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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO VIAÇÃO PONTO A PONTO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ (...), com sede no endereço (...) CEP (...) e endereço eletrônico (...), por intermédio de sua advogada Jéssica Santos (procuração em anexo), vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no fulcro no artigo 494, 853 a 855 da Consolidação das Leis do Trabalho, combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil de 2015, propor: INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE em face de Cláudio, nacionalidade, estado civil, profissão, nascido em (...), filho de (...), com RG nº (...), CPF (...), CTPS nº (...), PIS ou NIT (...), residente e domiciliado na Rua (...) CEP (...), onde recebe suas intimações, endereço eletrônico (...), pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: I – DOS FATOS: O Requerido é motorista de ônibus da Viação Ponto a Ponto Ltda. desde 20/03/2018. Todavia, nos últimos 3 meses, Cláudio, descumprindo deliberadamente cláusula específica do seu contrato de trabalho, passou a dirigir em alta velocidade, bem como a não respeitar sinais vermelhos, o que acarretou numerosas multas por infrações de trânsito, sendo então notificado pela autoridade competente de que perdera a habilitação para dirigir veículos. II – DOS FUNDAMENTOS: II-A DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA DO DIRIGENTE SINDICAL E DA NECESSIDADE DO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DA FALTA GRAVE. O requerido foi eleito dirigente sindical. Portanto, é detentor de estabilidade, nos termos do artigo 8º, VIII, da Constituição Federal e do artigo 543 da CLT. Segundo o parágrafo terceiro do artigo celetista em comento, é vedada a dispensa do empregado sindicalizado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção de entidade sindical, até um ano após o final do seu mandato, salvo se cometer falta grave devidamente apurada, nos termos da CLT. Desta forma, a estabilidade adquirida é relativa, uma vez que, caracterizada e provada a falta grave cometida pelo empregado, perde ele o direito à proteção. Nos termos da CLT, são consideradas faltas graves as contidas no artigo 482, vejamos: Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; Comprovar-se-á que as atitudes do requerido condizem com os itens contidos nas letras a e b do referido artigo, qual sejam, ato de improbidade, incontinência de conduta ou mau procedimento. II-B DA SUSPENSÃO: Em vista da falta grave cometida pelo requerido, o requerente fez uso da faculdade presente no artigo 853, caput, da CLT, no que dispõe sobre a suspensão do empregado na data de 29 de outubro de 2020. III – DOS PEDIDOS: Por todo o exposto, a Requerente pede que seja julgada procedente a presente ação para, reconhecendo a existência de falta grave cometida pelo Requerido, extinguir o contrato Individual do trabalho, por justa causa, a partir da data da suspensão disciplinar aplicada. IV – DOS REQUERIMENTOS: Requer a notificação do Requerido para querendo, compareça em audiência a ser designada pelo juízo, e, apresente a sua contestação. Requer, ainda, a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente, o depoimento pessoal do Requerido, a oitiva de testemunhas, bem assim, a produção de prova documental. Dá-se à causa o valor de R$... Nestes termos, pede deferimento. Belo Horizonte - MG, 31 de outubro de 2020. Advogada Jéssica Santos OAB/MG XX.XXX
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