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EXERCÍCIO NEGÓCIO JURÍDICO

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RENATO JÚNIO FÉLIX DOS SANTOS UC13103442
PROFESSORA: ROBERTA 	DISCIPLINA: DIREITO CIVIL I - OBRIGAÇÕES
EXERCÍCIO NEGÓCIO JURÍDICO
Defina fato jurídico.
Define-se como todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante para o direito, mesmo que seja um fato ilícito. 
Conceitue fortuito e força maior.
Fortuito é o evento proveniente de ato humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a greve, a guerra etc. 
Força maior é um evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das forças da natureza, como o raio, a tempestade etc. 
Defina ato-fato jurídico.
É definido como aquela ação humana que a lei encara como fatos, sem levar em consideração a vontade, a intenção ou a consciência do agente, demandando apenas o ato material predeterminado. Tal ato não é buscado nem imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta socialmente reconhecida ou sancionada pela lei. Ex.: caso de uma pessoa que acha, casualmente, um tesouro. 
Defina ato jurídico em sentido estrito.
No ato jurídico em sentido estrito, o efeito da manifes tação da vontade está predeterminado na lei não havendo, por isso, qualquer dose de escolha da categoria jurídica. A ação humana se baseia não numa vontade qualificada, mas em simples intenção. Ex.: reconhecimento de filho, uso de uma coisa, notificação que constitui em mora o devedor etc. 
Conceitue negócio jurídico.
Segundo Miguel Reale, negócio jurídico é aquela espécie de ato jurídico que, além de se originar de um ato de vontade, implica a declaração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou mais sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico. 
Para Renan Lotufo, negócio jurídico é o meio para realização da autonomia privada, ou seja, a atividade e potestade criadoras, modificadoras ou extintoras de relações jurídicas entre particulares. 
Quais os elementos de existência do negócio jurídico?
Os requisitos de existência do negócio jurídico são os seus elementos estruturais, sendo: 
Declaração de vontade: pressuposto básico do negócio jurídico e é imprevisível que se exteriorize. Somente a vontade que se exterioriza é considerada suficiente para compor suporte fático de negócio jurídico. A vontade que permanece interna, como a reserva mental, não serve a esse desiderato. A vontade é um elemento de caráter subjetivo, que se revela através da declaração. 
Finalidade negocial: é o proposito de adquirir, conservar, modificar ou extinguir direitos. Sem essa intensão, a manifestação de vontade pode desencadear determinado efeito, preestabelecido no ordenamento jurídico, praticando o agente, então, um ato jurídico em sentido estrito. 
Idoneidade do objeto: o objeto deve ser idôneo, isto é, deve apresentar os requisitos ou qualidades que a lei exige para que o negócio produza os efeitos desejados. 
Quais os requisitos de validade do negócio jurídico?
Os requisitos de validade do negócio jurídico, de caráter geral, são elencados no art. 104 do Código Civil, que dispõe: 
“Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
agente capaz;
objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
forma prescrita ou não defesa em lei.” 
Cumpre ressaltar que se o negócio jurídico possui todos os requisitos listados acima, este é valido e dele decorrem os mencionados efeitos almejados pelo agente. Se, porém, falta-lhe um desses requisitos, o negócio é inválido, não produz o efeito jurídico em questão e é nulo ou anulável. 
Quais são os elementos acidentais do negócio jurídico? Conceitue-os.
Elementos acidentais são os que acrescentam à figura típica do ato para mudar-lhe os respectivos efeitos. São cláusulas que, apostas a negócios jurídicos por declaração unilateral ou pela vontade das partes, acarretam modificações me sua eficácia ou em sua abrangência.
São três os elementos acidentais do negócio jurídico no direito brasileiro, sendo:
Condição: é a disposição acessória que subordina a eficácia, total ou parcial, do negócio jurídico a acontecimento futuro e incerto. Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito. 
Termo: é o dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, podendo ter como unidade de medida a hora, o dia, o mês ou o ano. Termo convencional é a cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio a evento futuro e certo. Assim sendo, dispõe o art. 131 do Código Civil: “O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito”. 
Encargo: é uma determinação que, imposta pelo autor de liberalidade, a esta adere, restringindo-a. É cláusula acessória às liberalidades pela qual se impõe uma obrigação ao beneficiário. 
Segundo Vicente Ráo, a indicação no Código Civil da condição, termo e encargo não é taxativa, de modo que podem as partes criar elementos acessórios outros, desde que não contrariem a ordem pública, os preceitos imperativos de lei, os bons costumes e os elementos essenciais do negócio.
Quais são as causas de nulidade do negócio jurídico e suas consequências?
Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observâncias dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios. É nulo quando ofende preceitos de ordem pública, que interessam à sociedade. Assim, quando o interesse público é lesado, a sociedade o repele, fulminando-o de nulidade, evitando que venha a produzir os efeitos esperados pelo agente. 
Assim, no art. 166 considera nulo o negócio jurídico quando “celebrado por pessoa absolutamente incapaz” (inciso I), quando “for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto” (inciso II), quando “o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito” (inciso III), quando “não revestir a forma prescrita em lei” ou “for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade” (incisos IV e V), quando “tiver por objetivo fraudar lei imperativa” (inciso VI) e quando “a lei taxativamente a declarar nulo ou proibir-lhe a prática sem cominar sanção” (inciso VII). 
Além disso, o art. 167 declara também “nulo o negócio jurídico simulado”, aduzindo que, no entanto, “subsistirá o que se dissimulou, se valido for na substância e na forma”. 
Defina simulação.
É a declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado. É uma declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. 
Negócio simulado, assim, é o que tem aparência contrária à realidade. A simulação é produto de um conluio entre os contratantes, visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir. 
Quais as causas de anulabilidade do negócio jurídico? 
Anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício do consentimento ou vício social. Por não concernir a questões de interesse geral, de ordem pública, como a nulidade, é prescritível e admite confirmação, como forma de sanar o defeito que a macula. 
Declara o art. 171 do Código Civil que, “além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I – por incapacidade relativa do agente; II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”. 
É também causa de anulabilidade a falta de assentimento de outrem que a lei estabeleça como requisito de validade. 
Referência bibliográfica: 
Gonçalves, Carlos Roberto, Direito Civil brasileiro – Parte Geral, volume I, 6ª edição: Editora Saraiva. 2008

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