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Protesto dos Títulos de Crédito

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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
Direito Empresarial – Títulos de Crédito
Grupo: Daniela Babilônio, Isabella Gonçalves, José Luiz, Lavynia Binda, Tatiane Valadão.
Período: 5°
PROTESTO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
DO PROTESTO
Os chamados títulos de crédito podem ser identificados como sendo o “documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado", essa é a definição feita pelo jurista italiano Cesare Vivante a qual é aceita pelo atual Código Civil eu seu artigo 887. Os títulos de crédito são, portanto, documentos que representam uma obrigação, devendo estar em conformidade com a lei para que produza efeitos. Ao vencimento do título de crédito, se a obrigação nele representada não for cumprida ou se houver falta de aceite ou de devolução, o credor terá o direito protestá-lo. 
O autor José Xavier Carvalho de Mendonça entende o conceito de protesto como sendo: “a formalidade extrajudicial, mas solene, destinada a servir de prova da apresentação da letra de câmbio, no tempo devido, para aceite ou pagamento, não tendo portador, apesar de sua diligência, obtido este ou aquele; com o mesmo objetivo, serve ainda de prova da insolvência do aceitante”.
O protesto é regido pela Lei 9.492/97 e é definido como o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento da obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Os títulos de crédito são os títulos executivos extrajudiciais, tais como cheques, notas promissórias, duplicatas, letras de câmbio, entre outras. Os Títulos executivos judiciais (art. 584, CPC) são sentenças condenatórias proferidas em juízos cíveis, trabalhistas, federais ou em juizados especiais cíveis, desde que determinem o pagamento de quantia certa e estejam transitadas em julgado.  O protesto de outros documentos de dívida depende da interpretação do tabelião. Assim, a análise formal e se é o título protestável ou não, é feita após a apresentação do documento a protesto.  
DOS MOTIVOS DO PROTESTO
Como mencionado anteriormente, há três motivos que possibilitam o protesto de um título, que são: a falta de aceite falta de pagamento ou ainda falta de devolução. 
O protesto por falta de aceite deve ser efetuado antes do vencimento do título de crédito, sendo apenas obrigatório na duplicata e na letra de câmbio nos casos em que não houver a existência do aceite. Sendo assim, neste caso, o protesto permitirá que exista na letra de câmbio, a cobrança antecipada do endossante e avalista.
O protesto por falta de pagamento, pode ser efetuado nas hipóteses de título de crédito, como sendo uma tentativa de recebimento e pode ser executado após o vencimento do título.
Já nos casos de protesto por falta de devolução que podem ocorrer tanto na duplicata quanto na letra de câmbio, o título será enviado ao devedor para realizar-se o aceite, contudo este fica com o título e não o devolve, sendo assim, nesta situação será protestada uma segunda via.
PROCEDIMENTO
. 
Para que ocorra o protesto, o título deve ser levado ao Cartório de Protestos de Títulos do local do pagamento do título, pelo credor. Após o recebimento pelo tabelião, e tendo constatado que não há irregularidades, o devedor será notificado. 
A norma não impõe prazos para que o devedor efetue o pagamento ou impeça o protesto, entretanto, determina que prazo para ser registrado o protesto seja de 3 (três) dias úteis, contados da protocolização do título ou documento de dívida. No cotidiano, o prazo em que o devedor poderá executar o pagamento ou impedir o protesto também será de três dias úteis contados a partir da intimação deste. 
Dentro do prazo de três dias úteis, o devedor poderá efetuar o pagamento em cartório. Se a dívida já estiver quitada, o devedor pode obter uma ordem judicial de sustação do protesto ou pode apresentar o título pago diretamente no cartório extrajudicial e pedir o cancelamento do protesto. Em se tratando do credor, dentro deste mesmo prazo, ele pode desistir do protesto. 
Ao final do prazo de três dias úteis, não ocorrendo as situações citadas, o Tabelião lavrará e registrará o protesto, sendo o respectivo instrumento entregue ao apresentante.
É de suma importância mencionar que o protesto é requisito obrigatório afim de que o credor possa ajuizar ação judicial pertinente, nos referidos casos: para suprir o aceite nos títulos cujo aceite era necessário (letra de câmbio e duplicata); no pedido de falência por impontualidade e na execução contra devedores indiretos (endossantes e seus avalistas). Neste caso, o protesto deverá ser tempestivo, podendo haver a consequência de não mais ser possível a execução contra os chamados devedores indiretos.
No caso do cheque, o protesto não é elemento indispensável para que se cobre do endossante ou avalista, já que seria suficiente uma declaração do banco sacado no que compete a devolução do cheque. No caso da cédula de crédito bancário, não se tem a necessidade de protesto para que seja possível a execução contra endossante.
No que compete ao prazo, para se protestar a letra de câmbio ou a duplicata por falta de aceite, trata-se do mesmo fixado para a apresentação da letra de câmbio. Caso o vencimento seja certo, o prazo para protesto, em ambos os títulos, o prazo será a data do vencimento. O protesto por falta de pagamento da letra de câmbio e da nota promissória será de um dia útil seguinte ao vencimento. No cheque, o prazo para protesto é o mesmo da apresentação, ou seja, 30 dias da emissão para praças iguais ou sessenta dias de emissão para praças diferentes. Na duplicata, é de trinta dias do vencimento do título. Os prazos anteriormente mencionados não impedem a existência de protesto posterior, mas produzem o efeito de impedir a ação contra os devedores indiretos. 
As formas de protesto indevidas ou abusivas podem ser objeto de discussão por meio de um processo judicial. Nestes casos, pode também o interessado (desde que dentro do prazo concedido para pagamento) realize provocação ao poder judiciário a fim de impedir que o protesto seja efetivado, podendo o magistrado, dependendo do caso, autorizar ou não a medida, mediante a apresentação de caução ou até mesmo do depósito da quantia que for proposta em litígio.
CANCELAMENTO DO PROTESTO
Após o título ter sido protestado, o interessado poderá proceder seu cancelamento a fim de regularizar a situação cadastral de seu nome junto aos Cartórios de Protesto e demais associações de proteção ao crédito. 
O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Cartório de Protesto de Títulos onde foi registrado o protesto, por qualquer interessado, mediante apresentação do titulo ou documento de dívida original que foi protestado, pagos os emolumentos, custas e demais despesas devidas ao estado/tabelião, ou de Declaração de Anuência (declaração do credor de que não se opõe ao cancelamento do protesto, dando quitação ao título protestado), quando o interessado não estiver de posse do título protestado.
O cancelamento de protesto, se fundado em outro motivo que não a anuência do credor, só poderá ser efetuado por meio de ORDEM JUDICIAL direta (noticiada em mandado ou ofício da Vara), ou por meio de DECLARAÇÃO JUDICIAL DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO (mediante a apresentação da certidão expedida pelo juízo da causa, com menção do trânsito em julgado).
É possível dizer, portanto, que o Protesto tem como efeito e finalidade provar a inadimplência no cumprimento de uma obrigação; conservar o direito regressivo; interromper a prescrição, ou seja, o perdão da dívida em decorrência da inércia do credor em cobrá-la; além de causar um abalo de crédito, ou seja, acarreta a inclusão do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito. Além disso, o protesto também traz algumas conseqüências como impedimento para financiamentos e empréstimos financeiros; restrições junto à agência bancária para retirada de talões de cheques, cartões, etc; torna pública a inadimplência do devedor; na esferajudicial, o credor terá em seu poder a prova formal, revestida de veracidade e fé pública, de que o devedor está inadimplente ou descumpriu sua obrigação. 
Destarte, por ser uma restrição grave, levando a inclusão do nome do devedor em cadastros de inadimplentes, o protesto é a melhor forma para garantir que este cumpra a obrigação assumida.

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