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17/05/17 1 Farmacologia do SNC Introdução • Os mecanismos pelos quais diversas drogas atuam no SNC nem sempre foram elucidados • Indicações : – Esquizofrenia – Ansiedade • UlGmas décadas houve avanços notáveis na metodologia da farmacologia – Estudar ação de drogas em grupos de células Introdução • Drogas que produzem efeitos no SNC – receptores específicos que modulam a transmissão – Alcool – Anestésicos gerais (ações inespecíficas na membrana) • As drogas estao entre os recursos mais importantes para o estudo da fisiologia do SNC – Mecanismo das convulsões até a fixação da memoria – Informações sobre a ação de drogas anGpsicóGcas nos receptores dopaminicos é a base das hipotese sobre a esquizofrenia Introdução – O estudo de agonistas e antagonista (GABA) estão levando a elaboração de novos conceitos relaGvos a fisiopatologia da ansiedade e a epilepsia • Canais iônicos e receptores – As membranas das células nervosas contem dois Gpos de canais – Regulados por voltagem – Regulados por ligantes 17/05/17 2 Introdução • Os canais regulados por voltagem respondem a alterações no potencial de membrana da célula • Canais regulados por ligantes (Ionotrópicos) – São abertos pela ligação do neurotransmissor Sinapse • Comunicação entre os neurônios no SNC ocorre através de sinapses quimicas • Virtualmente, todas as drogas que agem no SNC produzem os seus efeitos através da modificação de algum estágio na transmissão sinápGca química. 17/05/17 3 17/05/17 4 ANSIOLÍTICOS E SEDATIVO- HIPNÓTICOS • Os estados de ansiedade e os distúrbios do sono representam problemas comuns – agentes sedaGvo-hipnóGcos estão entre as drogas mais largamente prescritas em todo o mundo – sedaGvo-hipnóGcos indica que seu principal uso terapêuGco consiste em produzir sedação (com alívio concomitante da ansiedade) ou em incenGvar o sono Ansiedade – A ansiedade consiste em um estado que pode ser considerado normal ou patológico, sendo muitas vezes dibcil estabelecer um limite preciso entre a normalidade e a anormalidade • É um desagradável estado de tensão, apreensão ou inquietude – temor que parece originar-se de alguma fonte desconhecida – A ansiedade pode ser originada de temor e/ou de uma fonte imprecisa, levando a um estado de apreensão ou tensão, denominada estado de ansiedade podendo ocorrer com ou sem sintomas bsicos 17/05/17 5 Ansiedade • Os sintomas da ansiedade grave assemelham-se aos do pânico – a agitação, a inquietação, distúrbios do sono e/ou gastrintesGnais, a taquicardia, sudorese, palpitações e aGvação do SN simpáGco • O distúrbio do pânico - estado de ansiedade em que ocorre episódio de medo insuportável associado a sintomas somáGcos – o tremor, a dor torácica e a sudorese, inclusive interferindo nas aGvidades produGvas Ansiedade – Episódios de ansiedade moderada são experiências comuns do coGdiano e não requerem tratamento – Os sintomas da ansiedade debilitante, crônica, grave, podem ser tratados com fármacos ansiolíGcos, acompanhados ou não de alguma forma de terapia psicológica ou comportamental – qualquer que seja o fator responsável e a eGologia, a ansiedade é provocada pelo desequilíbrio entre os mediadores esGmulantes, e, depressores centrais – são os modificadores seleGvos do SNC usados no tratamento de distúrbios psíquicos que podem deprimir ou esGmular seleGvamente a aGvidade mental Fármaco sedaGvo hipnóGco • Agente ansiolí9co – deve reduzir a ansiedade e exercer um efeito calmamente, com pouco ou nenhum efeito sobre as funções motoras ou mentais, irá atenuar o comportamento defensivo e de anGconflito e promover a desinibição comportamental • agente seda9vo – deve diminuir a aGvidade motora e a diminuição do nível de vigilância, úGl para aliviar estados de excitação excessiva 17/05/17 6 Fármaco sedaGvo hipnóGco • Droga hipnó9ca – deve produzir sonolência e esGmular o início e a manutenção de um estado de sono que se assemelhe o mais possível ao estado do sono natural – Os efeitos hipnóGcos envolvem uma depressão mais profunda do SNC do que a sedação, o que pode ser obGdo com a maioria das drogas sedaGvas, aumentando-se simplesmente a dose. Fármaco sedaGvo hipnóGco – A depressão gradaGva dose-dependente da função do SNC consGtui uma caracterísGca dos agentes sedaGvo-hipnóGcos – cada droga difere na relação entre a dose e o grau de depressão do SNC – No caso dos agentes mais anGgos: álcool e os barbitúricos, um aumento da dose acima da necessária para produzir hipnose pode levar a um estado de anestesia geral 17/05/17 7 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES ANSIOLÍTICOS E SEDATIVO-HIPNÓTICOS – Benzodiazepínicos: trata-se do grupo mais importante, formado por agentes uGlizados como ansiolíGcos e sedaGvo-hipnóGcos. – Agonistas dos receptores 5-HT1A (p.ex. buspirona). Estes fármacos recentemente introduzidos são ansiolíGcos, porém não são apreciavelmente sedaGvos. – Zolpidem e Zopiclona: apresentam propriedades hipnóGcas que exercem seus efeitos por meio da modulação do receptor GABA A, apesar de não serem estruturalmente BZDs CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES ANSIOLÍTICOS E SEDATIVO-HIPNÓTICOS • Barbitúricos: Na atualidade, tornaram-se obsoletos como sedaGvo-hipnóGcos, hoje em dia, seu uso limita-se à anestesia e ao uso anGconvulsivante. • Antagonista de receptores β-adrenérgicos (p.ex. propranolol, pindolol): essas drogas são uGlizadas no tratamento de algumas formas de ansiedade (fobia social), parGcularmente quando os sintomas bsicos são incômodos e decorrentes da hiperaGvidade adrenérgica CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES ANSIOLÍTICOS E SEDATIVO-HIPNÓTICOS • AnE-histamínicos: têm a vantagem de provocar sedação sem produzir dependência bsica, mas se observa o desenvolvimento de tolerância • Hidrato de cloral: O fármaco é eficaz sedaGvo e hipnóGco, induzindo o sono, que dura em torno de 6 horas, mas é irritante ao TGI causando desconforto epigástrico e produzindo sensação de “gosto ruim” na boca. • Álcool eHlico: tem efeitos ansiolíGcos e sedaGvos, porém seu potencial tóxico sobrepuja os benebcios. Ele auxilia no início do sono. No entanto, leva à fragmentação do sono, com acordar freqüente, sendo o sono produzido de baixa qualidade A classe dos barbitúricos pertencia ao grupo dos fármacos ansiolíGcos e hipnóGcos Encontra-se incluída entre os fármacos que são uGlizados no tratamento da epilepsia como o fenobarbital (Gardenal), e, uGlizados na anestesia como o 9opental • Os barbitúricos não são mais recomendados como ansiolíGco ou hipnóGco devido induzirem elevado grau de dependência e tolerância • graves sintomas de absGnência, risco de superdosagem perigosa, e, inibirem de modo acentuado as enzimas hepáGcas necessárias à metabolização de fármacos 17/05/17 8 17/05/17 9 Estrutura Química: • Os benzodiazepínicos (BZDs) são os fármacos ansiolíGcos mais amplamente empregados • As estruturas mostradas consistem em 1,4- benzodiazepínicos Mecanismo de Ação: – No SNC existem neurônios GABAérgicos, (denominação) -neurotransmissor o ácido γ- aminobuqrico (GABA) – A ligação do GABA a seu receptor na membrana celular provoca abertura de um canal de cloreto, que culmina em aumento da condutância ao cloreto – O influxo de íons cloreto causa discreta hiperpolarização, promovendo um potencial de membrana pós-sinápGco inibitório (PPSIs). 17/05/17 10 Mecanismo de Ação: • Ainda não se encontra bem esclarecido o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos • intensifique ou facilite a ação neurotransmissoranos receptores do ácido gama-aminobuqrico (GABA), que consiste no principal transmissor inibitório no cérebro • potencializa o efeito inibitório do GABA, tanto pré como pós-sinápGca em todas as regiões do SNC 17/05/17 11 17/05/17 12 17/05/17 13 BZD – tolerância e dependência • Dependência: – interrupção abrupta: – síndrome de absGnência: • ansiedade intensificada, tremor, tontura, zumbido nos ouvidos, perda de peso, distúrbio do sono, nervosismo, perda de apeGte, convulsões • redução gradual da dose (dias a semanas, dependendo da dose e duração do uso conGnuado); • • subsGtuição do BZD de meia-vida curta por outro de meia-vida longa (ex. diazepam) Antagonistas de BZD 17/05/17 14 Buspirona • É um composto não-benzodiazepínico com propriedades ansiolíGcas: – sem aGvidade anGconvulsivante, miorrelaxante e hipnóGca, sendo, por isso, denominado de ansioseleGvo – não causa depressão no Sistema Nervoso Central Buspirona • O mecanismo de ação da buspirona – começou a ser esclarecido na década de 90, devido à necessidade crescente de um fármaco ansiolíGco desprovido de efeitos adversos severos – buspirona tem alta afinidade pelos receptores serotoninérgicos do subGpo 5-HT1A e que não interage com receptores benzodiazepínicos ou GABAérgicos Buspirona • Indicações – portadores de transtorno de ansiedade, – ansiedade crônica, – idosos ansiosos – indivíduos que apresentam sintomas mistos de ansiedade e depressão – uGl i zada também em subsGtu ição aos benzodiazepínicos devido à semelhança na eficácia e menor incidência e frequência de reações adversas, como sedação e relaxamento Buspirona • Os efeitos adversos decorrentes do uso da buspirona são mínimos em comparação a outros ansiolíGcos – Apresenta menor compromeGmento psicomotor, sedação e letargia – tontura, cefaléia, sonolência, distúrbios gastrointesGnais e insônia – Tolerância e dependência não tem sido relatados – Buspirona não suprime síndrome de absGnência de BZD (mecanismos diferentes). Na troca de BZD por buspirona: reGrada gradual de BZD 17/05/17 15 Barbitúricos • Barbitúricos (pentobarbital, fenobarbital e Gopental) – exercem aGvidade depressora sobre o sistema nervoso central, produzindo efeitos semelhantes aos dos anestésicos de inalação. Causam morte por depressão respiratória e cardiovascular se forem administrados em grandes doses – induzem um elevado grau de tolerância e de dependência; 17/05/17 16
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