Buscar

Fisioterapia Desportiva 03

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de Fisioterapia 
 Desportiva 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 1. LESÕES E TRATAMENTOS DO QUADRIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em razão à sua localização, seu desenho e à sua função, a articulação do 
quadril transmite cargas verdadeiramente altas, com propriedades elásticas e 
compressivas. 
Elas podem atingir até oito vezes o peso do corpo, o que foi demonstrado 
nesta articulação durante uma corrida, com cargas bem maiores durante uma 
competição atlética. Felizmente, sob condições normais, as estruturas anatômicas 
do quadril envolvidas neste exemplo são totalmente adaptadas para dissipar estas 
forças. 
Além de fornecer estabilidade, esta junta permite um grau muito elevado de 
mobilidade. Desta maneira, atividades que envolvam o quadril, deverão estabelecer 
um equilíbrio fino, entre a mobilidade e a estabilidade. Qualquer desequilíbrio entre 
estas duas variáveis poderá deixar a articulação e os tecidos periarticulares, 
propensos a lesões, bem como ocorrer síndromes impactantes ou disfunções 
articulares. 
Visto que a articulação do quadril também é uma fonte comum de sintomas 
 
 
 
 
 
61 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
referidos de outras regiões, seu exame não deverá ser realizado de forma isolada; 
pois, além disso, sempre estará envolvida uma avaliação complementar da coluna 
lombar, da pelve e do joelho. 
As lesões no quadril, pelve e região inguinal são muito frequentes no 
esporte, acredita-se que a incidência dessas lesões seja superior à relatada na 
literatura. O diagnóstico é difícil, pois os sinais e sintomas clínicos não são usuais, 
além disto, requerer um grande conhecimento da anatomia local e de suas 
patologias. 
As lesões esportivas mais comuns nessa região são as contusões, lesões 
musculotendinosas (principalmente de adutores e iliopsoas), lesões na articulação 
sacroilíaca, lesões osteocondrais e osteíte púbica (pubalgia). Outras lesões que 
podem ocorrer no atleta, porém menos comuns, são lesões do lábio acetabular 
(quadril) e fraturas por estresse ou por avulsão. 
As disfunções na articulação sacroilíaca merecem destaque, por serem 
comuns aos ciclistas e atletas corredores e saltadores, é muitas vezes a causa das 
dores lombares que acometem esses atletas. Essas disfunções ocorrem em razão a 
alterações biomecânicas (má posturas), traumas repetitivos indiretos ou trauma 
direto (como cair em pé sobre uma perna só). 
Muitas vezes, a lesão da sacroilíaca pode estar relacionada com algumas 
destas patologias citadas acima, pois a pelve, o quadril e a coluna lombar são 
interligados e não podem ser vistas como estruturas separadas, e sim como partes 
de um todo. 
As dores decorrentes desta disfunção podem ser bem localizadas (bem 
acima dos glúteos, afastada da coluna cerca de 2 a 3 dedos) ou na região lombar. 
Irradiam-se tipicamente, para a região posterior da coxa (podendo ser confundida 
com a dor isquiática), para a região do quadril e da virilha. É comumente confundida 
também com hérnia ou protrusão discal, distensão muscular, tendinites e bursites. 
Segue algumas situações em que podemos exemplificar a dor do atleta: 
durante a atividade, principalmente durante o impacto do pé no chão; dor e 
dificuldade de cruzar as pernas, ao colocar o tênis; ele pode relatar ter a sensação 
de ter uma perna mais curta que a outra; queixa de dor e\ou estalido ao entrar e sair 
 
 
 
 
 
62 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
do carro, ou quando senta e levanta da cadeira. 
O diagnóstico é difícil de ser fechado, muitas vezes, o atleta já passou por 
vários médicos, e obteve diagnósticos diferentes, sem de fato descobrir a origem de 
sua dor, que pode vir até ser incapacitante. 
 
 
1.1 - PUBALGIA 
 
A pubalgia foi inicialmente descrita na literatura Inglesa em 1924 por Beer, 
em um paciente pós-operatório de cirurgia suprapúbica. Em que primeiramente era 
considerada como uma complicação pós-operatória de procedimentos urológicos; 
depois foi descrita após traumas, atividades atléticas, gravidez e também foi 
associada às desordens reumatológicas. Atualmente, segundo Andrews e Carek 
(1998) a pubalgia é considerada uma desordem inflamatória comum na sínfise 
púbica, sendo uma inflamação autolimitante secundária a um trauma, cirurgia 
pélvica, parto ou uso excessivo, e que pode ser encontrada em qualquer pessoa. 
Em atletas a pubalgia crônica é uma lesão de esforço repetitivo causada 
pelo excesso de uso no esporte (overuse), sendo observada em várias modalidades 
desportivas, mas ocorrendo com maior frequência em jogadores de futebol. Estes 
atletas são submetidos a um grande número de jogos e treinos, não havendo muitas 
vezes um tempo necessário para o repouso ou para um programa adequado de 
exercícios de alongamentos, o que predispõe o seu aparecimento. Desta maneira, A 
falta ou a inadequada execução de alongamento da musculatura responsável pela 
síndrome dolorosa (adutora da coxa: principalmente o músculo adutor longo), 
somado ao excesso de exercícios abdominais que esses atletas realizam, podem 
causar desequilíbrio muscular na sínfise púbica e consequentemente o surgimento 
da pubalgia. 
A pubalgia em sua forma crônica manifesta-se por uma dor bem localizada 
na sínfise púbica, geralmente associada a uma prática desportiva intensa podendo 
irradiar-se para a face medial da coxa. É possível ocorrer ainda dor na inserção dos 
retos abdominais. 
 
 
 
 
 
63 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
O diagnóstico clínico pode ser demorado em virtude ao grande número de 
patologias que acometem a região do quadril, o que pode mascarar os sintomas da 
pubalgia e retardar o diagnóstico preciso e consequentemente o tratamento. 
Confirmado o diagnóstico, o tratamento fisioterapêutico inicia-se após 
completa avaliação do paciente para que sejam detectados os desequilíbrios 
musculoesqueléticos e a partir daí se elaborar um programa adequado de 
tratamento. 
 
 
TRATAMENTO 
 
De acordo com Holt et al. (1995), o tratamento mais apropriado para esta 
condição inclui: o afastamento imediato da atividade física, uso de medicamentos 
anti-inflamatórios e alongamentos suaves o mais precoce possível. O tratamento 
ideal é multidisciplinar, em que o médico diagnostica e prescreve os medicamentos; 
o fisioterapeuta elabora um programa adequado de reabilitação e o preparador físico 
atua na perpetuação dos resultados obtidos, sendo que o tratamento preventivo é a 
melhor opção. Assim é dada a maior importância de um programa adequado de 
exercícios de alongamentos suaves e prolongados, antes e depois dos jogos e/ou 
treinos. 
A fase de reabilitação pode ser dividida em aguda; fase de reabilitação, em 
que se inicia o treinamento aeróbio, fortalecimentodos grupos musculares e os 
alongamentos; e por último, a fase de retorno ao esporte, a qual se trabalha a 
propriocepção específica, e dependendo da evolução, o retorno total ao esporte. 
O tratamento clínico inicialmente está baseado no repouso e nas medidas 
para a redução do quadro álgico, sendo que, às vezes, diminuindo a quantidade de 
treinamentos, os sintomas já aliviam, podendo gerar ao atleta uma falsa ideia que 
está curando-se sozinho, o que pode iludir e provocar o seu retorno a atividade 
física, piorando os sintomas. 
O objetivo do tratamento é conseguir recuperar a qualidade de alongamento 
dos músculos encurtados e reforçar seus tendões e pontos de inserção; e o sucesso 
 
 
 
 
 
64 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
do tratamento está na postura prolongada, pois os músculos em tensão durante 
alguns minutos de forma constante, entram em fadiga e abandonam sua tensão 
excessiva, aí a bainha do músculo, a partir deste momento, pode ser alongada e o 
músculo recupera seu comprimento. 
Além da eletrotermofototerapia e hidroterapia, o tratamento vai de encontro à 
reeducação do equilíbrio proprioceptivo muscular por meio de métodos como RPG, 
terapia manual, Isostreching de Busquet, massagens, correção (quando necessário) 
das alterações biomecânicas do atleta e da técnica esportiva e outros. Canavan 
(2001) recomenda inicialmente o alongamento indolor da musculatura adutora, à 
medida que a dor diminui, pode-se adicionar um programa com bicicleta 
estacionária. 
 
 
Programa de alongamentos: 
 
- Postura de cadeia posterior 
Coloca-se o paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores 
elevados, quadril e pés (flexão dorsal) a 90º de flexão, e queixo para dentro. A 
coluna lombar e quadril devem estar bem-assentados e alinhados, joelhos bem-
esticados e, o arco plantar deve ser corrigido pela flexão dos dedos. Esta postura 
deve ser mantida inicialmente durante 5 minutos, progredindo para 10 minutos 
diariamente durante a noite. 
 
- Postura de adutores 
O paciente deve estar sentado, membros inferiores estendidos, braço 
repousando sobre um banco ou mesa e o paciente executa a abdução do membro 
apoiado, inicialmente contralateral à dor. O paciente deve manter a sua postura, bem 
ereta, e regular a tensão dos adutores movendo o joelho para dento ou para fora. A 
postura deverá ser mantida por 3 a 4 minutos de cada lado. 
 
 
 
 
 
 
 
65 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
- Postura dos abdominais 
O paciente deita-se em decúbito dorsal, com os membros inferiores 
esticados e com apoio dos calcanhares, com as mãos atrás da cabeça, em seguida 
eleva o membro cerca de 10 a 15 cm. O paciente mantém a postura o máximo que 
puder. 
Busquet (1985) relata que os exercícios devem ser realizados 
preferencialmente no período da noite ou após os treinos, pois quando realizados de 
manhã, ou antes, dos treinos o atleta irá se cansar. E enquanto persistirem os 
sintomas dolorosos (em razão às fortes retrações), os exercícios deverão ser 
realizados diariamente. Em seguida três vezes por semana e depois duas vezes, 
durante a fase de manutenção. 
 
 
1.2 - LESÕES OSTEOCONDRAIS (OSTEOARTROSES) 
 
Lesões deste tipo ocorrem como resultado de impactações rotacionais, 
causando microfraturas do osso subcondral e deformidades na cartilagem hialina 
suprajacente (figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Fonte: www.milton.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
66 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Desta forma, uma articulação pode sofrer por trauma agudo ou crônico. O 
trauma crônico corresponde a uma atividade repetitiva que excede a capacidade que 
a junta tem de se proteger, por intermédio de seus músculos satélites, cápsula e 
tendões, fazendo com que a cartilagem receba forças excessivas que não está 
preparada para absorver. Há atividades de trabalho e desportivas, principalmente 
em esportes que exige muito de quem os pratica em que o uso repetitivo das juntas 
é habitual, o que podem determinar o dano articular. 
Do mesmo modo, os jogadores de futebol, mesmo aqueles sem história de 
traumatismos significativos, iguais aos corredores, parece que tem maior risco de 
desenvolverem artrose inicialmente nos joelhos, e coxofemoral (quadril) tardiamente. 
Na avaliação do risco que uma pessoa tem de desenvolver doença 
osteocondral no quadril, por esportes, é fundamental levar em consideração as 
condições próprias de sua articulação. Juntas normais podem tolerar exercícios 
prolongados e até vigorosos sem maiores consequências clínicas, mas indivíduos 
que têm fraqueza muscular, anormalidades neurológicas, juntas defeituosas (por 
exemplo, com desvios para dentro ou para fora - valgus ou varus), diferença 
significativa de comprimento dos membros inferiores, alterações articulares 
hereditárias ou congênitas (displasias), etc. 
Nos atletas que praticam exercícios excessivos que sobrecarregam os 
membros inferiores, provavelmente acabam acelerando o desenvolvimento da 
osteocondrite em coxofemorais. 
Deste modo, é importante avaliar a existência das anormalidades 
supracitadas nestes atletas que se dispõe a executar exercícios com sobrecarga, 
com a finalidade de orientá-los, caso elas existam, a desempenharem atividades 
físicas que não forcem as juntas, como esportes aquáticos e ciclismo, por exemplo. 
E ainda podemos considerar que, a nutrição de uma articulação depende de 
sua atividade dentro de limites fisiológicos. Portanto, a atividade funcional de uma 
junta é fundamental para a sua saúde e a inatividade excessiva é um fator 
nitidamente prejudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
67 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
O esporte (exercício) e as lesões Osteocondrais 
 
É importante considerar dois aspectos em relação aos esportes e esta 
condição: primeiro o próprio esporte, como agente causador; e segundo, o exercício 
como terapêutica. 
Quanto à participação dos exercícios no tratamento das lesões 
osteocondrais do quadril, basta acentuar que eles conseguem melhorar o 
desempenho funcional da junta, diminuindo a necessidade do uso de fármacos, 
além de influenciarem sobre o estado geral do paciente, trazendo, inclusive, 
benefícios psicológicos, podendo atuar modificando possíveis fatores de risco na 
progressão da doença. É preciso acentuar, entretanto, que os exercícios devem 
seguir uma estrita avaliação fisioterapêutica, que servirá para indicar o que deve ser 
feito em cada caso. Não se devem fazer simplesmente exercícios, e sim os 
exercícios adequados e que deverão ser corretamente executados. 
 
Seguem algumas dicas da fisioterapia ao atleta-paciente: 
 
Cada caso requer atenção personalizada do fisioterapeuta; 
Respeite as dificuldades do paciente e diminua a intensidade em caso de 
dor; 
Comece devagar e aumente os exercícios gradativamente. 
Evite sobrecarregar a articulação afetada, durante o tratamento e 
treinamento; 
Oriente-o quanto a utilização de roupas e calçados apropriados nos 
treinamentos; 
Oriente quanto aos treinamentos com equipamentos adequados e ensine-o 
como utilizá-los; 
Preste atenção na postura do paciente, evitando movimentos que possam 
causar lesões. 
Adaptesuas necessidades às suas preferências. 
 
 
 
 
 
68 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Regularidade é fundamental, a fisioterapia é tão importante, quanto os 
remédios no tratamento. 
 
 
1.3 - DISFUNÇÕES SACROILÍACA 
 
Sempre consideradas como tendo valor clínico insignificante, principalmente 
na rotina clínica da fisioterapia, a pelve e em especial as articulações sacroilíacas 
frequentemente está associada à dor lombar. 
As articulações sacroilíacas, junto com a sínfise púbica, formam um anel 
pélvico, chamado anatomicamente de cíngulo do membro inferior. Adicionando 
ainda a este as articulações coxo-femorais e lombosacrais, temos uma cadeia de 
articulações interligadas umas às outras. Desta maneira, movimentos e forças em 
uma determinada articulação da cadeia afetam as outras, interligando-as na função 
e na disfunção, deste sistema articular. 
Distúrbios da articulação sacroilíaca pode ser um problema que se refere ao 
diagnóstico e tratamento. Como a articulação esta localizada profundamente, é difícil 
fazer uma avaliação de forma apropriada. A anatomia desta articulação é complexa 
e exclusiva, com um compartimento superior, sindesmótico e um compartimento 
inferior sinovial. O osso ilío apresenta uma cartilagem fibrocartilaginosa delgada, e o 
osso sacro é coberto por uma cartilagem hialina mais grossa, o que deixa o lado do 
ílio mais vulnerável. As superfícies da articulação permanecem planas até os vinte 
anos de idade, mas com o tempo há um aumento no número e no tamanho das 
elevações e depressões das superfícies articulares, o que acentua o atrito e a 
estabilidade da articulação. Uma das características principais desta articulação são 
as estruturas ligamentares, que se classificam como as mais fortes do corpo, e se 
localizam anteriormente e posteriormente, contribuindo para sua estabilidade. Na 
articulação e nos ligamentos circundantes existem terminações nervosas capsuladas 
e não capsuladas, fazendo da articulação sacroilíaca uma possível fonte de dor, na 
pelve óssea. A articulação sacroilíaca é responsável pela transmissão de forças do 
tronco para os membros inferiores e, através dos tecidos moles que a envolvem, 
 
 
 
 
 
69 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
permite-se a estabilidade do anel pélvico. Ainda há atualmente controvérsia em 
relação à sua estrutura e função (KAPANDJI, 1990). 
Recentes estudos não encontraram alterações posicionais do sacro em 
relação aos ílios, nos indivíduos sintomáticos (diagnosticados com disfunção 
sacroilíaca) e assintomáticos. O que parece ocorrer, entretanto, são alterações 
posicionais entre um ilíaco em relação ao outro associado à disfunção pélvica. A 
essas alterações chamamos de assimetria pélvica torcional, em que encontramos 
um ílio mais ânterovertido do que o outro (ou mais retrovertido que outro). É fácil de 
perceber que essa torsão, causa estresses nas articulações sacroilíacas (e 
possivelmente, com envolvimento também da sínfise púbica). Acreditamos ser esta a 
causa mais comum e menos diagnosticada da disfunção pélvica. 
Quanto aos esportes que influenciam esta condição, o futsal, é um dos 
principais que apresentam possíveis traumas (diretos e indiretos) ou desequilíbrio 
muscular, o que caracteriza as principais causas da assimetria pélvica desportiva. 
Acredita-se atualmente que a articulação sacroilíaca seja responsável por 
grande parte dos casos de dor lombosacral, talvez em até 40% dos casos. 
 
 
TRATAMENTO 
 
O tratamento da disfunção da articulação sacroilíaca é um assunto 
discutível. As opções de tratamento nesta patologia são: a cirúrgica e a 
conservadora, de preferência com intervenção conjunta da fisioterapia. 
Os osteopatas, os quiropráticos e os terapeutas manuais advogam que o 
uso da manipulação, e mobilização associadas às medicações, bem como um 
programa de fisioterapia de leve à moderada intensidade. Desta maneira a 
fisioterapia está focalizada em um programa de exercícios para corrigir este 
desequilíbrio muscular. O glúteo máximo, o médio e os rotadores externos do quadril 
devem ser os músculos preferencialmente fortalecidos. Os iliopsoas, reto femoral e o 
sartório deverão ser submetidos a um programa de alongamento, com cuidado para 
não alongar em demasia o músculo piriforme, para não esmagar o nervo isquiático. 
 
 
 
 
 
70 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Usa-se a manipulação e a mobilização, na tentativa de restaurar a mecânica 
da articulação. Alguns dos defensores dessas duas modalidades alegam que elas 
diminuem a possibilidade de uma subluxação. Para diminuir esta instabilidade 
podem também ser usados cintos pélvicos, principalmente em atletas-gestantes. 
 
 
1.4 - BURSITE TROCANTÉRICA 
 
É caracterizada por dor sobre a região do trocanter maior do fêmur (figura 2). 
Pode ser acentuada com adução e rotação externa do quadril. Está relacionada ao 
atrito repetitivo do músculo tensor da fáscia lata deslizando sobre o trocanter. A 
baixa elasticidade (alongamento), ou trauma agudo na região do trato iliotibial pode 
contribuir para o surgimento da bursite. 
De início insidioso, a dor aumenta com a abdução resistida ou ativa e 
rotação externa do quadril em razão à inserção do grupo muscular comprometido na 
região do trocanter maior. Durante o exame físico, ocorre dor a palpação profunda 
atrás ou acima do trocanter maior, com aumento da dor quando o paciente deita do 
lado afetado, o que pode irradiar-se para a face lateral da coxa e glúteos. 
Alguns esportes que podem estar envolvidos são: corrida, ciclismo, dança e 
esportes com raquete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Fonte: milton.com.br 
 
 
 
 
 
71 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
TRATAMENTO 
Inicialmente, o tratamento é direcionado para redução da reação inflamatória 
no local, devendo para isso utilizar-se dos seguintes recursos: repouso, gelo, 
ultrassom e em algumas vezes, medicamentos anti-inflamatórios orais (AINES). 
Devemos corrigir os fatores biomecânicos, principalmente os que estão alterando a 
dinâmica normal do movimento, com palmilhas especiais e tênis específicos para 
pisada. Outros recursos fisioterápicos podem ser aplicados dentre os quais podem 
ser destacados: o alongamento dos músculos do tracto íliotibial (principalmente), 
isquiotibiais, quadríceps e os músculos psoas maior e menor, massagem transversa 
com as técnicas de Cyriax, fricção de 5 a 7 minutos aproximadamente na banda íleo-
tibial, em dias alternados por até uma (1) semana. Também não pode deixar de se 
fazer um trabalho de fortalecimento muscular que é importante também para os 
grupos musculares supracitados, como: Tensor da fáscia lata, glúteos, isquitibiais, 
quadríceps e psoas. Trabalho proprioceptivo, usando minitramp, pedalinho, 
balancinho ou outro recurso disponível. Esta etapa restaura as reações sensório-
motoras, fundamentais para recuperação satisfatória da lesão. Em geral o tempo 
de tratamento varia de acordo com o atleta/desportista, podendo compreender um 
período entre três a seis semanas. 
Como já disse, o tratamento conservador parece ser eficaz, entretanto, 
ocasionalmente, o tratamento cirúrgico pode se tornar uma opção mais avaliada, 
casoos sintomas não regridam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
 2. LESÕES E TRATAMENTOS DO JOELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em consequência à sua complexidade a articulação do joelho é considerada 
muito susceptível a possíveis problemas patológicos, em virtude das suas funções e 
localização em uma região dos membros inferiores, que tem como carga natural o 
próprio corpo humano. 
Resultando assim na perda da estabilidade e equilíbrio de sustentação do 
corpo e até mesmo na marcha, como define Smillie (1980). 
Nos esportes coletivos, as lesões na articulação do joelho são comuns, 
dentre as quais se destacam: ligamentares, meniscais e tendinosas, raramente 
ocorrem lesões nos ventres musculares. 
Lesões estas que merecem muita atenção e estudo dos profissionais de 
saúde, e em particular fisioterapeutas, principalmente àqueles que atuam junto ao 
esporte competitivo, uma vez que os esportes coletivos são constituídos, 
essencialmente, tanto de movimentos naturais, quanto pelos gestos específicos 
especializados e diferenciados a cada esporte, estes por sua vez, poderão tornar 
essa articulação ainda mais susceptível a lesões. 
Por outro lado, as lesões agudas podem ser de origens traumáticas ou não-
traumáticas. As traumáticas causadas por violência exterior e, nesse sentido, Lima 
et al. (1985) citam o basquete como um dos esportes mais violentos para a 
articulação do joelho, pois existe uma relação entre uma excessiva repetição de 
 
 
 
 
 
73 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
movimentos de impulsão, saltos com paradas bruscas, exercícios de aquecimento 
insuficiente, além da sua característica mesomórfica e longelínea dos atletas, isto é, 
são indivíduos altos e grandes que acabam lesando principalmente os ligamentos, 
meniscos e tendões da articulação. 
No voleibol, os atletas atualmente apresentam as mesmas características 
antropomórficas que os atletas de basquete, E suas lesões são em razão aos 
movimentos de impulsão, e às pancadas contra o solo (mas principalmente do 
punho e mão contra bola), toda essa atividade com o uso de calçados e 
equipamentos de proteção inapropriada, associada aos exercícios de aquecimento 
insuficientes. 
Entre outros fatores comumente encontrados nas lesões do joelho, os que 
influenciam as lesões especialmente do futebol, como a hiperextensão da 
articulação do joelho no momento de chutar a bola, bem como torções ocasionadas 
por "mau jeito" ou pelo gramado desnivelado (grande risco à articulação do joelho) e, 
principalmente, por traumatismo durante a atividade desportiva. No handebol, as 
lesões do joelho ocorrem principalmente por causa dos giros, saltos para arremesso 
com projeção para frente, com um apoio único no membro inferior. 
Quanto à especificidade das lesões no joelho, podemos encontrar: a 
tendinite do quadríceps, que é muito encontrada em atletas de basquete, vôlei e 
handebol. Outra forma de tendinite é a tendinite de "pata de ganso" ou a tendinite de 
inserção de bíceps crural, que ocorre principalmente no futebol. As causas, segundo 
alguns autores, são ocasionadas pelo emprego errôneo dos movimentos técnicos, 
durante os treinamentos, pela falta de treinamento orientado, pelo estresse físico e 
psicológico, e em particular, pela associação trabalho-força. 
Outra estrutura anatômica, muita danificada pelo esporte no joelho são os 
meniscos, que pode ser de ambos os lados, mas que o menisco medial possui vinte 
vezes mais chances de sofrer lesões. A causa principal consiste na extensão brusca 
da articulação fletida e abduzida, acompanhada de rotação externa da perna e com 
o pé fixo. 
Esse tipo de lesão é comum aos quatro esportes coletivos citados 
anteriormente. 
 
 
 
 
 
74 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Os ligamentos (ligamentos cruzado anterior e posterior e ligamentos 
colateral medial e lateral), como estabilizadores do joelho, estão assim susceptíveis 
a lesões. As causas prováveis destas torções são normalmente ocasionadas por 
giros, ou por desequilíbrios em razão a fatores externos, como o nivelamento do 
terreno onde se pratica o esporte ou por desestabilização (desequilíbrio) muscular 
propriamente dito. 
Todavia, de acordo com o senso comum, o termo: "esporte é saúde", nem 
sempre é verdadeira essa afirmação, pois na maioria alunos/atletas mirins, em fase 
de crescimento e escolar que praticam esporte, não tem acompanhamento médico 
ou fisioterápico e em muitas vezes, nem passam por uma avaliação. Segundo Giglio 
(1993), as crianças sofrem com a falta de uma avaliação física antes da prática 
desportiva. Pois muitas vezes treinadores, professores de educação física e os 
próprios pais submetem as crianças a treinamentos excessivos e exagerados 
visando o “ouro olímpico, o podium, a fama e o sucesso financeiro”, esta sobrecarga 
é chamada de "overuse" (como comentado nos capítulos anteriores), pode provocar 
lesões físicas e psicológicas, algumas vezes irreversíveis nestes atletas-mirins. 
Portanto, há um grande risco que, além de afetar o seu desenvolvimento 
ósseo, o esporte poderá também ocasionar problemas de lesões articulares futuras 
(por estresse acumulativo), em média com dezoito a vinte anos de idade. Nesse 
momento, em que o então atleta-adulto, que deveria estar no seu auge, desiste da 
atividade física em consequência ao treinamento precoce e as inúmeras paradas por 
tratamento e controle de suas lesões. 
 
2.1 - LESÕES LIGAMENTO-MENISCAIS 
 
O joelho é uma articulação que permite movimentos de flexão, extensão e 
alguns graus de rotação. E para sua estabilidade tanto medial, quanto lateral são 
providas por ligamentos mediais e laterais resistentes (os colaterais), enquanto sua 
estabilidade anterior e posterior é provida pelos ligamentos cruzados anterior e 
posteriores. Deste modo os ligamentos são estruturas anatômicas muito vulneráveis, 
a qualquer movimento que force o joelho a mover-se em planos biomecânicos 
 
 
 
 
 
75 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
anormais, e tais lesões são relativamente comuns em esportes que requeiram 
grandes esforços físicos como futebol, lutas marciais, ginástica olímpica, corridas, 
maratonas. Os surfistas, por exemplo, sofrem mais com meniscos e ligamentos 
rompidos em consequência à força aplicada em uma manobra, quando o joelho é 
forçado a um movimento brusco de rotação. No voleibol, os saltos constantes e a 
impulsão vertical provocam lesões na articulação do joelho. Os ciclistas reclamam 
com frequência de dor nos membros inferiores e isso se deve, geralmente, a lesões 
provocadas pela inadequação das dimensões da bicicleta ao corpo do atleta. Além 
destas peculiaridades, as variações anatômicas de quem pedala, a intensidade, a 
forma de treinamento e a duração dos treinos também podem ser responsáveis pelo 
problema. Um ligamento pode ser distendido com possível ruptura de algumas 
fibras, parcialmente, ou até mesmo, completamente rompido. 
Nas rupturas do ligamento medial, como o lado externo do joelho está mais 
exposto, sendo mais frequentemente lesado. É um mecanismo que se resume desta 
forma: um violento trauma sobre o lado lateral, força o joelho que emvalgo, pode 
romper ou distender o ligamento medial. E dependendo da força do trauma podemos 
não só lesar este ligamento, mas também lesar menisco medial, além do ligamento 
cruzado anterior, chamada de tríade infeliz descrita por O`DONOGHUE, 1995 (figura 
1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1-Tríade infeliz. 
Fonte:http://www.vitorcaine.com/patologias/joelho/ligamentoplastia/mecanismolesao.htm 
 
 
 
 
 
 
76 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
TRATAMENTO 
 
Nas rupturas ligamentares parciais o único tratamento necessário é a 
aspiração da hemartrose e a imobilização do joelho estendido por seis semanas, em 
que o indivíduo será forçado a realizar exercícios isométricos do quadríceps (figura 
2). Porém, nas rupturas completas do ligamento medial (em especial às ligadas ao 
ligamento cruzado anterior), a articulação do joelho está instável, sendo preciso em 
jovens e atletas à intervenção cirúrgica imediata da articulação, fazendo o reparo 
cirúrgico do ligamento rompido e da cápsula se houver necessidade, e após a 
cirurgia imobilização do joelho por seis semanas, seguido do mesmo tratamento das 
rupturas parciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-78522008000100006&script=sci_arttext 
 
 
 
 
 
 
77 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Nas rupturas do ligamento lateral, que são menos frequentes que as lesões 
mediais, uma complicação única das rupturas do ligamento lateral é a lesão por 
tração do nervo fibular comum, que pode ser irrecuperável. Nesses casos o 
tratamento indicado é o mesmo que nas lesões de ruptura parcial e total dos 
ligamentos mediais. Nas rupturas dos ligamentos cruzados, os mesmos podem ser 
rompidos em associação as lesões dos ligamentos, medial e lateral, mas podem 
também ocorrer lesões isoladas do ligamento cruzado. Assim a tíbia é dirigida para 
frente em relação ao fêmur ou vice-versa ou até mesmo quando a articulação é 
hiperestendida, o ligamento cruzado anterior pode ser rompido (podemos fazer o 
teste de gaveta (figura 3) anterior para confirmar a instabilidade do joelho). O 
mecanismo reverso da lesão pode trazer uma lesão do cruzado posterior (fazer o 
teste de gaveta posterior, para confirmar instabilidade do joelho). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-78522008000100006&script=sci_arttext 
 
 
Como o reparo cirúrgico é um tratamento agressivo e de reconstituição lenta, 
a forma mais razoável de tratamento para não-atletas é a imobilização do joelho em 
cilíndro gessado, o indivíduo pode caminhar com o aparelho gessado após seis 
semanas e realizar exercícios isométricos do quadríceps. Em atletas ativos que 
exigem boa estabilidade do joelho, métodos de reparação intra e extra-articular são 
os de escolha. A complicação mais desagradável especialmente em atletas é a 
Figura 3 
 
 
 
 
 
78 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
instabilidade residual da articulação do joelho, o que deve ser reparado com 
exercícios proprioceptivos (figuras 4). Exercícios ativos, preferencialmente com 
cargas são os indicados, e auxiliam a desenvolver a força dos músculos 
(particularmente do quadríceps e os isquiotibiais; figuras 5). A reparação tardia pode 
necessitar de reparações cirúrgicas reconstrutivas, o que praticamente condena o 
atleta das suas atividades esportivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras 4 - Fonte: 
http://www.vitorcaine.com/patologias/joelho/ligamentoplastia/mecanismolesao.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Fonte: http://www.vitorcaine.com/patologias/joelho/ligamentoplastia/mecanismolesao.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
2.2 - LESÕES OSTEOCONDRAIS 
 
Não são todas às vezes, mas muitos treinadores, professores de educação 
física e os próprios pais submetem os atletas-mirins a treinamentos excessivos e 
exagerados, visando um podium, fama e até o sucesso financeiro. Esta sobrecarga 
chamada de "overuse" (como foi dito anteriormente) pode provocar lesões físicas e 
psicológicas nestes “atletas”. 
Entretanto, o esporte quando bem-orientado e dosado pode contribuir de 
forma determinante para o desenvolvimento bio-psico-social da criança melhorando 
sua capacidade motora, autoestima e confiança. O esporte é recomendado para 
crianças, como uma atividade lúdica, sem excessos de competições ou cobrança de 
resultados, apenas uma grande brincadeira. 
Contudo, atletas e não-atletas de ambos os sexos e de todas as idades 
estão sujeitos a lesões osteocondrais, que podem ter causa congênita ou em virtude 
de traumas. Assim, com a evolução da tecnologia médico-esportiva, têm se elevado 
os percentuais de cura dos problemas de joelho em cerca de 90% dos casos. E ao 
contrário do que muitos imaginam, as lesões de joelho são bastante comuns e não 
são provocadas apenas por traumas, podem também ter origem congênita. Além 
disso, não são apenas os atletas profissionais ou amadores que correm o risco de 
adquirir uma lesão no joelho, os não-atletas também desenvolvem problemas 
variados na articulação. “Por exemplo, cerca de 30% das crianças com idade a partir 
de três anos apresentam alguma deformidade de joelho, cuja principal causa é a 
genética. Ou seja, são hereditários” (Grava, 2008). 
A doença de Osgood-Schlatter (figura 6) trata-se de uma enfermidade que 
atinge a tíbia, provocando dor e aumento de volume no local, atingindo a criança na 
faixa etária entre 10 e 14 anos. Essa enfermidade é provocada pela atividade 
esportiva que exige saltos constantes como: basquete, vôlei, futebol, atletismo, 
ginástica rítmica, etc. Tendo prognóstico favorável a doença de Osgood-Schlatter, 
normalmente as dores cessam dentro de um ano, mas podem persistir por dois ou 
três anos ou até a placa epifisária tibial superior se fechar. O tratamento, 
 
 
 
 
 
80 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
inicialmente, é fisioterápico, persistindo alguma sequela deve-se optar por 
tratamento cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 - Fonte: www.zadeh.co.uk/.../osgood-schlatter_1.jpg 
 
 
 
 
 
Figura 6 - Fonte: www.nlm.nih.gov/.../ency/fullsize/17240.jpg 
 
A condromalácia patelar (figura 7) pode ser caracterizada pela degeneração 
da cartilagem articular causada pelo seu amolecimento. Este amolecimento inicial 
muitas vezes progride até a formação de fissuras, ulceração e artrose. A 
condromalacia pode ser classificada como fechada ou aberta. 
 
 
 
 
 
81 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Fonte: www.grupodojoelho.com.br/wander/patela/fig1.jpg 
 
 
A condromalácia fechada é uma lesão frequentemente encontrada e 
consiste de amolecimento simples da cartilagem articular e tem início em uma área 
muito localizada, onde se estende progressivamente, em todas as direções.A 
primeira manifestação pode ser a de uma pequena vesícula, sendo que 
macroscopicamente a superfície mostra-se intacta. Aparentemente esta é a lesão 
fundamental e inicial da degeneração da cartilagem articular. A perda de elasticidade 
que este amolecimento representa diminui a capacidade funcional da cartilagem e 
explica a reação do osso subcondral adjacente, aos quais as forças de compressão 
são transferidas anormalmente. 
 
 
 
 
 
82 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Fonte: www.cto.med.br/cirurgia_joelho/Condromalacia.jpg 
 
 
A condromalácia aberta é representada pelas fissuras e ulceração. As 
fissuras podem ser múltiplas ou simples, relativamente superficiais ou profundas até 
chegar ao osso subcondral. Elas são quase sempre associadas a amolecimento 
adjacente e representam o segundo estágio da condrose. Uma vez que a camada 
superficial tenha sido interrompida, a lesão cartilaginosa será irreversível, já que as 
lesões de superfície não cicatrizam. 
O quadro clínico que se segue, podemos encontrar: dor peripatelar e intra-
articular em região-súpero-lateral; dor constante ao subir e descer escadas; 
sensações de crepitação (estalidos) aos movimentos do joelho; sensação de falseio 
em razão à instabilidade patelo-femoral, provocada pelo desequilíbrio muscular; 
 
 
 
 
 
83 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
bloqueio mecânico; pressão intra-articular; músculo vasto lateral encurtado e tenso; 
hipotrofia de vasto medial. 
Seus mecanismos de lesão são múltiplos e variados, mas na maioria dos 
casos se dá por um desequilíbrio muscular do quadríceps femoral, ou seja, 
mecanismos que levam a condromalácia patelar por um mau funcionamento do 
mecanismo extensor do joelho. 
 
 
TRATAMENTO 
 
Na fase inicial busca-se como objetivo principal a diminuição do quadro 
álgico do paciente e a melhora na amplitude de movimento que está diminuída em 
razão à dor. Desta forma podem-se incluir na conduta a crioterapia, eletroterapia 
(laser e U.S.), mobilizações (ativa e passiva). Numa fase intermediária, a 
hidroterapia é incorporada à cinesioterapia (fortalecimento do músculo vasto medial, 
figura 9). Finalizando o tratamento com alongamentos, relaxamentos, além de 
exercícios de propriocepção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9 
 
----------------------- FIM DO MÓDULO III --------------------

Continue navegando