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Resumo de microbiologia prática UFRRJ

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Resumo de microbiologia prática 
 
❖ Biossegurança no Laboratório 
Medidas que visam prevenir, minimizar ou 
neutralizar os riscos inerentes ao trabalho, 
que possam comprometer a saúde dos 
homens, animais e ambiente. 
 
• Equipamentos de proteção 
individual (EPI): Jalecos ou aventais 
(cores claras e sempre fechado); 
luvas, máscaras, gorro, óculos; 
• Equipamentos de proteção coletivo 
(EPC): bico de bunsen e 
microincinerador de alça; 
dispositivos de pipetagem; 
anteparo para microscópio de 
imunofluorescência; chuveiro de 
emergência, lava-olhos; extintores 
de incêndio; cabines de segurança 
biológica; 
 
Riscos frequentes nas aulas práticas: 
• Inalação acidental de 
microrganismos sob forma de 
aerossóis; 
• Ingestão de culturas microbianas 
durante a pipetagem; 
• Contaminação com culturas 
(contato direto = pele, cortes pré-
existentes ou nos olhos); inalação. 
• Cortes com vidrarias quebradas; 
• Queimaduras a partir de material 
aquecido, chama do bico de Bunsen 
ou reagentes. 
Principais medidas de precaução dos riscos 
durante as aulas práticas: 
 
1 Inocula bacs mais rápido devido a superfície de 
contato, e se for aeróbicos promova-se agitação 
• Ao terminar a prática laboratorial 
deve-se realizar antissepsia das 
mãos e antebraço; 
• Usar jaleco, calça comprida, 
sapatos fechados e cabelos presos; 
• Ter cuidado com o bico de Bunsen; 
• Não se dispersar ao manipular 
microrganismos; 
• Não abrir placas ou tubos contendo 
microrganismos longe do bico de 
Bunsen; 
• Usar luva ao manusear vidraria ou 
material quente; 
• Não despejar material contaminado 
no esgoto; 
• Avisar ao professor qualquer 
ocorrência! 
 
❖ Nutrição microbiana 
 
Fatores de afetam o crescimento: Oxigênio; 
Temperatura; pH; Disponibilidade de água 
 
Toda vez que tem uma amostra é 
importante saber quais mos se quer 
identifica. Logo o meio de cultura tem que 
ser adequado, assim como as condições. 
O meio de cultura tem que possuir 
nutrientes e condições especificas para 
cada tipo de mos. Como o ph e a 
temperatura, ph 6,5-7 são para bacs e 5,0 
para fungos. E por fim o oxigênio, a maioria 
dos mos são aeróbicos, e usam para formar 
energia, porem há mos patogênicos 
anaeróbicos estritos. 
 
Tipos de meio de cultura: 
 
Meio de cultura líquido = CALDO 1 
Meio de cultura semissólido2 = AGAR (0,1 A 
1,4 g de agar-agar/100ml de água). 
Meio de cultura sólido 3= AGAR (1,5 a 3,0 g 
de agar-agar/100ml de água). 
2 Identificar bactérias com motilidade, ajudando 
na identificação. 
3 Isolamento inicial do microrganismo 
Composição química 
a. Meio sintético ou quimicamente 
definido: todos os componentes e 
quantidades são conhecidos. 
b. Meio complexo: contém componentes 
cuja composição não é precisa. 
Exemplos: extrato de carne, extrato de 
levedura, peptona, sangue, leite, etc. 
 
Utilização 
• Meio de uso geral: Permite o 
crescimento da maioria dos 
microrganismos presentes na 
amostra. 
• Meio de enriquecimento: Favorece 
o crescimento de um 
microrganismo específico através 
da adição de determinados 
compostos. 
• Seletivo: Favorece o crescimento 
de determinados microrganismos 
através da adição de agentes 
inibidores que impedem o 
desenvolvimento de outros. 
• Diferencial: Permite a distinção de 
microrganismos através de reações 
ou produção de estruturas. 
 
❖ Esterilização de Materiais e Meios. 
Controle do Crescimento 
Microbiano. 
 
Técnicas usadas 
• Esterilização: destruição de todas 
as formas de vida microbiana, 
incluindo as formas de resistência. 
• Desinfecção (60°-80°C): diminuição 
da carga microbiana de superfície 
inanimada. 
• Antissepsia: diminuição da carga 
microbiana de superfície viva. (Ex.: 
Machucado) 
• Assepsia: conjunto de técnicas 
necessárias para não permitir a 
contaminação microbiana. (Conj. 
De técnicas) 
 
Ação dos agentes físico-químico 
 
• Coagulação proteica: calor, luz, 
formol, ácido fênico, álcool, 
clorexidina. 
• Oxidação proteica: água 
oxigenada, iodo, cloro, 
permaganatos, fogo. 
• Inativação de enzimas: calor, 
ácidos e bases fortes. 
• Interferência na troca de íons, 
paralisando o metabolismo: 
detergentes e corantes. 
• DNA e RNA: luz UV, calor. 
 
Métodos físicos 
 
I. Calor seco: 
I. Flambagem (chama redutora e oxidante): 
Levar o metal ao rubro: 
Alça de platina = para não formar aerossóis, 
após seca, passá-la na chama redutora e 
depois na chama oxidante até o rubro; 
Passar a “boca” das vidrarias na chama 
oxidante. 
II. Forno Pasteur (ar quente) 
Preparo das vidrarias vazias e metais; 
ESTERILIZAÇÃO: 180 ºC A 200 ºC POR 1:30 
horas. 
 
II. Calor úmido: (desnatura as proteínas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Pasteurização: Aquecimento a 
63°C/30min - pasteurização baixa; 
Aquecimento a 72°C/25seg - 
pasteurização alta. (não esteriliza) 
II. Tindalização: 4Aquecimento 
III. A 63/80°C/30min em intervalos de 
24 horas por três dias consecutivos. 
(Materiais que desnaturam acima 
de 100°C). 
IV. Água fervente5 (5 minutos a 100 
°C). 
V. Vapor saturado (igual à água 
fervendo) 
VI. Autoclavação : Esteriliza em 15-
20min por 120°C. Usado em meios 
de cultura, soluções e matérias de 
descartes. 
VII. Filtração- Membrana que retém os 
mos. O kitasato é usado, logo 
também precisa ser esterilizado. 
Técnica de esterilização com poros 
menores a 0,02um. Utilizado em 
subst. termolábeis. 
 
VIII. Radiação (esteriliza) 
- Raio gama- ionizante: Alto poder de 
penetração devido ter pequeno 
comprimento de onda. Mata os mos por 
causa da oxidação dos componentes 
celulares pelos radicais livres formados 
pela ionização da água. Usado em 
material plástico descartável (luva, 
placa de petri, filtro,etc.) 
-Raio ultravioleta: Alcança a célula e 
chega no DNA, mais especificamente 
nas bases hidrogenadas, quando vão 
multiplicar acaba gerando mutações e 
 
4 É considerado uma técnica de esterilização por 
com intervalo de 24h em temperatura 
ambiente, faz com que os esporos voltem ao 
estado vegetativo e sejam eliminados na 
próxima etapa. 
matando a célula. Não penetra, só 
superficialmente. 
 
❖ Isolamento de microrganismos 
 Os microrganismos são encontrados 
em todos os lugares, até mesmo em lugares 
que acharam não haver vida. 
 Apenas uma pequena porcentagem é 
maligna. Por exemplo, produção de 
alimentos por meio da fermentação e a 
microbiota intestinal. 
 
Isolamento de bactérias aeróbicas 
 
• Esgotamento do inoculo por 
estrias 
 
 Quanto maior o número de estrias, mais 
se esgota o líquido da suspensão e cada vez 
vão ficando menos microrganismos, até que 
nas últimas estrias microrganismos isolados 
geram colônias isoladas. 
 
1°- Simples -> Esgota bem em cima, 
diminuindo a quantidade de bactérias nas 
ultimas estrias, podendo separar as colônias 
2° Composta -> Alça esterilizada antes de 
cada setor, levando apenas a última parte 
da estria anterior. Mais eficiente! 
 
• Método “spread plate” 
Uma pequena quantidade da amostra, 
geralmente 0,1mL, é colocada no meio de 
cultura. Espalhasse com o auxílio de uma 
5 Não é uma técnica de esterilização pois os 
esporos são eliminados em temperatura acima 
de 100°C. É uma técnica de eliminação 
microbiana 
alça de vidrode forma homogênea. A 
colônia fica na superfície. 
 
• Método “pour plate” 
A amostra é depositada na placa e 
misturado com o meio de cultura que vem 
em seguida. Após a inoculação se tem 
colônias embaixo e pela superfície. 
 
 
Isolamento de bactérias anaeróbicas 
 
• Meios de cultura redutores 
Meios contendo agentes redutores que não 
deixa o O2 livre, proporcionando ambiente 
anaeróbico. 
 
• Técnica de Zeissler 
Estilo decantador. Utiliza uma bomba de 
vácuo que tira o O2 e coloca CO2, porém é 
caro e dependente. Uma maneira é colocar 
uma vela para consumir o O2. 
 
• Técnica de Gaspak 
Jarra de vidro contendo pastilha com água 
que resulta em hidrogênio, combinando 
com O2, se transformando em H20 e CO2, 
porém essa pastilha é cara. 
 
❖ Aspectos macroscópicos e coloração 
para estudo microscópio de bactérias 
 
Técnicas de coloração bacteriana 
 
ESFREGAÇO: 
Suspensão = Lâmina + gota da suspensão de 
bactérias, espalhar com alça de platina no 
centro da lâmina, secar passando o fundo 
da lâmina no calor da chama do Bico de 
Bunsen; após seco o esfregaço, passar o 
fundo da lâmina pelo menos 4 vezes na 
chama oxidante do Bico de Bunsen para 
fixar. 
Colônia = Lâmina + gota de água destilada + 
pequena porção da colônia, misturar com a 
água, espalhar com alça de platina no 
centro da lâmina, secar passando o fundo 
da lâmina no calor da chama do Bico de 
Bunsen. Após seco o esfregaço, passar o 
fundo da lâmina pelo menos 4 vezes na 
chama oxidante do Bico de Bunsen para 
fixar. 
 
• Coloração de Gram - Diferencia 
Gram + de Gram -, evidencia 
morfologia. 
 
 
 
O corante cristal violeta se liga na parede 
celular. Em seguida se coloca Lugol, uma 
subst. mordente (se liga no cristal, 
formando um complexo maior, dificultando 
a saída do corante. 
O álcool que diferencia. Ele irá desidratar as 
camadas expressas do peptídeo do Gram +, 
dificultando a saída do crital violeta. Na 
Gram -, solubilizará a membrana externa 
(fosfolipídios fácies) e, como tem uma fina 
camada de peptídeos, não irá segurar o 
cristal. Esta etapa que determina qual cora. 
Na etapa da fucsina ou safranina, se for 
Gram +, a fucsina não entrará 
completamente, pois a bactéria já estra 
preenchida pelo cristal violeta e lugol. Na 
Gram -, a fucsina se liga a parede celular. 
 
• Coloração simples com fucsina- 
Evidencia morfologia (cora a 
bactéria). 
 
• Técnica com nigrosina - Evidencia 
morfologia (tinge a lâmina). 
 A nigrosina é adicionada ao esfregaço 
O esfregaço não pode ser fixado no fogo, é 
seco ao ar. Na tinta contem fenol para 
matar os microrganismos, evitando 
contaminação. 
 
 
Características gerais 
 
 
 
Fungos 
 
❖ Aspectos macroscópicos e preparo 
 de lâminas para visualização de 
fungos filamentosos 
 
Eucariontes- possui organelas, carioteca e é 
maior que o procarioto. Sua parede celular 
tem tudo menos peptídeoglicano. Todo 
fungo precisa de compostos orgânicos para 
sintetizar ATP, são quimioheterotróficos. 
 
Características gerais 
 
• São organismos eucarióticos que 
podem ser: 
 
- Pluricelulares (Filamentosos) 
- Unicelulares (Leveduras) 
 
• São organismos heterotróficos: 
 
Sapróbios: são fungos que se nutrem de 
matéria morta. 
Parasitas: são aqueles que vivem à custa 
de outro ser vivo, prejudicando-o e 
podendo até matá-lo. 
 
Objetivos do isolamento: 
 Identificação, estudos dos requerimentos 
nutricionais, pesquisa de produtos 
metabólicos, etc. 
 
Métodos de isolamento de fungos 
filamentosos 
 
Diluição, estrias ou fragmento do material 
em superfície de meio sólidos. Em fungos 
parasitas se faz raspagem ou pedaço (tipo 
biopsia). 
 
 Grande parte das doenças em plantas 
são fungos, devido o fungo liberar esporos 
assexuais que são dispersos no ambiente. 
As “feridas” nas plantas ocorrem, pois, o 
fungo se multiplica radialmente, se 
alimentam dos nutrientes ao seu redor. 
 Para retirar e isolar esses fungos, 
recomenda-se que na parte inferior 
periférica da lesão. 
 Se no centro da lesão há proliferação, 
pode ser saprófito, pois está se 
aproveitando do tecido morto. 
 
Aspectos coloniais dos fungos filamentosos 
 
• Algodonoso (hifas mais espaçadas) 
• Aveludado (hifas mais juntas) 
• Pulverulento (por causa dos conídios) 
 
Características celular/morfologia 
 
I. Estrutura vegetativa 
• Hifas septadas 
• Hifas não septadas 
 
II. Estruturas de reprodução 
assexuada (conídeos) 
 
Aspergillus niger: aspecto colonial 
pulverulenta e hifas septadas, sua estrutura 
de reprodução tem estipede, vesícula, 
métula, fiálide e na ponta conideo. 
 
Penicilluim sp: aspecto aveludada, hifas 
septadas e estrutura de reprodução tem 
estipede, ramo, fiálide e conídeos. 
 
Rhizopus sp: aspecto colonial pulverulento, 
possui hifas não septadas. Sua estrutura de 
reprodução começa com rizoide e a partir 
daí geram alguns esporangióforos, 
esporângio, columela e esporos. 
 
 O que diferencia esses 3 fungos é a 
morfologia de como formam os conídeos. 
 
I. Macroconideos: formam diferentes 
conídeos, não precisam visualizar a 
morfologia da estrutura e sim a 
morfologia do conídeo em si. 
 
 
Preparo de lâminas de fungos filamentosos 
 
a) Colônia de fungo em meio de 
cultura ou, sobre um substrato – 
uso da alça de platina em forma de “L, 
retirando um fragmento profundo da 
colônia; 
 
b) Colônia de fungo em meio de 
cultura, sobre um substrato ou 
crescimento sobre a superfície – 
uso da fita adesiva 
 
Reagentes: 
 
a) Clarificante = NaOH ou KOH: 
 (estruturas com queratina) = raspados de 
pelo, pele, casco, chifre, unha, etc. 
Lâminas de Aspergillus niger. 
 
b) Corante = Azul de Algodão: 
Para lâminas de colônias de fungo, exceto A. 
niger. 
 
 
Método de microcultivo ou cultivo em 
lâmina 
 
 
Tem como objetivo o fungo cresça ao longo 
da lamínula p/ conseguir preservar os 
componentes. Tem como desvantagem a 
demora de 7 a 15 dias p/ inocular. 
 
 
❖ Contagem microbiana 
 
Técnicas de contagem de células 
 
I. Contagem microscópica direta (Câmara 
de Neubauer): 
Coloca-se uma amostra na câmara de 
Neubauer que possui várias regiões 
definidas por “grades”. Leva-se essa 
placa para o microscópio e contabiliza o 
número de células no quadrado e faz a 
conta de quantas células tem em média. 
 
II. Densidade Ótica (espectrofotômetro): 
Se contabiliza através da absorbância. 
Método indireto. 
 
III. Massa seca 
A cada 24h recorda-se a colônia, seca 
em estufa e pesa. O aumento crescente 
de peso indica o crescimento 
microbiano. 
 
IV. Contagem de células viáveis por 
plaqueamento 
 
a) Diluição seriada e plaqueamento 
 
 
O n° de diluições será determinado pela 
amostra. Tem que ter de 30 a 300 colônias 
para ser viável. 
 
Spread plate: Pega 0,1mL do tubo, coloca 
na placa e adiciona o meio de cultura e 
inocula. As colônias crescerão na superfície 
e no “meio/entre” o meio de cultura. 
 
Pour plate: Pega 1,0mL da amostra, 
adiciona o meio de cultura e se 
homogeneíza em movimentos de “8”. Após 
a incubação se faz a conta de n° de colônias. 
 
Inóculo 
1ml: UFC/ml amostra = Nº Colônias x 
Diluição (+) 
0,1ml: UFC/ml amostra = Nº Colônias x 
Diluição (+) x 10 
 
❖ Testes bioquímicos para identificaçãode gêneros e espécies de 
microrganismos 
 
Métodos clássicos de identificação 
 
• Identificação colonial - Importante 
para fungos filamentosos. 
 
• Identificação microscópica 
(fungos) -Características 
morfológicas (características no 
Gram em bactérias, presença de 
esporos, presença de estruturas 
em fungos filamentosos e 
leveduras etc...) 
 
• Identificação bioquímica 
 
 Para identificar um mos, pode-se fazer 
sequencia de genoma para confirmar, mas 
esse é um método caro, mesmo que a mais 
sensível. 
 Teste bioquímico serve para identificar 
alguma característica especifica. Ex.: Saber 
se um mos produz determinada enzima, 
então o cultiva em um meio com esse 
substrato dessa enzima e se produzir 
produto tem a bactéria. Este é um método 
indireto que serve para identificar alguma 
característica que os mos tem no DNA, 
podendo saber qual espécie o mos 
pertence. 
 
Alguns testes bioquímicos: 
 
I. Redução de nitrato (mais 
complexo e longo): 
Redução assimilativa do nitrato (NO3): todo 
mos tem como fonte preferencial de N o 
NH3 (comumente), mas alguns mos usam 
NO3. Para isso o mos precisa ter 2 enzimas: 
nitrato redutase e nitrito redutase. Então se 
o mos cresce em um meio cheio de NO3 quer 
dizer que tem essas enzimas. 
 
 
 
Procedimento: Inocular o microrganismo 
em caldo nitratado e incubar. 
 
Leitura: 
 
Nitrato positivo 
1 gota do caldo nitratado 
Reativo de Griess Isloway A + 
Reativo de Griess Isloway B 
 
Se ficar rosa é positivo para nitrito, se der 
negativo deve-se continuar os testes pois 
pode ter sido transformado em amônia. 
 
Amônia 
1 gota do caldo nitratado 
+Reativo de Nessler 
 
Se ficar amarelo/marrom é positivo para 
amônia, se der negativo pode-se ter nitrato. 
 
Nitrato 
1 gota do caldo nitratado + 
Ácido Sulfúrico + 
Cristais de difenilamina 
 
Se ficar azul é negativo para nitrato, caso 
contrário é positivo, bactéria com 
metabolismo rápido, então não sobrou 
nada. 
 
Amostra NO2 NH3 NO3 Resultado 
A + +/- +/- POSITIVO 
B - + +/- POSITIVO 
C - - - POSITIVO 
D - - + NEGATIV0 
 
II. Produção de enzimas: 
a) Urease 
Alguns mos metabolizam ureia pois tem a 
enzima uréase. 
Procedimento: Inocular o microrganismo 
meio Christensen (caldo contendo uréia e o 
indicativo de pH vermelho de fenol) e 
incubar. 
Leitura: Se ficar amarelo significa que esta 
ácido, sendo negativo para uréase e 
vermelho é positivo. 
 
b) Gelatinase 
Alguns mos metabolizam gelatina como 
fonte de nutrientes. 
Procedimento: Inocular o microrganismo 
em picada profunda na gelatina nutriente e 
incubar por 24-48h. 
Leitura: Colocar o tubo a temperatura de 4º 
por 30 minutos, porque a 27ºC a gelatina 
fica mole podendo gerar resultado falso 
positivo. Método indireto pois não detecta 
os aa consumidos e sim a consistência. 
Mole- gelatinase positivo. 
 
c) Caseinase (hidrólise da caseína) 
Procedimento: Inocular o 
microrganismo em placa de petri 
contendo agar caseina (20% de leite 
desnatado), incubar e avaliar o 
crescimento. 
Leitura: Avaliar a produção de halo 
transparente ao redor da colônia, se 
tiver é positivo a caseína. Isso ocorre 
pois a caseína é uma enzima 
extracelular, ou seja, o mos excreta essa 
enzima e a mesma hidrolisa, formando 
halo transparente já que o meio é turvo. 
É um método indireto. 
 
d) Amilase (hidrolise de amido) 
Procedimento: Inocular o 
microrganismo em placa de petri 
contendo ágar contendo 2% de amido, 
incubar e avaliar o crescimento. 
Leitura: Cobrir a placa com solução de 
iodo-iodetada. Se tiver um halo 
transparente ao redor das colônias é 
amilase positiva, caso não tenha é 
amilase negativo. 
 
e) Celulase 
Procedimento: Inocular o 
microrganismo em caldo omelianski e 
inserir uma tira de papel filtro estéril e 
incubar. 
Leitura: Avaliar a degradação do papel 
que está em contato com o caldo. Se o 
papel for degrado é celulose positiva, 
caso esteja inteiro é celulose negativo. 
 
f) Catalase 
Procedimento: Inocular o microrganismo 
em meio de cultura livre de sangue ou 
derivados e incubar. 
Leitura: Acrescentar ao meio de cultura 
gotas de peróxido de hidrogênio (H2O2) e 
avaliar a formação de bolhas. Em caso de 
formação de bolhas, é catalase postiva, caso 
não tenha é negativa. Outra forma é colocar 
uma gota do meio na lâmina e pingar H2O2. 
 
III. Prova do SIM (sulfeto de 
hidrogênio, indol e motilidade) 
São 3 perguntas: 
 
 
Procedimento: Inocular o microrganismo 
perpendicular ao meio SIM contido em tubo 
e incubar. 
Leitura: Motilidade: 
Avaliar o crescimento além da linha do 
inóculo. 
 Produção de H2S: Avaliar a presença de 
pigmento negro. 
 Produção de Indol: adicionar gotas do 
reativo de Kovac e avaliar a coloração. 
 
 
A- Sem mobilidade 
B- Pigmentos negros, positivo a H2S 
C- Positvo a produção de H2S e a 
formação de indol. 
D- Positivo a formação de indol e 
negativo a mobilidade 
E- Negativo a formação de indol e 
mobilidade 
F- Positivo a mobilidade. 
 
IV. Fermentação de carboidratos 
(zimograma): 
 
Procedimento: Inocular os microrganismos 
em caldo contendo um único tipo de açúcar, 
indicador de pH e Tubo de Durhan e 
incubar. 
Leitura: Avaliar a diminuição do pH através 
da alteração da cor do indicativo utilizado e 
possível formação de bolhas no interior do 
Tubo de Durhan. 
Coloraçao: verde- meio básico 
 Amarelo- meio acido 
 
 
V. Assimilação de carboidratos 
Procedimento: Em meio de cultura livre de 
fonte de carbono, dividir a placa em setores, 
semear a suspensão do microrganismo e 
adicionar os açúcares estéreis (em pó ou 
líquido) a serem testados com uma 
distância de pelo menos 1,5cm do outro. 
Leitura: O microrganismo cresce ao redor 
do açúcar quando o utiliza para seu 
crescimento. Se tiver crescimento é 
positivo, esse teste não quer saber qual a 
via ou enzima, apenas se metaboliza tal 
fonte de C. 
 
• Identificação genética 
Genes de gêneros ou espécies. 
Sequenciamento genético. 
Por aparelhos: Maldi-Tof (Espectrometria 
de massa). 
 
 
❖ Teste de sensibilidade a 
antimicrobianos 
 
Antibiograma é o teste in vitro realizado 
para se verificar a sensibilidade de um 
microrganismo patogênico a um ou vários 
antibióticos e antes de fazer isso é 
importante se identificar o gênero da 
bactéria. Existem 3 tipos: 
 
• Testes de difusão em meio sólido 
(Kirby-Bauer). - Observação de 
zonas claras (halos) representando 
a inibição do crescimento. 
 
Cultivar a bactéria até se obter 1,5x108 
UFC/mL (0,5 escala de Mc Farland), depois 
espalhar esse caldo num meio e colocar 
discos de antibióticos na placa. Essa grande 
quantidade é para que a célula cresça em 
toda a placa. O principio desse teste é o 
crescimento ou não da bactéria ao redor do 
disco, caso não tenha crescimento ao redor 
do disco, há formação de um halo de 
inibição e o diâmetro é medido, 
comparando na tabela e julgando se é 
resistente ou sensível. Caso não tenha 
crescimento, é resistente. Logo, a bactéria 
será sensível se não crescer e resistente se 
crescer. 
 
• Determinação de MIC. 
(Concentração Inibitória Mínima) 
 
I. Micro diluição em caldo: 
 Colocar em vários tubos, concentrações 
crescentes do antimicrobiano a ser testado, 
e com a mesma quantidade de bactérias. 
Após a inoculação se verificaa turbidez dos 
tubos, onde o 1° tubo que não tenha 
crescimento microbiano, ou seja, sem 
turbidez. Este teste pode ser feito depois do 
primeiro, ai determina a quantidade 
mínima do antibiótico. 
II. E-test: 
Preparado igual o teste de difusão em meio 
solido. A leitura é feita a partir da fita que é 
posta no meio (ao invés de discos) e a MIC 
(concentração inibitória mínima) é 
determinada a partir do menor valor que 
deixou de ter o crescimento bacteriano. 
Caso tenha um halo, mas ainda tenha 
bactéria, é a resistência de milhares delas. 
 
 
❖ Conjugação bacteriana 
 
Transferência genética entre uma bactéria 
F+ (que tem plasmídeo conjugativo) e f-. É 
um processo supernatural e rápido. O único 
problema é quando no plasmídeo tem o 
gene de resistência a antimicrobianos. 
Para ver este processo ocorrer, é necessário 
inocular as bactérias em caldos diferentes e 
então serão misturados num meio e 
inoculadas durante 1h20 por 37°C. Despois 
disso terá 3 tipos de bacs, as 2 originas (F+,F-
) e a transconjugantes, que carregará esse 
plasmídeo conjugativo e os genes da F+ e F-
. 
A forma de ver se funcionou é colocar, por 
exemplo, no meio com 2 antibióticos (um 
que cada bac tenha resistência) e se ela 
crescer deu certo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fim.

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