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Esquistossomose: Parasita e Ciclo Evolutivo

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 Classificação: 
◦ Reino: Animalia 
◦ Filo: Platyhelminthes 
◦ Classe: Trematoda 
◦ Subclasse: Digenea 
◦ Ordem: Strigeiformes 
◦ Família: Schistosomatidae 
◦ Gênero: Schistosoma 
◦ Espécies: Schistosoma mansoni, Schistosoma 
hematobium, Schistosoma japonicum. 
 
 A doença recebe os nomes de 
esquistossomíase, esquistosomose ou 
bilharziose; 
 
 Principais espécies que parasitam o 
homem: 
◦ S. mansoni ▬ causa a esquistossomíase 
intestinal ou mansônica e é a única que 
ocorre no Brasil, visto não existirem aqui os 
moluscos vetores das demais espécies; 
 
◦ S. haematobium ▬ causa a esquistossomíase 
urinária ou hematóbica, da África e Oriente 
Médio. 
 
◦ S. japonicum ▬ causa a esquistossomíase 
japônica, da Ásia 
 Platelminto com tubo digestivo incompleto e tem 
sistemas de órgãos muito rudimentares; 
 
 O parasita aloja-se nos plexos venosos da 
parede intestinal ou da bexiga onde causam 
inflamação e fibrose; 
 
 Apresenta diferentes formas no ciclo evolutivo: 
◦ Verme adulto; 
◦ Ovo; 
◦ Miracídio; 
◦ Esporocisto; 
◦ Cercária. 
 O vetor é o caramujo do gênero Biomphalaria, 
que são os hospedeiros intermediários. 
 
 No Brasil, as principais 
espécies hospedeiras do 
S. mansoni são: B. glabrata, 
B. tenagophila e B. straminea. 
Biomphalaria glabrata 
 Trematódeo de sexos separados; 
 
 No macho o corpo enrola-se 
ventralmente de modo a formar 
um canal longitudinal - o canal 
ginecóforo - onde a fêmea 
adulta está normalmente 
inserida; 
 
 O tegumento do macho é 
inteiramente revestido de 
espinhos e tubérculos. 
 A fêmea é delgada e cilíndrica em toda sua 
extensão, mais longa que o macho e tem o 
tegumento praticamente liso; 
 
 Suas ventosas são pequenas; 
 
 
 Nutrem-se de sangue que ingerem por 
pinocitose, através do tegumento. 
 Os ovos medem de 110 a 180 μm de 
comprimento e possui duplo envoltório: 
◦ A casca externa formada por escleroproteínas mostra 
um espinho lateral; 
◦ A interna é o corium, um envoltório embrionário; 
◦ Longevidade do ovo maduro:3 a 4 semanas. 
 
 
 O miracídeo tem forma alongada e é revestido 
por um epitélio ciliado que lhe permite nadar em 
movimentos circulares; 
• vivem cerca de 8 a 10 horas. 
 Ao invadir o molusco, o miracídio perde seu 
epitélio ciliado e se tansforma em uma estrutura 
sacular, o esporocisto I; 
 
 No seu interior do caramujo, geram-se os 
esporocistos II que migram para o 
hepatopâncreas passam a formar milhares de 
cercárias; 
 
 A cercária tem corpo piriforme e uma cauda 
bifurcada que permite a natação em direção á 
superfície; 
• vivem cerca de 8 a 12 horas. 
 
 
 A eliminação de cercárias obedece a um ritmo 
circadiano, regulado pela luz; 
 
 Inicia-se por volta das 9 horas da manhã, com 
pico em torno das 11 horas; 
 
 Seu poder infectante para o homem dura cerca 
de 8 horas, e diminui em seguida; 
 
 Após penetração na pele ele perde a cauda e 
passa a chamar-se esquistossômulo e na 
corrente sanguínea vai ao fígado desenvolvendo-
se chegando à adulto em 35 dias. 
 A fêmea amadurece só depois de acasalada 
com um macho e instalada definitivamente 
no canal ginecóforo; 
 
 Migram para os vasos sanguíneos do 
intestino onde realizam a liberação dos ovos. 
 Dermatite cercariana; 
 
 Fibrose esquistossômica; 
 
 Acúmulo de polimorfonucleares, 
linfócitos e macrófagos; 
 
 Inflamação, necrose e 
cicatrização no fígado e pulmão; 
 
 Febre, eosinofilia, linfadenite, 
esplenomegalia e urticária, 2 a 3 
semanas depois; 
 
 Granulomas hepáticos; 
 
 Sobrecarga do fígado e baço. 
 Fase aguda: 
 Dermatite cercariana – 2 a 3 semanas; 
 Alterações hepáticas e pulmonares por morte 
do esquistossômulo; 
 
 Fase toxêmica: 
◦ Alterações em presença do parasita - febre, 
eosinofilia, linfadenite, esplenomegalia e urticária, 
2 a 3 semanas depois; 
 
 Esquistossomose crônica: 
 
◦ Fase intestinal 
 
◦ Pode ser assintomática em baixa carga parasitária; 
 
◦ A alta carga parasitária observa-se retocolite pelo 
acúmulo dos ovos no tecido, acompanhado de 
evacuações frequentes, tenesmo e ardor ao defecar. 
 Esquistossomose crônica: 
 
◦ Fase hepatointestinal 
 
◦ Com a migração dos parasitas para a submucosa os 
ovos migram para fígado e pulmão; 
 
◦ Ocorre má digestão, sensação de plenitude 
gástrica pós-prandial, flatulência e inapetência, 
podendo haver, também, mal-estar, nervosismo, 
desânimo e emagrecimento; 
 
◦ Ocorre sobrecarga do fígado e baço. 
 
 Esquistossomose crônica 
◦ A fibrose hepática gera problemas na 
circulação portal; 
 
◦ Ocorre hipertensão portal, 
esplenomegalia, edemas, ascite, varizes 
esofagogástricas e hematêmeses; 
 
◦ Com a lesão do fígado e baço ocorre 
hipoproteinemia, anemia, leucopenia, 
plaquetopenia e deficiência da 
coagulação. 
Paciente desnutrido, 
com ascite e veias 
dilatadas na parede 
abdominal 
 Esquistossomose crônica 
◦ Complicações pulmonares – fibrose pulmonar; 
 
◦ Pode ocorrer cianose, insuficiência cardíaca, dita 
cor pulmonale esquistossomótico; 
 
◦ Pode ocorrer a fixação do ovo em outras parte do 
corpo como medula espinhal e cérebro; 
 
 Coproscópicos 
◦ Pesquisa de ovos nas fezes, para o que se dispõe de 
várias técnicas ou eclosão de miracídios. 
 
 Imunológicos 
◦ Demonstração da presença de anticorpos ou de 
antígenos de S. mansoni no soro, por técnicas 
sorológicas ou pela intradermorreação. 
 
 Método da DNA polimerase. 
 
 Exame histopatológico 
◦ Amostra de biópsia retal. 
 Praziquantel; 
 
 Oxamniquine. 
 
◦ Ambos usados via oral em dose única; 
 
◦ Acompanhamento pelo parasitógicos das fezes. 
 Saneamento básico; 
 
 Higiene sanitária; 
 
 Tratamento de água; 
 
 Não frequentar áreas com o caramujo; 
 
 Tratar os indivíduos parasitados;

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