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Aula Exame físico cardiovascular

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12/04/2018
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Profª Ana Patrícia Ricci
Profª Jéssica Amoras
Profª Paula Nunes
Profª Vanessa Pradebon
EXAME FÍSICO DO SISTEMA
CARDIOCIRCULATÓRIO
Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem
OBTENÇÃO DO HISTÓRICO DE SAÚDE
Tosse
Cianose
Arritmias
Fadiga
Cefaléia
Pergunte ao paciente há quanto tempo ele
tem o problema, quando começaram os
sintomas, questione sobre a localização,
irradiação, intensidade e duração da dor e
sintomas.
História pregressa
Pergunte sobre qualquer antecedente de distúrbios relacionados
ao coração, como hipertensão, febre reumática, diabetes,
hiperlipidemia, defeitos cardíacos congênitos e síncope.
*perda dos sentidos devido à deficiência de irrigação sanguínea no
encéfalo.
Dislipidemia, hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia é a presença de
níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue.
Os lipídios são transportados numa cápsula de proteína, e a
densidade dos lipídios e o tipo de proteína determinam o destino da
partícula e sua influência no metabolismo.
História familiar
- hipertensão,
- infarto agudo do miocárdio (IAM),
- miocardiopatia,
- diabetes,
- doença da artéria coronária (DAC),
- doença vascular,
- hiperlipidemia ou
- morte súbita.
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Hábitos de vida
Infecções passadas, exposição prévia a
produtos químicos, uso de medicações, álcool e
tabaco, ambientes domésticos e profissionais e
atividades de lazer.
Avaliando o sistema
Antes de avaliar o sistema cardiocirculatório
- aspecto geral, o humor do indivíduo e sua
disposição, os quais costumam ser afetados pelas
cardiopatias.
- peso corporal e os
- sinais vitais (PA, FR, T)
Histórico da pele
Observe a cor da pele, a temperatura, o turgor e a
textura.
Examine:
- o lado inferior da língua,
- a mucosa oral e a conjuntiva em busca de sinais de
cianose central.
- Inspecione os lábios, extremidades do nariz e os lobos
auriculares quanto aos sinais de cianose periférica.
• cianose central - diminuição da captação ou do 
transporte de oxigênio dos pulmões para a corrente 
sanguínea, o que pode ocorrer na insuficiência 
cardíaca; 
• e cianose periférica - constrição de arteríolas 
periféricas, hipovolemia, choque cardiogênico ou 
doença vasoconstrutiva.
• Rubor da pele pode resultar do uso de medicamentos,
calor excessivo, ansiedade e medo. O rubor em
membros inferiores em posição pendente pode ser
sinal de insuficiência arterial crônica.
• Palidez pode resultar de anemia ou aumento da
resistência vascular periférica causada pela
aterosclerose.
As doenças cardiovasculares afetam pessoas de
todas as idades e podem assumir muitas formas. O uso
de uma abordagem consistente e metódica na sua
avaliação o ajudará a identificar possíveis
anormalidades.
A chave para a avaliação é a prática regular, que
ajuda a melhorar as técnicas e a eficácia!
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• Cardio – exame do precordio
• Vascular – exame periférico
Vascular e périférico
• Simetria (amplitude)
• Turgência jugular
• Edema 
PULSO
• Durante a verificação do pulso, deve-se palpar durante um
minuto para detectar arritmias. O ritmo deve ser regular, exceto
pela diminuição sutil durante a expiração.
Onde verificamos pulsos?
- artérias do pescoço (carotídeas), 
- sob os braços (braquiais), 
- Pulsos (radiais), 
- na região inguinal (femorais), 
- nos joelhos (poplíteos), 
- nos tornozelos (tibiais) e pés (pediosos).
Circulação de Allen
. Peça ao paciente para abrir e fechar a mão - palidez;
. Solte uma de suas mãos e observe se a mão retornou a cor – perfusão
periférica;
Avalie a perfusão por meio da inspeção do fluxo
arterial.
Com a pessoa deitada, eleve uma das pernas cerca de 30
cm acima do nível do coração, durante 30 segundos. A seguir,
peça para que ela se sente e balance as duas pernas.
Compare a cor das duas pernas. A perna que estava
elevada deve apresentar uma palidez leve, comparada com a
outra perna. A cor deve retornar a perna pálida em cerca de 10
segundos, e as veias devem encher-se novamente em 15
segundos.
Indiretamente verificar o
estado da pressão venosa
central = dinâmica do
funcionamento cardíaco
direito.
São analisadas porque
elas estão conectadas
diretamente ao átrio direito do
coração e fornecem uma
indicação sobre o volume e a
pressão do sangue que está
entrando no lado direito do
coração.
Dilatação provocada pelo
aumento do volume.
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ICC
• Onde estiver um acúmulo = faça o caminho reverso do sangue para 
entender as complicações.
• ICD = resulta em acumulo de sangue do lado D, prejudica o retorno 
venoso, logo o volume das veias aumentam.
• Maior o volume, mais facilmente irá vê-las.
• Turgência em posição sentado = sinal de ICD.
Edema
• Simétrico ou 
unilateral
• Inflamação
Edema
• Resultado do acúmulo exagerado de liquido no espaço intersticial.
• Aumentamos o volume venoso = aumento da pressão hidroestática =
mais liquido sai dos vasos e menos liquido retorna = resultando no
edema principalmente nos MMSS onde o sangue precisa enfrentar a
gravidade.
• Sinal de cacifo: pressão digital, impressão de depressão que se desfaz
lentamente.
EXAME FÍSICO CARDÍACO
Inspeção
Inspecione o peito e o tórax do paciente. Exponha a
parede anterior e observe o aspecto geral. Normalmente,
o diâmetro lateral é duas vezes maior que o diâmetro
ântero-posterior. Observe quaisquer desvios da forma
típica do tórax e se há presença de abaulamentos.
Formas do Tórax
Tórax em barril ou globoso
Infudibuliforme
Tórax cariniforme
Tórax cônico
Tórax cifótico
cifoescoliótico
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A observação da região precordial deve ser feita
em duas incidências:
• tangencial: com o examinador de pé ao lado direito do
paciente;
• frontal: com o examinador junto aos pés do paciente,
que permanece deitado. O abaulamento dessa região
pode indicar presença de aneurisma da aorta,
cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da
própria caixa torácica.
Sistema Cardiovascular
• Inspeção + Palpação 
• Abaulamentos (aumento cardíaco – aneurisma de aorta)
• Ictus cordis (choque do ápice do coração com a parede torácica –
visível e palpável – 5º espaço intercostal na linha Hemiclavicular E)
- Se houver dificuldade de palpação, colocar o paciente em decúbito lateral 
esquerdo.
ICTUS CORDIS
Também chamado de choque da ponta, ou, ainda,
pulso apical, é estudado pela inspeção e palpação,
investigando-se
- localização,
- extensão,
- mobilidade,
- intensidade e forma de impulso,
- ritmo e frequência.
Localização do Ictus Cordis
A localização do ictus cordis varia de acordo com o
biotipo do paciente.
Nos mediolíneos situa-se no cruzamento da linha
hemiclavicular esquerda com o 5º espaço intercostal; nos
brevilíneos (coração horizontalizado), desloca-se cerca de 2
cm para fora e para cima, situando-se no 4º espaço
intercostal; nos longilíneos (coração verticalizado), costuma
estar no 8º espaço, 1 ou 2 cm para dentro da linha
hemiclavicular.
Impalpável ou invisível: portadores de enfisema
pulmonar ou quando há obesidade, musculatura muito
desenvolvida ou grandes mamas.
A intensidade é avaliada mais pela palpação.
Durante a inspeção, podem ser descobertas
irregularidades no tórax e na coluna vertebral do
paciente, alguma das quais podem prejudicar o débito
cardíaco, impedir a expansão torácica e inibir o
movimento dos músculos cardíacos.
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Palpação
A palpação do precórdio pode ser feita juntamente
com a inspeção, a fim de determinar a presença de
pulsações normais e anormais.
Comece com uma palpação geral da parede torácica.
Primeiramente, palpe os impulsos usando as polpas digitais.
Mantenha os dedos esticados ou oblíquos em relação à
superfíciecorporal. Os impulsos ventriculares podem gerar um
frêmito ou levantar seus dedos.
O ictus cordis representa uma breve propulsão inicial do
ventrículo esquerdo ao se mover em sentido anterior
durante a contração e tocar a parede torácica.
Na maioria dos exames, o ictus cordis é o ponto de
impulso máximo ou impulso apical.
Caso você não identifique o ictus cordis com o paciente em decúbito
dorsal, peça a ele para virar um pouco para esquerda e ficar em
posição de decúbito lateral esquerdo.
Torne a palpar usando as superfícies palmares de
vários dedos. Se não conseguir identificar o ictus cordis,
peça ao paciente para expirar completamente e manter-
se sem respirar por alguns segundos.
No exame da mulher, pode ser necessário afastar a
mama esquerda para cima ou levemente para o lado.
Uma alternativa é pedir que ela mesma o faça.
Uma vez identificado o ictus cordis, faça uma
avaliação mais detalhada com as polpas digitais e, em
seguida, com um único dedo.
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Solicite ao paciente que expire completamente e pare
brevemente de respirar.
• Localização. Tente localizar o ictus cordis com o paciente de
decúbito dorsal. Localize dois pontos: os espaços intercostais,
em geral o quinto fornece a localização vertical; e a distância
em centímetros desde a linha medioesternal, fornece a
localização horizontal.
• Diâmetro. No paciente em decúbito dorsal, ele costuma
medir menos de 2,5 cm e ocupar apenas um espaço
intercostal. Em decúbito lateral esquerdo, pode ser maior.
• Amplitude. Faça uma estimativa da amplitude do ictus. Em
geral, ela é pequena, e sua sensação tátil corresponde à de
uma batida brusca. Algumas pessoas jovens apresentam
uma amplitude aumentada (ou ictus hipercinético), em
especial quando estão excitadas ou após exercícios. A
duração, entretanto, é normal.
Pode-se verificar a presença de frêmitos que
representam o fluxo turbulento de sangue através das
válvulas cardíacas.
Os frêmitos são percebidos como vibrações finas,
são a tradução palpatória dos sopros cardíacos.
A pesquisa dos frêmitos pode ser com a palma da
mão espalmada sobre o precórdio, usando
preferencialmente a palma da mão para melhor sentir
as vibrações.
Percussão
Quando não se consegue detectar o ictus cordis, a
percussão pode sugerir a localização.
Nesses casos, é frequente a macicez cardíaca
ocupar uma grande área. Começando bem à esquerda
do tórax, percuta-o do som claro a timpânico até a
macicez cardíaca do 3º, 4º, 5º e, às vezes, 6º espaços
intercostais.
Ausculta
É o método semiológico que
fornece informações valiosas acerca
dos sons cardíacos que são chamados
de bulhas cardíacas, do enchimento
ventricular e do fluxo sanguíneo através
das válvulas cardíacas, bem como do
ritmo.
A ausculta do coração deve ser realizada com o
paciente relaxado e com o precórdio descoberto.
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A contração ventricular é conhecida
como sístole e nela ocorre o esvaziamento
dos ventrículos.
O relaxamento ventricular é conhecido
como diástole e é nessa fase que os
ventrículos recebem sangue dos átrios.
A contração ventricular força, então, a
passagem de sangue para as artérias
pulmonar e aorta, cujas válvulas semilunares
(três membranas em forma de meia lua) se
abrem para permitir a passagem de sangue.
Uma vez no interior desses vasos, o retorno
do sangue (refluxo) para os ventrículos a
partir das artérias aorta e pulmonar é
evitado pelo súbito fechamento dessas
mesmas válvulas.
Deve-se dar uma especial atenção às áreas onde a sua audibilidade for
melhor, apesar de não corresponderem à região onde se localizam
anatomicamente as válvulas.
Focos de Ausculta Cardíaca
- foco mitral, que corresponde ao choque de ponta e está
localizado no cruzamento do 5º espaço intercostal esquerdo com
a linha hemiclavicular
- foco tricúspide, localizado na base do apêndice xifoide
(paraesternal)
- foco aórtico, que fica no 2º espaço intercostal à direita,
junto ao esterno
- foco pulmonar, no 2º espaço intercostal à esquerda junto
ao esterno.
FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA
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B1 – Na sístole (quando a
pressão ventricular supera
atrial e força o fechamento)
TUM
B2 – No final da sístole
(quando a pressão dos
ventrículos ficam menor
devido a ejeção do sangue por
eles) – TA
TA ... TUM – diástole
*Encher o balde demora mais
que esvazia-lo
• Sístole ventricular ocorre a primeira bulha 
cardíaca (B1) - fechamento das duas válvulas 
atrioventriculares; início da sístole.
• A segunda bulha cardíaca (B2) - fechamento 
das válvulas semilunares; início da diástole.
AS BULHAS CARDÍACAS
B3 – Resultado da coluna de sangue
que se concentrou nos átrios se
chocando com a parede dos
ventrículos – audível principalmente
em jovens (ocorre na diástole).
Tum.. Ta XXX Tum..
*Grave e curto
B4 – Ocorre da contração atrial um
pouco antes de iniciar a sístole.
Tum XXXX Ta .....Tum..
Ritmos tríplices
• A terceira bulha (B3) = patológica. 
• Baixa freqüência;
• Aparece na fase de enchimento ventricular rápido.
• Se dá devido às vibrações resultantes da distensão abrupta 
da câmara ventricular e dos músculos papilares.
• A quarta bulha (B4) é um ruído de baixa freqüência, que é
geralmente imperceptível ao ouvido humano, resultante da
contração atrial.
AS BULHAS CARDÍACAS
BULHAS CARDÍACAS
B3
B4
TUM TA TUM TA TUM TA
TUM TA tum TUM TA tum TUM TA tum
tum-TUM TÁ tum-TUM TÁ tum-TUM TÁ
B1 e B2
B1
A primeira bulha cardíaca (B1) está ligada ao fechamento
das válvulas mitral e tricúspide (válvulas atrioventriculares
A-V).
Ela marca o início da sístole (contração ventricular).
É mais bem ouvida com o diafragma do estetoscópio
colocado sobre o ápice do coração (sobre o foco mitral) e no
foco tricúspide.
Desdobramento fisiológico - TLUM
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B2
Melhor ouvida com o diafragma do estetoscópio colocado
sobre a base do coração, no 2º espaço intercostal direito
paraesternal (foco aórtico).
Ela marca o final da sístole e o início da diástole
(enchimento ventricular).
Desdobramento fisiológico – TLA (associada a inspiração –
ocorre aumento da pressão negativa intratorácica
favorecendo o retorno venoso, portanto, enchendo o lado
direito – demorando ejeção do sangue do lado direito – valva
pulmonar fechando depois da aórtica.
Caracterização 
Aumento da pressão sistêmica ou pulmonar
faz com que as valvas se fechem com mais
força, ocorrendo um aumento da
intensidade do som (hiperfonese).
• São resultados da turbulência
do fluxo sanguíneo.
Estenose
Não se abre por completo:
turbine e se choque com as
paredes local.
Não se feche por completo:
parte do sangue retorna
depois que a pressão cair
(regurgitação) ou irá sair por
uma valva antes da hora.
As duas situações = Maior
duração no aumento da bulha
ALTERAÇÕES DAS BULHAS CARDÍACAS
• ITENSIDADE: + sopro suave
++ sopro moderado
+++ sopro forte
++++ sopro intenso
• DURAÇÃO: Proto início do ciclo (sístole);
Meso parte média do ciclo;
Tele segunda parte do ciclo (diástole);
Holo todo o ciclo.
• IRRADIAÇÃO 
AVALIAÇÃO
• Manobras que 
auxiliam a 
diferenciar 
patologias 
cardíacas
• Origem do 
sopro
• Senta e debruça 
levemente para 
frente para 
intensificar a 
ausculta
• Valsava: 
aumentar força 
contra glote
CLASSIFICAÇÃO
• Sistólico: Ocupam total ou parcialmente a sístole
(ejeção e/ou regurgitação);
• Diastólico: Ocupam total ou parcialmente a diástole
(regurgitação e/ou enchimento ventricular);
• Inocentes: Sopros suaves e sem frêmitos.
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Sites para estudo 
• http://medmap.uff.br/mapas/bulhas_cardiacas/index.html
• https://www.youtube.com/watch?v=L3wiWZl_gnk

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