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ANALISE DA MARCHA

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Análise da Marcha
Avaliação Cinético Funcional
Conceito
A marcha é um conjunto de movimentos rítmicos e
alternados do tronco e extremidades visando a locomoção do
corpo ou o deslocamento do seu centro de gravidade para
frente
(Sizínio, 1998; Gross, Fetto e Rosen, 2000; Fritz et al, 2002) 
É um movimento extraordinariamente complexo.
Envolve todo o corpo e requer a coordenação de diversos
músculos e articulações, bem como de informações
sensoriais que ajudam no controle a adaptação do andar
Shumway-Cook & Woollacott, 2003
Conhecimento 
da biomecânica 
normal da 
marcha
Diagnóstico dos 
vários padrões 
Correção de 
padrões 
patológicos de 
marcha
Monitorização 
pós intervenção 
terapêutica
Fatores que determinam a 
aquisição da marcha
Marcha
Fatores 
Biológicos
Fatores 
Ambientais
Características 
da Tarefa
(Tani, 2002)
Exigências para 
uma locomoção 
bem sucedida
Progressão
Estabilidade
Adaptação
(Lucarelli, 2005)
Aquisição
da 
Marcha
Integridade músculo 
esquelética
(ossos, articulações, 
músculos)
Controle 
neurológico
• Recepção e 
integração de 
mensagens
Integridade Músculo 
Esquelética
Shumway-Cook & Woollacoot, 2003
M
ú
sc
u
lo
Força
Massa Muscular
Tônus Muscular
Reflexos
Eficiência e velocidade dos 
movimentos
Equilíbrio
(Tani, 2002)
Estabilidade
Postural
• Capacidade de manter o centro de massa
dentro dos limites da base de apoio
Equilíbrio
Estático
• Equilíbrio quando o corpo está em
repouso
Equilíbrio
Dinâmico
• Equilíbrio quando o corpo está em
movimento
Funções Locomotoras
(Perry, 2004)
Manter a estabilidade vertical
Gerar força de propulsão
Minimizar o impacto do solo no início de cada
passada
Conservação da energia
Funções Locomotoras
(Perry, 2004)
Funções Locomotoras
(Perry, 2004)
Estabilidade no apoio
Restrição seletiva da queda do peso do corpo
Avanço do membro de acordo com a progressão do corpo
Conservação
de Energia
Funções Locomotoras
(Perry, 2004)
Absorção
do 
Choque
Contato
calcanhar-
solo
Ação dos 
pré tibiais
Flexão do 
Joelho
Queda da 
pelve
Funções Locomotoras
(Perry, 2004)
Força de 
propulsão
Rolamento
Calcanhar, 
tornozelo e 
antepé
Balanço do 
membro
contralateral
Flexão do 
joelho e 
quadril no pré
balanço
Extensão do 
joeho no 
balanço
 Definição
Período desde o contato de um pé no solo até o contato seguinte
desse mesmo pé
(Perry, 2004)
O Ciclo da Marcha 
Eventos da Marcha
 Fase de suporte ou apoio (60%)
 Fase de balanço (40%)
(Google, 2009)
Eventos da Marcha
Ciclo de 
marcha
Apoio
Aceitação 
de peso
Contato 
inicial
Resposta à 
carga
Apoio 
simples
Apoio 
médio
Apoio 
terminal
Pré-
balanço
Balanço
Avanço de 
membro
Balanço 
inicial
Balanço 
médio
Balanço 
Final
(Perry, 2004)
Momento em que o calcanhar 
toca o solo
O Membro é posicionado para 
iniciar o apoio com o rolamento 
do calcanhar
Fase de Apoio
(Perry, 2004)
Fase de 
Apoio
Aceitação 
do Peso
Contato 
Inicial
Resposta à 
Carga
Fase de Apoio
(Perry, 2004)
Fase de 
Apoio
Aceitação 
do Peso
Contato 
Inicial
Resposta à 
Carga
Inicia-se com o contato com o solo 
e continua até que o outro pé eleve-
se para o balanço.
• Absorção do choque
• Estabilidade para recepção de 
peso
• Preservação da progressão
Fase de Apoio
(Perry, 2004)
Apoio 
Simples
Apoio 
médio
Apoio 
terminal
Pré-balanço
• Inicia-se com elevação do outro pé
E continua até que o peso do corpo seja
alinhado sobre o antepé.
Fase de Apoio
(Perry, 2004)
Apoio 
Simples
Apoio 
médio
Apoio 
terminal
Pré-balanço
• Inicia-se quando calcanhar se eleva 
até que o outro pé toque o solo.
• Fase de progressão do corpo e de 
sustentação.
Fase de Apoio
(Perry, 2004)
Apoio 
Simples
Apoio 
médio
Apoio 
terminal
Pré-balanço
Inicia-se com o contato inicial do
membro oposto e termina com o
desprendimento dos dedos.
Tem por objetivo posicionar o membro
para o balanço
Fase de Apoio
(Google, 2009)
Fase de Balanço
(Perry, 2004)
Avanço do 
Membro
Balanço 
Inicial
Balanço 
Médio
Balanço 
Terminal
• Inicia-se quando se eleva o pé do solo
• Ocorre liberação do pé do solo
Fase de Balanço
(Perry, 2004)
Avanço do 
Membro
Balanço 
Inicial
Balanço 
Médio
Balanço 
Terminal
• MI avança
• Não há contato pé c/ solo
• Similar ao balanço inicial
• Termina quando MMII em balanceio
está adiante do corpo
Fase de Balanço
(Perry, 2004)
Avanço do 
Membro
Balanço 
Inicial
Balanço 
Médio
Balanço 
Terminal
• Inicia-se com a tíbia vertical e
termina quando o pé toca o solo.
AÇÕES MUSCULARES
 Eretores da espinha
Mantém uma atividade constante durante a marcha, com
picos de contração nas fases de contato inicial e apoio
médio.
 Glúteo máximo
Começa ao toque do calcanhar ao solo, de forma isométrica,
impedindo a flexão da pelve, e vai até a fase de apoio
médio, de forma concêntrica, promovendo a extensão da
pelve.
AÇÕES MUSCULARES
 Quadríceps
Já na fase de duplo apoio, atua excentricamente para frear a
flexão de joelho. Atuarão de forma concêntrica na fase de
desaceleração estendendo o joelho, para iniciar a fase de
contato inicial.
 Isquiotibiais
Começam a trabalhar isometricamente na fase de contato inicial,
freando a flexão do quadril. Na fase de balanço atua flexionando
o joelho na fase de aceleração até a oscilação média. A partir da
oscilação média até a oscilação final irá atuar excentricamente,
controlando a extensão do joelho e desacelerando o segmento.
AÇÕES MUSCULARES
 Abdutores
Se contraem para estabilizar a pelve durante a fase de contato
inicial e na fase de apoio único.
 Adutores
Se contraem para estabilizar a pelve durante a fase de contato
inicial e na fase de aceleração flexionando o quadril.
 Fibulares
Possui atividade semelhante a do tríceps, com a contração
iniciando na fase de apoio e indo ao máximo na elevação do
calcanhar.
AÇÕES MUSCULARES
 Tibial anterior
É ativado de forma isométrica. O maior pico de contração desse
músculo é durante a fase de apoio inicial. Na fase de contato atua de
forma excêntrica durante o aplanamento do pé. Na passagem para o
apoio médio, vai atuar de forma concêntrica ajudando no avanço da
tíbia. Na fase de balanço, para evitar que o pé caia, vai realizar
contração isométrica para mantê-lo na posição neutra.
 Tríceps sural
Sua atividade inicial acontece na fase de contato, com o pé plano,
atuando excentricamente para retardar e controlar o avanço da tíbia.
Na fase de elevação do calcanhar e propulsão, irão atuar de forma
concêntrica para elevar o calcanhar do solo e iniciar a fase de
aceleração e balanço.
(Lucarelli,2005;Perry, 2004)
Avaliação
da 
Marcha
Exame
Físico
Medições
Temporais
Cinemática
EMG
Video
Avaliação da Marcha
 Exame físico
 Amplitude de Movimento
 Força muscular
 Controle motor
 Antropometria / Alinhamentos
Avaliação
(Lucarelli,2005;Perry, 2004)
 Medições Temporais
 Velocidade 
 Cadência / Ritmo
 Comprimento do passo 
 Comprimento da passada
 Largura do passo
 Simetria
Avaliação
(Lucarelli,2005;Perry, 2004)
Passo, Passada e Cadência
 O comprimento do passo: distância entre o ponto onde o
calcanhar de um membro contata com o solo, e o ponto em
que o calcanhar do membro contralateral contata com o
solo
 O comprimento da passada: distância entre o ponto onde o
calcanhar de um membro contatao solo e o ponto em que
este mesmo calcanhar volta a tocar o solo
 Cadência: número de passos dados em uma unidade de
tempo, normalmente expresso como passos por minuto
Força de Reação ao Solo
(Lucarelli,2005;Perry, 2004)
 Video
Avaliação
Avaliação Cinemática
(Qualisys, 2009)
Avaliação Cinemática
 Cinemetria
 Marcadores retroreflexivos colocados na superfície
cutânea
 Registro por câmaras de infravermelho
 Sinais EMG sincronizados com as câmaras
 Plataformas de força conectadas às câmeras
(Lucarelli,2005;Perry, 2004)
Avaliação
 Cinemetria
(Google, 2009)
Marcha normal e patológica
 A marcha normal é uma forma de progressão com
reciprocidade (avanço alternado) de membros inferiores,
que tem como características o deslocamento com
segurança e a economia de energia
 Na marcha patológica, há perda de pelo menos um desses
princípios. A origem do distúrbio pode estar em um
componentes do movimento voluntário:
 Fonte do movimento / Alavancas articuladas
 Conscientização do movimento desejado/ Controle do
movimento/ Energia
 Fonte: Faloppa,F;Albertoni,WM; Ortopedia e Traumatologia, Manole - 2008
Correlações de alterações e 
marcha patológica
Tipos de de marchas patológicas
 Marcha em bloco – Parkinson
 Marcha ebriosa - ataxia cerebelar
 Marcha talonante ou tabética - ataxia sensitiva
 Marcha "em estrela" - ataxia vestibular
 Marcha a pequenos passos - ataxia frontal
 Marcha escarvante - déficit de dorsoflexão do pé - lesão de 
nervo fibular ou ciático ou raiz de L5
 Marcha ceifante – sd. piramidal
Marchas anormais
 ceifante = espástica – hipertonia dos mm extensores (não flete, “pé
caído”), movimentos de foice (lesão do trato piramidal) – joga com o
quadrado lombar. Sd. Piramidal.
 parética - arrasta membro parético (lesão piramidal).
 escarvante - pés se elevam sem flexão dorsal e eversão (lesão do n.
fibular).
 atáxica - não mantém linha reta (lesão cerebelar).
 pequenos passos = "petit pass" (S. Parkinson) – lesão Nigroestriatal.
Marchas anormais
 coreica – (diferente da atetótisa; mais proximal) movimentos amplos
(flutuação de tônus, mais distal), desordenados (coréia) (como onda).
 vestibular - desvia para um lado (S. vestibular).
 miopática = marcha de sapo (miopatias) – hiperlordose – fraqueza de
adutores – Duchenne – sinal de Gauwer (falta de força muscular em
quadril e coxa – precisa utilizar os membros superiores).
 em tesoura - hipertonia bilateral – de adutores – ceifante para os dois
lados.
 tabética – perda de sensibilidade (cordões posteriores da medula) –
passo forte – não se sabe onde se está pisando.
Flexão plantar excessiva do
membro oposto com elevação
da pelve em decorrência da
rigidez do membro oposto.
Perguntas
Obrigada!!!

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