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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Micobiota em um fragmento de mata seca do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás Amanda Martins Dias Bruno Rhanniery Diéssica Karoline Martins Isabella de Araújo Sarah Carolina Thatyane Caetano Anápolis/GO Agosto de 2014 Micobiota em um fragmento de mata seca do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás Trabalho apresentado à disciplina de Biologia dos Fungos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual de Goiás. Professora: Dra.Solange Xavier Santos. Anápolis/GO Agosto de 2014 SUMÁRIO Resumo ..................................................................................................................... 4 1 Introdução ............................................................................................................... 5 2 Materiais & Métodos .............................................................................................. 6 2.1 Área de Estudo .................................................................................................. 6 2.2 Coleta e procedimentos laboratoriais ................................................................. 7 2.3 Análise dos Dados ............................................................................................. 8 3 Resultados & Discussão........................................................................................ 8 4 Considerações Finais ........................................................................................... 0 5 Referências Bibliográficas ................................................................................... 0 4 Resumo Os fungos são organismos importantes no processo de ciclagem de nutrientes por participarem da decomposição de matéria orgânica. Por isso estudá- los se faz necessário para compreender sua distribuição e diversidade. Este trabalho teve como objetivo amostrar alguns grupos de fungos no sentido lato senso no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco durante a época de seca e após a passagem de fogo pelo local. Os fungos foram coletados ao longo de um transecto de 196 m e a cada 2 m foram coletadas amostras de folhedo e de galhos da serrapilheira. Os fungos foram colocados na estufa e identificados, sendo encontradas oito famílias: Diatrypaceae, Xylariaceae, Polyporaceae, Corticiaceae, Auriculariaceae, Schizophyllaceae, Geastraceae e Hymenochaetaceae. Após a identificação foram feitas exsicatas para armazenar as amostras. Para verificar a diversidade fúngica utilizou-se do teste estatistico do índice de diversidade de Shannon-Wiener. Foi verificada uma baixa diversidade de fungos, de apenas oito famílias e cinco amostras foram apenas morfotipadas. As amostras de serrapilheira foram colocadas em trinta e seis câmaras úmidas para verificar a mixobiota do ambiente. Foram observadas apenas sete ocorrências de Mixomicetos, o que representa a baixa frequência já esperada para a época de seca e depois da passagem do fogo. O trabalho contribui para estudos futuros sobre processos sucessionais que envolvam a participação de fungos, principalmente os decompositores, visto que foi amostrada uma maior frequência para Xylariaceae, que atua na decomposição de troncos. Palavras-chave: Diversidade Fúngica, Cerrado, Mixomicetos, Basidiomicetos, Ascomicetos. 5 Micobiota em um fragmento de mata seca do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás Thatyane Caetano de Almeida¹, Amanda Martins Dias¹, Sarah Carolina Custódio ¹, Diéssica Karoline Martins Chagas Isabella de Araújo Cedro¹ & ¹Bruno Rhanniery¹. ¹Acadêmicos do 3º período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás. 1 Introdução Os fungos são organismos heterotróficos que, juntamente com as bactérias, atuam na decomposição da matéria orgânica na biosfera, possibilitando assim a ciclagem dos nutrientes (RAVEN, 1996). São conhecidas cerca de 77 mil espécies de fungos, embora micologistas estimem que existam mais de 1,2 milhões de espécies (RAVEN e JOHNSON, 2002). Cosmopolitas, ocorrem numa grande variedade de ambientes e substratos, tendo preferência por locais úmidos, quentes e sombreados. Os fungos são organismos resistentes às variações ambientais, tais como perda de água ou submersão, e podem se desenvolver em uma grande variedade de ambientes, sejam estes extremos ou não (MARGULIS e SCHWARTZ, 2001; WEBSTER e WEBER, 2007). Os principais filos do Reino Fungi são Chytridiomycota, Zygomycota, Basidiomycota e Ascomycota. Estes filos agrupam os fungos considerados verdadeiros (fungos stricto sensu) por apresentarem parede de quitina, absorção extracorpórea, reserva de glicogênio, organização celular eucarionte, heterotróficos, produzirem esporos e outras. Por falta dessas características distintivas, o filo Myxomycota encontra-se classificado como pseudo-fungo, pertencendo ao Reino Protista (MARGULIS e SCHWARTZ, 2001). Os filos Basidiomycota e Ascomycota são táxons de fungos cujas algumas espécies são consideradas macromicetos, por produzirem corpos de frutificações visíveis a olho nu. No mundo estima-se cerca de 330.000 espécies assim caracterizadas (FREITAS, TESSAROLO, XAVIER-SANTOS 2007,apud BASEIA, 2006). O cerrado apresenta uma biodiversidade elevada, sendo o segundo maior bioma brasileiro e ocupando 21% desse território, apresentando grande variedade de espécies e hábitats. Assim trata-se da savana tropical mais diversificada do 6 mundo (KLINK & MACHADO, 2005, apud MENDONÇA et al., 1998, RATTER et al., 2003.) Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento da micobiota presente em uma área remanescente de mata seca, localizada no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP), bem como sua caracterização e análise ecológica. 2 Materiais & Métodos 2.1 Área de estudo O estudo foi realizado no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP) no mês de Agosto, uma área de conservação nas proximidades de Goiânia, Goiás, mantida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMARH (SEMARH, 2014). A área do PEAMP (figura 1) corresponde a aproximadamente 3746 hectares, estando localizado entre as coordenadas 6º30’ e 16º34’ S e 49º07’ e 49º11’ O, podendo ser acessado pelas rodovias BR-153/GO-060 entre Anápolis e Goiânia, GO-222, entre Anápolis e Nerópolis, GO-080, que liga Goiânia à Nerópolis e GO-415, que liga Goiânia à Terezópolis de Goiás (CUNHA e ORLANDO, 2011; FERREIRA, 2004). Figura 1 - Imagem de satélite destacando a área de abrangência do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP). Imagem obtida do Google Earth. 7 2.2 Coleta e procedimentos laboratoriais Para a amostragem da diversidade fúngica na área de estudo, um transecto de 196 m de comprimento foi delimitado, em linha reta, a partir da borda da trilha do Peba, de acesso à mata. O mesmo foi marcado com o uso de barbante. Como forma de limitar a área de abrangência do mesmo, foi estabelecida uma largura de um metro para cada lado do transecto, sendo sua largura final de dois metros, conformea figura 2. Figura 2 - Esquema da metodologia de coleta por transecto utilizada na pesquisa. Foram coletadas amostras de fungos em troncos, rochas e folhas à medida em que estes eram encontrados e porções de serrapilheira a cada ±20 metros ao longo do trecho, para análise da micobiota de liteira em técnica de câmara úmida. As amostras foram fotografadas em campo, coletadas com auxílio de canivetes e/ou estilete, armazenadas em sacos de papel pardo devidamente identificados para serem conduzidas ao laboratório. Posteriormente, as amostras foram submetidas à triagem, identificação taxonômica e, finalmente, à herborização. Para as análises da micobiota de liteira, foram preparadas 36 câmaras úmidas em placas de petri de 10 cm Ø, umedecidas com água destilada e armazenadas à temperatura e luz ambientes. 8 Diariamente, as câmaras úmidas eram umedecidas com água destilada e analisadas a olho nú e no microscópio estereoscópico quanto ao surgimento de corpos de frutificação/plasmódio de mixomicetos. Todas as amostras foram identificadas e/ou morfocaracterizadas utilizando-se o trabalho de Braga-Neto (2006), XAVIER-SANTOS (2003) artigos e sites científicos bem como a consulta à base de dados do Index Fungorum (CABI Bioscience et al,. 2008). 2.3 Análise dos dados Para determinar a diversidade alfa da área amostrada, utilizou-se o Índice de Shannon-Weiner (H’), conforme a fórmula abaixo: ∑ onde: refere-se proporção da i-ésima espécie; ln refere-se aos logaritmos naturais; é obtido através de onde: ni refere-se ao nº de indivíduos da espécie/morfotipo i; N refere-se ao nº total de indivíduos amostrados. Foram calculadas as frequências relativas de cada espécie e/ou morfotipo encontrado, com o objetivo de verificar a abundância e frequência dos fungos no local. A elaboração do gráfico e das tabelas foi feita com o auxílio do software Microsoft Excel®. 3 Resultados e Discussão A coleta permitiu a constatação de 27 espécimes de fungos, entre os quais sete são do filo Ascomycota, quinze ao filo Basidiomycota e cinco, as quais não puderam ser identificados por falta de caracteres reprodutivos,foram apenas morfotipadas. Entre o filo Ascomycota, foram encontradas duas famílias: Diatrypaceae e Xylariaceae e entre Basidiomycota foram encontradas seis famílias: Polyporaceae, Corticiaceae, Auriculariaceae, Schizophyllaceae, Geastraceae e 9 Hymenochaetaceae. As espécies e morfoespécies estão listadas na Tabela 1. A família mais representada foi Xylariaceae, seguida de Corticiaceae e Polyporaceae. O índice de diversidade de Shannon (H’) mostrou que a família mais diversa foi Xylariaceae, com um H’ de 0,33. A baixa diversidade pode ser explicada pela baixa amostragem e pelo fato do local ter sofrido recentemente com a passagem de fogo. Tabela 1. Distribuição taxonômica dos fungos encontrados na área de estudo. Filo Família Espécie/Morfoespécie Diatrypaceae Morfoespécie 1 Xylariaceae Morfoespécie 2 Xylariaceae Morfoespécie 2 Ascomycota Xylariaceae Morfoespécie 2 Xylariaceae Morfoespécie 2 Xylariaceae Morfoespécie 2 Xylariaceae Morfoespécie 3 Corticiaceae Morfoespécie 4 Corticiaceae Morfoespécie 5 Corticiaceae Morfoespécie 6 Corticiaceae Morfoespécie 7 Basidiomycota Auriculariaceae Auricularia nigricans Polyporaceae Polyporaceae Morfoespécie 8 Morfoespécie 9 Polyporaceae Morfoespécie 10 Polyporaceae Morfoespécie 11 Schizophyllaceae Schizophyllaceae Schizophyllum umbrinun Schizophyllum commune Geastraceae Geastrum sp. Hymenochaetaceae Fuscoporia callimorpha Indeterminada Morfoespécie 12 Indeterminada Morfoespécie 13 Indeterminado Indeterminada Morfoespécie 14 Indeterminada Morfoespécie 15 Indeterminada Morfoespécie 16 Total 27 21 10 A seguir, é apresentada a descrição e ilustração do material coletado no PEAMP (figuras 3 a 29). Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, flabelado de coloração esbranquiçado. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 3: Polyporaceae , A- Visualização de hifas objetiva 40, B- Foto macroscópica em campo Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto de coloração preta, liso, em forma de almofada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 4: Diatrype. A- Visualização de fragmentosporo, objetivo de 40, B- Foto macroscópica em campo 11 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, ressupindado, de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 5: Corticiceae. A- Visualização de hifas objetiva de 10. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Indeterminado de coloração branca, flabelado com margem crenulada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 6: Morfotipo, esbranquiçado, flabelado com margem granulada, amostra não fértil. A - Visualização de hifas, objetiva de 10. B- Foto macroscópica em campo 12 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto ressupinado de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 7: Família Corticiacea, A- Visualização de hifas objetiva de 10, B- Foto macroscópica em campo Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, “orelha–de-pau” pequena, com borda apresentando sulco, presença hifas revestindo o exterior, e coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 8: Auricularia nigricans. A- Visualização de hifas, objetiva 40, B- Foto macroscópica em campo 13 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, “orelha-de-pau” relativamente grande, hifas esbranquiçadas revestindo o exterior, e coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 9: Auricularea. A- Foto macroscópica em campo Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, cogumelo pequeno, e coloração marron- acinzentado. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre o solo. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 10: CF Poliporus. A- Visualização de hifas objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. A 14 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto de coloração preta, com superfície lisa. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014.Figura 11: Annulohypoxylon. A- Visualização de esporo, objetiva de 100, B- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, cotonoso, e coloração amarelada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 12: Corticiceae. A- Visualização de hifas, objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. 15 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, ressupinado, pulvurulento e coloração acinzentado. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 13: Corticiceae. A- Visualização de hifas objetiva de 10, B- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto, flabelado, margem granulada, e coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 14: Annulohypoxylon sp1. A, B, C Foto macroscópica em campo. 16 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, “orelha-de-pau” pequena, com margem granulada, e coloração amarronzada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 15: Schizophyllum commune. A- visualização de hifas objetiva de 10, B- Foto macroscópica em campo, vista costal, C- Foto macroscópica em campo, vista frontal . Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, “orelha-de-pau” cotonoso, margem granulada, flabelado, e coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 16: Schizophyllum umbrinum. A- Visualização de Hifas objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. 17 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, flabelado, margem granulada, e coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 17: Geastrum. A- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto, superfície lisa, e coloração preta. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 18: Annulohypoxylon sp. A- visualização de hifas objetiva de 10, B- foto macroscopica em campo. 18 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Indeterminado, ressupinado de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre de árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 19: Annulohypoxylon. A, B- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, flabelado, margem lisa e coloração marron. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 20: Fuscorporia callimorpha. A- visualização de hifas objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. 19 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, revestido com hifas brancas no seu exterior, tamanho intermediário, e coloração morron-acinzentado. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 21: Auricularia. A- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, ressupinado, poroso, margem irregular e de coloração amarelada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 22: Polyporaceae sp3. A- visualização de esporos objetiva 10, B- Foto macroscópica em campo. 20 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto, superfície lisa e de coloração preta. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 23: Annulohypoxylon. A- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Indeterminado, algodonoso e de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 24: Morfotipo; branco, cotonoso. A- Visualização de hifas objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. 21 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Indeterminado, cotonoso e de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 25: Morfotipo; branco ,cotonoso, não possue caracteristicas suficientes para identificação. A- Visualização de hifas, objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto, superfície granulosa e de coloração preta. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 26: Annulohypoxilo., A- visualização de hifas objetiva de 10, B- foto macroscópica em campo. 22 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Indeterminado, ressupinado e de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 27: Branco, ressupinado, algodonoso. A- Foto macroscópica em laboratório. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Ascomiceto, superfície lisa e de coloração preta. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre árvores. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 28: Annulohypoxylon. A- Foto macroscópica em campo. 23 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Basidiomiceto, cogumelo de margem granulada e de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre pedaço de árvore morta. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 29: Poliporos. A- Visualização de hifas objetiva de 40, B- Foto macroscópica em campo, vista lateral, C- Foto macroscópica em campo, vista frontal. A diversidade de espécies foi avaliada segundo o Índice de Shannon-Wiener (H’) (SHANNON E WEAVER, 1949). Em relação à diversidade fúngica do cerrado do Parque Altamiro de Moura Pacheco em período de seca, verificou-se que houve uma diversidade baixa, pois o H’ registrado foi de 1,91. Segundo Silveira (1998), as mudanças que são impostas ao solo como cultivo, queimadas, e processos de degradações erosivas contribuem para que haja uma modificação da composição de espécies. Como encontrado por Freitas, Tessarolo e Xavier-Santos (2007),a frequência dos fungos foi bastante influenciada pelo clima da área estudada como demonstrado na Figura 30, no qual o período da seca fez com que o local não favorecesse as condições adequadas para estes organismos e, assim, não fosse possível encontrar uma diversidade micológica significativa. Isso pode ser explicado pelo fato de que os fungos se desenvolvem melhor em ambientes úmidos e sombreados. 24 Figura 30 - Frequências das famílias de fungos encontradas no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. A maior frequência de Xylariaceae pode ser corroborada pelo fato de que esses fungos são frequentemente encontrados como decompositores em árvores mortas, fato observado por Souza et al. (2004). A recente passagem do fogo pelo local propiciou um ambiente favorável para tal família, pois as árvores mortas serviram de substrato para que as espécies xiliariáceas se desenvolvessem. Corroborando com o trabalho de Freitas, Tessarolo e Xavier-Santos (2007), no qual Schizophyllaceae foi encontrada em baixa frequência em diferentes fitofisionomias do cerrado, caracterizada como nova ocorrência no estado de Goiás, no PEAMP também foi encontrada baixa frequência desta família. Assim, a baixa diversidade desta família é esperada em trabalhos sobre a micobiota no cerrado. A análise das câmaras úmidas revelou que das 36 amostras apenas em sete houve a ocorrência de mixomicetos ( Figuras 31 a 36) sendo três em fragmentos de madeira e quatro em amostras de folhas, corroborando com o trabalho de Mobim e Cavalcanti (2000), que verificou uma predominância de mixomicetos em folhas da 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% Fr e q u ân ci a % Famílias FREQUÊNCIA (%) 25 serrapilheira, mostrando que esses organismos possuem preferência por este microhábitat em relação aos troncos. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Mixomiceto de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. Figura 31 - Mixomiceto (Arcyria cinerea) crescendo em pedaços de madeira após 10 dias de incubação, aumento 25 x. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Mixomiceto de coloração preta. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014. 26 Figura 32 - Mixomiceto (indeterminado) crescendo em folhas após 10 dias de incubação, aumento 25 x. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Mixomiceto de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014 Figura 33 - Mixomiceto (indeterminado) crescendo em folhas após 14 dias de incubação, aumento 25 x. 27 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Plasmódio de Mixomiceto de coloração incolor/pequenas partes esbranquiçado. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014 Figura 34 - Plasmódio se desenvolvendo em folhas após 14 dias umidade incubação, aumento 25x. Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Mixobactéria de coloração amarelada. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014 Figura 35 – Mixobactéria (setas) se desenvolvendo em folhas após 10 dias umidade incubação, aumento 25x 28 Descrição do Material Coletado: Goiás , Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP): Mixomiceto de coloração branca. Coletado em mata seca (remanescente do Cerrado) sobre cascas de árvores mortas. Coletor: ALMEIDA, T.C. et al., em 08/VIII/2014 Figura 36: Mixomiceto (indeterminado) crescendo em pequenos pedaços de madeira em 14 dias de câmara úmida, aumento 25x. 4 Considerações Finais A riqueza da micobiota observada no PEAMP foi de oito famílias identificadas e 5 espécimes morfotipadas. A família com maior frequencia foi Xylariaceae e a menos frequente foi Schizophyllaceae. Como esperado, a diversidade fúngica foi baixa, o que pode ser explicado pelo fato da coleta ter sido realizada na temporada da seca e depois da passagem de fogo no local. A maioria dos espécimes foram coletados sobre troncos de árvores, indicando que o ambiente afetou na distribuição e diversidade dos fungos. Nas amostras de serrapilheira, a diversidade da mixobiota foi ainda menor, e verificou-se uma ligeira preferência de mixomicetos em folhedos do que em troncos de árvores, resultado que pode ainda ser confirmados com novos estudos na área que permitissem a coleta de novos dados amostrais em outras épocas do ano. 29 O trabalho realizado se mostra de grande importância no sentido de descrever a micobiota do PEAMP e também ao analisar aspectos envolvidos na diversidade fúngica, tais como a queimada, por exemplo, podendo auxiliar até mesmo em estudos futuros sobre fungos envolvidos em processos sucessionais após perturbações ambientais. 5 Referências Bibliográficas BRAGA-NETO, R. Guia de Morfoespécies de Fungos de Liteira da Reserva Ducke. Programa de Pesquisa em Biodiversidade. 2006. CABI Bioscience, CBS & Landcare Research. 2008. Index Fungorum. 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