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SANDRA RESENHA

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Resenha
Avaliação institucional como instrumento de racionalização e o retorno à escola como organização formal.
A avaliação institucional é vista como instrumento de melhoria e de qualidade acadêmica e cientifica. Ela busca uma compreensão global das Universidades. Essa avaliação tem como objetivo compreender e avaliar todos os processos produzidos pela Universidade, intervindo criticamente na comunidade acadêmica e científica. É preciso encarar a Universidade como uma instituição com movimentos fortemente pedagógicos e pluralistas, já que seu cotidiano é feito de processos diferenciados e convergentes. Cabe a ela encontrar caminhos que preservem a pluralidade social, respeitando a igualdade de cada cidadão. Deve contemplar as características individuais das instituições que se fazem presentes nos diversos contextos do país. Dessa forma, haverá a possibilidade de preservação da identidade de cada uma.Através da avaliação institucional todos se tornam agentes de mudanças e atuantes na gerência pelas prioridades sociais, pois a produção científica e a construção da cidadania são os elementos fundamentais a serem avaliados. Ela é uma exigência da atual conjuntura que tem como princípio uma sociedade democrática. É uma forma necessária de administração do ensino e serve como melhoria da qualidade da instituição. É por isso que ao mudar alguma coisa na instituição deve-se estudar como se pretende investigar o que caracteriza um processo de avaliação institucional de uma forma que permita a reformulação de princípios administrativos / pedagógicos e que produza mecanismos para a efetivação de uma avaliação democrática.A avaliação institucional ultrapassa as questões das aprendizagens individuais, buscando compreender as relações e as estruturas de caráter público e social das Universidades. Essas que tem devem ser avaliadas como forma de compreender e aprimorar seus compromissos com a sociedade.
A avaliação institucional insere-se, justamente, dentro deste contexto, como elemento responsável para servir de parâmetro para que a sociedade possa balizar seu julgamento. A sociedade brasileira passa por um processo de reconhecimento da importância da educação como fator equalizador de oportunidades, uma possibilidade de solução para a desigualdade.Ao mesmo tempo, apregoa-se o princípio da autonomia, o direito de a instituição educacional assumir sua própria gestão, com liberdade para criar mecanismos para servir melhor a comunidade que atende.Para que esta autonomia se efetive com a manutenção ou melhoria da qualidade, é exigido das instituições educacionais transparência, sendo necessário prestar contas à sociedade, revelando erros e acertos para direcionar práticas e estratégias.
Discutir o que avaliar é de fundamental importância para entender o que é e para que serve a avaliação institucional.Aplicado as instituições educacionais, constitui uma ferramenta para auxiliar no planejamento e gestão compartilhada da escola, um processo sistemático de prestação de contas à sociedade. O que implica em um processo contínuo de aperfeiçoamento do ensino, necessitando de um acompanhamento de perto, junto com uma interação integrada entre a equipe avaliadora e a instituição avaliada.
A avaliação institucional abrange desde as políticas públicas dos sistemas de ensino, dimensão estratégica, até o cotidiano das unidades educacionais. A avaliação de sistema tem dimensão estratégica para a definição política e assistência técnica e financeira as unidades federadas. Nas avaliações institucionais educacionais, os profissionais da educação analisam o trabalho desenvolvido, com vistas a sua continuidade e reorganização.Aspectos a serem analisados na avaliação institucional: Interno e externo. A avaliação institucional se dá a partir da análise de dois aspectos: a visão interna e externa dos envolvidos.
A avaliação interna se define como a auto-avaliação de caráter diagnóstico e tem como finalidade identificar os pontos positivos e negativos, os limites e possibilidades e as estratégias de ação segundo a percepção dos sujeitos internos. É o olhar para si mesmo, para se conhecer. A Avaliação interna precede a avaliação externa e será primordial como processo de auto avaliação. É um processo de conscientização e compreensão da relação ação entre realidade escolar e resultados, comprometida com a realidade, envolvendo um processo cíclico de ação-reflexão-proposição-ação.Nesse sentido, consiste em um processo de abertura de novas perspectivas de ação, que determinem um movimento de ser mais e ser melhor, a partir do mapeamento, dimensionamento e compreensão da realidade e à luz de perspectivas e possibilidades de melhoria e transformação. Em última instância, a auto-avaliação consiste em um processo contínuo de julgamento de valor, mérito ou qualidade dos processos educacionais, a partir de critérios estabelecidos, com o objetivo de se tomar decisões a respeito da sua continuidade, reforço, alteração ou eliminação, evidenciando a validade das ações e recursos despendidos. Desta forma, entende-se que a auto-avaliação eficaz é desenvolvida como um programa, um esforço contínuo que envolve toda a equipe da instituição escolar, de modo cooperativo, na obtenção de dados e informações sobre os seus processos e desempenho, para, a partir desse trabalho, identificar aspectos que precisem de esforços especiais para ser melhorados. Trata-se, portanto, de uma ação de acompanhamento e reflexão contínuos sobre o próprio trabalho, que corresponde a uma ação de monitoramento. O trabalho deve, preferencialmente, ser abrangente, envolvendo todas as áreas de atuação da instituição, mas é possível desenvolver essa perspectiva global de forma gradativa, iniciando o processo com uma área de informação, e na sequência, ir incorporando outras áreas. Deve-se ainda lembrar que a auto-avaliação eficaz é realizada de maneira cordial e receptiva às ideias de todas as pessoas, sem pré-julgamentos.A avaliação externa se dará por meio de olhar de especialistas externos sobre a avaliação interna, ou seja, uma meta-avaliação: avaliação da avaliação, o olhar do outro. A avaliação externa é importante ser considerada, para situar-se no contexto mais amplo, a partir da visão do todo como as avaliações nacionais de sistema. Neste contexto em ambos os aspectos avaliativo - interno ou externo- é mais importante privilegiar a visão dos sujeitos, suas percepções sobre a realidade, do que apenas os dados quantitativos, embora estes também devam ser considerados.
Considera-se, no entanto, que no processo de formação do educando, as atitudes que a instituição cultiva, a coerência interna entre o proferir e o fazer, e os espaços de relação e convivência humana que são estabelecidos, têm mais impacto do que aprendizagem dos conteúdos curriculares. Desta forma, analisar as atitudes e a coerência entre o anunciado e o realizado é fundamental para o autoconhecimento e para a melhor realização de avaliação institucional da unidade educacional. A avaliação revela os reais desígnios da instituição e dos sistemas de ensino: damos valor ao que efetivamente avaliamos.
Na educação como direito e dever do Estado e da família, avaliação será promovida em colaboração com a sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa e de seu preparo para exercício da cidadania e sua qualificação profissional. Organizar a avaliação institucional como meio de dinamizar a gestão democrática participativa com os segmentos da comunidade escolar local, dando-lhe a oportunidade de desenvolver ações coletivas que contribuam para o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade. Sociedade essa que conta com empenho nas ações pedagógicas que irão renovar e reinventar a educação conforme a família, escola, professores, funcionários, pais ou responsáveis pelo acompanhamento dos pares nas decisões estabelecidas pelo colegiado. A gestão democrática constitui como princípio da educação nacional que busca no acesso a qualidade indispensável para a vida estudantilou profissional do jovem que chega a escola em um espaço do saber que encontra barreiras a serem ultrapassadas pelo caminho de aprender a vencer os obstáculos intransponíveis pelo saber. Para isso a gestão deve estar voltada em atender as dificuldades encontradas na avaliação institucional como meio de facilitar o caminhar do educando na vida estudantil e com atividades coerentes com sua realidade de competências e habilidades a serem superadas no ensino aprendizagem.A escola como instituição de ensino deve estar preocupada com a qualidade do desempenho acadêmico de seus alunos e com base em estudos de dados aplicados no âmbito da escola, com o fim de medir ou aferir o desempenho da qualidade da aprendizagem.
Portanto a escola procura trabalhar os instrumentos de avaliação institucional com seriedade e com isso alcançar índices de desenvolvimento básico, dentro das metas estabelecidas pelo MEC com seus indicadores correlatos e trabalhados junto à comunidade escolar, pesando em vencer estas ações previstas no calendário escolar. 
Dessa forma a avaliação institucional deve considerar o trabalho pedagógico como meio de melhorar o rendimento escolar, situando-se em variáveis que devem ser vista e revistas como metas que contribuem para o ensino aprendizagem, desigualdade social e regional, na efetivação de novas práticas pedagógicas, os contextos culturais, nos quais se realizam os processos de ensino aprendizagem, a qualificação profissional, plano de carreira do professor e funcionário, condições estrutural e física do ambiente escolar, criar condições de aprendizagem dos estudantes na instituição escolar, dinamizarem a gestão escolar, reavaliar o projeto político pedagógico e construir junto à comunidade escolar um plano de desenvolvimento de educação que atenda a todas as camadas sociais de nossa sociedade.
Historicamente, a avaliação tem sido usada por muitos como instrumento de poder sobre o aluno, incentivando uma relação mercantilista com o saber. Isto é, o aluno aprende a estudar para tirar o número de pontos que precisa para ser aprovado, sendo o sentido da aprendizagem o da troca pelos pontos, ou melhor, a nota é o salário pago pelo tempo dedicado ao estudo. Alguns alunos chegam a estudar para tirar somente a nota necessária para a aprovação, deixando a ideia do estudo para o desenvolvimento intelectual e pessoal completamente de lado. Entende-se que a forma de avaliação que o professor escolhe é uma decorrência de toda a sua pratica pedagógica; portanto, se nas aulas há um incentivo a apreensão de ideias soltas sem contextualização, a avaliação não pode ser diferente.
 Pensa-se, também, no absurdo que representa a utilização de médias para calcular a nota do aluno. Quando um aluno tira uma nota baixa e depois melhora o seu rendimento, as duas notas são somadas fazendo uma média entre elas. Ou seja, mesmo melhorando, o aluno sempre será punido pelo rendimento baixo. No entanto o ideal seria trabalhar com avaliação humanizadora, oferecendo aos alunos oportunidades de refazer a avaliação até que demonstrem que alcançaram um rendimento melhor porque suas dúvidas foram sanadas. Sendo que, a oferta de oportunidades diferenciadas de avaliação e não somente a utilização de testes e provas também podem contribuir e estimular a aprendizagem. Além disso, é importante que ao se formular essas situações de avaliação, se procure sempre basear-se em situações concretas, presentes de fato no cotidiano, tornando o aluno personagem da questão.Não se pode também abrir mão da auto-avaliação, pois afinal, desenvolver a consciência crítica dos alunos é dever dos professores e a auto-avaliação é um excelente recurso para o desenvolvimento da autoconsciência. A utilização da avaliação qualitativa também é bem-vinda para listar habilidades e comportamentos que se deseja trabalhar nos alunos e que, por causa da sua carga subjetiva não podem ser quantificadas, mas podem ser apreciadas e qualificadas pelo professor e representar aos alunos coisas que as notas não conseguem. Quanto à avaliação institucional também se pode dizer que em certos casos tem a função de exercer o poder do sistema sobre a instituição, porém se tem a oportunidade de através dela se analisar o trabalho desenvolvido, com vistas a sua continuidade e reorganização, com perspectivas de melhoras, pois a avaliação revela as reais finalidades da instituição e dos sistemas de ensino, sendo que, damos importância ao que efetivamente avaliamos. Considera-se que, para que se tenha um ensino superior de qualidade o universitário deve ser responsabilizar por buscar informações, aprender a localizá-las, analisá-las, relacionar as novas informações com seus conhecimentos anteriores, dando-lhes significado próprio, redigir conclusões, observar situações de campo e registrá-las, trabalhar com esses dados e procurar chegar a soluções dos problemas. Mas dificilmente o universitário incluirá a investigação em seu processo de aprendizagem se o professor universitário também não o fizer em sua atividade docente, não adianta somente punir os alunos pelos seus erros, como exemplo o plágio, mas sim mostrar o caminho para o acerto e dar autonomia para que o aluno possa exercer sua função de universitário estando capacitado exercer sua cidadania.
Contudo essas reflexões fizeram com que fosse repensado o papel do professor e a sua prática, que deve partir de uma visão de totalidade do processo ensino-aprendizagem, de uma perspectiva multidimensional; as dimensões: humana, técnica e político-social da prática pedagógica devem ser compreendidas e trabalhadas de forma articulada. Para que a universidade retome sua função de formar e não apenas informar, devem ser revistos seus papéis principais a serem desempenhados, ou seja, o ensino, a pesquisa e extensão, pois a formação tem se transformado em treinamento, voltada cada vez mais ao mercado de trabalho, perdendo o sentido de formação integral do homem para a vida e para a construção de cidadania. Neste sentido, propõe-se uma avaliação que leve em consideração o aluno em sua totalidade e não somente como um mero repetidor de conhecimentos.
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