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Relações entre Portugueses e Índios no Período Colonial

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1. No momento da chegada dos portugueses ao território brasileiro estima-se que 
haviam cerca de 3,5 milhões de indígenas. Os Tupis ocupavam o litoral e tinham 
expulsado outros grupos indígenas para o interior. Dessa forma, manter relações de 
amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os 
conquistadores europeus. Contudo, uma das maiores dificuldades e estranhamento 
dos portugueses em relação a organização dos indígenas residia: 
 Na ausência de divisão do trabalho pois tanto os homens quanto as mulheres eram 
responsáveis pela agricultura e por caçar, pescar e guerrear. 
 A sua culinária pouco diversificada baseada em peixes e raízes. 
 Na organização das tribos com grandes construções e estruturas de defesa e proteção. 
 Na ausência de uma hierarquia e estratificação social pois até mesmo o chefe da tribo 
caçava, pescava e roçava como os demais membros. 
 A sua organização social fortemente hierarquizada e escravocrata. 
Explicação: 
Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais 
conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O 
historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de 
quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que 
viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo 
parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia 
as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a 
casa. A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-
guaranis. Para preparar o solo para a semeadura, os tupinambás desenvolveram uma técnica 
que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara. A divisão que existia 
era a divisão sexual, não uma hierarquização da sociedade. 
 
2. Como você descreveria as relações entre portugueses e índios durante o período 
colonial? 
 cordiais entre os dois grupos, afinal o Brasil é uma democracia racial; 
 os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para 
implementar a colonização estabeleceram alianças e relações comerciais com algumas 
tribos litorâneas; 
 os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para 
implementar a colonização pensaram em escravizá-los, mas desistiram por eles serem 
preguiçosos. 
 violentas porque os índios declararam guerra aos portugueses em 1510; 
 os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para 
implementar a colonização escravizaram os índios. 
Explicação: 
A inocência e a ausência de elementos fundamentais que – na perspectiva europeia – 
balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A 
despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, 
indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O 
mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza 
ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo 
esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na 
maior desordem. 
3. Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais 
porque: 
 os religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho 
assalariado e os colonos queriam escravizá-los; 
 os colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam 
aldeá-los em missões. 
 os religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam 
para receber salários dos capitães donatários; 
 os colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham; 
 os colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos; 
Explicação: 
Além das sociedades indígenas, os maiores opositores das expedições foram os missionários e 
demais religiosos responsáveis pela evangelização dos índios. Embora os indígenas 
trabalhassem em condições muito ruins nas missões e aldeamentos, ali não havia o discurso 
nem a prática efetiva da escravização. Soma-se a isso, nessas organizações, os índios recebiam 
instruções religiosas para que se convertessem ao cristianismo e passassem a seguir um 
padrão europeu de vida e de relação com o trabalho. Nenhuma dessas preocupações pautou a 
organização das expedições nos séculos XVII e XVIII. Centenas de aldeias foram destruídas, e 
milhares de índios foram reduzidos ao cativeiro. Segundo Monteiro, o padre Montoya 
afirmava que as expedições haviam destruído 11 missões, o que significava o apresamento de 
praticamente 50 mil índios. Ao descrever as expedições no Rio de Janeiro, o padre Lourenço de 
Mendonça apontou quem 60 mil guaranis foram escravizados e levados para São Paulo 
(MONTEIRO: 1994, 73-74). Tais índios eram utilizados, sobretudo, na reposição da força de 
trabalho da região sendo poucos os que seguiam para as lavouras de cana. 
 
4. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência 
imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico 
jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado 
do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Sobre este grupo podemos fazer as assertivas 
abaixo, EXCETO: 
 Não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se 
intensificou com a chegada dos portugueses. 
 A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, como demonstra ao 
protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira 
 Os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização 
do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. 
 Eram seminômades. 
 Eram os grandes parceiros comerciais dos portugueses, capturando os demais índios 
para a escravidão. 
Explicação: 
Ao descrever os aimorés (um dos tantos povos classificados como tapuias), o português 
Gabriel Soares de Souza disse: “Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam 
tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, e foram-se para umas 
serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, em que os puseram seus contrários, onde 
residiram muitos anos sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a perder 
a linguagem e fizeram outra nova que se não entende de nenhuma outra nação do gentio de 
todo este Estado do Brasil”. 
 
5. Um dos problemas que a população brasileira enfrentou no período colonial foi a 
constante escassez de alimentos. Isto ocorria, entre outros fatores, por que: 
 Em meados do século XVIII, o desenvolvimento da indústria têxtil na Inglaterra 
estimulou a produção pernambucana de algodão destinado à exportação, o que 
resultou na redução da área de plantio de produtos alimentares. 
 Quando a exportação de açúcar se encontrava em uma fase ascendente, os esforços se 
canalizavam ao máximo para a sua produção, diminuindo o cultivo de outros produtos 
alimentícios. 
 A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro representou um aumento no 
consumo de produtos alimentícios, causando um colapso na economia de subsistência 
do Reino Unido de Brasil e Portugal. 
 A partir de meados do século XIX, o aumento dos preços do café no mercado 
internacional provocou uma expansão do cultivo desse grão no Brasil, levando a uma 
queda na produção de itens de subsistência. 
 Devido à carência de mão de obra, os escravos eram utilizados na exploração 
mineradora, na madeireira e na pecuária, o que impediu o desenvolvimentoda 
produção de alimentos e a formação de um mercado interno nacional. 
Explicação: 
A principal preocupação em relação à Colônia Brasil era a plantação de cana-de-açúcar, um 
produto muito caro na Europa e por esse motivo muito mais importante do que a plantação de 
alimentos para os donos dos Engenhos. 
 
6. Após os contatos iniciais, os colonos portugueses acabaram fazendo uma distinção da 
população indígena em dois grandes grupos. São eles: 
 Tupis e guaranis; 
 Aimorés e apaches; 
 Tupi-guarani e tapuias; 
 Guaranis e apaches; 
 Apaches e tupis. 
Explicação: 
O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas 
observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São 
Vicente (no Sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de 
sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. No outro grupo 
estavam os tapuias (palavra tupi que significa os ¿fugidos da aldeia¿, ou ¿aqueles de língua 
enrolada¿) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses 
acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos 
que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura 
sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas. 
 
7. "A economia tupinambá era basicamente de subsistência e autoconsumo. Assim, cada 
aldeia produzia para atender às suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros 
alimentícios com outras aldeias. A agricultura era sempre combinada às atividades de 
caça, pesca e coleta, e a importância de cada uma dessas fontes de alimentos variava 
sazonalmente." SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na 
sociedade colonial 1550 ¿ 1835. SP: Cia. Das Letras, 1988 p. 41 Considerando a prática 
agrária da sociedade tupinambá, as atividades agrícolas, de caça, pesca e coleta eram 
divididas por: 
 Idade 
 Habilidade 
 Estatuto Social 
 Não havia esta divisão 
 Sexo 
Explicação: 
Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais 
conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O 
historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de 
quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que 
viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo 
parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia 
as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a 
casa. 
 
8. As populações que ocupavam o território brasileiro antes da chegada de Cabral não 
possuíam escrita, por essa razão são tão importantes os relatos dos viajantes europeus 
para, mesmo que através da visão do outro, possamos conhecer um pouco sobre sua 
cultura. Sobre o cotidiano dessas populações podemos dizer que: 
 a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e por desconhecer a agricultura 
praticava o canibalismo; 
 a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; 
 a maioria era nômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; 
 a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e desconhecia a agricultura; 
 a maioria era nômade, praticava a caça e a coleta e desconhecia a agricultura; 
Explicação: 
Traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles 
não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os 
tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que 
significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido 
à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao 
grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje 
é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura 
e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos 
portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de 
protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a 
Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção 
contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. 
 
9. A alteridade é um conceito fundamental para evitarmos preconceitos na sociedade 
contemporânea. Para o historiador atual, a alteridade significa a/o: 
 "alteração" ou a mudança na identidade social própria de algum povo. Em história, 
toda alteração social é central para o estudo da transformação nas relações sociais e 
quebra de preconceitos. 
 processo de se identificar o outro povo, percebendo nele a nossa cultura e civilização 
através de comparações. Este processo comparativo, classificatório e evolutivo é o 
trabalho do historiador atual. 
 Conjunto de tradições sócio culturais também conhecido com Folklore, ou práticas de 
resistência de populações dominadas. 
 percepção cultural do que os outros povos possuem de nós. Este estudo da 
alteridade/identidade é feito pelos historiadores que são isentos de preconceitos e 
transitam entre diversas culturas do passado. 
 natureza ou condição do que é outro, do que é distinto a um povo. Como oposto à 
identidade, este conceito é fundamental, pois auxilia o historiador a compreender e 
respeitar a diversidade cultural dos povos. 
 
10. Entre 1500 e 1530 Portugal não demonstrou muito interesse pelo Brasil, a Carta de 
Caminha não mencionava a existência de ouro ou prata. Neste período, chamado de 
Pré Colonial, como eram as relações econômicas entre a metrópole e a colônia? 
 o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo; 
 a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana; 
 o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno; 
 a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas; 
 a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal; 
Explicação: 
Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam 
não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da 
Cunha: “todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, 
enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo” 
(CUNHA, 1990: 92). “Em 1500, Caminha viu “gente” em Vera Cruz. Falava-se então de homens 
e mulheres. O escambo povoou a terra de “brasis” e “brasileiros”. Os engenhos distinguiram o 
“gentio” insubmisso do “índio” e do “negro da terra” que trabalhavam. [...] Pelo fim do século, 
estão consolidadas, na realidade, duas imagens de índios que só muito tenuamente se 
recobrem...”. 
 
11. Levando em conta as teorias apresentadas durante o curso, quantos e quais seriam os 
povos presentes na base da formação da identidade brasileira? 
 Três povos, negros, brancos e Índios. 
 Três povos, asiáticos, brancos e índios. 
 Dois povos, brancos e negros. 
 Dois povos, índios e negros. 
 Dois povos, brancos e índios. 
Explicação: 
A colonização brasileira ocorreu com a junção dos portugueses, com os africanos escravizados 
e com os indígenas que já estavam aqui. 
 
12. Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto 
dizer: 
 Que a maioria se apresentava como nômade ou semi-nômade. 
 Que a maioriadesconhecia qualquer método agrícola. 
 Que a maioria ainda apresentava características de sociedades coletoras, não tendo 
assim nenhuma forma de produção ou cultivo. 
 Que a maioria apresentava características e hábitos sedentários. 
 Que a maioria praticava apenas caça, pesca e coleta. 
Explicação: 
Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito 
difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos 
recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles 
eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais 
estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese 
portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como 
botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram 
seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o 
que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi 
tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas 
da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam 
excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 
1570. 
 
13. Consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida 
eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como 
fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Estamos 
falando da: 
 Queimadas 
 Corvéia 
 Pajelança 
 Coivara 
 Plantation 
Explicação: 
Essa técnica consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em 
seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como 
fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Dentre os 
gêneros cultivados estavam o feijão, milho, abóbora, algumas frutas e, principalmente, a 
mandioca - base da alimentação tupinambá e, mais tarde, de toda a colônia. 
 
14. A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos 
portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por 
outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro 
lado do Atlântico a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais 
proveito da recente aquisição. A primeira medida da coroa foi a criação de: 
 Capitanias hereditárias 
 Governo Geral 
 Governos ameríndios 
 Monarquias locais 
 Sesmarias 
Explicação: 
A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos 
portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras 
nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico 
a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição. 
Cada uma dessas capitanias seria doada pelo rei a um nobre português (chamado de 
donatário) que deveria construir vilas, arrecadar impostos e, principalmente, redistribuir a 
terra para quem pudesse cultivá-la. No entanto, muitos donatários não cumpriram suas 
obrigações, sendo que alguns chegaram a nunca colocar seus pés em terras brasileiras. 
 
15. Quem era responsável pela catequese? 
 os padres beneditinos; 
 a administração colonial; 
 a coroa portuguesa; 
 os padres jesuítas; 
 os padres carmelitas. 
Explicação: 
Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que 
os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel 
da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os 
índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam 
para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, 
muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiros 
gêneros literários do Brasil. 
 
16. Os indígenas colaboraram com os portugueses no início da colonização, trocando sua 
mão-de obra por artigos de pouco valor para os europeus. A explicação mais correta 
para essa atitude dos indígenas é: 
 eles usaram essa tática de aproximação para, a seguir, atacar os colonos europeus. 
 eles tinham curiosidade acerca daqueles produtos desconhecidos em sua cultura. 
 eles eram naturalmente amistosos e desejavam se integrar com os recém-chegados ao 
continente. 
 eles tinham uma concepção de valor diferente; o que não tinha valor para os 
europeus, para eles, era útil. 
 eles eram muito ingênuos e achavam que se colaborassem, não seriam eliminados 
pelos portugueses. 
Explicação: 
Quando pensamos no escambo do indígena e do português temos que perceber que cada 
cultura valorizava o que não possuía em seu meio, enquanto a madeira do Pau-Brasil estava 
disponível para o indígena, os objetos de metal e espelhos não estavam e o mesmo 
pensamento deve ser usado para o português, que tinha acesso aos metais e espelhos e deseja 
a madeira. 
 
17. A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos 
vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. 
(...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa 
digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem 
desordenadamente (...). (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de 
Santa Cruz, 1578.). A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas 
expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto: 
 Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos. 
 A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular. 
 A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma. 
 A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador. 
 A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena. 
Explicação: 
Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam 
não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da 
Cunha: ¿todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, 
enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo¿ 
(CUNHA, 1990: 92). Foi justamente esse encantamento que fundamentou a construção das 
primeiras imagens europeias sobre a nova humanidade que se apresentava. A inocência e a 
ausência de elementos fundamentais que ¿ na perspectiva europeia ¿ balizavam a noção de 
civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi 
reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e 
mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como 
Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos 
tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo esses homens, essa ausência era a 
comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem. 
 
18. Canibalismo ritual, ou antropofagia era: 
 Uma festa que se fazia quando o menino matava seu primeiro animal. 
 A comemoração por ter subjugado o inimigo, sendo uma forma de pilhéria. 
 A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. 
 Uma invenção portuguesa para justificar o assassinato dos ameríndios. 
 A prática dos índiosde comerem seus inimigos para chocar aos adversários. 
Explicação: 
Junto com a guerra, os tupinambás praticavam o canibalismo ritual que causou horror e 
curiosidade aos colonos portugueses. Baseado na cosmogonia tupinambá, o canibalismo era 
um ritual antropofágico, no qual o inimigo prisioneiro de guerra era (depois de uma iniciação), 
morto pela sociedade vitoriosa, e tinha suas partes distribuídas dentre os indivíduos do grupo 
vencedor. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. 
 
19. Em razão de as comunidades ¿primitivas¿ indígenas representarem, no Período 
Colonial, apenas reservas de força de trabalho a ser aproveitada no corte e transporte 
do pau-brasil, entre 1500 e 1530, no Brasil. 
 a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas. 
 a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal. 
 o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno. 
 a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana. 
 o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo. 
Explicação: 
Por possuírem culturas distintas, não terem uma moeda para o comércio, o português e o 
indígena praticavam o escambo, ou seja, a troca de produtos por produtos, ou a troca de 
produto por serviços. 
 
20. Quando falo que uma "cozinha" pode representar mais que uma simples prática, mas 
uma tradição, um preparo, um jeito, uma cultura, quero dizer que devo ter um olhar 
mais atento ao mundo que me cerca, notar que suas estruturas são complexas e 
importantes de serem analisadas. A partir da observação dos fenômenos das cozinhas 
contemporâneas e da interação História e Antropologia podemos definir como traços 
indígenas em nossa cozinha: 
 Peixe 
 Feijão 
 Mandioca 
 Porco 
 Arroz 
 
21. "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. 
Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de 
ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de 
texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: 
 à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em 
suas reduções de ouro; 
 à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; 
 à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-
obra indígena; 
 à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra 
nas propriedades da Companhia de Jesus; 
 à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, 
ampliando os horizontes da fé. 
Explicação: 
As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos 
europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua 
colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, 
sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou 
conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de 
conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade 
para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o 
segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os 
missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir 
nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, 
também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os 
jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de 
fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi 
um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão 
instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza 
e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas 
recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiros gêneros literários do 
Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, 
carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos 
jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. 
Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades 
econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam 
trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham 
como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em 
diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a 
conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e 
sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos 
anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um 
conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 
 
22. Qual a função da catequese jesuítica no Brasil? 
 Coube principalmente aos jesuítas a conversão dos índios ao catolicismo e adaptá-los 
ao modelo de sociedade portuguesa. 
 Convertê-los ao catolicismo para obrigar os colonos a trocar a mão de obra escrava 
indígena pela africana. 
 Preservar a cultura indígena pois sua manutenção era essencial para o projeto de 
dominação da Metrópole. 
 Desestabilizar a cultura indígena pois dessa forma terminariam as guerras entre as 
tribos elevando a quantidade de convertidos à religião católica. 
 Adaptar os indígenas à escravidão. 
 
23. O principal grupo/tronco linguístico encontrado pelos portugueses ao desembarcar no 
Brasil foram os: 
 Juruá 
 Tamoios 
 Goitacá 
 Gêge 
 Tupi-Guarani 
 
24. Os colonos portugueses não lograram êxito em suas investidas em busca de ouro e 
prata. Mas a proposta do antigo governador acabou redimensionando os objetivos das 
expedições para o interior. A busca por ouro deu lugar ao aprisionamento de índios. 
Embora os colonos utilizassem a procura por metais preciosos frente à Coroa 
portuguesa - que baixava inúmeras leis proibindo a escravização de indígenas ¿ as 
expedições organizadas pelos colonos de São Paulo se transformaram em: 
 verdadeiras empreitadas escravizadoras de indígenas. 
 verdadeiras empreitadas escravizadoras de negros fugidos. 
 verdadeiras empreitadas de busca de ouro e prata, liderados por indígenas. 
 verdadeiras empreitadas escravizadoras de portugueses que fugiam da lei. 
 verdadeiras empreitadas escravizadoras de Charruas argentinos, para fugir da lei 
portuguesa. 
Explicação: 
No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada 
em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez 
mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus 
habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, 
diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram 
no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em 
suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão 
adentro. 
 
25. Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra 
povos indígenas do Brasil, sob diversasalegações; derivou daí a guerra justa, que 
fundamentou: 
 uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio 
do homem branco na colônia. 
 o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura 
açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. 
 a escravização dos índios, pois, desde a antiguidade, reconhecia-se o direito de matar o 
prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. 
 o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do 
Estado e dos colonizadores. 
 a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas 
dos portugueses. 
Explicação: 
Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa 
sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta 
aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os 
índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos 
nos engenhos de açúcar. 
 
26. A utilização do trabalho escravo foi uma das principais características da colonização 
portuguesa na América. Diante dessa afirmação, analise as opções abaixo e assinale a 
correta. 
 Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva 
esteve baseada exclusivamente no trabalho do negro africano. 
 O índio jamais foi escravizado na América Portuguesa. 
 Nas primeiras décadas da colonização, a escravidão do índio foi fundamental para a 
consolidação da empresa mercantil na América Portuguesa. 
 A colonização portuguesa teve a sua estrutura produtiva baseada na escravização das 
mulheres. 
 Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva 
esteve baseada exclusivamente no trabalho indígena. 
Explicação: 
O aluno deverá demonstrar saber que o trabalho escravo do índio e do africano ocorreram 
durante a história do Brasil, demonstrando também saber que apesar de o trabalho africano 
ter sido preponderante, ele coexistiu com o trabalho escravo indígena. 
 
27. Qual fator fez dos Guaranis uma cobiçada fonte de mão de obra pelos paulistas, 
espanhóis e jesuítas? 
 Pelo seu conhecimento na produção de armamentos. 
 Por seu vasto conhecimento na lavoura açucareira. 
 Por seu conhecimento e prática de formas de agricultura sedentária. 
 Pelo fato dos guaranis exercerem tradicionalmente atividades mineradoras, havia a 
esperança de que tais índios levassem até suas minas de ouro. 
 Pelo seu conhecimento das ervas medicinais da região, garantindo a longevidade de 
seus aliados. 
 
28. O termo Trabalho, pode ter nascido do vocábulo latino tripallium, que significa 
¿instrumento de tortura¿, e sob muito tempo esteve associado à ideia de atividade 
penosa e torturante. Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem 
branco. Todos têm os mesmos direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por 
exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes 
de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) 
são de propriedade individual. Sobre o trabalho nas sociedades indígenas é correto 
afirmar que: 
 Os índios no geral, não possuíam uma organização do trabalho, pois sua maior 
característica era a de ser nômade, e isso acarretava uma certa instabilidade na 
organização do trabalho, pois a cada mudança, suas culturas eram reestruturadas. 
 A organização de suas atividades caracteriza-se pela disposição das classes sociais, 
dedicando-se o máximo possível de tempo à agricultura. 
 Nas comunidades indígenas as terras são de uso comunal mais a agricultura e caça 
pertence ao grupo ou aos indivíduos que trabalharam para conquista-las. 
 As sociedades tribais, diferenciam-se umas das outras em muitos aspectos, mais pode 
se dizer que em termos gerais, não são estruturadas pela atividade que conhecemos 
como trabalho. 
 Existe divisão do trabalho por sexo e idade e as atividades econômicas com o objetivo 
de lucros eram negociadas entre as aldeias mais próximas. 
 
29. Os colonos que rumaram para outras capitanias, sobretudo aquelas localizadas ao sul 
da colônia, não respeitaram a lei de rei D. Filipe II. Se para a Coroa portuguesa e para 
os missionários jesuítas os índios passaram a ser vistos como gentios (ou seja, eram 
passíveis de salvação), para os colonos que viviam nas capitanias de São Tomé e São 
Vicente os grupos autóctones rapidamente passaram a ser vistos como negros da 
terra. Nessas localidades, os indígenas foram: 
 Escravizados sistematicamente e serviram de mão de obra fundamental na expansão 
levada a cabo pelos colonos paulistas. 
 Escravizados pelos franceses, que dominaram o espaço paulista, e não se viam 
obrigados a cumprir as ordens de El Rei. 
 Libertos e fugiram voltando para suas antigas tribos com medo de que novos ataques 
viessem. 
 Escravizados pelos Jesuítas, cativos nas missões, queriam obriga-los a se converterem 
como era a ordem da coroa. 
 Libertos pois os negros brasileiros mostravam mais eficiência no trabalho cotidiano 
que os indígenas, preguiçosos. 
 
30. Explique por que a Coroa portuguesa só foi se preocupar, de fato, com suas terras 
americanas a partir de 1530. 
 Porque era necessário acabar com a resistência dos índios que haviam se unido na 
Confederação dos Tamoios. 
 Porque o rei português nomeou Tomé de Souza governador geral e este embarcou 
para o Brasil em 1530; 
 Porque em 1529 os portugueses acharam ouro na região do atual estado Minas Gerais; 
 Porque a partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros 
prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas 
invadidas por outras nações europeias; 
 Porque com o início da União Ibérica a Espanha exigiu a ocupação do território 
brasileiro e a definição das fronteiras com as colônias espanholas; 
 
31. Sobre a escravidão indígena é CORRETO afirmar que: 
 dada à tradição de liberdade, a população indígena na América portuguesa nunca pode 
ser submetida à escravidão, optando-se, então, pela compra de negros da África; 
 o início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização 
dos índios denominados "negros da terra" como mão-de-obra; 
 o apresamento dos Guarani não pode ser considerado fator de ocupação do planalto 
paulista e da região Sul da América portuguesa. 
 os índios só forma escravizados na América espanhola; 
 a partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão 
indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa; 
Explicação: 
Por questões geomorfológicas (solo fértil e água abundante) e políticas, durante séculos XVI e 
XVII, a produção açucareira concentrou-se nas capitanias do nordeste da colônia, 
principalmente na Bahia de todos os santos e em Pernambuco. Nos primeiros anos da 
produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte significativa da mão-de-obra 
escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre os anos de 1540 e 1570 
marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos. 
 
32. O sistema de capitanias hereditárias mostrou-se ineficiente e foi substituído, como 
modelo administrativo, em 1548, por qual outra estrutura? 
 Vice-reino 
 Ouvidoria 
 Governo Central 
 Feitoria 
 Governo Geral 
Explicação: 
A ineficiência do sistema de capitanias fez com que o rei português tentasse outra forma de 
administração. Em 1548 foi instituído o governo-geral, uma tentativa de centralizar a 
administração da América portuguesa. 
 
33. Sobrea relação das populações indígenas com os povos europeus que aqui chegavam, 
pode-se dizer: 
 Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união 
homogênea que visava combater todo e qualquer invasor. 
 Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos a uma união homogênea 
que visava se aliar somente aos colonizadores (portugueses) e combater qualquer 
outro povo invasor. 
 Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união 
homogênea que visava combater os colonizadores (portugueses) buscando alianças 
com outros povos europeus (franceses), que rivalizavam com seu dominador. 
 Que não hove embates e as realções estabelecidas com francese e portugueses eram 
totalmente pacíficas e baseadas no escambo. 
 Que muitos embates ocorreram com algumas tribos se aliando aos colonizadores 
(portugueses), outras a comerciantes e possíveis conquistadores (franceses) e algumas 
que se recusaram a fazer alianças com qualquer um dos dois lados. 
Explicação: 
Exemplo de aliança: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma 
das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e 
XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que 
possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades 
familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam 
estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, 
aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a 
agricultura e com a casa. Exemplo de resistência: Como sugerido há pouco, traçar padrões 
culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam 
um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a 
diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram 
muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência 
imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os 
aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito 
Santo e o Sul da Bahia. 
 
34. O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem 
ser divididas em dois grandes ciclos: 
 o de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. 
 da caça ao índio e o de busca do ouro; 
 o de expansão das fronteiras e de prospecção; 
 o dos capitães do mato e de caça ao índio; 
 o dos capitães do mato e de prospecção; 
Explicação: 
As Expedições: O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que 
se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões 
conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos 
portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as 
regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral 
D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A 
vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas 
próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições 
subsequentes não corresponderam às expectativas criadas pelos colonos. Escravidão indígena: 
Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das 
expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos 
indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar 
em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistas da colônia. Com 
inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores 
econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra 
indígena (MONTEIRO: 1994, 59). 
 
35. Monteiro (1994), em sua obra ”Negros da terra", diz que todas as expedições dos 
bandeirantes tinham como características comuns: 
 o estabelecimento de uma relação amigável como todos os índios 
 contato com colonos de outras regiões e compra de escravos negros. 
 nenhuma riqueza mineral e muita sabedoria 
 voltavam com muitos cativos e sem nenhuma riqueza mineral 
 conseguiam muitos metais preciosos e retorno rápido para São Paulo 
Explicação: 
De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número 
de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços 
para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que 
ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial 
Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés 
de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. 
 
36. Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria 
através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso 
território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através 
da: 
 A) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. 
 D) montagem do sistema colonial. 
 E) criação e distribuição das sesmarias. 
 C) criação das capitanias hereditárias. 
 B) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais. 
Explicação: 
A coroa portuguesa buscou a colonização inicialmente através das chamadas capitanias 
hereditárias. O Brasil foi fatiado em extensas faixas de território que deveriam ser povoadas e 
administradas pelos donatários numa empreitada particular. Este modelo não foi bem-
sucedido e a coroa precisou modificar a estratégia de colonização. 
 
37. A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente 
abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: 
 à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. 
 ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. 
 ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. 
 à completa incapacidade dos índios para o trabalho. 
 aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à 
Coroa. 
 
38. Apesar da lei de 1570 proibir a escravização indígena, fora das principais colônias de 
produção de açúcar, em que o governo controlava mais, nas demais províncias a 
escravização: 
 Se manteve em altos índices na região das Minas Gerais por conta da exploração de 
ouro e Prata. 
 Se manteve em altos índices, como vemos, por exemplo, em São Paulo e Maranhão 
 Foi reduzida, uma vez que o governo lentamente foi aumentando a fiscalização 
 Foi reduzida pois o discurso cristão proibia de escravizar os indígenas, sendo todos os 
antigos cativos enviados para as missões para serem salvos. 
 Acabou, pois os proprietários obedeceram a lei 
Explicação: 
No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada 
em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez 
mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus 
habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, 
diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram 
no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em 
suas lavouras. Aoinvés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão 
adentro. 
 
39. As capitanias hereditárias foram criadas objetivando a defesa do território e a 
colonização. Acabaram fracassando, isto porque: 
 a Reforma Protestante criou um sistema de exploração do Novo Mundo que impediu a 
ação portuguesa na exploração colonial. 
 em Portugal não existiam donatários com recursos suficientes para a exploração de 
áreas tão pequenas recebidas. 
 a Igreja católica proibiu a migração de povos europeus, não portugueses, o que 
provocou a falta de mão de obra na colônia. 
 a Espanha e Holanda partilharam as terras portuguesas no território brasileiro. 
 houve a ausência de interesse por parte dos donatários e a descentralização 
administrativa. 
Explicação: 
As principais razões para esse resultado negativo foram a grande distância entre as capitanias 
e a metrópole; a grande área das capitanias, pois existiam algumas com mais de 400.000 km2; 
o desinteresse de vários donatários, que por não possuírem recursos suficientes, nem 
chegaram a tomar posse de suas terras, bem como a falta de recursos que garantissem 
investimentos e o desenvolvimento colonizador. 
 
40. Sobre a escravidão indígena sabemos que: 
 impediu a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo 
essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
 tornou possível a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, 
mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
 tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura cafeeira na colônia, 
mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
 tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, 
mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
 impediu a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, 
mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
Explicação: 
Nos primeiros anos da produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte 
significativa da mão-de-obra escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre 
os anos de 1540 e 1570 marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos. 
 
41. Fruto de uma importante discussão teológica em 1570 a Coroa Portuguesa: 
 Impôs a obrigatoriedade de todos os indígenas cumprirem jornada de trabalho 
compulsório 
 Criava o sistema assalariado para o trabalho dos indígenas 
 Proibiu a escravização dos gentios 
 Impôs um registro de escravos indígenas, limitando o número por propriedades 
 Criou a proibição de escravização de escravos negros 
Explicação: 
Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa 
sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta 
aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os 
índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos 
nos engenhos de açúcar. 
 
42. "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela 
cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda 
continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 
partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de 
índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de 
os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles 
como costumam." (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, 
Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela: 
 um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, 
que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro; 
 que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o 
apoio do governo português na luta contra a escravização indígena. 
 um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no 
Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os 
nativos; 
 que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos 
indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo 
português; 
 que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-
se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes. 
Explicação: 
Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa 
sancionou a lei que proibia a escravização do gentio. 
 
43. Escolha a opção que melhor descreve o convívio entre portugueses e índios ao longo 
de todo o Século XVI. 
 tomando como referência Américo Vespúcio, primeiro a relatar o canibalismo, os 
europeus evitaram o contato e/ou mataram todos os índios que deles se aproximaram; 
 porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois 
para a plantation, os europeus primeiros estabeleceram alianças com algumas tribos e 
praticaram o escambo, em um segundo momento escravizaram-nas; 
 porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois 
para a plantation, os europeus praticavam o escambo com os índios das tribos pacíficas 
e escravizaram os índios das tribos violentas. 
 tomando como referência a Carta de Caminha foram amistosas; 
 porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois 
para a plantation, os europeus escravizaram os índios desde o início do contato; 
 
44. À medida que a empresa açucareira se expandia no Brasil, fez-se opção pela mão-de-
obra escrava de origem africana, em substituição ao trabalho indígena. Esta opção 
pode ser explicada, porque: 
 O uso de escravos africanos alimenta o tráfico negreiro, tornando-o um dos mais 
lucrativos setores do comércio colonial. 
 Os negros dominavam as técnicas do cultivo da cana, enquanto os indígenas não 
conheciam a agricultura, portanto, seu trabalho não era produtivo. 
 Os africanos resistiram ao escravismo através dos quilombos e das revoltas, mas foram 
mantidos na agricultura, porque os índios desconheciam essa atividade. 
 Os indígenas eram frágeis fisicamente e adoeciam com facilidade, já os negros tinham 
uma constituição física forte, propícia ao trabalho braçal. 
 Os indígenas eram selvagens e lutavam contra a escravidão, enquanto os negros eram 
dóceis e submissos 
Explicação: 
As demais alternativas estão erradas por uma série de questões. Entre eles porque a partir do 
último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos 
africanos escravizados. Tal substituição tinha duas razões principais: pela fragilidade dos 
indígenas as epidemias que os assombravam e porque o tráfico negreiro era extremamente 
rentável. 
 
45. Entre os motivos da substituição dos escravos indígenas por negros nos engenhos de 
açúcar, podemos afirmar que: 
 A substituição foi feita por que os índios organizavam exércitos contra os engenhos. 
 A grande circulação de dinheiro promovida pelo tráfico transatlântico de africanos 
escravizados 
 A substituição foi feita porque os índios eram preguiçosos 
 Os negros aceitavam a escravidão 
 Porque os negros não eram considerados gente, e deveriam ser tratados como 
animais. 
Explicação: 
O grande motivo sempre foi o quanto se ganha com um determinado produto atendendo o 
jogo de interesse dos envolvidos. Neste aspecto,isso não significa dizer que os indígenas não 
foram escravizados. Houve a coexistência dessas escravidões. Ou seja, os indígenas também 
foram escravizados, mas o lucro obtido com o tráfico negreiro dos africanos era muito mais 
interessante. 
 
46. COM EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam acontecimentos 
relacionados às formas de resistência dos escravos negros à dominação escravista na 
experiência histórica do Brasil, desde o século XVI. Assinale-a. 
 Foi durante o período da ocupação holandesa no atual Nordeste que o quilombo dos 
Palmares consolidou sua posição de "Estado negro" encravado na colônia escravista. 
 Ocorrida em Salvador no ano de 1835, a revolta dos malês somava-se às revoltas 
escravas de 1814 e 1816 na Bahia, embora a elas não se comparasse em amplitude. 
 A publicação do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco, em 1883, constituiu-se 
em significativo libelo anti-escravista ao afirmar que o escravo e o senhor eram dois 
tipos contrários e, no fundo, os mesmos. 
 Surgido em terras de um abolicionista, o quilombo do Jabaquara constituiu-se em 
exemplo da complexa negociação social e política que distinguiu a resistência escrava 
nos anos finais da escravidão. 
 Ao reivindicarem o direito de "brincar, folgar e cantar", por ocasião do levante no 
Engenho Santana de Ilhéus, em 1789, os escravos demonstravam que também lutavam 
por uma vida espiritual autônoma. 
 
47. Dentre as formas de resistência negra e indígena à escravidão, pode-se destacar: 
 O uso de seus conhecimentos medicinais para o auxílio aos senhores em troca de sua 
alforria. 
 A prática, entre as escravas negras, de amamentar os filhos dos donos para estreitar 
assim seus vínculos com a família. 
 A formação de quilombos exclusivamente por escravos negros fugidos, evitando 
contato com indígenas, para assim manter suas práticas culturais intactas. 
 A conversão de negros e índios ao catolicismo. 
 A recusa em desempenhar algumas das funções dadas pelo senhor, o banzo, as 
revoltas e a fuga para quilombos. 
Explicação: 
Nem todos os africanos recém-chegados resistiam ao período da quarentena. Por isso, era 
comum encontrar cemitérios nas proximidades do porto. Além dos maus tratos e das doenças 
adquiridas durante a travessia, muitos escravos boçais, isto é, africanos recém-chegados, 
sofriam de banzo –, uma doença que parecia atacar a alma de alguns africanos que, tomados 
por uma tristeza profunda, se deixavam morrer. Para muitos deles era preferível morrer a 
trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, 
junto a seus ancestrais. Não cumprir a ordem do senhor ou a fuga são exemplos também 
muito claros de como o escravo resistia à escravidão. 
 
48. Diferente da Espanha, Portugal não encontrou prata e ouro assim que chegou ao 
Brasil, tornando necessário a escolha de um produto, o açúcar, que viabilizasse o 
projeto colonizador e mercantilista da metrópole. Partindo desta afirmação assinale a 
resposta que melhor a ampare. 
 Após a descoberta do ouro na região das Minas Gerais houve recursos econômicos 
suficientes para aumentar o número de escravos africanos na colônia, somente então a 
lavoura açucareira atingiu uma produção significativa e constituiu-se no mecanismo 
essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
 Somente a junção das escravidões indígena e africana tornaram possível a implantação 
e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para 
financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
 A escravidão indígena tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura 
açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e 
mercantilista da metrópole. 
 A escravidão indígena não tornou possível a implantação e o desenvolvimento da 
lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto 
colonizador e mercantilista da metrópole. 
 Somente a escravidão africana tornou possível a implantação e o desenvolvimento da 
lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto 
colonizador e mercantilista da metrópole. 
 
49. Os indígenas foram usados como mão de obra, sobretudo, nas pequenas e médias 
propriedades que tinham como objetivo produzir para: 
 A subsistência da Colônia. 
 O Mercado Europeu 
 A exportação e larga escala 
 O Tráfico Atlântico 
 O mercado americano 
Explicação: 
Estando inseridos no desdobramento do período colonial com a exploração, desbravamento, e 
consequentemente, o povoamento incorpora-se a mão de obra escrava indígena. Isso 
favoreceu para que além de submete-los a cultura portuguesa e aos dogmas da igreja católica, 
como forma de "civilizá-los”, também objetivasse incorporá-los em tais povoamentos e tarefas 
domésticas pequenas produções. Desse modo, durante muitos anos a escravidão no Brasil foi 
vista de forma sistêmica. De um lado estavam os índios escravizados, utilizados em sua grande 
maioria em pequenas e médias produções, quase todas voltadas para a subsistência da 
colônia. Do outro estavam os africanos escravizados e seus descendentes utilizados nas 
atividades envolvidas com o mercado externo, como a produção de açúcar e a mineração. 
Ainda que essa sistematização esteja pautada em uma série de análises qualitativas da 
economia colonial, é importante ressaltar que tal assertiva não se aplica a todo o período de 
fabrico do açúcar. Ao analisar o início da produção açucareira, Stuart Schwartz chamou 
atenção para um fenômeno pouco estudado: o uso massivo de indígenas escravizados nos 
engenhos, como forma de manter a subsistência nas colônias. 
 
50. A religiosidade indígena era bastante diversificada, baseada na identificação de deuses 
a elementos da natureza. Em relação a essa religiosidade depois da vinda dos 
europeus, podemos concluir que: 
 foi incorporada pelos missionários católicos que aproveitaram tais elementos na 
catequese no africano. 
 foi aproveitada pelos missionários católicos que resolveram utilizar os mitos indígenas 
para a catequese. 
 foi identificada pelos missionários católicos que buscavam converter, de forma 
incondicional, os indígenas. 
 foi ignorada totalmente pelos missionários católicos que fingiam não ver a 
continuidade dessas práticas. 
 foi assimilada pelos missionários católicos que ministravam para os indígenas uma 
variante do catolicismo. 
Explicação: 
Dessa forma, a companhia de Jesus observa a "nova cultura" para melhor adaptá-la aos 
dogmas católicos e para o processo de evangelização utilizando diferentes instrumento lúdicos 
para a aproximação. Mas em nenhum momento favoreceria que os elementos ritualísticos 
indígenas fossem reforçados. Ao contrário eles compreenderam, observaram para melhor 
processo de evangelização aos dogmas católicas e cultura portuguesa. 
 
51. A escravidão de origem africana nasceu no Brasil colonial e se fortaleceu em locais 
conhecidos como plantation. Esses locais ganharam seu formato mais conhecido na 
época colonial, na região litorânea do nordeste brasileiro. Ali, a plantation pode ser 
definida como o sistema de: 
 plantação de café em larga escala e com o uso da mão-de-obra africana e mestiça, que 
visava o mercado exportador europeu, comércio este monopolizado por Portugal. 
 plantações de cana, café e cacau feitas do sudeste do Brasil até a Amazônia, que visavam 
o enriquecimento dos portugueses através do uso em larga escala da mão-de-obra 
indígena. 
 plantação de cana-de-açúcar, feita em larga escala por mão-de-obra escrava de origem 
africana, que visava o mercado exportador europeu. 
 Movimento de resistência africanaque geraria o sistema dos quilombos. 
 comércio e distribuição de mão-de-obra escrava africana para a lavoura canavieira 
nordestina. Esse sistema era vulgarmente conhecido como ¿tumbeiro¿ ou tráfico de 
escravos. 
Explicação: 
Tal sistema já aplicado em outras colônias foi extremamente produtivo, principalmente com a 
experiência da mão de obra escrava africana para produção da cana de açúcar que alimentara 
ao processo de produção do melado e da cana de açúcar. Compõem um ciclo fundamental 
para o pacto colonial, devido as terras favoráveis para o plantio da cana de açúcar. Não para a 
produção de café que terá sua formação com o processo de imigração, e nem como forma de 
organização escrava para a produção. Por isso as demais respostas estão erradas. 
 
52. A produção açucareira no Brasil se concentrou mais na região nordeste e o seu 
trabalho no século XVI era principalmente indígena. Sobre o regime de trabalho 
podemos afirmar que era: 
 Assalariado 
 Escravista 
 Corveia 
 Comunitário 
 Misto 
 
53. Sobre as características da sociedade escravista colonial da América portuguesa estão 
corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a. 
 Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam 
vendendo mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como 
¿escravos de ganho¿. 
 A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão 
indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa. 
 O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização 
dos índios denominados ´´negros da terra´´ como mão-de-obra. 
 Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de 
seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios 
agroexportadores, o que os historiadores denominam de ¿brecha camponesa¿. 
 Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava 
africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o Nordeste açucareiro a partir 
do final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII. 
Explicação: 
A escravidão indígena co-existe com a escravidão africana, tendo cada uma dela uma 
especificidade. Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os 
índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo 
a fim de obter o açúcar. D3essa forma, a primeira mão de obra escrava foi a indígena que foi 
substituída aos poucos devido às epidemias e a lucratividade da mão de obra africana. Assim, a 
partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, 
substituída pelos africanos escravizados, tendo como trabalho as lavouras, o trabalho braçal. 
 
54. A substituição da mão-de-obra indígena pela africana ocorreu, sobretudo, ao(s) 
seguinte(s) fator(res): 
I. falta de adaptação do indígena ao conceito de produção com intuito de acumulação. 
II. menor lucro advindo do tráfico negreiro em detrimento da escravização do 
indígena. 
III. decréscimo populacional indígena em virtude de epidemias e extermínios 
associados aos europeus. 
 apenas I está correta. 
 apenas I e II estão corretas. 
 apenas I e III estão corretas. 
 apenas II está correta. 
 apenas III está correta. 
Explicação: 
O genocídio foi efetuado diante do estranhamento e resistência das diferentes tribos 
indígenas. Para, além disso as epidemias eram comuns devido ao contato com os portugueses. 
E o tráfico negreiro foi extremamente lucrativo. para, além disso a cultura de produção não foi 
incorporada pelos indígenas diante dos valores a que estavam sendo expostos, mas 
mantiveram-se de certa forma, uma concepção voltada pelo seu modo de vida. 
 
55. Em virtude da proibição do tráfico negreiro, muitos latifundiários buscaram 
alternativas para manutenção de sua produção. Em relação a esse assunto é correto 
afirmar que: I - Teve início um crescente tráfico interno, ou seja, áreas de produção 
menos expressiva vendendo seus escravos para as regiões cafeeiras. 
II - Houve um crescente estímulo às uniões entre escravos já que, tradicionalmente, 
esses indivíduos tinham uma taxa de fertilidade altíssima. 
III - Muitos traficantes continuaram trazendo escravos para o Brasil, cobrando preços 
altos e inflacionando o valor da mão-de-obra. 
 apenas I e III estão corretas. 
 apenas III está correta. 
 apenas I e II estão corretas. 
 apenas I está correta. 
 apenas II está correta. 
Explicação: 
O uso da mão de obra escrava manteve-se de maneira informal e escondida, para que 
mantivesse a produção. Graças à preferência senhorial, 60% dos escravos eram homens 
adultos e jovens. Todavia, as práticas religiosas incentivaram o casamento de muitos desses 
homens, fazendo que famílias escravas tivessem significativa presença nesses engenhos. 
Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados 
deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o 
açúcar. A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, 
substituída pelos africanos escravizados. Que irá perdurar durante séculos, mesmo de maneira 
ilegal, internamente, já que a lucratividade era alta. 
 
56. O tráfico negreiro foi uma realidade no Brasil durante três séculos e meio. Sobre essa 
atividade é correto afirmar que: 
I - Era extremamente lucrativo embora muito africanos morressem ao longo da 
viagem. 
II - Os africanos eram transportados em condições insalubres nos tumbeiros. 
III - A partir do século XVIII houve maior humanização no transporte dos africanos. 
 apenas I está correta 
 apenas III está correta 
 apenas I e III estão corretas 
 apenas I e II estão corretas 
 apenas II está correta 
Explicação: 
O tráfico negreiro além de muito lucrativo teve a desumanização durante todo o seu período, 
por isso que não havia preocupação com seu transporte, muito menos de perceber os 
africanos como humanos, mas sim como objetos que favoreceriam o lucro. 
 
57. Sobre a substituição da mão-de-obra escrava indígena pela africana é correto afirmar 
que: 
 Aconteceu devido à demonstração pelos povos africanos de menor resistência ao 
sistema escravista. 
 Que elas conviveram durante muito tempo juntas, existindo casos relatados até o 
século XIX. 
 Se deu pelo fato dos índios apresentarem menos vigor físico que os povos africanos. 
 Se deu devido exclusivamente à proteção que dos jesuítas sobre os índios. 
 Foi uma substituição plena, ou seja, todos os índios foram libertos ao momento da 
chegada dos escravos negros. 
Explicação: 
Tal convivência foi um fato que permitiu a aculturação do país. Enquanto tais etnias 
comungavam, determinados valores foram definidos entre os mesmo o hibridismo cultural. 
Entretanto a substituição existiu, mas foi aos poucos, não deixou de existir a mão de obra 
indígena. Logo, não houve a proteção pelos jesuítas e nem a sua soltura logo que se iniciou e o 
período colonial, quando há a organização da administração da colônia seja pelas capitanias 
hereditária ou pelo governo geral. Muito menos uma substituição pela de uma mão de obra 
escrava indígena pela a africana. 
 
58. Os portugueses, no início da colonização, utilizaram quase que exclusivamente a mão 
de obra indígena. Essa postura vai ser mudada ainda no século XVI, com a introdução 
do escravo de origem africana nas plantações de cana-de açúcar. Em relação à 
escravidão indígena é correto afirmar que: 
 foi aumentando na mesma proporção que o tráfico negreiro embora fosse menos 
lucrativaque essa atividade. 
 foi diminuindo em virtude de sua pouca rentabilidade no trabalho, ou seja, inaptidão 
para a atividade laborativa. 
 foi diminuindo nas áreas voltadas para a exportação, mas continuou maciça em áreas 
ligadas à produção interna 
 foi aumentando nas áreas de lavoura a partir do século XVIII quando precisavam dos 
africanos para a exploração do ouro. 
 foi declinando com o passar dos tempos até ser completamente erradicada já no início 
do século XVII. 
 
59. Sobre a rota de tráfico negreiro para o Brasil podemos fazer as assertivas abaixo, 
EXCETO: 
 Os negros vinham em boas condições, alimentados, para serem vendidos rápido. Mas 
apesar disso muitos morriam de banzo, saudade de casa. 
 Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América 
portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. 
 Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam 
comprados. A partir de então, o destino desses africanos estava atrelado a de seu 
senhor e, em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo 
interior do Brasil. 
 Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, 
passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. 
 Nesses locais eles recebiam uma alimentação especial para recuperar suas forças o 
mais rápido possível. 
Explicação: 
Sabe-se que a escravidão e as condições do tráfico negreiro foram extremamente desumanas 
e insalubres. Não viam os africanos como sujeitos, mas como objetos, por isso nessa relação os 
objetos devem estar fortes para que sejam vendidos. Logo, eles ficavam em quarentena para 
melhorar, se recuperarem para que fossem vendidos enquanto produto, representando uma 
grande lucratividade. 
 
60. O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a 
escravidão. “O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta 
mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente 
para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos 
senhores ¿ e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.” (Fonte: BUENO, 
Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 
112). Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto 
afirmar: 
 D) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a 
carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, 
conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras. 
 A) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 
1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico inter-
continental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões. 
 C) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a 
escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 
30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos. 
 E) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África 
para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. 
Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino. 
 B) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em 
atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos 
exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café. 
 
61. Se estabelecermos uma comparação do modelo de escravidão indígena e africana no 
século XVI no Brasil podemos afirmar que eram: 
 A africana era mais branda que a dos indígenas 
 A indígena era mais branda que a africana 
 Semelhantes 
 No século XVI não há escravidão negra no Brasil 
 Muito diferentes 
 
62. Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças 
sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um 
dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários 
tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles 
não conseguiam pois: 
 Eles eram os guerreiros, então o fato dos brancos utilizarem seus serviços criava uma 
dúvida na divindade cristã. 
 Os missionários tinham como prática assassinar o pajé quando chegasse, criando um 
afastamento dos demais índios. 
 A tradição do Pajé dizia que a mensagem dos missionários não era falsa, mas a 
ressignificação para o grupo, gerando sua irritação. 
 Existiam um panteão e uma gama de rituais religiosos arraigados na identidade e 
organização dos grupos. 
 O pajé conseguia materializar os espíritos da floresta, criando uma epifania sem igual 
no mundo cristão. 
Explicação: 
Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças 
sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos 
principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar 
com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiram 
desconstruir o panteão e os rituais religiosos de muitas sociedades indígenas com as quais 
entraram em contato. 
 
63. O filme Cafundó (2004) de Paulo Betti e Clóvis Bueno é baseado em fatos reais e trata 
sobre uma experiência de sincretismo religioso desenvolvida em Sorocaba, estado de 
São Paulo, durante o século XIX. Cafundó é inspirado em um personagem real saído 
das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em 
transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. 
Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz 
de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a 
glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de 
curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, 
transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de 
produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo. Sobre 
o sincretismo religioso, qual das afirmativas abaixo está correta: 
 Com o sincretismo religioso os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se 
converterem ao catolicismo. 
 O sincretismo religioso significa manter plenamente puras suas religiões. 
 No processo de sincretismo religioso ocorre a introdução de elementos das culturas 
indígena e negra na religião oficial católica. Assim proibidos de praticar sua própria 
religião abertamente, os escravos mesclavam sua religião com o catolicismo. 
 Por conta do sincretismo religioso os escravos se recusavam a passar pela catequese. 
 No sincretismo religioso existe o abandono total das práticas religiosas e culturais 
natais das populações escravas e indígenas. 
Explicação: 
O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na 
religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião 
abertamente, mesclavam-na com o catolicismo. 
 
64. A religiosidade católica foi uma das principais caraterísticas da colonização portuguesa 
na América. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor aponta essa 
importância. 
 A Igreja Católica foi o fundamento das relações sociais tecidas na América Portuguesa, 
sendo o catolicismo apropriado também pela cultura africana, que o utilizou como 
forma de resistência à dominação colonial. 
 A Igreja Católica se destacou como protetora dos escravos negros e como

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