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SEAMA CURSO DE FISIOTERAPIA ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA I FRATURA DE PUNHO ANATOMIA: O esqueleto do Punho e Mão é formado pelo rádio, ulna e pelos 27 ossos da mão. Os ossos da mão são divididas em 3 partes: * Falanges (14); * Metacarpo (5). • Carpo (punho) que é composto de 8 ossos e se divide em duas fileiras: - Distal: trapézio, trapezóide, capitato e unciforme (hamato); - Proximal – escafoide, semilunar, piramidal e psiforme.) Ocorre como conseqüência de quedas, de golpe com punho ou de uma abdução forçada do polegar. Fraturas de Smiths: também conhecida como fratura de Colles invertida é uma fratura do rádio distal causada por queda sobre punhos fletidos; Fraturas freqüentes: Fratura de Colles - ocorre em queda sobre punho estendido. Fratura com Luxação - ocorre por causa de uma queda com a mão em hiperextensão, deslocando o rádio e a ulna, posteriormente ou póstero- lateralmente Fratura de Colles. Características gerais. A fratura de Colles localiza-se nos últimos 5 cm da extremidade distal do rádio, acompanhada ou não de fratura da ulna. Tratamento. O tratamento consiste em reposição fechada da fratura, às vezes sob anestesia, seguida por imobilização em aparelho de gesso ou mediante fixador externo. A retirada da imobilização ocorre após 6 ou 8 semanas, quando se iniciam os exercícios de mobilização articular. Fratura de Bennett: • Intra-articular – fratura de Bennett (fratura-luxação do 1º metacarpo) e Fratura de Rolando (fratura com traço em Y) • Extra-articular – fraturas da diáfise, do colo e da cabeça. Fratura das Falanges: conseqüência de um golpe ou trauma direto, geralmente acompanhado de lesões de partes moles. Classificação – como fraturas da falange proximal, média e distal. AVALIAÇÃO: - Avaliação do Edema; - Avaliação articular; - Avaliação Funcional; - Avaliação da força global; - Avaliação da pele. TRATAMENTO Fase de Imobilização: Objetivos: diminuir dor e edema. - Exercícios ativos dos dedos (melhorar retorno venoso); - Massagem nos dedos não imobilizados e no dorso da mão. Obs: Manter mão em posição elevada. Fase Pós-Imobilização: Objetivos: - Diminuir dor; - Diminuir edema; - Aumentar mobilidade articular. - Crioterapia; - Massagem com gelo; - Movimentos Rotatórios; - Banho Galvânico como analgésico e antiinflamatório; - Mobilização passiva e ativa de todas as articulações. Fase de Recuperação Funcional: Objetivos: - Diminuir dor; - Diminuir edema; - Aumentar mobilidade; - Ganho de força muscular; - Evitar aderências cicatriciais - Termoterapia por condução (banho de parafina); - Termoterapia por conversão (microondas, ondas curtas); - Exercícios contra resistência manual ou faixa elástica; - Massa de modelar; Para aderências: - Massagem; - Ultra-som (subaquática) REFERÊNCIAS MALONE, Terry. FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E MEDICINA NO ESPORTE. 3 ª edc. Ed. Santos. São Paulo, 2002. GABRIEL, Maria R. Serra. FISIOTERAPIA EM TRAUMATOLOGIA ORTOPEDIA E REUMATOLOGIA. Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 2001. Fratura do osso escafóide. Características gerais. Trata-se muitas vezes de uma fratura do tipo transversal que dificilmente é identificada nos primeiros exames radiográficos. O mecanismo de lesão envolve um trauma direto como uma queda com a mão espalmada estando o punho em extensão e o antebraço em supinação. A presença de dor e edema na tabaqueira anatômica são sinais sugestivos de fratura mesmo na ausência de sinais radiológicos imediatos. É indicado repetir a rotina radiológica após duas semanas, caso diante dos sintomas clínicos a radiografia seja normal. Diagnóstico. • Pseudoartrose: O risco de pseudoartrose aumenta quando a fratura do osso escafóide é erroneamente diagnosticada como entorse do punho ou quando deixa de ser imobilizada • Retardo na consolidação / Necrose avascular do fragmento proximal: O suprimento inadequado do fragmento proximal decorrente de ruptura dos vasos nutrientes resulta em cicatrização lenta e incidência de pseudoartrose, necrose isquêmica e alterações degenerativas. Complicações. • Osteoartrose: Ocorre devido a grande incidência de consolidação viciosa ou necrose avascular, caracterizando-se por dor e limitação de movimento do punho. A radiografia evidencia diminuição do espaço articular e presença de osteófitos. O tratamento da fratura sem desvio do osso escafóide exige imobilização gessada que deve estender-se até a articulação interfalangiana do polegar. Em caso de fratura com desvio, o tratamento é a redução cirúrgica e a fixação com parafuso. A consolidação da fratura do osso escafóide leva tipicamente entre 9 e 12 semanas, podendo haver indicação de enxerto ósseo caso a imobilização prolongada não leve à consolidação. Tratamento. Fratura dos ossos metacarpianos e falanges. Características gerais. O mecanismo de lesão da fratura dos ossos metacarpianos e falanges envolve um golpe direto /força de torção ou esmagamento. As manifestações clínicas comuns são dor, instabilidade, sensibilidade local, tumefação, deformidade e limitação de movimento. O tratamento desse tipo de fratura envolve, quando possível, a reposição fechada. A redução cirúrgica é obtida com fixação mediante placas ou fios de Kirschner. Tratamento cirúrgico.
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