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CASO CONCRETO - DIREITO CIVIL SEMANA 5 RESPOSTA

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SEMANA 5 (Respostas) 
Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado 
e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus 
da prova para comprovação da responsabilidade. Diante desse contexto, é de extrema 
importância avaliar o atual posicionamento jurisprudencial frente ao tema. O CDC tem previsão 
expressa acerca da responsabilidade do profissional liberal, no parágrafo 4º do artigo 14, com a 
seguinte redação: "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante 
a verificação de culpa". Ou seja, a responsabilidade é subjetiva, depende da prova da culpa do 
profissional. A maioria das atividades exercidas por profissionais liberais no Brasil são 
consideradas como obrigações de meio, ou seja, não há uma garantia do resultado a ser 
alcançado. Contudo, caso o consumidor não fique satisfeito com o trabalho realizado, caberá a 
este comprovar a culpa do profissional. Assim, o médico, por exemplo, não tem como prometer 
o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, assim como o advogado que 
atua no processo não tem o dever de garantir o resultado da demanda ao seu cliente. Faça uma 
pesquisa junto aos Tribunais Superiores e veja qual tem sido a tendência das decisões a esse 
respeito. 
R: o STJ, ao julgar o REsp 799.241, entendeu que o gestor de investimento não pode ser 
responsabilizado pelos prejuízos causados ao investidor em razão da desvalorização do Real 
ocorrida em 1999. Os ministros defenderam que o gestor não garantiu o lucro da operação, 
mas sim que empregaria todos os meios visando a obtenção de lucro, ou seja, sua obrigação 
é de meio e não de resultado. Em contrapartida, nas obrigações de resultado, a jurisprudência 
vem entendendo que, quando o resultado prometido não é alcançado, já há uma presunção 
de culpa e assim inverte o ônus da prova, cabendo ao profissional provar que o resultado não 
foi alcançado por circunstâncias alheias a sua conduta, como por exemplo, a culpa exclusiva 
do consumidor que não seguiu corretamente as orientações do profissional. No julgamento 
do REsp, o STJ reconheceu a responsabilidade do dentista pelo insucesso de um tratamento 
ortodôntico, defendendo que, nos procedimento odontológicos, os profissionais se 
comprometem com o resultado do tratamento que tem cunho estético e funcional. O mesmo 
entendimento é aplicado às cirurgias plásticas: a utilização da técnica adequada para o 
procedimento não é suficiente para elidir a culpa do médico. Se o resultado esperado não for 
alcançado, o profissional terá a obrigação de indenizar. Em suma, apesar das tendências 
jurisprudenciais apontadas, é muito tênue a distinção entre obrigação de meio e de resultado, 
devendo sempre que possível ser analisada a contratação entre profissional e cliente a fim de 
verificar se a obrigação assumida tem o compromisso com a finalidade em si ou se o 
profissional apenas empregará todos os esforços para alcançar o objetivo. 
 
 Questão Objetiva 
Nas obrigações alternativas, é correto afirmar-se que (TJSC/2002): 
R: b) podem as partes convencionar que a escolha caiba ao credor;

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