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Amálgama de Prata O risco da utilização de amálgama se deve ao mercúrio (em vapor) na amálgama, ela não possui o mercúrio nesta forma naturalmente e sim durante a reação de preparação. A convenção de Minamoto decidiu não usar mais o amálgama (2013), mas no Brasil isto ainda não ocorre devido as condições da saúde pública. PARA O AMÁLGAMA, O DOCUMENTO PREVÊ A DIMINUIÇÃO GRADATIVA NO USO DO PRODUTO, SEM DETERMINAR UM PRAZO PARA QUE ISSO OCORRA Não existem estudos científicos que comprovem que o amálgama faz mal. Ele possui propriedades mecânicas que são insubstituíveis em determinadas situações. Quando a estética não for pré-requisito (dentes posteriores) a amálgama deve ser considerada como uma opção de uso. Amalgamar=Misturar Amálgama é o termo dado a qualquer liga com o mercúrio envolvido. O pó contém cobre, estanho, zinco e prata, no liquido o mercúrio. Aplicabilidade clínica É necessário haver uma profundidade de mais de 1.5 mm para haver a retenção do amálgama. Acima dessa altura a amálgama está sujeita a quebra. IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ADESIVOS CAVIDADES COMPLEXAS Contras ESTÉTICA-Por isso é mais usada em dentes posteriores, além disso a corrosão do amálgama mancha as paredes do dente. TOXICIDADE DO MERCÚRIO CONDUTIBILIDADE TÉRMICA / CORROSÃO BAIXA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO / CREEP Em alguns momentos temos forças oblíquas que podem tracionar o amálgama que é frágil á tração. AUSÊNCIA DE UNIÃO À ESTRUTURA DENTAL Por isso é preciso haver um preparo dentário retentivo (Desgaste de tecido sadio). Prós LONGA EXPERIÊNCIA CLÍNICA FACILIDADE DE MANIPULAÇÃO CUSTO RESISTÊNCIA à COMPRESSÃO Insucessos em Restaurações de Amálgama PREPARO CAVITÁRIO INCORRETO MANUSEIO INADEQUADO DO MATERIAL RESTAURADOR PROBLEMAS PULPARES OU PERIODONTAIS A taxa de insucesso com amálgama está mais relacionada ao preparo do que com o material em si. Na preparação do amálgama é preciso haver suporte de dentina, pois a junção do esmalte friável e a amálgama friável não oferece um bom resultado. Não se pode realizar uma restauração Classe III em pré-molar com amálgama por causa das forças de flexão. Classificação Classificação % DE COBRE NA LIGA ----- CONVENCIONAL X ALTO TEOR DE COBRE TIPO DE PARTÍCULA ----- USINADA X ESFEROIDAL X MISTA BAIXO TEOR DE COBRE: <6% CONVENCIONAIS, LIGAS DE BLACK, 1896 FASE ÚNICA: PARTÍCULAS USINADAS ALTO CONTEÚDO DE COBRE: >6% LIGAS MODERNAS, FASE DISPERSA: USINADAS (BCC) + ESFÉRICA (ACC), FASE ÚNICA: ESFÉRICA (ACC) O convencional tinha pouco cobre, mas era muito corrosivo, atualmente aumentou-se a porcentagem de cobre para diminuir a corrosão, já em relação as partículas os convencionais se apresentavam somente na forma de partícula usinada. Além disso apresentam mercúrio na quantidade mínima suficiente para se obter uma massa plástica. Na de alto teor há uma maior variedade de partículas Na reação de amálgama algumas partículas não vão ser consumidas e oferecem resistência a mistura, há a formação de dois tipos metalúrgicos de liga a gama 1 e 2. A gama 2 é extremamente susceptível á corrosão (presente em baixo teor de cobre) Nas ligas na qual há um alto teor de cobre a gama 2 é consumida formando a fase metalúrgica Eta (η/Є) PASSOS do TRABALHO Seleção da liga e mercúrio Proporção de liga e mercúrio Trituração Inserção na cavidade Condensação Escultura Acabamento e polimento Realiza-se a técnica de mercúrio mínimo para evitar excesso, nesse caso é preciso utilizar um amalgamador A capsula de amalgama garante uma mistura proporcional junto com a balança de Crandall. A RELAÇÃO DE LIGA E MERCÚRIO VARIA COM AS DIFERENTES COMPOSIÇÕES DAS LIGAS, COM OS TAMANHOS E FORMAS DAS PARTÍCULAS E COM O TIPO DE TRATAMENTO TÉRMICO FALTA DE MERCÚRIO massa irregular, seca, quebradiça, com superfície rugosa e porosa. EXCESSO DE MERCÚRIO efeitos deletérios nas propriedades mecânicas e físicas do material. Amalgamação ou trituração TEM COMO OBJETIVO REMOVER, POR ABRASÃO, A FINA CAMADA DE ÓXIDO QUE RECOBRE AS PARTÍCULAS DA LIGA, DE MODO QUE UMA SUPERFÍCIE LIMPA POSSA ENTRAR EM CONTATO COM O MERCÚRIO.Pode ser manual (GRAL E PISTILO) ou motorizada (Amalgamador). SUBTRITURADA POROSIDADE, LENTA CRISTALIZAÇÃO PIORA NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS MAIOR EXPANSÃO, CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DAS MARGENS SUPERTRITURADA RÁPIDA CRISTALIZAÇÃO PIORA NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS AUMENTO DA CONTRAÇÃO A inserção na cavidade é feita através de uma porta amálgama Condensação COMPACTAR A LIGA UNIÃO DOS INCREMENTOS REDUZIR POROSIDADE REMOÇÃO DO EXCESSO DE MERCÚRIO Uma condensação inadequada promove bolhas na massa do material, comprometendo a resistência da liga Demora na Condensação PRESA PARCIAL DO AMÁLGAMA • Não permite a remoção efetiva do excesso de Hg • Menor plasticidade da massa • Menor adaptação às paredes do preparo • Porosidades na restauração • Menor resistência à compressão • Dificuldade na escultura O brilho na amálgama aparece quando o mercúrio floresce na condensação, é importante colocar o amálgama em camadas pois a mistura que vai secando auxilia na fixação da próxima. A ultima camada deve ser condensada em excesso, pois é ela quem sofrerá os maiores esforços. Escultura INSTRUMENTO APOIADO NO DENTE; DEFINIR SULCO CENTRAL, VERTENTES, SULCOS SECUNDÁRIOS, FOSSETAS MESIAL E DISTAL. Deve-se fazer uma concavidade de amálgama na fossa e não um ângulo reto. O acabamento e o polimento não podem ser feitos no período inicial pois haverá formação de vapor de mercúrio, assim é feita após 24horas da restauração. DIMINUIR A RUGOSIDADE SUPERFICIAL;REFINAMENTO DA ESCULTURA; AUMENTAR RESISTÊNCIA À CORROSÃO E AO MANCHAMENTO; DIMINUIR A RETENÇÃO DE BIOFILME; Resumo do artigo Amálgama dental e seu papel na Odontologia atual -O amálgama ainda permanece como um forte material restaurador especialmente em dentes posteriores Alguns países baniram o AP sob a argumentação da sua toxicidade, no entanto, tal capacidade ainda precisa ser comprovada cientificamente Um estudo mostrou que existem clínicas odontológicas que fazem o descarte de resíduos de amálgama no sistema de descarte de lixo comum, o que contraria as normas da vigilância sanitária Ao ser descartado entre os resíduos comuns, o mercúrio, presente nos resíduos de amálgama, inevitavelmente, atingirá os compartimentos ambientais como rios, lagos ou o solo úmido, e sofrerá biotransformação em mercúrio orgânico, altamente tóxico, por organismos aquáticos. Esta substância, em níveis baixos, causa danos ao sistema nervoso, tem alta persistência e se acumula em animais, peixes e no meio ambiente global os humanos, favorecem o desenvolvimento de doenças crônicas, causando problemas cardíacos, respiratórios, neurológicos, entre outros Com base na pesquisa, segundo os autores consultados, constatou-se que o AP não oferece riscos significativos à saúde humana nem ao meio ambiente, desde que haja gerenciamento e descarte adequados de seus resíduos A ANVISA classifica os resíduos de AP como aqueles que contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade Isso mostra que o maior risco de contaminação do mercúrio para a saúde provém do consumo de peixes e não do AP Odontologia tem uma pequena participação no total de emissões de mercúrio derivadas de atividades humanas O ambiente contaminado dos consultórios constitui risco não só para os profissionais como também para os pacientes, principalmente aqueles submetidos a procedimentos demorados ou os que necessitam de retornos constantes em muitas instituições no país, é que o correto gerenciamento de resíduos não vem sendo praticado. Isto se deve, em parte, ao desconhecimento a respeito da legislação sobre o descarte, tanto nas universidades quanto em empresas particulares, à ausência de programas de educação ambiental, a não prioridade institucional dada ao assunto e a falta defiscalização dessas atividades por parte dos órgãos governamentais. Mesmo sendo pouco eficaz, em geral, tenta-se que este mercúrio seja coletado e reciclado para produzir novos produtos (5). O processo de recuperação dos resíduos do amálgama é feito através da remoção do mercúrio, adaptando-se a metodologia utilizada por PÉCORA Embora exista tecnologia disponível para sua reciclagem, esta depende do interesse da indústria. Por isso, a solução aceitável, se a reciclagem não for possível, é o despejo em aterro sanitário industrial O mercúrio requer que o aterro esteja protegido contra intrusão, para evitar risco à saúde humana e ao meio ambiente. O mercúrio armazenado deve ser protegido contra a exposição direta à chuva, sol, vento, inundações, condições de frio extremo, escavação e construção. Isso cria algumas exigências sobre a instalação de armazenamento onde o mercúrio é mantido. Além disso, as condições geotécnicas e tectônicas no local devem ser cuidadosamente avaliadas para garantir a estabilidade física da instalação de armazenamento deve ser de responsabilidade dos departamentos que atuam em clínica odontológica o conhecimento do descarte de seus respectivos resíduos na universidade. Se a própria universidade não fizer a coleta e manejo dos resíduos, deve haver o contrato de empresas particulares que os façam e deve haver constante acompanhamento, pelos departamentos, dos serviços executados por estes institutos ou empresas. Com base na literatura consultada, para o gerenciamento dos resíduos de AP alguns cuidados devem ser tomados, tais como: 1- Manipulação com mão enluvada, uso de máscara e de óculos; 2- Consultório dotado de alta exaustão; 3- Não utilizar condensadores automáticos; 4- Uso de alta sucção durante a remoção de uma restauração e utilizar brocas novas e água gelada para este procedimento; 5- Uso da menor relação possível de mercúrio na liga. Uma das soluções para minimizar a quantidade de mercúrio nos resíduos de amálgama seria utilizar ligas esféricas com alto teor de cobre, que requerem menor quantidade de mercúrio para a confecção de um amálgama dentário de qualidade; 6- Uso de isolamento absoluto para evitar queda de amálgama na cavidade bucal, levando-se em consideração que a mucosa do assoalho da cavidade bucal é altamente permeável; 7- Mercúrio, amálgama ou qualquer equipamento usado com amálgama nunca devem ser aquecidos; 8- O uso de soluções desinfetantes à base de mercúrio deve ser eliminado; 9- As clínicas e os locais de manuseio devem ser bem ventilados; 10- O mercúrio deve ser armazenado em recipientes fechados e inquebráveis longe de qualquer fonte de calor, sob selo d´água e com rótulo padronizado com o símbolo de substância tóxica, acrescidos da expressão: “RESÍDUO QUÍMICO”; 11- A remoção do excesso de mercúrio antes da condensação deve ser evitada; 12- Amalgamadores com redoma de proteção devem ser usados; 13- Jatos de água e sugadores de alto volume devem ser usados quando se remove restaurações de amálgama ou durante o polimento/acabamento de restaurações novas; 14- A pele acidentalmente contaminada pelo mercúrio deve ser lavada cuidadosamente com água e sabão; 15- A utilização de ar condicionado deve ser sempre na posição de renovação do ar; 16- O uso de condensadores ultrassônicos de amálgama deve ser evitado; 17- Uso de amalgamadores mecânicos seguros, que não apresentem vazamentos de mercúrio. O amalgamador deve ficar guardado em local isento de calor, longe do Forno de Pasteur, Autoclave e distante do aparelho de ar condicionado, para evitar a formação e dissipação dos vapores de mercúrio. Cuidados especiais deverão ser tomados no momento de usar o amalgamador, evitando acidentes; 18- A cápsula deve ser rosqueada, substituída de tempo em tempo para evitar escapamento de mercúrio. A sua fixação deve ser perfeita; 19- No caso de suspeita de vazamento pode ser colocada uma fita adesiva envolvendo a cápsula. Após trituramento, deve-se observar se há vestígios de mercúrio na fita. Remove- se a cápsula após a parada completa do motor; 20- O resíduo de amálgama deve estar isento de algodões, gazes, palitos, lâminas de matriz de aço e quaisquer outros tipos de contaminante; 21- Os frascos que contém o mercúrio, bem como a tampa, devem ser enviados para o laboratório de reciclagem; 22- Qualquer material descartável contaminado com mercúrio ou amálgama deve ser colocado em saco selado de polietileno; 23- As cápsulas devem ser estocadas e encaminhadas para recuperação; 24- Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem estar localizados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. O maior problema do uso do amálgama está relacionado à necessidade de implementar melhorias no sistema de descarte dos seus resíduos, logo se faz necessária a divulgação de orientações sobre o descarte de resíduos de amálgama, com foco no impacto das práticas odontológicas sobre o meio ambiente e sobre a saúde humana, para fomentar o desenvolvimento de políticas na aplicação de estratégias que diminuam sua contaminação.
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