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Hipertensão arterial sistemica

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DIETOTERAPIA NA HIPERTENSÃO 
ARTERIAL SISTÊMICA 
O coração é uma bomba eficiente que bate 60 a 80 
vezes por minuto durante toda a nossa vida e 
impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minutos 
para todo o corpo. Pressão arterial é a força com a 
qual o coração bombeia o sangue que sai do 
coração, e a resistência que ele encontra para 
circular no corpo. 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
A hipertensão arterial (HA) pode ser traduzida 
como o aumento dos níveis pressóricos acima 
recomendado para uma determinada faixa etária e 
clínica, associados a alterações metabólicas e 
hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofias 
cardíaca e vascular). 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
 A hipertensão arterial atinge, em média, de 
25 a 30% dos indivíduos adultos. 
 
 É estimado que existam cerca de 1 bilhão de 
hipertensos no mundo. 
 A hipertensão é um dos mais graves 
problemas de saúde pública do mundo. 
 
 Constitui-se uma enfermidade com grande 
morbi-mortalidade, sendo responsável por alto 
custo social. 
 
No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram 
decorrentes de doenças cardiovasculares, atingindo 
37% quando são excluídos os óbitos por causas mal 
definidas e a violência. 
 
 
A principal causa de morte em todas as regiões do 
Brasil é o acidente vascular cerebral, acometendo 
as mulheres em maior proporção. 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Observa-se tendência lenta e constante de 
redução das taxas de mortalidade 
cardiovascular. 
 
A doença cerebrovascular, cujo fator de risco 
principal é a hipertensão, teve redução anual 
das taxas ajustadas por idade de 1,5% para 
homens e 1,6% para mulheres. 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Tendências no Conhecimento, Tratamento e 
Controle da Hipertensão Arterial 
1976-80 1988-91 1991-94 2000-12 
Conhecimento 
 (%) 51 73 68 70 
Tratamento 
 (%) 31 55 54 59 
Controle 
 (%) 
 10 29 27 34 
O conjunto das doenças do coração, hipertensão, 
doença coronária e insuficiência cardíaca também 
teve taxas anuais decrescentes de 1,2% para 
homens e 1,3% para mulheres. 
 
 
No entanto, apesar do declínio, a mortalidade no 
Brasil ainda é elevada em comparação a outros 
países, tanto para doença cerebrovascular como 
para doenças do coração. 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
FATORES DE RISCO – HAS PRIMÁRIA 
Uso do sal:  volemia 
Tabagismo, alcoolismo, estresse 
Dislipidemias, hábitos alimentares 
Diabetes Mellitus 
Idade, raça 
Excesso de peso, sedentarismo 
História familiar 
HAS SECUNDÁRIA 
• Uso de drogas 
• Insuficiência Renal 
• Hipopotassemia espontânea 
DIAGNÓSTICO DA HAS 
A medida da pressão arterial é 
comprovadamente o elemento-chave 
para o estabelecimento do diagnóstico da 
HA. 
 
As IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão 
Arterial classificam os níveis de pressão 
arterial conforme: 
• 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA POR ORGÃOS-ALVO 
 
 
• Estágio I: Sem manifestações de lesões orgânicas 
 
• Estágio II: - Hipertrofia cardíaca 
 - Estreitamento das artérias retinianas 
 - Microalbuminúria, proteinúria, aumento da 
 creatinina 
 - Evidência de placas ateroscleróticas 
 
• Estágio III: Sintomas e sinais decorrentes da lesão de 
 órgãos-alvo 
 
ÓRGÃO ALVO COMPLICAÇÕES 
 
 Hipertensivas Ateroscleróticas 
Cérebro AVC hemorrágico AVC isquêmico 
Coração Hipertrofia, ICC Doença coronariana 
Rins Nefrosclerose Ateromatose A Renal 
Vasos Dissecção aórtica Aneurisma arterial 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Complicações Cardíacas 
Hipertrofia 
Ventricular esquerda 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Complicações Vasculares 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Complicações Renais 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Complicações Encefálicas 
Hemorragia 
no Cerebelo 
Mecanismos de Regulação da Pressão Arterial 
Fatores que influem no Débito Cardíaco 
FISIOPATOLOGIA 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
I. Sistema Nervoso Simpático 
 
 
O sistema nervoso simpático é um mediador fundamental 
nas mudanças agudas da pressão arterial e na frequência 
cardíaca, podendo contribuir para o início e a manutenção 
da HA. 
 
A ativação simpática: 
 
promove o aumento da pressão arterial, e 
contribui para o desenvolvimento e manutenção da HÁ 
mediante estimulação do coração, dos vasos periféricos e rins. 
 
RESULTADO: leva a aumento do débito cardíaco, aumento 
da resistência vascular e da retenção de fluidos. 
II. SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA 
ALDOSTERONA - SRAA 
AVALIAÇÃO CLINICA 
• HISTÓRIA CLINICA: Enfocando o conhecimento da doença, 
tratamentos prévios, indícios de hipertensão secundária, 
investigação de diversos aparelhos, fatores de risco, história 
familiar, perfil social, alimentação, uso de drogas 
 
• EXAME FÍSICO: peso, altura, IMC, facies de HA secundária, 2 
medias de PA em mais de um membro, palpação de tireóide, 
ausculta cardíaca enfocando bulhas alteradas, presença de sopros 
abdominais, massas abdominais e avaliação de pulsos periféricos e 
Ao abdominal 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Expectativa de vida 
Homem de 35 anos 
 
PA Expectativa Redução 
120/80 41a - 
130/90 37a -10% 
140/95 32a -22% 
150/100 25a -40% 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL 
• Avaliação básica: Urina tipo I,creatinina,K, glicemia, Colesterol, ECG 
• Complementar: Eletrocardiograma, Rx de Tórax, Ecocardiograma,Teste de 
Esforço, Ultrasom renal / Artérias Renais, Tomografia Renal / Supra-Renal, 
Nefrograma Dinâmico com Diurético / Captopril, Artériografia Renal, Biópsia Renal 
• Exames Laboratoriais Gerais: Hemograma, Creatinina, Uréia, Sódio, Potássio, 
Colesterol e Frações, Glicemia, Triglicérides, Acido Úrico, Ca, TSH, T3, T4 - Urina 
Tipo I, Proteinúria de 24 h 
• Exames Laboratoriais Específicos: Renina Plasmática, Catecolaminas Urinárias, 
Cortisol 
 
TRATAMENTO 
NÃO-MEDICAMENTOSO 
• Redução de peso corporal 
• Redução da circunferência abdominal e 
 gordura corpórea (IMC) 
• Redução da ingestão de Na 
• Redução da ingestão de álcool 
• Exercício físico Regular 
• Abandono do tabagismo 
• Controle da dislipidemias e do DM 
• Evitar drogas que podem elevar a PA 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
DIETOTERAPIA 
OBJETIVOS DA ABORDAGEM NUTRICIONAL NA HIPERTENSÃO 
Intervenção 
dietética 
adequada 
Controlar/ manter 
peso corporal em 
níveis adequados 
Assegurar o estado 
nutricional adequado ou 
melhorar a condição 
nutricional do paciente 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Perda de peso corpóreo 
 
 
 
Diversos estudos têm correlacionado a diminuição do 
peso corpóreo à redução da PA sendo demonstrado que 
a diminuição média do peso corpóreo de 5,1 Kg pode 
reduzir a PA sistólica em 4,4 e a diastólica em 3,6 
mmHg. 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Redução da ingestão de sódio 
 
Um número extenso de artigos científicos evidencia a 
importância da elevada ingestão de sódio no aumento 
da PA. Em uma recente análise foi constatado que a 
redução de aproximadamente 1,8 g/dia na 
concentração de sódio excretada na urina diminuiu a 
PA sistólica em 5,0 mmHg e a diastólica em 2,7 mmHg 
em pacientes hipertensos. 
 
 NaCl: O excesso de Na  volemia, levando a  
do DC   PA 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Redução da ingestão de sódio 
 
Apesar de alguns Órgãos de Saúde americanos 
preconizarem a ingestão média de 1,5 g de sódio ao dia, 
observa-se que este valor, na prática, seria de difícil 
alcance dentro dos padrões dietéticos atuais. 
 
Assim, uma recomendação razoável é do uso de 2,3 g de 
sódio ao dia, que está contido numa colher de chá de sal 
de cozinha. 
 
Porém, sabe-se que o brasileiro consome, em média, de 4 
a 6 gramas de sódio ao dia, sendo que 75% dele está 
presente nos alimentos industrializados que contêm 
conservantes. 
• Carnes processadas: embutidos em geral (presunto, mortadela, 
salsicha, lingüiça, salame), bacon, carne seca, “nuggets”, e outros 
alimentos prontos; 
•Enlatados : vegetais, peixes (atum, sardinha) 
•Queijos: duros e amarelos (parmesão, provolone, prato, etc.) 
•Temperos prontos: Arisco®, Sazón® Aji-no-moto®, sopas desidratadas, 
caldos e estratos concentrados, amaciantes de carne, catchup, mostarda, 
maionese, molho de soja, molho inglês, extrato de tomate, etc.; 
•Salgadinhos industrializados: chips, amendoim, coxinha, pastel, etc. 
* sal de cozinha - cloreto de sódio: 40% de sódio e 60% de cloreto- 1 
colher de chá : 2,3 g de sódio. 
 * Necessidades de sódio/dia: 500 mg. 
 
CONTROLE DA INGESTÃO DO NaCl 
Aumento na ingestão de 
potássio 
Elevada ingestão de potássio está associada à redução da PA em 
indivíduos hipertensos e não-hipertensos, sendo demonstrado 
que o aumento na excreção de potássio de 2,0 g/dia promoveu 
uma redução da PA sistólica em 4,4 mmHg e na PA diastólica em 
2,5 mmHg em indivíduos hipertensos15, em taxas maiores em 
indivíduos negros que em indivíduos brancos. 
 
  K: induz à queda da PA por  natriurese,  da secreção de renina e e 
 secreção de prostaglandinas; 
 
 
 
É anti-hipertensivo, exerce ação protetora contra danos cardiovasculares 
e como medida auxiliar em pacientes submetidos à terapia com 
diuréticos. 
Moderação na ingestão de 
álcool 
 
Estudos clínicos têm documentado a relação direta entre o 
consumo de álcool e alterações na pressão arterial, 
particularmente quando a ingestão ocorre em doses 
maiores que duas ao dia, sendo que esta relação independe 
de outros fatores como idade, obesidade ou ingestão de sal. 
 
Embora alguns estudos mostrem que o aumento da PA 
ocorra quando da ingestão de menos que duas doses ao 
dia, tem sido observado que esta é a taxa na qual a ingestão 
de álcool está relacionada à diminuição dos riscos de 
ocorrência de doenças coronarianas. 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
A moderação na ingestão de álcool, entre aqueles que 
bebem, costuma ser liberada pela equipe médica sem 
prejuízo à PA, sendo que o consumo de álcool deveria ser 
de, no máximo, duas doses ao dia para homens e uma 
dose ao dia para mulheres. 
 
 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
No caso de cerveja, cada dose equivale a 360 mL; para o 
vinho (com 12% de álcool), 150 mL e, no caso de alguma 
bebida destilada (whisky, vodca, ou outra), 45 mL. 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Suplementação dietética com ácidos graxos 
poliinsaturados (ômega-3) 
 
Vários estudos têm documentado que a suplementação 
da dieta com ácidos graxos poliinsaturados (óleo de 
peixe – ômega 3) é capaz de reduzir a PA em indivíduos 
hipertensos (diminuição da PA sistólica de 4,0 mmHg e 
da PA diastólica de 2,5 mmHg) sendo que, em 
indivíduos normotensos, esta diminuição parece ser 
pequena ou insignificante. 
 
 
 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
Cálcio e magnésio 
 
 
Tem sido demonstrado que o aumento da 
ingestão de cálcio (da ordem de 400 a 2.000 
mg/dia) pode diminuir a PA sistólica em 0,9-1,4 
mmHg e diastólica em 0,2-0,8 mmHg. 
 
 
 
 
 
 
Dietoterapia II - Prof. Renata Oliveira 
TRATAMENTO 
MEDICAMENTOSO 
• Classes de medicamentos: 
 -Diuréticos 
 -Vasodilatadores diretos 
 -Inibidores da ECA 
 -Antagonistas dos canais de cálcio 
 -Antagonistas do receptor AT II 
 -Bloqueadores adrenérgicos 
 -Bloqueador adrenérgico com atividade vasodilatadora

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