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Direito Administrativo

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Direito Administrativo
Celso Spitzcovsky
Caio Bartine
O particular sempre atua em nome próprio, contrariamente da administração pública que sempre representará interesses da coletividade. Por isso que as regras do Direito Administrativo são diferentes do direito privado
Toda vez que administração editar um ato se afastando do objetivo único desta finalidade, ela pratica desvio de finalidade que se apresenta como uma forma de ilegalidade. 
Único tipo de controle que o judiciário poderá fazer dos atos da administração é o controle de legalidade, ou seja, o judiciário só poderá rever atos tomados pela administração se forem ilegais. 
Princípios do Direito Administrativo
Objetivo
Buscam a preservação do interesse público. 
Destinatários
São destinatários desses princípios todos aqueles que se encontram dentro da administração pública. 
Localização – art. 37 da CF
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Princípios presentes no art. 37 
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência 
Natureza
Esses princípios presentes no art. 37 são meramente exemplificativos, ou seja, um elenco de princípios que comporta ampliação. Assim sua natureza é exemplificativa. 
Espécies 
Principio da Legalidade
A administração só pode editar atos em respeito à lei. 
Constituição Federal
Normas Infraconstitucionais
Atos Administrativos
Atos Administrativos se apresentam como atos infralegais, ou seja, estão abaixo da lei, assim a administração pública só poderá edita-los se houver lei anterior disciplinando a matéria. E se a administração editar um ato contrario a lei, esse será ilegal. 
Toda atividade administrativa é subordinada a lei. 
Principio da Impessoalidade
Proíbe que a administração estabeleça discriminações gratuitas. Descriminar uma pessoa significa trata-la diferentemente das demais. 
Desvio de finalidade se apresenta como uma forma de ilegalidade. 
Segundo art. 37, §1º o administrador é obrigado a fazer propaganda dos seus atos de governo, para conhecimento público. Dentro dessa propaganda não podem constar nomes; imagens e símbolos que representem promoção pessoal do administrador. Assim a propaganda dos atos de governo deve ser IMPESSOAL. 
Principio da Moralidade
Moralidade Administrativa, que é totalmente diferente da moralidade particular. Assim essa moralidade administrativa é intimamente ligada à preservação do interesse público. 
Ato Imoral é sinônimo de ato inconstitucional, e assim poderá ser levada a apreciação do poder judiciário. 
Existe uma espécie qualificada de imoralidade a qual se da o nome de improbidade administrativa. Porque improbidade surge como sinônimo de desonestidade administrativa. 
A moralidade administrativa é uma espécie de imoralidade qualificada pela presença do dolo, o dolo surge como elemento comum a todos os atos de improbidade. 
Princípio da Publicidade
A administração é obrigada a dar transparência em relação a todos os seus atos e a todas as informações armazenadas nos seus bancos de dados. 
Art. 5º XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Essas informações devem ser prestadas no prazo estabelecido em lei, segundo a lei 12527/11 – Lei de Acesso a Informações Públicas. 
Art. 10.  Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. 
Art. 11.  O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 
Segundo o art. 10, qualquer interessado pode pedir essas informações à administração pública. 
Segundo o art. 11, essas informações devem ser apresentadas de imediato. Porem se administração pedida for de difícil acesso, excepcionalmente abriu-se um prazo de 20 dias. 
Segundo art. 37, XI ninguém poderá receber mais que um ministro do Supremo. 
Principio da Eficiência
Por esse principio a administração para preservar o interesse público, a administração é obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos seus serviços com controle de gastos. 
Exemplos: 
Eficiência para contratar pessoas seria através de um concurso público, buscando selecionar os candidatos mais eficientes, para o cargo a ser ocupado. 
Eficiência para contratar serviços seria através de licitação, os interessados a contratar com a administração apresentarão propostas, e somente a melhor proposta será escolhida.
Eficiência para pagamento de pessoal, o administrador público possui um teto para pagamento, que não pode ser superior ao recebido por um ministro do STF. 
Bens Públicos
Definição
Bens públicos são todos aqueles que se encontram no patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, considerando-se particulares todos os demais. 
Regime Jurídico dos Bens
O regime jurídico desses bens aponta para três regras diferentes:
Inalienabilidade 
Significa que bens públicos não podem ser alienados. 
Quando se pretende alienar bens públicos deve observar requisitos:
Deve haver o interesse público – se não ocorrer haverá desvio de finalidade; 
Deve ter a abertura de uma Licitação. 
Imprescritibilidade – arts. 183, §3º e 191, paragrafo único da CF. 
Bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião. Independente de estarem eles na área urbana ou na área rural. 
Impenhorabilidade
Bens públicos não podem ser penhorados, ou seja, não podem ser dados como garantia de obrigações que o poder público contraiu junto a terceiros. 
Exceção: quando a penhora não implicar e prejuízo da prestação de um serviço público. 
Classificação de Bens Públicos
A principal classificação leva em consideração a Destinação/ Afetação dos bens públicos:
Bens de Uso Comum
São aqueles destinados ao uso de toda a população. Este uso pode ser gratuito ou oneroso. Gratuito = circulação das ruas da cidade; Oneroso = circulação pelas estradas. 
Bens de Uso Especial
São aqueles que apresentam uma destinação especifica. Este uso poderá ser gratuito ou oneroso. Como exemplo repartições públicas como o fórum, rodoviárias, bibliotecas, aeroportos, escolas públicas que o uso é gratuito. 
Bens Dominicais 
São aqueles que não possuem nenhuma destinação, as chamadas terras devolutas. 
Transferência do seu Uso para Particulares
Autorização 
Um ato administrativo unilateral discricionário e precário, pelo qual se transfere o uso de bens públicos para particulares. No Interesse Predominante deles. 
Discricionário, pois a administração fara um juízo de valores para concessão a autorização, e precário, pois pode a administração desfazer a autorização a qualquer momento, sem o pagamento de indenização. 
Exemplo: fechamento de uma rua, por um dia. 
Permissão 
Ato administrativo unilateral discricionário e precário pelo qual se transfere o uso de bens públicos para particulares, no interesse predominante da coletividade. 
Como exemplo a colocação de mesa e cadeiras em frente a bares e restaurantes. 
Concessão de Uso 
Um contrato administrativo através do qual se transfere por prazo determinado o uso de bens públicos para particulares, por prazo determinado. 
Como é um contrato, assim possui dupla manifestação de vontade, e com prazo para cumprimento, que se desfeito a qualquer momento acarreta indenização ao particular. 
Como exemplo: construção de um comércio no aeroporto. 
04/04/13
PODERES ADMINISTRATIVOS
Poderes da Administração
São instrumentos que o ordenamento jurídico confere a administração para a preservação dos interesses da coletividade. Toda vez que alguém for atingidopelo abuso de poder, poderá levar ao poder judiciário (controle de legalidade).
Poder Vinculado: 
É aquele que o administrador encontra diante de situações que comportam solução única prevista em lei, não existindo possibilidade para que se faça um juízo de valores de conveniência e oportunidades Ex: Aposentadoria Compulsória de um Servidor (70 anos);
Poder Discricionário
É aquele que o administrador não se encontra diante de situações que comportam solução única prevista em lei. Existindo espaço para um juízo de valores de conveniência e oportunidade.
Poder Hierárquico
Poder conferido a administração para fixar os campos de competência das figuras que integram a sua estrutura.
Poder Disciplinar
É aquele poder conferido à administração para a aplicação de sanções aos seus servidores. Ex: Advertência, suspensão, demissão – Essa no campo da administração. As sanções só irão incidir sobre o servidor quando praticar irregularidades ligadas ao cargo. O servidor tem direito a abertura de uma sindicância, ou processo disciplinar em que lhe assegure o contraditório e ampla defesa (art. 5, LV CF), mesmo na hipótese de flagrante do servidor. No processo disciplinar o servidor tem direito a defesa técnica, Sumula Vinculante 5 do STF. 
Súmula Vinculante nº. 5. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição
Servidor demitido de forma ilegal e absolvido pelo judiciário, a reintegração ao cargo vai depender da forma como o judiciário absolveu, se for absolvido por falta de provas não terá direito a reintegração, quando o judiciário absolver com analise de mérito em que o judiciário conclua ou pela inexistência do ilícito, ou pela inexistência de autoria pelo servidor, nessa solução terá que fazer a reintegração;
Poder Normativo
 É o poder conferido a administração para a publicação de decretos de regulamentos. Competência para publicar decretos e regulamentos pertence ao chefe do poder executivo. A finalidade de editar decretos e regulamentos para oferecer fiel execução à lei. (art.84, IV final da CF);
Poder de Policia
Poder conferido ao administrador para limitar, restringir, disciplinar, o exercício de direitos dos particulares para a preservação dos interesses da coletividade. Tem a supremacia do direito público sobre o particular é o fundamento para este poder.
Atos Administrativos
São todos aqueles editados pela administração debaixo de regras de Direitos Público para a preservação dos interesses da coletividade.
Atributos
• Presunção de legitimidade: Os atos administrativos presumem legítimos desde a sua edição;
• Imperatividade: Os atos administrativos ao serem editados, devem ter cumprimento obrigatório, sobre pena de sanção;
• Auto executoriedade: A administração pode executar sozinhos seus próprios atos, ou seja, não precisa de autorização judicial;
• Tipicidade: para cada situação concreta apresentada deve corresponder um ato típico especifico.
Requisitos de Validade do ato
• Competência;
• Forma;
• Objeto - Licito;
• Finalidade;
• Motivo - tem haver motivo;
Extinção dos Atos
• Anulação - Fundamento: por razões de ilegalidade. Legitimidade: administração e o Poder judiciário. Decisão: aplica-se “ex tunc” a decisão que anula retroage até o momento em que o ato foi editado para eliminar todos os efeitos até então produzidos, sendo assim não cabe direitos adquiridos nesse período. Prazo: 5 anos.
• Revogação - Fundamento: por razões de conveniência e oportunidade. Legitimidade: só a administração. Decisão; aplica-se “ex nunc”. Prazo: não tem.
Súmula 473 do STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
08/04/13
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
			Órgãos
 	Adm. Pública
			Entidades
A administração pública passa a ser formada por determinados órgãos e entidades buscando o interesse coletivo. 
Se a administração publica exerce atividade de forma centralizada ela não pode delegar, assim compete apenas a União – Estados – Municípios – Distrito Federal. Como exemplo segurança pública 
Quando os entes da atividade pública escalonam funções para os órgãos públicos. Órgãos públicos quando prestam determinadas atividades, são entes despersonalizados. Esses entes nunca atuarão em nome próprio, atuando como se fosse o estado. 
Teoria da Imputação Coletiva – teoria do Órgão: o órgão público não representa o estado, porque só existe representação para incapaz, assim se é dito que um órgão representa o estado, é como colocar o Estado como um Incapaz. 
Não se aplicam aos órgãos públicos as teorias de representação e as teorias de mandato. A teoria aplicada aos órgãos é a Teoria da Imputação Coletiva: quando o órgão público age por meio de seus agentes imputados na vontade do estado. 
Descentralização: os entes federados para terceiras pessoas dotadas de personalidade jurídica própria que atuam por sua própria conta e risco. Na descentralização inexiste Hierarquia, ou seja, inexiste subordinação, mas apenas uma vinculação, para fins de fiscalização e controle. 
Administração Pública
Administração Pública
						Estes Federados 
Direta: centralizada, desconcentrada. 
						Órgãos Públicos
Indireta: Descentralizada – formada pelas Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. 
Todos os entes da administração pública podem criar entes da administração indireta, como autarquia, empresa pública e etc. 
Principais Características dos Entes da Administração Pública Indireta 
Autarquias e Fundações Públicas
Ambos possuem as mesmas características, com uma diferença essencial:
Na Autarquia a personalidade jurídica pertence à entidade, para cumprimento das funções típicas do estado. 
Na fundação Pública a personalidade jurídica pertence a um patrimônio destacado como uma finalidade assistencial, sem finalidade lucrativa. 
Personalidade Jurídica
A Personalidade jurídica é de Direito Público, ou seja, possui garantias e privilégios próprios dos entes federados. 
Essa personalidade é especifica uma vez que tais entidades só podem ser criadas ou extintas mediante lei. 
Patrimônio
O Patrimônio que essas Entidades Possuem é formado por bens públicos, sejam esses bens imóveis, móveis ou semoventes. Assim são afetados a uma destinação pública. 
Os bens públicos são dotados de:
Inaliabilidade
Impenhorabilidade
Imprescritibilidade 
Bens Públicos que não possuem destinação especifica poderão sofrer alienação – Bens Dominiais ou Dominicais. 
Princípio da Indisponibilidade de bens públicos – que prevê que o gestor da coisa pública não pode alienar um bem por seu interesse. 
Contratação de Pessoal 
A CF prevê que a contratação de pessoas para as pessoas jurídicas de direito público é através de concurso público. Concurso Público de provas e provas e títulos. 
Com o regime único estatutário. Assim as pessoas contratadas por uma autarquia ou fundação pública possuem um cargo público, e assim gozam de estabilidade. Essa estabilidade só pode ser conferida após 3 anos de trabalho público.
A regra geral de contratação ira observar a lei 8112/90. 
A contratação de Terceiros para obras e serviços dependerá de uma licitação. Exceção pode existir contratação sim licitação, que é a licitação dispensável, dispensada e a licitação inexigível. 
Privilégios e Garantias
Essas Entidades possuem os mesmos privilégios e garantias dos entes federados. 
Essas entidades possuem prazo processual diferenciado, quadruplo para contestar e em dobro para recorrer. 
Competência para Julgar as Ações dessas entidades é da JUSTIÇA FEDERAL.
Essas entidades também gozam da imunidade tributária reciproca do art. 150, VI “a”, §2º da CF.
Responsabilidade Civil
Segundo art. 37, §6º da CF – a responsabilidade dessas entidades será objetiva, assim independeda intenção do agente. 
Devendo apenas provar a 
Ação do Agente
Nexo Causal com o 
Dano acarretado por Terceiro
Entende a FGV que a responsabilidade civil objetiva é assim tanto na ação como na omissão. Esse não é o posicionamento majoritário da jurisprudência. 
Esses entes federados responderão de forma objetiva, o Estado também responderá de forma objetiva, porém de forma subsidiária. 
Autarquia Especial 
A diferença é que ambas terão a mesmas características, porém a Autarquia Especial terá uma maior autonomia, uma menor ingerência do poder executivo, e os seus dirigentes possuirão mandato fixo e estabilidade. 
Como exemplo de autarquia especial são as agencias reguladoras. 
	Diferença entre Agencias Reguladoras e Agências Executivas 
A Agência Reguladora é uma autarquia especial com finalidade de regular as concessões de serviços públicos, atuar com poder de policia e fiscalizar atividades privadas de interesse público. Existem agências regularas em todos os entes da federação. Exemplo de Agência Reguladora da União: ANATEL/ ANEEL/ ANS/ ANP/ ANVISA/ ANTT/ ANTAQ/ ANA/ ANAC/ ANCINE e etc. 
Agência Executiva é uma qualificação dada por um ministério a uma autarquia ou fundação pública que celebra com o poder público um contrato de gestão. Exemplo de Agência Executiva: IMETRO. 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mistas são muito semelhantes, porém possuem grandes diferenças. 
Principais Diferenças 
Formação do Capital Social 
Sendo uma Empresa Pública o Capital será 100% Público. 
Sociedade de Economia Mista terá o Capital parcialmente público e privado, sendo que o controle deve pertencer ao poder público. 
Tipo Societário
Empresa Pública pode ser adotada qualquer forma societária prevista em lei. 
Sociedade de Economia Mista só pode adotar o tipo societário de Sociedade Anônima, sendo assim a Sociedade de Economia Mista sempre uma S/A. 
Características Comuns 
Personalidade Jurídica – será sempre de DIREITO PRIVADO. 
Assim não são criadas por lei, mas são criadas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal através de uma autorização administrativa. 
A aquisição de personalidade jurídica vai depender do registro dos atos constitutivos no órgão competente. 
Objeto Social 
Exploração de Atividade Econômica 
Prestação de Serviços Públicos 
Essas duas entidades podem ser criadas para exploração de atividade econômica, observando a regra do art. 173 da CF, e também para prestação de serviços públicos. 
Patrimônio
Em regra seu patrimônio será constituído por bens provados. 
Segundo posicionamento do STF, quando a Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista, prestarem serviços públicos os bens relacionados às atividades dos serviços públicos são equiparados a bens públicos. 
Contratação de Pessoal 
Faz-se OBRIGATORIAMENTE POR MEIO DE CONCURSO PÚBLICO, concurso de provas ou de provas e títulos. E são dotados de emprego público, e assim não possuem estabilidade, e o seu vinculo é celetista (regido pela CLT). 
Em razão de contratação de terceiros para obras e serviços essa contratação de terceiros vai observar em regra a Licitação. 
Segundo o STF – Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista quando forem prestadoras de serviços públicos devem licitar toda a atividade, seja a atividade meio, seja a atividade fim. Porém quando exploradora de atividade econômica só devem licitar a atividade meio. 
Responsabilidade Civil
Essas entidades possuem responsabilidade civil objetiva, ou seja, o civil que sofreu o dano deve comprovar a Intenção do agente em cometê-lo, seja na Ação ou na Omissão. 
Segundo o STF – Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública prestadoras de serviços públicos essenciais, essas entidades terão uma responsabilidade civil objetiva pelos danos acarretados quando da prestação dos serviços. 
Dica: Sociedade de Economia Mista mesmo Federal será competente a JUSTIÇA ESTADUAL – súmula 556 do STF. 
 Súmula 556 do STF. É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.
10/04/13
LICITAÇÃO
Conceito
Fundamento
Art. 37, XXI
Pressuposto
Possibilidade de abertura de competição. 
Legislação – Lei 8666/93
Fases da Licitação – art. 43 da lei 8666/93
Fases da Licitação:
Edital 
Apresenta-se como a lei interna das licitações, porque no edital estão previstas todas as leis que uma vez publicadas deverão ser cumpridas, por todos até o fim da licitação. 
O art. 41 da Lei 8666/93 prevê o Principio da Vinculação do Edital – publicadas as regras do edital ficam vinculados a ela todos os participantes, incluindo a entidade pública. Não cumprindo as regras do edital, terá uma ilegalidade, que poderá ser levada a apreciação do poder judiciário. 
Clausulas Essenciais, previsto no art. 40, entre elas destacam duas mais importantes: a lista de documentos pessoais que cada licitante deverá apresentar. O Edital deverá constar o critério de julgamento das propostas apresentadas. Deverá os concorrentes apresentar a proposta que será apresentada. 
O Edital também recebe o nome de instrumento convocatório. 
Habilitação – arts. 27 a 31 
Os concorrentes deverão apresentar os documentos previstos nos artigos supramencionados, buscando comprovar a condição pessoal de cada licitante, apresentando documentos de natureza técnica; jurídica; financeiro; fiscal. Tudo para apurar se o licitante vencedor terá condição de executar o contrato. 
Aqueles que foram aprovados nessa etapa foram Habilitados, e os que forem reprovados estarão fora do processo de licitação. 
Classificação 
A administração ira analisar as propostas comerciais dos que foram habilitados na etapa anterior. 
O critério de julgamento é aquele previsto no edital. Os critérios de julgamento possíveis estão previstos no art. 45
Melhor Preço; 
Melhor Técnica; 
Melhor Técnica e Preço; 
Melhor Lance; 
Maior Oferta (em se tratando de alienação de bens)
Homologação 
A etapa em que o processo da licitação é encaminhado para analise de uma autoridade superior, normalmente na esfera superior é um ministro de Estado. Se for encontrado algum vicio ou ilegalidade, a licitação será anulada, não sendo encontrada nenhuma ilegalidade a licitação será homologada. 
Adjudicação 
Etapa que encerra a licitação, com a entrega do seu objeto para o licitante vencedor. 
Aquele que venceu a licitação tem ou não tem direito de ser contratado? Não possui direito de ser contratado, tendo apenas uma expectativa de direito. 
Se ele não tem direito a contratação, logo a administração não tem o dever de contrata-lo. 
O vencedor tem o direito de não ser preterido por ninguém, ou seja, a administração não poderá contratar pessoa diferente daquele que venceu a licitação. Adjudicação Compulsória, ou seja, a adjudicação deve ser feita para o vencedor e mais ninguém. 
Modalidades de Licitação – art. 22 
Concorrência 
A concorrência é escolhida por licitação internacional para aquelas de maior valor ou ainda para aquelas que possuem o objetivo de celebrar um contrato de concessão, ou um contrato de Parceria Público Privada – PPP. 
Tomada de Preços 
Só poderão dela participar em um primeiro momento aqueles que estejam previamente cadastrados na administração pública. 
A lei abre a possibilidade daquele que constantemente participa de licitações de se cadastrar junto à administração pública. Apresentando todos os documentos e se esses estiverem em ordem estará ele cadastrado por 1 ano, sem a necessidade de apresentação de documentos quando da participação de licitação. 
Convite 
Única modalidade de licitação que o poder público toma a iniciativa de convidar pessoas para participar da licitação. Para assegurar um mínimo de competividade deverão ser chamadas no mínimo 3 pessoas. 
Aquele que não foi convidado poderá participar da licitação, desde que esteja previamente cadastrado, e se comparecer dentro do prazo da licitação. 
Concurso 
O concurso é a modalidade de licitação voltada à escolha de trabalhos técnicosartísticos ou científicos mediante remuneração. 
Leilão 
Possui um objeto especifico, voltado à alienação de bens. Bens públicos ou para leilão de bens particulares que tenha sido legalmente apreendido. 
Pregão 
O administrador é obrigado a abrir licitação e escolhendo a modalidade certa. 
O Pregão foi criado pela lei 10520/02, para tornar a licitação mais ágil e mais transparentes. 
O pregão será utilizado somente para a aquisição de bens ou serviços comuns, a valores de mercado. Assim ele não pode ser utilizado para alienação de bens e contratação de projeto. 
Segundo art. 4º da lei 10520/02, a fase de Habilitação do Pregão é sintética, a regra geral prevê que os documentos de cada participante serão analisados por todos os licitantes, enquanto que no Pregão devendo apenas o licitante assinar uma declaração afirmando que está em dia com todos os documentos. 
Fase de Classificação possui um único critério de buscar o melhor preço e somente isso. Apurada a proposta de melhor preço, a lei prevê a possibilidade de uma segunda rodada de competição, onde a proposta de menor preço, e aquelas que estejam até 10% acima. 
O pregão é a única modalidade que admite a participação à distância, possibilitando o uso da internet, pregão online. 
No final o pregoeiro irá analisar os documentos apenas do vencedor, se os documentos estiverem corretos ele será o ganhador da licitação, se não será analisado os documentos do segundo colocado, e assim sussetivamente. 
Contratações Indiretas. 
Onde pode haver contratação sem a necessidade de licitação. 
Inexigibilidade – art. 25
Inviabilidade de competição. 
Fornecedor/ Representante Comercial Exclusivo 
Quando uma pessoa só representa aquela marca, ou a fornece não é possível a licitação, contratado diretamente. 
Contratação de Profissional Notoriamente Especializado para Atividade Singular
Profissional notório é aquele que se destacou em relação aos demais no setor em que atua, ou seja, não é um profissional comum, se destacando por títulos acadêmicos ou por obras que tenha publicado.
Atividade Singular é aquela que não é comum, assim só pode ser executada por um profissional que não é comum, um profissional especializado, notoriamente especializado. 
O art. 13 da lei disciplina os casos de contratação de inexigibilidade profissional
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram‑se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico;
Contratação de Profissionais do Setor Artísticos 
Dispensa de Licitação – art. 24
A licitação é possível, assim o administrador a dispensa se quiser, desde que presente uma das situações previstas no art. 24. 
Como exemplo: Situação Emergencial/ Anormal/ Imprevisível contrata sem licitação; Contratação de Pessoas sem Finalidade Lucrativa. 
A própria Administração pode Controla-la, anulando por razões de invalidade, ou revogando por razões de conveniência e oportunidade. 
CONTRATOS
Legislação – Lei 8666/93 – arts. 54 e seguintes. 
Características Comuns
Esses contratos são regidos por regras de direito público, que conferem a administração prerrogativas que permitem que ela tome medidas de formas unilaterais. 
A administração Pública individualmente elabora o contrato; altera o contrato, sanciona o contrato; e rescinde o contrato. Pode a administração fazer essas prerrogativas em razão do interesse público. 
Essas Prerrogativas recebem a denominação de Clausulas Exorbitantes que recebem prerrogativas a administração, atuando de forma unilateral. 
Execução 
Regra Geral – art. 66
Celebrado o contrato as partes deverão cumprir fielmente com suas obrigações, sob pena de responsabilidade – “Pacto Sun Servant”. 
Exceções 
Excepcionalmente existe a alteração de clausulas contratuais durante a execução do contrato, quando durante a execução do contrato surgirem fatos imprevisíveis, que impeçam o seu cumprimento, nas condições inicialmente contratadas. Essa exceção recebe o nome da Teoria da Imprevisão, aquela que autoriza mudança nas clausulas inicias do contrato durante a execução, quando surgir um fato imprevisível. 
A teoria da Imprevisão apresenta 4 fatos Geradores:
Caso Fortuito
Força Maior
Fatos imprevisíveis criados pela natureza ou por terceiros que impedem a execução do contrato, nas execuções iniciais. 
Fato do Príncipe 
Aquele criado pelo poder Público, atingido todos os contratos por ele criados. Como exemplo o poder público resolve aumentar a alíquota de determinado tributo, ou o preço do combustível, alterando assim todos os contratos que já foram celebrados pela administração pública. 
Fato da Administração
Criado pela administração pública, atingindo somente um contrato, ou alguns. Como exemplo um contrato é celebrado com a administração pública para construção de uma escola, porém está o terreno ocupado pelo MST, necessita de administração pública retira-los, assim necessita de medidas da administração pública, para celebração deste contrato. 
Tanto o fato do príncipe quanto o fato da administração são criados pela administração pública. E se diferem quanto a extensão dos fatos. 
Alterações 
Alteração unilateral quando feita por iniciativa do poder público. O art. 65, I disciplina que a alteração do contrato não pode incidir sobre o objeto do contrato, pois violará a licitação que ocasionou o contrato. O art. 65, §1º estabelece que pode ocorrer alteração no contrato quanto a quantidade elevando ou reduzindo o objeto do contrato – no limite de 25% do valor atualizado do contrato, e no caso de reforma de edifícios 50%. 
Rescisão Contratual – art. 79
Rescisão Administrativa 
Sinônimo de rescisão unilateral, pela administração. Por razões de interesse público, tendo o contratado direito a indenização, ou por descumprimento de obrigações pelo contratado, e esse terá direito a abertura de processo administrativo para possibilitar sua defesa. 
Rescisão Consensual 
Promovida por acordo entre as partes, desde que preserve o interesse público. 
Rescisão Judicial 
Aquela que é promovida pelo contratado, quando a administração não cumpre com as suas obrigações, como exemplo a administração não paga, ou paga com atraso. A administração pública possui a prerrogativa de até 90 dias, segundo disposição legal (só atraso superior a 90 dias possibilita o contratado a rescisão judicial). 
Sanções
Advertência 
Multa
Suspensão por até 2 anos 
Suspensão para não ser Contratado pela ADM Pública ou para Participar de novas Licitações; 
Declaração de Inidoneidade para Contratar com a Administração Pública 
Essa pena só pode ser declarada por um Ministro de Estado, ou perante um Secretário de Estado, a depender da esfera de governo que o contrato tenha sido celebrado e executado. 
Controle 
Pode ser feito pela administração, ou por razões de ilegalidade, ou conveniência e oportunidade – só até o termino do ajuste. 
O Poder Judiciário só pode fazer o controle de legalidade. 
12/04/13
SERVIÇOS PÚBLICOS E SUA DELEGAÇÃO
O serviço público é toda atividade material fluível pelo cidadão, ou pela coletividade prestada de forma direta ou indireta pelo poder público visando o interesse da coletividade. 
A titularidade do serviço público sempre será do poder público, o que é possível delegar é a execução do serviço público, que pode ser prestada de forma direta pelo poder público, ou de forma indireta que poder ser executados pelos entes da administração pública direta ou indireta, quanto por particulares. 
Os particulares poderão prestar o serviço público na forma de permissão ou de concessão. A Lei 8987/95 que disciplina as concessõese permissões de serviços públicos. 
Concessão
Um contrato administrativo precedido de licitação obrigatória na modalidade Concorrência, firmado entre o poder público (poder concedente) e uma pessoa jurídica ou consorcio de empresas (concessionárias). Assim no contrato de concessão não cabe às hipóteses de licitação dispensável ou inexigível. 
Não existe concessão para pessoa física, somente pessoa jurídica ou consórcio de empresas. 
Principais Características da Concessão 
Natureza Jurídica Contratual 
Assim a concessão não é ato administrativo, toda concessão tem natureza jurídica de contrato administrativo. 
Licitação – Obrigatória na modalidade de Concorrência 
Não sendo possível a inexigibilidade e indispensabilidade de licitação, não cabendo nenhuma exceção. 
Concessionário passa a ser pessoa Jurídica ou um Consórcio de Empresas 
Não existindo assim concessão com pessoa física. 
Contrato de Concessão possui:
Prazo Determinado de Duração
A jurisprudência determina que o prazo limite de duração de um contrato de concessão pode ter até 35 anos. 
Direitos do Usuário:
Na Concessão o contrato admite a adoção do CDC. 
Deve o contrato adotar a Politica Tarifária 
Não se cobra TAXA do usuário, e sim preço público/ tarifa. 
Possibilidade de Intervenção do Poder Concedente 
Se por ventura o concessionário não estiver prestando um serviço público adequado, o poder público/ poder concedente pode mediante decreto realizar a intervenção no serviço público. 
Tendo o Poder Público que em até 180 dias determinar se:
A concessão Prossegue ou; 
Extinção da Concessão 
Na Concessão existe a POSSIBILIDADE de aplicação de ARBITRAGEM PARA SOLUÇÃO DE DISPUTAS CONTRATUAIS.
Desapropriação e Constituição de Servidores
A Concessionária pode decretar Desapropriação e realizar a Constituição de servidores, se estiver previsto no Edital, e no contrato de concessão.
Admite-se a SUBCONCESSÃO, desde que autorizada pelo poder concedente, mediante as seguintes observâncias:
Subconcessão Parcial; 
Subconcessão Precedida de Licitação (na modalidade concorrência)
Formas de Extinção da Concessão 
Advento do Termo Contratual; 
Termino do Prazo do contrato de concessão. 
Encampação 
A retomada do serviço público pelo poder concedente do termino do prazo contratual por razões de conveniência e oportunidade do interesse público, desde que haja lei autorizativa, mediante prévio pagamento de indenização. NA ENCAPAÇÃO NÃO EXISTE CULPA DE NIGUEM, SENDO UM JUIZO DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. 
Caducidade
Extinção da Concessão por culpa do Concessionário, pois esse realizou uma inexecução do contrato seja de forma parcial ou total. 
Rescisão 
Extinção da concessão por culpa do Poder Concedente, esta rescisão sempre será Judicial. 
Anulação 
Extinção da concessão por ilegalidade do contrato. 
	ENCAPAÇÃO = RETOMADA DO SERVIÇO POR CONVENCIA E OPORTUNIDADE
CADUCIDADE = CULPA DO CONCESSIONÁRIO
RECISÃO = CULPA DO PODER PÚBLICO. 
ANULAÇÃO = ILEGALIDADE DO CONTRATO
Parcerias Público Privadas – PPP – Lei 11079/04
Busca necessariamente uma forma de compartilhamento de riscos entre a administração pública e o particular. 
Obrigatoriamente deve ter uma licitação, e como todo contrato de concessão na modalidade de concorrência. 
O compartilhamento de risco possibilita duas formas de concessão:
Concessão Patrocinada 
Forma de concessão que irá envolver uma contraprestação do parceiro público e outra contraprestação tarifaria paga pelo usuário do serviço. 
Concessão Administrativa 
A concessão administrativa é um contrato pelo qual a administração pública é a usuária direta ou indireta da prestação do serviço realizado pelo parceiro privado. 
Vedações Legais ao uso das PPP’s 
O valor do contrato não poderá ser inferior a R$ 20 milhões; 
Prazo contratual não pode ser inferior a 5 anos e não pode ser superior a 35 anos; 
O contrato não poderá ter como único objeto: 
Fornecimento de Mão de Obra; 
Fornecimento de Equipamentos e Instalações 
Execução de Obra Pública. 
Dica: Antes da celebração do contrato de PPP o particular deverá constituir Sociedade de Propósito Específico (SPE). Podendo inclusive adotar a forma de uma S/A de capital aberto. 
Consorcio Público – art. 241 da CF e Lei 11107/05
Uma forma de gestão associada entre entes federados dotado de personalidade jurídica própria e natureza contratual para a prestação de serviços públicos comuns entre si visando maior eficiência perante o interesse público. 
Como exemplo entes federados se unem para realizar a coleta de lixo. 
Pode essa Pessoa Jurídica:
Direito Público: associação pública (espécie de autarquia), assim a personalidade jurídica é adquirida mediante lei. 
Direito Privado: associação civil, assim a personalidade jurídica é adquirida mediante registro do contrato no órgão competente. 
Vedação aos Consórcios Públicos 
Veda-se consórcio firmado entre a união diretamente com os municípios. Podendo a União se associar com os Estados, um Estado se associar com um município que seja pertencente ao seu Estado, porém não é possível a associação de União com Municípios. 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
O direito de propriedade é um direito e uma garantia individual, porém por razões da supremacia do interesse público, o direito de propriedade poderá ser mitigado. 
Existindo algumas formas de intervenção do estado da propriedade privada
Limitações Administrativas
São determinações de caráter geral e impessoal pelo qual o Poder Público impõe aos particulares uma obrigação de fazer/ não fazer, visando o interesse coletivo. 
ESSAS LIMITAÇÕES NÃO GERAM DIREITO DE INDENIZAÇÃO. 
Requisição Administrativa
Decorre de situações de perigo eminente, ou seja, situações que tenha urgência e relevância mediante a utilização dos bens privados. 
Como objeto de requisição administrativa, podem ser bens imóveis, móveis ou semoventes, sendo que essa requisição pode ser civil ou militar. 
Caso ocorra algum dano decorrente da utilização gera direito de indenização. 
Ocupação Temporária
Forma de utilização temporária de bens particulares como suporte para a execução de determinadas obras e serviços públicos, enquanto estiverem ocorrendo à execução de uma ordem ou serviço, com o objetivo de guarda de bens e materiais, equipamentos, maquinários, durante a execução da obra/ serviço. 
Ocorrendo dano na propriedade gera direito de indenização. 
22/04/13
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Definição
Improbidade é sinônimo de desonestidade administrativa. 
Característica 
O elemento comum a todas as hipóteses da improbidade é o dolo do agente de praticar o ato desonesto. 
A improbidade é uma imoralidade qualificada, assim com a ausência do dolo, o agente estaria praticando apenas um ato imoral. 
Legislação: Lei 8429/92 
Hipóteses: 
A divisão dos atos leva em consideração a gravidade do ato. 
Atos de Maior Gravidade – Enriquecimento Ilícito, art. 9º 
Para que esse ato se configure há necessidade de um enriquecimento ilícito, como exemplo a cobrança indevida/ recebimento de propina. 
SOMENTE DOLO. 
Atos de Gravidade Intermediária – Danos ao Erário, art. 10
Exemplos aquisição de bens particulares acima dos valores de mercado; alienação de um bem público a baixo dos valores de mercado; dispensa de licitação de forma indevida.
Atos de Gravidade Intermediária admite a Modalidade Culposa de Improbidade. 
DOLO E CULPA. 
Atos de Baixa Gravidade – Atos que Agridem Princípios da Administração Pública, art. 11. 
Exemplo: contratar sem concurso público, quando ele deveria ocorrer. 
SOMENTE O DOLO. 
Sanções 
Sanções pela prática de atos de improbidade administrativa, art. 37, §4º da CF. 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Perda da Função
Suspensão dos Direitos Políticos
Declaração de Indisponibilidade dos bens 
Ressarcimentodos Danos Causados 
Indisponibilidade dos bens é sinônimo de bloqueio dos bens. 
Essas sanções podem incidir de forma isolada ou cumulativa, em regra elas acabam incidindo de forma cumulativa. 
Como regra geral para que essas sanções incidem exige-se o transito em julgado da sentença, porém a exceção à indisponibilidade dos bens pode ser determinada em qualquer momento durante o curso da ação, em que se perceba que o réu esteja realizando uma dilapidação de seu patrimônio. 
A lei 8429/92, em seu art. 12, disciplina o período que será aplicada a pena da Improbidade Administrativa, segundo a gravidade do ato, como exemplo a suspensão dos direitos políticos. 
	
	Suspensão 
	Multa 
	Suspensão 
	Maior Gravidade
	8 a 10 anos 
	Até 3x o enriquecimento esperimentado
	10
	Gravidade Intermediária
	
	2x o dano
	5
	Menor Gravidade
	
	3x remuneração 
	3
Suspensão dos Direitos Políticos segundo a lei, se o ato for de maior gravidade o prazo será de 8 a 10 anos; se foi condenado por atos de gravidade intermediária será de 5 a 8 anos; sendo condenado por ato de menor gravidade de 3 a 5 anos. 
Multa segundo a lei, se o ato for de maior gravidade o valor será de até três vezes o valor do enriquecimento experimentado; se foi condenado por atos de gravidade intermediária multa será de até duas vezes o valor do dano causado; se foi condenado por atos de menor gravidade a multa será de até três vezes a remuneração percebida pelo agente público. 
Suspensão do Prazo para Contratação com o Poder Público, se o agente foi condenado por ato de maior gravidade terá a pena de 10 anos; se foi condenado por ato de gravidade intermediária o período será de 5 anos; e se foi condenado por ato de menor gravidade será condenado por 3 anos. 
A Pena de Improbidade poderá ser transferida ao Herdeiro? Depende da sanção, desde que a sanção possa ser transferida como a indisponibilidade de bens e ressarcimento de danos, podem ser transferidos aos herdeiros, no limite de sua herança. 
SERVIDORES PÚBLICOS
Ingresso na Administração Pública
Quem Pode ser Funcionário Público, art. 37, I da CF. 
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Podem ser funcionários públicos brasileiros ou estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. 
Estrangeiro pode se candidatar a Mandato Eletivo (vereador, prefeito, deputado, governador e etc.)?
Não, pois a CF/88 exige para que alguém se candidate a um mandato eletivo, que o sujeito seja brasileiro, art. 14, §3º da CF. 
Como ser um Funcionário Público, art. 37, II da CF. 
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
A investidura em cargos e em empregos públicos depende de aprovação prévia em concurso público. 
Investidura é sinônimo de Titularização. 
Quem aprovado em um concurso já é titular de um cargo ou emprego? Não pois precisar passar por duas etapas: Nomeação e a Posse. 
O aprovado e um concurso têm direito ou não a nomeação? Depende da forma com que o agente foi aprovado no concurso, segundo posicionamento do STF: 
Se houve aprovação em concurso dentro de número de vagas previsto no edital, ele terá DIREITO A APROVAÇÃO. 
Prazo de validade de um concurso, segundo o art. 37, III será de até 2 anos, prorrogável uma vez por igual período. 
Se houve aprovação em concurso além do numero de vagas previsto no edital ele NÃO TERÁ DIREITO A NOMEAÇÃO, tendo apenas uma expectativa de direito à nomeação. 
Mas terá o direito de não ser preterido por ninguém. 
Aquele que passou em um concurso e já foi nomeado ainda não é titular do direito, devendo tomar posse do cargo. 
Aquele que foi nomeado tem direito a posse desde que preencha os requisitos estabelecidos em lei. 
A lei 8112/90 estabelece que aquele que foi nomeado deve se submeter a uma avaliação para que possa tomar posse do cargo. 
Exceções
Preveem a possibilidade de um individuo ser titular de um cargo sem concurso apenas com nomeação e posse. 
Cargos em Comissão – art. 37, II parte final da CF
Segundo a constituição cargos de comissão são de livre nomeação, assim pessoas podem ser nomeadas sem a necessidade de aprovação em concursos públicos. 
A ausência de concursos públicos não significa que qualquer pessoa pode ser nomeada para cargo público, a súmula 13 do STF disciplina os cargos de comissão, proibindo a prática de Nepotismo. 
Súmula Vinculante 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
Contratações Temporárias, art. 37, IX da CF
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
Que estabelece contratações por prazo determinado sem concurso para fazer frente de situações emergenciais de excepcional interesse público. São aquelas situações imprevisíveis em que o Poder Público precisa contratar mais não tem tempo hábil para fazê-lo através de concurso público. 
“Quinto Constitucional, art. 94 da CF”.
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Poderão ser nomeados para cargos em tribunais membros do MP ou advogados de notório saber jurídico. 
Estágio Probatório
O período de experiência pelo qual passa o servidor para aturar a sua eficiência, em relação a itens que não foram analisados durante o concurso – sendo assim itens de natureza prática, previsto na lei 8112/90, art. 20 (assiduidade, pontualidade, disciplina, respeito à subordinação)
Súmula 21 do STF. Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
Súmula 21 do TSF disciplina que durante o estágio probatório o servidor não poderá ser demitido ou exonerado sem a abertura de processo administrativo em que se assegure o contraditório e a ampla defesa. 
Demissão 
Demissão pressupõe um ilícito cometido. Através dessa promove-se a vacância do cargo. 
Exoneração 
Exoneração não há a ocorrência de um ilícito pelo servidor. Através dessa promove-se a vacância do cargo.
Estabilidade 
Se o individuo é aprovado em estagio probatório, ele possui estabilidade. 
Estabilidade é a garantia atribuída ao servidor que lhe assegura a permanecia no serviço. Se o cargo que o servidor estável ocupava for extinto, ele será colocado em disponibilidade remunerada, porém recebendo de forma proporcional ao tempo de serviço. 
Remuneração do Servidor 
O teto de remuneração do servidor público está no art. 37, XI da CF, dentro da administração pública ninguém pode receber mais que um Ministro do STF, remuneração de um ministro do STF é de 28 mil. 
Essa remuneração é irredutível, só poderá ser objeto de redução se estiver sendo recebida em desacordo com a CF/88, segundo art. 37, XV da CF. 
Acumulação de Cargos e Empregos dentro da Administração Pública
Regra Geral, art. 37, XVI 
XVI – é vedada a acumulaçãoremunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
É vedada a acumulação de cargos remunerados dentro da administração pública. 
Exceções 
Para que haja a cumulação a CF disciplina que haja a compatibilidade de horários. 
O resultado financeiro dessa acumulação não pode ultrapassar o teto de remuneração previsto para a administração. 
Normas infraconstitucionais não podem disciplinar sobre a acumulação de serviços públicos. 
a) a de dois cargos de professor;
Desde que haja compatibilidade de horários, e de que o resultado não ultrapasse o que recebe um ministro do STF. 
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
A CF/88 não disciplina qual o cargo cientifico, a doutrina e jurisprudência disciplina que o cargo técnico deve ter relação à área de magistério. 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
Pela redação anterior somente os médicos poderiam acumular cargos públicos, porém hoje a redação atual possibilita que qualquer profissional da saúde com profissões regulamentadas. 
O Juiz pode acumular cargos desde que ocupando cargo de magistério 95, único I
O Promotor Público também pode acumular cargo desde que ocupando cargo de magistério 128, §5, II da CF. 
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
O Vereador, desde que exista compatibilidade de horários pode cumular com outro serviço público desde que haja compatibilidade de horários.

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