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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEVRA - NOVO TESTAMENTO - 25. 3 João

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Terceira Epístola de 
,.,,, 
JOAO 
Autor A terceira carta de João foi escrita pelo au-
tor de 2João, o que se infere a partir das semelhan-
ças chaves com_o estilo e, estrutura. Assim_ como o 
evangelho de Joao e as epistolas de 1 e 2Joao, a atri-
buição tradicional da autoria ao apóstolo João não pode ser questio-
nada e é mais provável do que qualquer outra alternativa. 
Data e Ocasião Enquanto 1 e 2João cele-
bram verdades que unem todos os cristãos, 3João 
lamenta a rivalidade mesquinha que põe cristãos uns 
contra os outros. Em particular, a carta foi ocasionada 
por um conflito grave entre Diótrefes (aparentemente um presbíte-
ro da congregação sob os cuidados de João) e outros líderes da 
congregação sobre a hospitalidade que deveria ser demonstrada 
para com os missionários viajantes e era negada por aquele. É 
provável que o próprio Demétrio, que é recomendado a Gaio pela 
carta, fosse também um missionário viajante que necessitava de 
alojamento temporário. 
Não existem traços em 3João do conflito cristológico que 
transparece em 1 e 2João. Pode ser até que esta terceira carta te-
nha sido escrita antes das outras duas, possivelmente nos anos 80 
do século 1. 
~I Características e Temas A Tece;" Ep;,. tola de João é caracterizada, pela sua saudação, cum-primentos introdutórios e saudação final, como sendo, de fato, uma carta. Mais especificamente, é uma carta 
de recomendação introduzindo Demétrio ao destinatário, Gaio. 
~:a~:~~ e ~:m~-~-n8-:o-~ ~vs-. 1--2-) ____ --··-- --8-. U-m-ex_e_m_p-lo-n-eg-a-ti-vo-(v_s_. 9---10) -----···--11 
li. Fidelidade à verdade (vs. 3-4) C. Resumo: o bem contra o mal (v. 11) 
Ili. A importância da hospitalidade (vs. 5-11) IV. Recomendação de Demétrio (v. 12) I 
A. Encorajamento positivo (vs. 5-8) V. Conclusão e despedida (vs. 13-14) 
Prefácio e saudação 
t O presbítero ao amado Gaio, a ªquem eu amo na verdade. 
2 Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e 
saúde, assim como é próspera a tua alma. 3 Pois bfiquei sobre-
modo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da 
tua verdade, como tu andas na verdade. 4 Não tenho maior 
e alegria do que esta, a de ouvir que dmeus filhos andam 1na 
verdade. 
6 os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. 
Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno 
de Deus; 7 pois por causa do Nome foi que saíram, e nada re-
cebendo dos gentios. 8 Portanto, devemos facolher3 esses ir-
mãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade. 
Diótrefes, o ambicioso. Demétrio, fiel cristão 
9 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de 
exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. 10 Por isso, 
O bom exemplo de Gaio se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, gprofe-
s Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para rindo4 contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com es-
com os irmãos, e isto fazes 2 mesmo quando são estrangeiros, tas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os 
• 1 ª 2Jo 1 3 b 2Jo 4 4e1Ts 2.19-20; 2Jo 4 d [1Co415] 1 Cf NU; TR e M em verdade 5 2 Ct NU especialmente com, ARA int~;preta 
mesmo quando são; TR e Mpara com 7 e1Co 9.12, 15 8/Mt 10.40; Rm 12.13; Hb 13 2; 1Pe4.9 3NU dar suporte 1Ogpv10.8, 10 
4 tagarelando bobagens 
•1-2 O autor identifica-se como "o presbítero", como em 2João. Ele escreve a 
seu amado amigo Gaio para elogiar a hospitalidade deste e para tratar com ele a 
respeito da situação envolvendo a congregação em que Gaio era membro. João 
começa com uma oração pedindo bem-estar, uma forma comum de se iniciar 
uma carta pessoal. 
•3-4 Ver a expressão similar de alegria em 2Jo 4. 
•5-8 João, elogia Gaio pela hospitalidade com que recebia os mestres cristãos iti-
nerantes. A obrigação de acolher e de animar aqueles que proclamam o verdadei-
ro evangelho de lugar em lugar e à alegria por fazê-lo acrescenta-se, 
opostamente. a necessidade de evitar aqueles que proclamam um falso evange-
lho (1Jo 4.1-3; 2Jo 10-11 }. Os que proclamam a mensagem e aqueles que os en-
corajam e apóiam trabalham juntos. servindo à verdade. 
•7 dos gentios. Aqueles que não são povo de Deus. O termo assim empregado 
indica que a comunidade cristã (composta de judeus étnicos e gentios! havia pas-
sado a ver a si mesma como o novo Israel. 
•9-1 O A cooperação e o amor que devem ser normais entre os crentes haviam 
sido violados pelo comportamento de Diótrefes, que abusava do cargo de lideran-
ça que tinha na congregação para atacar outros obreiros cristãos. Evidentemente, 
Diótrefes considerava outros mestres cristãos como ameaças e não como coo-
peradores. Orgulhoso e egoísta, ele não acolhia os evangelistas itinerantes e pu-
nia com exclusão aqueles que os hospedavam. 
•9 Escrevi alguma coisa à igreja. Uma carta anterior, que não sobreviveu. 
•10 se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica. A reposta 
do autor à grave provocação de Diótrefes demonstra sensibilidade pastoral de 
sua parte, mas, nem por isso, deixa qualquer dúvida de que sua visita colocará um 
ponto final à conduta de Diótrefes (2Co 13.1-3, 1 O). 
1519 3JOÃO 
que querem recebê-los e os expulsa da igreja. 11 Amado, hnão 
imites o que é mau, senão o que é bom. ; Aquele que pratica o 
bem procede de Deus; 5 aquele que pratica o mal jamais viu a 
/Deus. 12Quanto a Demétrio, 1todos lhe dão testemunho, até 
a própria verdade, e nós também 6damos testemunho; mesa-
bes que o nosso testemunho é verdadeiro. 
Informações finais. Saudações 
13 n Muitas coisas tinha que te escrever; todavia, não quis 
fazê-lo com tinta e pena, 14 pois, em breve, espero ver-te. 
Então, conversaremos de viva voz. 
1s A paz seja contigo. Os amigos te saúdam. Saúda os ami-
gos, nome por nome . 
• li h SI 34.14; 37.27; Rm 14.19; 1Ts 5.15; 1Tm 6.11; 2Tm 2.22 i[lJo 2.29; 3 1 O] j [1Jo 3.1 O] 5 Cf. NU e M; TR ~crescenta mas; NU e M 
omitem 12 I At 6.3; 1Tm 3.7 m Jo 19.35; 21.24 ô testificamos 13 n 2Jo 12 
•11 Tirania como a exercida por Diótrefes reflete o oposto do amor de Deus; de-
ve-se resistir à tentação de reagir nos mesmos termos. 
•12 A parte principal da carta termina com uma recomendação de Demétrio, o 
portador da carta, apresentando-o como um cristão fiel. Essa recomendação, 
além da menção do nome do destinatário da carta, foi necessária para garantir 
que a carta não fosse deixada de lado nem fosse usada indevidamente por pes-
soas que. a exemplo de Diótrefes, perturbariam a unidade da congregação. Por 
outro lado. é possível que o próprio Demétrio fosse um mestre itinerante; nesse 
caso. a carta teria o objetivo de encorajar Gaio à hospitalidade. 
•13-14 Esta carta termina de modo semelhante a 2Jo 12-13, com pequena dife-
rença nas palavras, mas com o mesmo tom pessoal. 
	3 JOÃO
	Capítulo Único

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