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FILME AUGUSTINI CLINICA PSICANALITICA

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FILME: AUGUSTINI
Inverno de 1885, Paris. O professor Jean-Martin Charcot, do Hospital Pitié-Salpêtriere, está estudand o uma doença misteriosa, a histeria, que atinge apenas as mulheres. Devido à pouca informação sobre a doença e suas características peculiares, os ataques de histeria por vezes são confundidos com possessões demoníacas, o que faz com que Charcot tenha que provar a seriedade de sua pesquisa. Um dia, chega ao hospital a jovem Augustine, de apenas 19 anos, que teve um ataque durante o trabalho. Logo ela se torna objeto de estudo de Charcot, que passa a dedicar um bom tempo à garota.
O modelo psicanalítico e o emprego desse termo podem ter mais de um significado. Primeiramente, podemos compreender a psicanálise como uma área da ciência à parte da psicologia. Seja o método terapêutico utilizado para tratar pessoas com problemas psíquicos. Seja o próprio procedimento de investigação em que ela se baseia.
A psicanálise, a priori, pode ser entendida como o acúmulo sistemático de conhecimentos sobre a mente humana. Obtidos por meio dos procedimentos psicanalítico. A partir do filme Augustine podemos perceber várias questões psicológicas, sob ótica da psicanálise. O inicio do filme, não nos mostra claramente a história de vida e as relações familiares de Augustine, porém a partir de vários posteriores acontecimentos é possível fazer varias suposições relacionadas ao “Complexo de Édipo”. Sabemos que o complexo de Édipo esta relacionado a uma fase do desenvolvimento infantil fálica, em que a criança percebe a diferenciação dos sexos, aonde existe um desejo amoroso entre a criança e seu progenitor do mesmo sexo.
Agustine era uma jovem que trabalhava em uma casa de família e não parecia ter em sua vida, figura materna ou paterna, supondo assim que esta figura poderia estar relacionada, ou ter sido substituída em algum momento por seus patrões. E fica subtendido, o fato de em sua infância esta fase fálica ter sido bem desenvolvida ou não, podendo também ter sido reprimida ou traumática de alguma forma.
O primeiro ataque histérico de Augustine foi quando a mesma, esta servindo a mesa e seu patrão a olha esta nervosa, acaba tendo o ataque e caindo no chão, o que ao nosso entendimento está relacionada à figura do patrão ou a figura masculina, pois seu ataque tem características libidinais.
Augutine é internada em uma clinica, que possui várias outras mulheres, algumas epiléticas, outras histéricas, outras deficientes mentais, enfim vários distúrbios. Após a internação de Augustine, esta passa a ser observada pelo médico Jean Martin Charcot. Então em algumas cenas podemos confirmar claramente o que havia sido observado na cena da mesa de jantar, que suas crises se dão após ser observada, trocar olhares ou estar na presença do sexo masculino e que sempre se manifestam como demonstrações ligadas a sexualidade. A psicanálise, então, é um procedimento para investigação dos processos mentais. Essa investigação busca pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e sonhos. Processos que eram praticamente inacessíveis de outra forma que não por meio da psicanálise e do método psicanalítico. O método baseado dessa investigação, utilizado para o tratamento das neuroses, também é conhecido como método ou modelo psicanalítico.
Também o método de investigação pelo qual se busca evidenciar o significado inconsciente das palavras, atos e produções imaginárias. Esse movimento por meio do qual o psicanalista procura tornar o inconsciente consciente é a própria psicanálise. A questão do inconsciente, portanto, é de suma importância para a compreensão do significado da psicanálise ou o modelo psicanalítico.
Consciente e inconsciente – o modelo topológico
Atualmente, muitos de nós já ouvimos falar no inconsciente. Porém, quando a psicanálise começou a ser difundida, esse conceito ou ideia sofreu uma grande oposição dentro da classe médica. E também por parte dos leigos ou não estudiosos da área. Em, 1916, na Conferencia Introdutória de Psicanálise Freud fez uma afirmação importante para o surgimento da psicanálise. Ele disse que é natural do ser humano rejeitar a ideia de que somos dominados por processo que desconhecemos. Dentro dessa concepção, Freud procurou demonstrar que a humanidade sofreu três grandes narcisismos, como se fossem traumas. São eles:
Primeiro, a tirada da terra do centro do universo por Copérnico. Em segundo, a teoria de Darwin, e a sua explicação sobre a origem das espécies pela vida. Explicação que tirou o homem da então pretensão de ser filho de Deus. Por último, o próprio Freud afirma, por meio de sua descoberta do inconsciente, que o homem não possui o domínio sobre a sua própria vontade.
De acordo com Freud, a sua descoberta do inconsciente veio de duas formas diferentes e paralelas. Ela surgiu das experiências clínicas pioneiras de Breuer, e também das experiências de Bernhein com suas sugestões pós-hipnóticas. Essas experiência foram muitos importantes para o surgimento da psicanálise e do modelo psicanalítico.
A experiência de Breuer
O trabalho clínico de Josef Breuer contribuiu para a descoberta do inconsciente. Na verdade esse foi o segundo caminho utilizado nessa descoberta. Esse trabalho, desenvolvido com Freud, iniciou-se com uma jovem paciente então chamada de ‘Ana O’. Em 1895, Freud e Breuer publicaram estudos sobre a histeria. Esse fato é considerado, por muitos estudiosos, como o primeiro trabalho de repercussão da psicanálise. Outros estudiosos atribuem a publicação do livro de Freud “A Interpretação dos Sonhos”, de 1900, como marco inicial da psicanálise. A pesquisa desenvolvida a respeito da histeria tem um papel fundamental no surgimento e aplicação da psicanálise e do modelo psicanalítico.
Na obra de 1895, algumas conclusões tiradas do caso de Ana O. procuram definir a relação entre consciente e inconsciente. Nele, estabelece-se a existência de uma vida psíquica inconsciente. Uma vida que pode ser dominante com relação à consciência e que é, ao mesmo tempo, paralela a ela. Essa suposição foi muito importante para o desenvolvimento do modelo psicanalítico freudiano.
A experiência de Bernhein
Bernhein criou um método que consistia em hipnotizar o paciente e, durante o sonambulismo, dar-lhe uma sugestão ou ordem. Isso fazia com que o paciente, após retornar do sonambulismo, num primeiro momento, permanecesse quieto. E em seguida, ele executava a ordem dada durante o hipnotismo.
Por meio desse procedimento, surge a explicação da existência de dois processos psíquicos paralelos, um consciente e um inconsciente. O processo inconsciente acaba determinando as ações do sujeito, mesmo sem que este o perceba.
Além da caracterização do consciente e inconsciente, nesse caso da ordem emitida sob hipnose, dois processos psíquicos devem ser considerados. No primeiro processo, o paciente realmente não se lembra da ordem e o hipnotizador questiona para que ele se lembre. Assim, após um grande esforço, ele acaba recordando da ordem recebida. Bem como de ter cumprido a ordem, durante o tempo determinado e fica consciente de foi hipnotizado. O segundo é quando o paciente rejeita-se em cumprir a ordem do hipnotizador, a qual fere os seus valores morais.
Essas duas bases são muito importantes para se compreender o surgimento da teoria e do modelo psicanalítico. Tanto de Breuer quanto de Bernhein. Também os estudos de Freud sobre histeria são muito relevantes, principalmente, quando do surgimento dessa nova área de estudo. A qual, aos poucos, foi se tornando uma nova ciência.
A Histeria na Psicanálise Freudiana
 A palavra histeria advém do grego “hystera”, que significa útero. A histeria pode ser compreendida por meio de diversos sintomas. Dentre os quais estão alucinações, convulsões, paralisias, sonambulismo, além da perda da fala, das sensações ou da memória.
Até o surgimento da psicanálise, acreditava-se que somente as mulheres podiam sofrer sintomas histéricos. O que explica a origem do próprio termo. Mulheres com histeria foram, por exemplo, perseguidas como bruxas, durantea Santa Inquisição. Ou eram consideradas como possuídas e, por isso, eram perseguidas e, muitas vezes, eram queimadas.
O estudioso Charcot, apesar de lidar com os histéricos de forma mais humana e crer que eles podiam ser tratados. Mesmo assim, ele ainda acreditava que a histeria era hereditária. Os estudos de Charcot e as suas demonstrações com pacientes sob hipnose fascinaram Freud. Esse fascínio contribuiu para que Freud começasse a empregar a hipnose com seu amigo e médico Josef Breuer. O que repercutiu na origem da psicanálise e do modelo psicanalítico, conforme visto acima.
Após esses experimentos com a hipnose, Freud abandonou-a e iniciou a técnica sugestiva. Nessa técnica, ele afirmava ao paciente que ele poderia lembrar-se do acontecimento traumático sofrido. Algo que, conscientemente, ele não sabe, mas que cuja experiência estaria guardada em seu inconsciente. A partir de então, era feito um grande esforço para que o paciente conseguisse buscar em seu inconsciente essas experiência ou trauma. Essa é uma das principais bases do modelo psicanalítico ou de seu método terapêutico.

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