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Terceira Epístola de ,.,,, JOAO Autor A terceira carta de João foi escrita pelo au- tor de 2João, o que se infere a partir das semelhan- ças chaves com_o estilo e, estrutura. Assim_ como o evangelho de Joao e as epistolas de 1 e 2Joao, a atri- buição tradicional da autoria ao apóstolo João não pode ser questio- nada e é mais provável do que qualquer outra alternativa. Data e Ocasião Enquanto 1 e 2João cele- bram verdades que unem todos os cristãos, 3João lamenta a rivalidade mesquinha que põe cristãos uns contra os outros. Em particular, a carta foi ocasionada por um conflito grave entre Diótrefes (aparentemente um presbíte- ro da congregação sob os cuidados de João) e outros líderes da congregação sobre a hospitalidade que deveria ser demonstrada para com os missionários viajantes e era negada por aquele. É provável que o próprio Demétrio, que é recomendado a Gaio pela carta, fosse também um missionário viajante que necessitava de alojamento temporário. Não existem traços em 3João do conflito cristológico que transparece em 1 e 2João. Pode ser até que esta terceira carta te- nha sido escrita antes das outras duas, possivelmente nos anos 80 do século 1. ~I Características e Temas A Tece;" Ep;,. tola de João é caracterizada, pela sua saudação, cum-primentos introdutórios e saudação final, como sendo, de fato, uma carta. Mais especificamente, é uma carta de recomendação introduzindo Demétrio ao destinatário, Gaio. ~:a~:~~ e ~:m~-~-n8-:o-~ ~vs-. 1--2-) ____ --··-- --8-. U-m-ex_e_m_p-lo-n-eg-a-ti-vo-(v_s_. 9---10) -----···--11 li. Fidelidade à verdade (vs. 3-4) C. Resumo: o bem contra o mal (v. 11) Ili. A importância da hospitalidade (vs. 5-11) IV. Recomendação de Demétrio (v. 12) I A. Encorajamento positivo (vs. 5-8) V. Conclusão e despedida (vs. 13-14) Prefácio e saudação t O presbítero ao amado Gaio, a ªquem eu amo na verdade. 2 Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. 3 Pois bfiquei sobre- modo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. 4 Não tenho maior e alegria do que esta, a de ouvir que dmeus filhos andam 1na verdade. 6 os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; 7 pois por causa do Nome foi que saíram, e nada re- cebendo dos gentios. 8 Portanto, devemos facolher3 esses ir- mãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade. Diótrefes, o ambicioso. Demétrio, fiel cristão 9 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. 10 Por isso, O bom exemplo de Gaio se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, gprofe- s Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para rindo4 contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com es- com os irmãos, e isto fazes 2 mesmo quando são estrangeiros, tas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os • 1 ª 2Jo 1 3 b 2Jo 4 4e1Ts 2.19-20; 2Jo 4 d [1Co415] 1 Cf NU; TR e M em verdade 5 2 Ct NU especialmente com, ARA int~;preta mesmo quando são; TR e Mpara com 7 e1Co 9.12, 15 8/Mt 10.40; Rm 12.13; Hb 13 2; 1Pe4.9 3NU dar suporte 1Ogpv10.8, 10 4 tagarelando bobagens •1-2 O autor identifica-se como "o presbítero", como em 2João. Ele escreve a seu amado amigo Gaio para elogiar a hospitalidade deste e para tratar com ele a respeito da situação envolvendo a congregação em que Gaio era membro. João começa com uma oração pedindo bem-estar, uma forma comum de se iniciar uma carta pessoal. •3-4 Ver a expressão similar de alegria em 2Jo 4. •5-8 João, elogia Gaio pela hospitalidade com que recebia os mestres cristãos iti- nerantes. A obrigação de acolher e de animar aqueles que proclamam o verdadei- ro evangelho de lugar em lugar e à alegria por fazê-lo acrescenta-se, opostamente. a necessidade de evitar aqueles que proclamam um falso evange- lho (1Jo 4.1-3; 2Jo 10-11 }. Os que proclamam a mensagem e aqueles que os en- corajam e apóiam trabalham juntos. servindo à verdade. •7 dos gentios. Aqueles que não são povo de Deus. O termo assim empregado indica que a comunidade cristã (composta de judeus étnicos e gentios! havia pas- sado a ver a si mesma como o novo Israel. •9-1 O A cooperação e o amor que devem ser normais entre os crentes haviam sido violados pelo comportamento de Diótrefes, que abusava do cargo de lideran- ça que tinha na congregação para atacar outros obreiros cristãos. Evidentemente, Diótrefes considerava outros mestres cristãos como ameaças e não como coo- peradores. Orgulhoso e egoísta, ele não acolhia os evangelistas itinerantes e pu- nia com exclusão aqueles que os hospedavam. •9 Escrevi alguma coisa à igreja. Uma carta anterior, que não sobreviveu. •10 se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica. A reposta do autor à grave provocação de Diótrefes demonstra sensibilidade pastoral de sua parte, mas, nem por isso, deixa qualquer dúvida de que sua visita colocará um ponto final à conduta de Diótrefes (2Co 13.1-3, 1 O). 1519 3JOÃO que querem recebê-los e os expulsa da igreja. 11 Amado, hnão imites o que é mau, senão o que é bom. ; Aquele que pratica o bem procede de Deus; 5 aquele que pratica o mal jamais viu a /Deus. 12Quanto a Demétrio, 1todos lhe dão testemunho, até a própria verdade, e nós também 6damos testemunho; mesa- bes que o nosso testemunho é verdadeiro. Informações finais. Saudações 13 n Muitas coisas tinha que te escrever; todavia, não quis fazê-lo com tinta e pena, 14 pois, em breve, espero ver-te. Então, conversaremos de viva voz. 1s A paz seja contigo. Os amigos te saúdam. Saúda os ami- gos, nome por nome . • li h SI 34.14; 37.27; Rm 14.19; 1Ts 5.15; 1Tm 6.11; 2Tm 2.22 i[lJo 2.29; 3 1 O] j [1Jo 3.1 O] 5 Cf. NU e M; TR ~crescenta mas; NU e M omitem 12 I At 6.3; 1Tm 3.7 m Jo 19.35; 21.24 ô testificamos 13 n 2Jo 12 •11 Tirania como a exercida por Diótrefes reflete o oposto do amor de Deus; de- ve-se resistir à tentação de reagir nos mesmos termos. •12 A parte principal da carta termina com uma recomendação de Demétrio, o portador da carta, apresentando-o como um cristão fiel. Essa recomendação, além da menção do nome do destinatário da carta, foi necessária para garantir que a carta não fosse deixada de lado nem fosse usada indevidamente por pes- soas que. a exemplo de Diótrefes, perturbariam a unidade da congregação. Por outro lado. é possível que o próprio Demétrio fosse um mestre itinerante; nesse caso. a carta teria o objetivo de encorajar Gaio à hospitalidade. •13-14 Esta carta termina de modo semelhante a 2Jo 12-13, com pequena dife- rença nas palavras, mas com o mesmo tom pessoal. 3 JOÃO Capítulo Único
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