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PETIÇÃO AULA 04 INQUERITO FALTA GRAVE corrigida

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AO DOUTO JUIZO DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE ___________
EMPRESA ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
n. xxxx, com sede situada no endereço xxxx, endereço eletrônico xxxxx@gmail.com,
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por sua procuradora
signatária, mandato anexo (doc.1), propor
AÇÃO DE INQUERITO DE APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
em face de LEONEL PEREIRA, nacionalidade, estado civil, inscrito no CPF n. xxx,
residente e domiciliado no endereço xxxx, com endereço eletrônico
xxxxx@gmail.com, pelos fatos e fundamentos que se seguem:
I - DOS FATOS 
Leonel Pereira é empregado da Empresa Alfa Ltda e também é diretor titular 
da sociedade cooperativa criada pelos próprios empregados da mesma, porem 
mesmo que exerça o cargo acima citado, não está liberado de cumprir sua jornada 
de trabalho. 
O mesmo, todavia, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos, 
devidamente punidos pelo seu empregador através de advertências e suspensões. 
Informa o requerente que a cada dia o mesmo vem agrando ainda mais 
situação, reincidindo com a conduta faltosa. 
II - DOS FUNDAMENTOS 
Consoante o disposto no art. 55 da Lei 5764/71 os membros dirigentes de
cooperativas possuem estabilidade no emprego, e gozarão das garantias
asseguradas pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Sendo assim vale ressaltar que uma vez estável o empregado dirigente
sindical somente poderá ser dispensado do trabalho perante cometimento de uma
falta grave, devidamente apurada nos termos da Lei 5764/71, no artigo 543, p. 3º, da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Diante do exposto, mesmo o requerido sendo portador de estabilidade, ao
faltar injustificadamente e por diversas vezes, é necessária a apuração de falta
grave, resta comprovada que o requerido praticou a falta grave capitulada no artigo
482, na alínea “e‟ da CLT, a demissão por justa causa por desídia, que é a que mais
traduz as faltas injustificadas. 
Conforme ensina Maurício Godinho Delgado,
(...)desídia é a desatenção reiterada, o desinteresse contínuo, o desleixo
contumaz com as obrigações contratuais. Para autorizar a resolução
culposa do contrato exige, assim, regra geral, a evidenciação de um
comportamento repetido e habitual do trabalhador, uma vez que as
manifestações das negligências tendem a não ser tão graves, caso
isoladamente consideradas. Neste quadro a conduta desidiosa deve
merecer exercício pedagógico do poder disciplinar pelo empregador, com
gradação das penalidades, em busca da adequada ressocialização do
obreiro. Mostrando-se ineficaz essa tentativa de recuperação, a ultima falta
implicará na resolução culposa do contrato de trabalho. É claro que pode
existir conduta desidiosa que se concentre em um único ato,
excepcionalmente grave. Embora não se trate de regra geral, se isso
ocorrer, não há que se falar em gradação de penalidades. (Curso de Direito
do Trabalho, -10ªed.-São Paulo: LTr, 2011 pg. 1139). 
Esse também é o entendimento no TST:
A falta reiterada ao serviço, por si só, é considerada falta grave, na medida
em que o empregador não pode contar com o concurso de seu empregado
e pelo exemplo negativo que proporciona aos demais obreiros (TST, RR
145.385/94.6, Cnéa Moreira, Ac. 1ª T. 2.026/95).
No tribunal do rio Grande do Sul, houve recente decisão a esse termo,
conforme in verbis:
PROCESSO nº 0021209-95.2015.5.04.0023 (RO)
RECORRENTE: BRENDA GABRIELE BARBOSA NEVES 
RECORRIDO: LIDERANCA LIMPEZA E CONSERVACAO LTDA, CEF -
CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
RELATOR: CLOVIS FERNANDO SCHUCH SANTOS
EMENTA
JUSTA CAUSA. FALTAS INJUSTIFICADAS AO SERVIÇO. DESÍDIA.
CARACTERIZAÇÃO. EMPREGADA GESTANTE. INEXISTÊNCIA DE
ESTABILIDADE PROVISÓRIA DIANTE DA MODALIDADE EXTINTIVA DO
PACTO LABORAL. Reiteradas faltas injustificadas ao serviço
caracterizam desídia, capaz de ensejar a despedida da empregada por
justa causa, nos termos da alínea "e" do artigo 482 da CLT. A prova
robusta do ato faltoso da empregada, nos termos do disposto no artigo 10,
II, alínea "b" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT da
Constituição da República, afasta a estabilidade provisória à gestante
nele prevista, que não subsiste em face da justa causa. (TRT da 4ª Região,
5ª Turma, 0021209-95.2015.5.04.0023 RO, em 24/03/2017, Desembargador
Clovis Fernando Schuch Santos)
Evidenciada a falta grave não resta alternativa a empresa, senão a dispensa
do requerido e também promover o presente inquérito para apuração de falta grave,
objetivando a resolução de seu contrato de trabalho.
III - DO PEDIDO:
Isto posto, requer a V. Exa. a notificação postal do Requerido no endereço
dado, para responder aos termos desse processo, a cujo final, se não houver
conciliação, seja julgado procedente, a fim de autorizar-se à Requerente a
desconstituição do vínculo individual trabalhista, com fundamento no art. 482, e, da
CLT, impondo-se ao Requerido as despesas do procedimento.
IV - DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude
dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova
pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. 
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ xxxx,xx (valor líquido)
Nestes Termos,
P. deferimento.
Local e data.
Nome do Advogado
OAB nº

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