano e é 
introduzido para se ajustar sobre o colo do útero 
–DIAFRAGMA: 
•estrutura de borracha que se ajusta sobre o colo do útero e é usado em conjunto 
com o espermaticida 
 
 
5. Abstinência Periódica 
 
–Método do ritmo (antigo)- Método deficiente 
•Oócito secundário é fertilizável por 24 horas e está disponível de 3 a 5 dias em 
cada ciclo reprodutivo. No período de 3 dias antes e 3 dias após a ovulação o casal 
se abstém da relação sexual. Método deficiente. 
 
–Método simpto-termal- Método deficiente 
•Sinais da fertilidade: como os sinais da ovulação que compreendem o aumento 
da temperatura corporal basal, produção de muco do colo do útero transparente 
e viscoso, muco abundante e dor associada a ovulação. 
•Casal se abstém da relação quando estes sinais são evidentes e 3 dias após. 
Método deficiente. 
 
6. Coito interrompido- Método deficiente 
–Retirada do pênis da vagina imediatamente antes da ejaculação 
–Falhas: não retirada antes, emissão pré-ejaculatória de líquido da uretra que 
contém espermatozóides•estrutura de borracha que se ajusta sobre o colo do 
útero e é usado em conjunto com o espermaticida 
 
Métodos hormonais (mais eficientes): 
•Mais eficientes 
 
•Anticoncepcionais orais 
–Regulam a duração dos ciclos menstruais, diminuem o fluxo menstrual 
–Interfere com a produção de gametas 
–Interfere com a implantação do óvulo fertilizado no útero 
 
–Pílulas anticoncepcionais: 
•Normalmente as pílulas utilizadas são combinadas e contém concentração maior 
de progestina (subst semelhante a progesterona) e menor de estrogênio. Os 2 
hormônios atuam comofeedback negativo diminuindo a secreção de GnRH e 
consequentemente de FSH e LH impedindo o desenvolvimento do folículo e a 
ovulação. 
•Algumas pílulas podem determinar a ovulação porém os anticoncepcionais orais 
alteram o muco do colo tornando hostil aos espermatozóides 
 
–Contracepção de Emergência (pílula do dia seguinte): 
•2 pílulas no período de 72 horas após a relação sexual desprotegida e outras 2 
pílulas 12 horas mais tarde há redução da gestação em 75% 
 
•Outros métodos anticoncepcionais: 
 
–Norplant 
•6 cápsulas finas de hormônios implantadas cirurgicamente que loiberam 
continuamente uma progestina que inibe a ovulação e deixa mais viscoso o muco 
do colo uterino 
•Efeitos duram por 5 anos e são confiáveis 
•Remoção das cápsulas restaura a fertilidade 
 
–Depo-provera 
•Aplicação em injeção IM a cada 3 meses 
•Contém hormônio semelhante a progesterona impedindo a maturação do 
ovócito produzindo mudanças no útero que tornam a gestação improvável 
 
–Anel vaginal 
•Anel que se ajusta a vagina e libera progestina isolada ou progestina + estrogênio 
 
•Usado por 3 semanas e removido por 1 semana para permitir que a menstruação 
ocorra 
ANEXOS FETAIS 
 As membranas fetais são denominadas de: córion, âmnio, saco vitelino e alantóide (figura 01). 
 
Figura 01. Anexos fetais (LEISER; KAUFMANN, 1994) 
 
 
Córion: Placenta 
O córion é uma camada epitelial derivada do trofoblasto, 
A placenta é o local onde ocorrem as trocas de nutrientes e gasosas entre a mãe e o feto. O 
componente fetal da placenta é constituída pelo córion viloso e o componente materno da placenta é 
formado pela decídua basal. Normalmente o sistema de transporte de substâncias entre a mãe e o 
feto ocorre pela placenta e o cordão umbilical. A placenta é um órgão altamente vascularizado que 
apresenta rápido crescimento em um curto espaço de tempo, devendo suprir o aumento da demanda 
do metabolismo necessário para o crescimento fetal. Para que ocorra o desempenho de suas funções 
deve ocorrer um adequado desenvolvimento da rede capilar fetal e uterina, permitindo que ocorram 
as modificações necessárias e peculiares a cada fase da gestação. Normalmente os fatores 
relacionados ao processo de formação destes vasos desempenham um importante papel no processo 
de placentação e sobrevivência fetal. 
Classificação da placenta humana: 
a) em relação a vascularização dos tecidos fetais é classificada como cório alantoideana 
b) em relação a extensão da área de trocas é classificada como discóide 
c) em relação a barreira de trocas é classificada como hemocoriônica. 
Cordão umbilical: 
Normalmente está localizado no centro da superfície fetal, possui cerca de 1 a 2 cm de diâmetro e em 
média 55cm de comprimento, contendo 2 artérias e 1 veia envolvidas por tecido conjuntivo mucóide 
(geléia de Wharton). 
 
Desenvolvimento da placenta: 
O desenvolvimento da placenta ocorre devido a uma rápida proliferação do trofoblasto, ocorrendo o 
desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Ao final da terceira semana está 
estabelecido o arranjo anatômico para trocas fisiológicas entre mãe e embrião, e ao final da quarta 
semana nota-se uma rede vascular complexa permitindo um sistema de trocas materno-
embrionárias de gases, nutrientes e produtos de excreção. 
•Rápida proliferação do trofoblasto 
•Desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas 
•Final da 3ª semana: 
–estabelecido o arranjo anatômico para trocas fisiológicas entre mãe e embrião 
•Final da 4ªsemana: 
 –rede vascular complexa (trocas materno-embrionárias de gases, nutrientes e produtos de 
excreção) 
•Até início da 8ªsemana: 
 –Vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico 
 
ÂMNIO 
•Envolve o embrião e o feto 
•Líquido amniótico: 
–papel importante no desenvolvimento e crescimento do embrião; 
–Secreção: 
• pequena pelas células amnióticas 
•grande parte fluido tecidual materno e amniótico 
•Trato respiratório fetal vai para cavidade amniótica 
•Final da gestação- meio litro de urina diária 
Líquido amniótico 
•Conteúdo de água trocado cada 3 horas (passa pela membrana amniocoriônica para o fluido 
tecidual materno– capilares uterinos) 
•Troca de fluido com sangue fetal através do cordão umbilical e local de adesão com placa 
coriônica (equilíbrio com circulação fetal) 
•Líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratórios e digestivos. 
Fluido passa para o sangue fetal e os produtos de excreção nele seguem pela membrana 
placentária e vão ao sangue materno pelo espaço interviloso. 
•Excesso de água no sangue fetal é excretado pelos rins do feto e retorna ao saco amniótico pelo 
trato urinário fetal 
•Troca: 
–Movimentação pelas circulação materna e fetal principalmente pela membrana 
placentária 
–Deglutição é normal 
–Passa para TGI e um pouco aos pulmões 
–Circulação fetal 
–Membrana placentária 
 –Circulação materna 
Composição do líquido amniótico: 
•99% água 
•Material não dissolvido está suspenso 
•Sais inorgânicos e orgânicos 
•Excretas fetais ( avanço da gestação) 
Importância do líquido amniótico: 
 •Embrião flutua livremente nele 
•Funções críticas para desenvolvimento normal do feto 
•Permite crescimento externo simétrico do embrião e feto 
•Age como barreira contra as infecções 
 
 SACO VITELINO 
Funções: 
–papel na transferência de nutrientes para o embrião na 2ª e 3ª semana quando se 
está estabelecendo a circulação útero-placentária; 
–Formação de sangue 
–Endoderma do saco vitelino na 4ªsemana formam o intestino primitivo 
–Células germinativas primordiais- diferenciam nas células germinativas 
•Destino: 
–10 semanas: localizado na cavidade coriônica entre os sacos amniótico e coriônico 
 –Avanço da gestação: atrofia e no fim está muito pequeno 
 
 ALANTÓIDE 
 •Aparece durante a 3ªsemana como divertículo (parede caudal do saco vitelino) 
•Durante o segundo mês a parede extra embrionária degenera 
•Não funcional nos embriões humanos 
•Importância: 
 
–Formação de sangue na sua parede (3ª-5ªsemanas) 
–Vasos sanguíneos persistem como veia umbilical e artérias umbilicais 
–Líquido da cavidade amniótica se difunde para veia umbilical e circulação fetal 
(transferido ao sangue materno pela membrana placentária) 
–Porção intra-embrionária- umbigo a bexiga 
 
 
Figura 02. Desenvolvimento da placenta e anexos fetais (MOORE; PERSAUD, 2008) 
 
 
Anornalidades da placenta: 
Placenta Acreta- aderência anormal da placenta ao miométrio 
Placenta percreta- placenta penetra por toda e espessura do miométrio 
Placenta prévia- colocada sobre a abertura interna do útero e bloqueia o canal do cólo do útero 
 
 Referências bibliográficas (figuras): 
LEISER, R.; KAUFMANN, P. Placental structure: in a comparative aspect. Exp. Clin. Endocrinol. 102:122-
134. 1994. 
PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Primeira semana do desenvolvimento: 
Após a fertilização ocorrem clivagens sucessivas das células. 
 
Figura 01. Desenvolvimento a partir da fecundação ao longo do trajeto pelo útero (MOORE; PERSAUD, 
2008) 
 
Clivagem 
•Divisões mitóticas repetidas do zigoto 
•Rápido aumento no número de células (divisão após 30 horas da fecundação) 
•Células embrionárias são denominadas de BLASTÔMEROS e tornam-se menores a cada divisão 
 
Compactação 
Após estágio de 9 células os blastômeros mudam suas forma e se agrupam firmemente (glicoproteínas 
de adesão)- maior interação 
Mórula 
Estágio com 12 a 32 blastômeros, forma-se 3 dias após a fecundaçãoe alcança o útero 
 
Figura 02. Desenvolvimento a partir da formação do zigoto até blastocisto (Fonte: SCHOENWOLF et al., 
2009) 
 
Blastocisto 
•Logo após a mórula ter alcançado o útero (4 dias após a fecundação) surge no interior um espaço 
preenchido por líquido (cavidade blastocística) 
•O aumento do fluido separa os blastômeros em 2 partes: 
•Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta 
•Massa celular interna (embrioblasto): originará o embrião 
 
• Blastocisto tardio: o blastocisto permanece livre por 2 dias e há degeneração gradual e 
desaparecimento da zona pelúcida. A diferença é que o blastocisto inicial apresenta a zona pelúcida e 
o tardio não apresenta. 
 
Figura 03. Blastocisto inicial e tardio (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2008) 
 
 
 
Implantação 
Uma condição importante para que ocorra o evento da implantação é a sincronização entre a 
diferenciação embrionária (blastocisto) e a receptividade uterina. Em humanos ocorre 6 dias após a 
fecundação (20º dia em um ciclo de 28 dias). –Aderência do blastocisto (polo embrionário) 
–Proliferação do trofoblasto que se diferencia em 2 camadas: 
–Citotrofoblasto (mais interna) 
–Sinciciotrofoblasto (massa externa)- multinucleado 
 
É o contato físico e fisiológico do embrião com o endométrio uterino e um estabelecimento de um 
posicionamento fixo no endométrio para permitir a fisiologia e interações materno-fetais. As fases 
incluem: aposição, adesão e invasão (penetração no epitélio uterino, penetração na lâmina basal e 
penetração nos vasos uterinos). 
Figura 04. Fase de aposição (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2003) 
 
 
 
Figura 05. Fase de invasão (Fonte: MOORE; PERSAUD, 2003) 
 
 
Segunda semana de desenvolvimento: 
 
Características 
 
 1.Completa-se a implantação do blastocisto 
2.Trofoblasto em rápida proliferação e diferenciação 
3.Reação decidual: mudanças no endométrio 
4.Mudanças morfológicas no embrioblasto produzindo um disco embrionário bilaminar 
(epiblasto e hipoblasto) 
5.Formação do saco vitelino, mesoderma extra-embrionário (e celoma), cavidade coriônica, 
cavidade amniótica e placa precordal 
•Ao final da 2ª semana é completada a implantação do blastocisto (duração evento: 6-10 dias) 
•Aumento do contato do trofoblasto com o endométrio e diferenciação em citotrofoblasto e 
sinciciotrofoblasto 
-Eventos moleculares complexos envolvendo o endométrio receptivo (microvilosidades das céls 
endometraiais, moléculas de adesão celulares, citocinas, prostaglandinas, genes homeobox, 
fatores de crescimento, metaloproteinases de matriz) e fatores hormonais (estrogênio, 
progesterona, prolactina, moléculas de adesão celular, fatores de crescimento, genes HOX). 
 
Resumo dos eventos: 
 
Trofoblasto 
Citotrofoblasto – camada interna 
Sincíciotrofoblasto – camada externa 
 
 
Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino 
–Surgimento de um pequeno espaço no embrioblasto que é o PRIMÓRDIO DA CAVIDADE 
AMNIÓTICA 
–Células amniogênicas (formadoras do âmnio) ou amnioblastos separam-se do epiblasto e 
revestem o âmnio que envolvem a cavidade amniótica 
–Mudanças morfológicas no embrioblasto formando uma PLACA BILAMINAR quase circular de 
células achatadas – DISCO EMBRIONÁRIO formado por 2 camadas: 
•Epiblasto- camada mais espessa, céls colunares altas relacionadas com a cavidade 
amniótica 
•Hipoblasto- pequenas células cubóides adjacentes a cavidade exocelômica 
 
 
•Disco embrionário: 
–Origina as camadas germinativas que formam os tecidos e órgãos do embrião 
•Estruturas extra-embrionárias: 
 
–Formam-se durante a segunda semana incluem a cavidade amniótica, âmnio, saco vitelino, 
saco coriônico 
 
Figura 06. Origem dos tecidos do embrião (Fonte: MOORE: PERSAUD, 2008) 
 
Formação das lacunas: 
•Cavidades isoladas no sinciciotrofoblasto que se formam logo após a formação do âmnio, disco 
embrionário e saco vitelino primitivo. 
•Tornam-se logo preenchidas por uma mistura de sangue materno (provenientes de capilares 
endometriais rompidos) e restos celulares das glândulas erodidas 
•Fluido nos espaços lacunares – EMBRIOTROFO- passa por difusão ao disco embrionário e fornece 
material nutritivo ao embrião. 
•Circulação úteroplacentária primitiva 
 
–comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas. Ao fuir o sangue pelas 
lacunas disponibiliza-se oxigênio e substâncias nutritivas para o embrião (sangue oxigenado 
das artérias endometriais espiraladas passa para as lacunas e é removido o sangue pobre 
em oxigênio pelas veias endometriais) 
Redes lacunares: 
•Formam-se aos 12 dias devido a fusão das lacunas do sinciciotrofoblasto adjacente 
•Aspecto esponjoso 
•Pólo embrionário: formam primórdios dos espaços intervilosos da placenta 
•Capilares endometriais em torno do embrião tornam-se congestos e dilatados formando os sinusóides 
(vasos de paredes delagadas e maiores que os comuns) que são rompidos pelo sincicio 
permitindo que o sangue materno flua livremente no interior da rede lacunar. 
 
•Trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares e transfere ao embrião. 
 
Reação Decidual: 
 
•Transformação das células do tecido conjuntivo endometrial após a implantação 
•Acúmulo de glicogênio e lipídeos no citoplasma das células que ficam intumescidas e são denominadas 
de células deciduais. 
 
•Função: fornecer ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado. 
 
Desenvolvimento: 
 
1.Celoma extra-embrionário 
•Formados a partir dos espaços celômicos extra-embrionários que se desenvolvem no 
mesoderma extra-embrionário 
•Preenchida por fluido e envolve o âmnio e o saco vitelino exceto onde estã aderidos ao córion 
e pedículo do embrião 
•Torna-se a cavidade coriônica 
Divide o mesoderma extra embrionário em 2 camadas: 
 
 
2.Saco vitelino primário 
1.Diminui gradativamente com a formação do celoma extraembrionário 
2.Formação de um pequeno saco vitelino secundário 
3.Saco vitelino é o sítio de origem das células germinativas primordiais 
 
. Cavidade amniótica 
 - Espaço entre o trofoblasto e a massa celular interna 
 
4. Saco coriônico 
–Final da 2ª semana 
–Surgimento das vilosidades coriônicas primárias (proliferação citotrofoblasto) – 1º estágio de 
formação das vilosidades coriônicas da placenta 
 
5. Massa celular interna 
 - Final da 2ª semana de desenvolvimento: 
 Disco embrionário bilaminar (ectoderme e endoderme). 
•Epiblasto – ectoderma primitivo (assoalho da cavidade amniótica) 
•Hipoblasto- endoderma primitivo (teto do saco vitelino) 
 
O embrião é formado por um disco embrionário bilaminar: 
 –Ectoderme (epiderme e sistema nervoso) 
–Endoderme (sistema respiratório, digestório, glândulas anexas) 
–Mesoderma extra-embrionário- envolve toda superfície externa do disco germinativo 
TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
 Terceira semana do desenvolvimento embrionário 
•Rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário nesta semana caracteriza-se 
por: 
–Aparecimento da linha primitiva 
–Desenvolvimento da notocorda 
 –Diferenciação das 3 camadas germinativas 
 
•Ao final da 3ª semana podem ser notados sintomas da gravidez como náuseas, vômitos. O 
momento do início dos sintomas é variável. O sangramento vaginal na época esperada da 
menstruação não exclui a gravidez porque pode haver uma pequena perda de sangue no local 
de implantação do blastocisto. 
•Sangramento da implantação: 
–extravasamento de sangue para a cavidade uterina das redes lacunares rompidas pelo 
blastocisto implantadoGastrulação: 
•Evento significativo que ocorre na 3ª semana 
1º sinal da gastrulação: aparecimento como opacidade por uma faixa linear espessada no 
epiblasto: Linha primitiva 
•Migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário 
•Formação das 3 camadas germinativas precursoras de todos os tecidos embrionários. As células 
do epiblasto originam as 3 camadas germinativas do embrião 
•Orientação axial são estabelecidas nos embriões 
•O disco embrionário bilaminar é convertido em trilaminar 
•É o início do processo da morfogênese 
•Durante este período o embrião é as vezes denominado de gástrula 
 
Disco germinativo trilaminar 
–Ectoderme (epiderme e sistema nervoso central e periférico, olho, orelha interna, células 
da crista neural, tec conj da cabeça) 
–Mesoderme (origina todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas e revestimento 
dos vasos sanguíneos, todo músculo liso visceral, todos os revestimentos serosos de todas 
as cavidades do corpo, ductos e órgãos do sistema reprodutivo e secretor e maior parte 
do sistema cardiovascular, origina todos os tecs conjuntivos incluindo cartilagem, ossos, 
tendões, ligamentos, derme e estroma dos órgãos internos) 
 
–Endoderme (fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e TGI, incluindo 
glândulas que se abrem o TGI e as células glandulares dos órgãos associados (fígado, 
pâncreas) 
 
 Figura 01. Dias 15 a 18 de gestação (MOORE: PERSAUD, 2008)
 
Linha primitiva: 
•Proliferação e formação do Nó primitivo 
•Ao mesmo tempo forma-se o sulco primitivo que continua com uma pequena depressão no nó 
primitivo (fosseta primitiva) 
•Sulco + Fosseta primitivo resultam da invasão (movimento para dentro) das células epiblásticas 
 
1.Logo após o aparecimento da linha primitiva há migração das células da superfície profunda 
formando o MESÊNQUIMA (tecido conjuntivo). 
2.Céls mesenquimais: amebóides e ativamente fagocíticas. 
3.Mesênquima: 
- forma os tecidos de sustentação do embrião (maior parte dos tecidos conjuntivos do 
corpo e trama de conj das glândulas). 
 
4.Parte do mesênquima forma o MESOBLASTO (mesoderma indiferenciado) que forma o 
MESODERMA EMBRIONÁRIO ou INTRAEMBRIONÁRIO 
 
Destino da linha primitiva: 
•Forma ativamente o MESODERMA pelo ingresso de células até o início da 4ª semana, que depois 
se torna mais lenta. 
•A linha primitiva diminui de tamanho e torna-se uma estrutura insignificante na região sacro-
coccígea do embrião. 
•Normalmente sofre mudanças degenerativas e desaparece no fim da quarta semana 
 
Camadas germinativas: 
•Células que permanecem no Epiblasto formam o ECTODERMA EMBRIONÁRIO ou 
INTRAEMBRIONÁRIO 
•Células do epiblasto+ nó primitivo + céls de outras partes da linha primitiva deslocam o hipoblasto 
formando o ENDODERMA EMBRIONÁRIO no teto do saco vitelino 
•Moléculas sinalizadoras: fatores de crescimento transformantes induzem o mesoderma, 
participam da especificação dos destinos da camada celular germinativa (TGF beta, fator de 
transcrição T-box (vegT) e a via de sinalização Wnt parecem estar envolvidos na especificação do 
endoderma 
•Céls mesenquimais originadas da linha primitiva migram amplamente e são pluripotenciais. 
 
Processo notocordal e notocorda: 
•Algumas células mesenquimais que ingressaram pela linha primitiva tiveram destinos de céls do 
mesoderma migrando cefalicamente do nó e da fosseta primitivos formando um cordão celular 
mediano denominado PROCESSO NOTOCORDAL 
•Possui uma luz denominada canal notocordal 
•Cresce cefalicamente entre ectoderma e endoderma até alcançar a placa pré cordal (pequena 
área circular de células endodérmicas colunares onde o ectoderma e endoderma estão em 
contato) 
•Mesoderma pré-cordal: população mesenquimal anterior a notocorda e essencial para a indução 
do cérebro anterior e do olho 
 
Placa pré-cordal: 
•primórdio da membrana buco-faríngea (localizada no futuro local da cavidade oral) 
 •Pode ter papel como centro sinalizador de controle do desenvolvimento de estruturas cranianas 
Caudal a linha primitiva: 
•Membrana cloacal: futuro ânus 
•Células mesenquimais da linha primitiva: 
–Juntamente com céls do processo notocordal migram lateralmente e cefalicamente entre outras céls 
mesodérmicas (entre ectoderma e mesoderma) até alcançarem as bordas do disco embrionário. Estão 
em continuidade com o mesoderma extraembrionário que cobre o âmnio e saco vitelino. 
 –Migração cefálica para cada lado do processo notocordal em torno da placa notocordal e em torno 
da placa pré-cordal. Nesse local se encontram cefalicamente formando o mesoderma cardiogênico (área 
cardiogênica) onde o primórdio do coração começa a se desenvolver ao final da terceira semana 
 
•Membrana cloacal e membrana buco-faríngea: 
–disco embrionário parece bilaminar porque a ectoderma e endoderma estão fundidos 
impedindo a migração de células entre os folhetos 
•Metade da terceira semana: 
–mesoderma intra-embrionário separa o ectoderma do endoderma (exceto na membrana 
buco-faríngea, no plano mediano onde se localiza o processo notocordal, caudal na 
membrana cloacal) 
 
•Sinalização indutora da região da linha primitiva induzem as céls precursoras notocordais a 
formarem a NOTOCORDA uma estrutura celular semelhante a uma haste. 
•Mecanismo molecular de sinalização: Shh da placa ventral do tubo neural 
NOTOCORDA: 
1.Extende-se da membrana buco-faríngea ao nó primitivo 
2.Funciona como um indutor primário (centro sinalizador) do embrião inicial. Fornece sinais 
necessários para o desenvolvimento do eixo axial (ossos da cabeça e coluna vertebral) e o sistema 
nervoso central 
1.Define o eixo primitivo do embrião dando uma certa rigidez. Contribui para a formação dos 
discos vertebrais 
3.Notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a 
placa neural 
4.Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais de formam persistindo como núcleo 
pulposo de cada disco 
 
 Figura 02. Formação da notocorda (MOORE: PERSAUD, 2008) 
 
 
Alantóide: 
•Allas: salsicha 
•Surge ao redor do 16º.dia como pequeno divertículo (evaginação) em forma de salsicha da parede 
caudal do saco vitelino ao pedículo do embrião. 
Humanos: 
•permanece muito pequeno porém o mesodermo alantóide se expande abaixo do córion formando os 
vasos sanguíneos da placenta 
 
•Parte proximal permanece durante quase todo o tempo sendo denominado de úraco que se estende 
da bexiga até a região umbilical. Nos adultos representa o ligamento umbilical mediano 
•Vasos sanguíneos do alantóide tornam-se as artérias umbilicais. 
 
•Parte embrionária das veias umbilicais tem origem diferente 
 
QUARTA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ATÉ O NASCIMENTO 
Aspectos internos e externos do embrião da quarta a oitava semana do desenvolvimento embrionário 
 
- Diferenciação das camadas germinativas nos diversos tecidos e órgãos e ao final do período 
embrionário observam-se os primórdios de todos os principais 
sistemas de órgãos estabelecidos. 
 
- Aspecto do embrião: 
 –Formação do encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos. 
 
Tabela 01. Folhetos embrionários e estruturas originadas 
 
 
Tabela 2 - Estágios Carnegie embrionários 
 
Estági
o 
Carne
gie 
Dias Tamanh
o 
Características principais 
1 1 0.1 - 
0.15 
mm 
Formação do embrião pós fertilização 
2 2-3 0.1 - 0.2 
mm 
Mórula 
3 4-5 0.1 - 0.2 
mm 
Blastocisto 
4 6 0.1 - 0.2 
mm 
Implantação (início) 
5 7-8 0.15 - 
0.2 mm 
Embrião bilaminar 
6 17 0.2 mm Crista neural primitiva7 19 0.4 mm Notocorda e placa neural 
8 23 0.5 - 1.5 
mm 
Processo axial 
9 25 1.5 - 2.5 
mm 
Somitos 
10 28 2 - 3.5 
mm 
Fechamento do tubo neural 
11 29 2.5 - 4.5 
mm 
Fechamento do neuroporo rostral 
12 30 3 - 5 
mm 
Fechamento do neuroporo caudal 
13 32 4 - 6 
mm 
Mais de 30 somitos 
14 33 5 - 7 
mm 
Primórdio do cerebelo 
15 36 7 - 9 
mm 
Genese do botão do membro anterior 
16 39 8 - 11 
mm 
Pigmentação dos olhos 
17 41 11 - 14 
mm 
Atrofia da cauda embrionária 
18 44 13 - 17 
mm 
O embrião masculino pode ser 
determinado 
19 46 16 - 18 
mm 
Mandíbula, maxilar e articulações 
20 49 18 - 22 
mm 
Separação dos dedos 
21 51 22 - 24 
mm 
Pés e mãos ficam próximos e podem se 
tocar 
22 53 23 - 28 
mm 
Septo nasal 
23 56 27 - 31 
mm 
Cabeça totaliza 50% do tamanho do 
embrião 
 
 
Figura 01 - Estágios Carnegie embrionários 
 
 
Período fetal 
•O período fetal começa da 9ª semana após a fertilização e termina com o nascimento. 
•Caracteriza-se por: 
-um rápido crescimento corporal; 
-diferenciação dos diversos sistemas 
 
-diminuição relativa do ritmo de crescimento da cabeça em comparação ao resto do 
corpo. 
 
•Até cerca de 30 semanas 
–feto tem uma aparência avermelhada e enrugada (fina espessura da pele e ausência 
relativa de gordura subcutânea) 
 
•Últimas seis a oito semanas 
–Desenvolvimento rápido da gordura dando ao feto uma aparência lisa e rechonchuda. 
 
•Fase terminal 
–especialmente destinada a formação dos tecidos 
–preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intra-uterino para o extra-
uterino. 
 
Desenvolvimentoda forma externa: 
•Dividido em 3 períodos: 
–Período pré-embrionário 
–Período embrionário 
- Período fetal 
•Período Pré-Embrionário: 
 
–Fecundação até a gastrulação 
 
•Período Embrionário: 
 
–Início da 4ª semana – 8ª semana 
–Surgimento dos somitos permitindo determinar a idade do embrião: 
•20 dias de desenvolvimento- 1 a 4 pares de somitos 
•21 dias- 4 a 7 pares de somitos 
•22 dias- 7 a 10 pares de somitos 
•30 dias- 34 a 35 pares de somitos 
 
Período Fetal 
–9ª semana até final da gestação 
–O embrião adquire aspecto humano e passa a ser chamado de feto 
–Neste período há essencialmente o crescimento do feto ( crescimento da cabeça menor 
do que do corpo) 
–Idade do embrião pelo comprimento vértice-nádega (distância reta do vértice cefálico 
até região caudal)- valores aproximados 
 
 
Resumo dos meses de gestação: 
Primeiro mês: 
1.Fertilização 
2.Clivagem 
3.Implantação- cerca do 10º dia 
4.Desenvolvimento do trofoblasto (citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto) – Placenta presa ao 
embrião pelo cordão umbilical 
5.Disco embrionário (bilaminar para trilaminar) 
6.Cerca do 16º dia- células sanguíneas primitivas 
7.Extremidade cefálica do embrião (fusão dos finos vasos) formando o coração (inicialmente 
um tubo cardíaco) 
8.Cerca do 21º dia- início dos batimentos cardíacos, surgimento do sistema nervoso (placa 
neural, sulco neural, pregas neurais- neurulação) 
9.Final: 
•embrião com aproximadamente 6mm de comprimento 
•Cabeça muito encurvada para frente 
•Pequena cauda pontuda recurvada abaixo do ventre 
•Não possui face apenas abertura ampla e funda 
•Coração grande 
•Dorso há 35 somitos que originarão as massas musculares 
•Arcos branquiais 
Esboços de órgãos adultos: olhos, nariz, estômago, rins 
 
Segundo mês 
•Importante: 
Neste período estabelece-se em definitivo o padrão da organogênese sendo o feto sensível a agentes 
teratogênicos!! 
 
-Embrião possui um face 
•Pescoço liso suporta uma enorme cabeça 
•Braços e pernas mostram dedos, cotovelos e joelhos 
•Glândulas sexuais específicas (testículos e ovários) e aparência dos órgãos sexuais externos 
•Maior desenvolvimento da cauda e posterior regressão 
•Aumento do embrião 
–6 vezes o comprimento (6mm- 35mm) 
–500 vezes o peso (100 miligramas) 
•Final: 
–Maxilar inferior pequeno 
–Queixo pouco pronunciado 
–Nariz largo e chato 
–Olhos muito distantes 
–Testa proeminente 
–Aparecimento dos ossos (inferior do braço e pernas) e primeiros centros de ossificação – 
nitidez e diferenciação de membros e dedos 
–Constitutição dos músculos é definitiva 
–Moldes para componentes da espinha dorsal 
–Aparecimento do fígado (ao final inicia função de secreção de bile) 
–Apêndice caudal menos distinto até incorporar-se a região inferior do tronco (pelve) 
 
Terceiro mês: 
•Desenvolvimento de boca, nariz e garganta previamente formados 
•Aparecimento do gérmen do dente 
•Surgimento das cordas vocais 
•Sinais de atividade do sistema digestório 
•Surgimento do pâncreas 
•Desenvolvimento do órgãos sexuais externos masculinos (aumento do comprimento do pênis, 
glande, epitélio e testículos (até 7º mês para a cavidade abdominal) 
•Não há muita evolução nos órgãos sexuais femininos (4º mês) 
•Ossos, músculos traçam forma e robustez ao corpo fetal 
•Batimentos cardíacos fortes 
 
•Final: 
–Comprimento quase duplicado (8 cm e peso de 40 gramas) 
–Início da movimentação do feto no interior do saco amniótico (não perceptível para a 
mãe) 
–Volume da cabeça em relação ao corpo é um pouco menor 
–Impressões digitais, palmares bem desenvolvidas 
–TODOS OS GRANDES SISTEMAS ESTÃO FORMADOS!! 
 
Quarto mês 
•Comprimento cerca de 14 cm de 200 gramas de peso 
•Pele é finíssima desprovida de gordura subcutânea 
•Transparência- cor vermelha ao feto (rede capilar e tecidos irrigados) 
•Rins filtram água e resíduos catabólitos do sangue, emitem urina para a bexiga e líquido 
amniótico que é deglutido pelo feto. Eliminação é feita quando há o transporte pelo sangue fetal 
pelo cordão umbilical até a placenta 
•Mãe começa a perceber os movimentos fetais 
•Esqueleto ósseo em formação e pode ser visualizado pelo Raio X 
•Cobertura corpórea de uma capa protetora caseosa 
 
Quinto mês 
•Pele enrugada 
•Mede cerca de 30cm e pesa cerca de 450 gramas 
•Órgãos internos já estão arquitetados 
•Derivados da pele (cabelos) cobrem todo o crânio e o corpo está coberto por um pelo macio 
(lanugo e lanugem), aparecimento das unhas 
•Coração e pulmão na região do futuro pescoço 
•Fígado, estômago e mesonéfrons no futuro peito 
•Cordão umbilical na altura do futuro diafragma 
•Abdomen e pelve são reduzidos e particamente não existem 
•Digestão rudimentar 
•Mecônio- primeira fezes do recém nascido 
•Corção bate cerca de 120 a 160 vezes por minuto e é audível ao estetoscópio 
•Não consegue sobreviver fora do útero materno 
 
Sexto mês 
•Peso chega a 800 gramas 
•Pálpebras reabrem 
•Olhos inteiramente formados (membrana opaca e delgada denominada membrana pupilar- 
desaparece no 7ºmês ou persiste até nascer) 
•Íris não possui pigmentação completa – azul-cinzenta 
•Surgimento de cílios e sombrancelhas 
•Delimitação nítida de lábios 
•Pulmões desenvolvidos para poder respirar por poucas horas caso venha nascer 
prematuramente 
•Glândulas sebáceas secretam exsudato denso e untuoso denominado verniz caseoso que 
protege a pele do feto durante o parto 
 
Sétimo mês 
•Sistema Nervoso bastante desenvolvido para vida independente, porém ainda devendo-se 
desenvolver nos 2 meses finais 
•Sexo masculino- descida dos testículos para bolsas escrotais 
•Final mede 27 cm e 1.300 gramas de peso 
•Sistemas desenvolvidos para sobrevivência precária 
 
Oitavo mês 
•Membros gradualmente mais cheios e firmes 
•Ganho de peso muito rápido e 200 a 250g por semana (últimas 8 semanas) 
•Condições de sobrevivência

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