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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS CURSO DE PSICOLOGIA CAROLINA LETÍCIA BRITO COELHO TEMATICAS DE PESQUISA EM PSICOLOGIA A PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA DIANTE DA DEPRESSÃO: A PERSPECTIVA DOS PSICÓLOGOS GOIÂNIA 2016 CAROLINA LETÍCIA BRITO COELHO B511II6 TEMATICAS DE PESQUISA EM PSICOLOGIA: A PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA DIANTE DA DEPRESSÃO: A PERSPECTIVA DOS PSICÓLOGOS Fichamento realizado para obtenção de nota parcial da disciplina de temáticas de pesquisa em psicologia, VI e VII período noturno. Campus Flamboyant. Profa. Ana Rogéria GOIÂNIA 2016 BAPTISTA NUNES, Makilim; BAPTISTA, Adriana; DIAS, Rosana. Estrutura e suporte familiar como fatores de risco na depressão de adolescentes. Psicol. Ciênc. Prof. [online]. 2001, vol. 21, n2, pp.52-61. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932001000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt> O artigo tem como pretensão debruçar-se acerca da depressão, que nos dias atuais, caracteriza-se como um dos principais transtornos que assolam uma grande parte da humanidade. Abordará aspectos pertinentes ao adoecimento, como por exemplo: o seu desenvolvimento e manutenção em adolescentes, explicitar seu caráter multifatorial e a influência da família – tanto como um suporte quanto contribuição para a instalação da doença. Sabe-se que a depressão não tem uma causa específica, pois como a maioria dos problemas humanos é mais adequado falar-se em multifatores que se interelacionam e geram, como respostas, alguns comportamentos que o indivíduo apresenta em seu meio. Ela pode ser influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, dentro dos quais este último terá uma maior visibilidade no presente artigo, trazendo uma importante reflexão e entendimento para os psicólogos e todos os profissionais envolvidos no processo terapêutico. Antigamente acreditava-se que não existia depressão na infância e na adolescência, tanto é que só foi confirmada a partir da década de 60 após estudos realizados que demonstram não haver dúvidas que este tipo de transtorno atinge esta faixa etária. De acordo com a APA, depressão consiste em: “(...) perda do senso de controle e uma experiência subjetiva de grande sofrimento, podendo-se observar perda de energia e interesse; humor deprimido; diminuição do desejo em realizar tarefas que antes causavam prazer; problemas relacionados ao sono; perda de energia ou fadiga constante; dificuldade de concentração e diminuição na habilidade de pensar, além de dificuldades em tomar decisões; perda de apetite; baixa auto-estima; sentimentos de inutilidade ou culpa e pensamentos sobre morte e suicídio.” (APA, 1994; Kaplan e Sadock). E todos esses sintomas acabam por comprometer a vida social e interpessoal desse adolescente, principalmente, quando este está em fase de inúmeras mudanças e tenta acompanha-las e se reestabelecer num curto período, infelizmente, muitas vezes sem sucesso. Sendo assim, o adolescente requer um difícil equilíbrio entre os diversos aspectos da maturação, o que nem sempre é atingido. A maturação fisiológica, em geral, avança de forma coordenada, porém nem sempre o mesmo ocorre com o desenvolvimento emocional e social. Todos os contextos sociais devem ser considerados e compreendidos, e o primeiro grupo ao qual fazemos parte é o grupo familiar, e este por sua vez, vem sofrendo grandes alterações ao longo do tempo e o resultado disso são as várias configurações familiares que se estabeleceram: famílias monoparentais, famílias que passaram por divórcio, pais que casaram novamente (muitas vezes, o cônjuge também tem filhos), dentre outras. Evidenciam-se pesquisas ao longo do artigo que subsidiam e norteiam o entendimento acerca das influências entre as relações familiares e a satisfação em viver em adolescentes. A partir disso, percebeu-se que famílias intactas – entendem-se como não separadas morando no mesmo local – tenderam a favorecer uma maior estabilidade emocional e afeito para seus filhos do que as famílias reconstituídas ou divididas. Fica possível perceber que a separação dos pais tem consequências não apenas para o ex-casal, mas também para os seus filhos que está envolvido nessa situação de instabilidade e insegurança de como será o futuro dali pra frente, ocasionando sentimentos negativos. Com relação à representação social da família entre os jovens é essencial entender a compreensão que este possui sobre as relações interpessoais, os papéis dos membros da família, o significado dos papéis para o adolescente e a sua concepção de família. É preciso também entender se os pais estão preparados para enfrentar e discutir, de forma democrática e madura, os problemas enfrentados por seus filhos, ou até mesmo até que ponto realmente há discussão destes problemas e o favorecimento de um clima onde o adolescente se sinta livre para conversar sobre suas dificuldades e optar, consciente das consequências, pelas suas escolhas. A insatisfação do indivíduo com o suporte familiar fornecido pode influenciar diretamente em desordens psicológicas e os sintomas depressivos. Contrariamente, relacionamentos socias construtivos com os membros da família e amigos podem proporcionais sentimentos de bem-estar no adolescente, o que é preventivo à depressão. Já que uma relação satisfatória desde sua infância com seus pares, propiciam estrutura para enfrentar situações adversas com uma maior auto-estima durante sua vida. Para tanto, uma das principais hipóteses levantadas no decorrer do presente artigo é que relacionamentos pobres na infância e na adolescência – pouco afeto provindo dos pais, estimulação, comunicação – contribuem de forma significativa para a aquisição de personalidades vulneráveis, os quais auxiliam na propensão para a depressão e modelos insatisfatórios de relacionamentos. Dessa forma, o clínico deve estar atento para todas, senão grande parte destas variáveis, com o objetivo de desenvolver um diagnóstico mais objetivo e preciso, além de realizar uma intervenção de ampla magnitude. E que nesse planejamento incluía o entendimento da família sobre sua influência e esta se torne aliada para uma melhora.
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