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Escherichia coli patogênica

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Faculdade Estácio de Sá Curso de Farmácia
Profª. Dra. Sonia Aparecida Viana Câmara
ESCHERICHIA COLI PATOGÊNICA
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Escherichia coli patogênica
I – Taxonomia
 Família:Enterobacteriaceae
Gênero: Escherichia
Agrupadas em cinco classes:
1. EPEC – E. coli enteropatogênica clássica
2.EIEC – E. coli enteroinvasora 
3. ETEC –E. coli enterotoxigênica
4. EHEC – E. coli enterohemorrágica
5. EAggEC – E. coli enteroagregativa 
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Escherichia coli patogênica
2- Morfologia
Bacilos gram negativos grande, Aeróbio, anaeróbio facultativo, Mesófilo, com flagelos peritríquios,
Não-esporulados
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Escherichia coli patogênica
3- Habitat
Flora intestinal de animais de sangue quente
4- Características Bioquímicas
Fermentam glicose e lactose com produção de ácido e gás
Apresentam antígenos: somáticos O – relacionados com membrana externa
flagelares H – flagelos
Capsulares K
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5-Importância da Pesquisa em alimentos:
Confirma o envolvimento em Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos;
Patogênica para o homem e animais
Indicador de Falhas nas Boas Práticas de Fabricação;
Indica que o alimento tem contaminação de origem fecal; 
Condições higiênicas insatisfatórias
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6- Características da Doença
6.1.EPEC - 
Causador de gastrenterite em crianças
As cepas de E. coli que incluem os sorotipos de EPEC são: O26, O55, O86, O111, 0114, 0119, 0125, O126, O127, O128ab, O142 e O158.
 Sintomas: diarréia acompanhada de dores abdominais, vômitos e febre.
Duração: 6 hs a 3 dias
Período de incubação: 17 a 72 hs (média36 hs)
Mecanismo de patogenicidade - Infecção
Brasil: 30% dos casos de diarréia aguda em crianças pobres com idade inferior a 6 meses, com alto índice de mortalidade
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6- Características da Doença
6.2. EIEC - Infecção
Apresenta características bioquímicas diferentes das demais cepas de E. coli:
Incapacidade de descarboxilar lisina
Não fermenta ou tardiamente a lactose
Ausência de flagelos - Imóvel
Pertencem aos sorogrupos: O21, O28ac, O29. O112c, O124, O136, O143, O144, O152, O164, O167 e O173.
Sintomas: disenteria, cólicas abdominais, febre e eliminação de sangue e muco com as fezes.
Período de incubação 8 a 24 hs
Dose de Infecção: alta (106 a 108)
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6- Características da Doença
6.3. ETEC – Toxinfecção 
Cepas produtoras de enterotoxinas: 
Termolábil- 60ºC/30minutos
Termoestável -100ºC/30 minutos
Sintomas: diarréia aquosa, febre baixa, dores abdominais e náuseas. 
P. de incubação: 8 a 44 hs (média 26 hs)
Dose de infecção: é alta (106 a 108) para a 
 bactéria estabelecer a colonização do intestino delgado, onde os micro-organismos proliferam e produzem toxinas
 
 A bactéria tem fímbrias que lhe permite aderir fortemente ao epitélio e não ser completamente arrastada pela diarreia  
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6- Características da Doença
6.3. ETEC
Mecanismo de Patogenicidade – Toxinfecção 
Epidemiologia - Atinge pessoas de todas as faixas etárias
Conhecida como a “Diarréia do Viajante” em países subdesenvolvidos
Medidas Preventivas – medidas gerais de prevenção que evitem a contaminação de água e alimentos por fezes; orientações aos preparadores de alimentos e seu afastamento quando doentes.
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6- Características da Doença
6.4. EHEC
Pertencente ao sorotipo O157:H7, recentemente inclusão do O26:H11
Diferentes características bioquímicas: não fermenta sorbitol, β-glucuronidase negativa, não se multiplicam em temperaturas empregadas para pesquisa de E.coli em alimentos (44,5ºC/ 45,5ºC).
Sintomas :diarréia sanguinolenta e ausência de febre
Período de incubação: 3 a 9 dias (média 4 d)
Duração: 2 a 9 dias. Pode evoluir para Sindrome Urêmica Hemolítica (HUS) - grave
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6- Características da Doença
6.4. EHEC
Patogenicidade: produção de citotoxinas chamadas Verotoxinas
Reservatório: intestino bovino
Principal veículo: alimentos de origem animal (carne bovina - hamburguer)
Surtos: USA, Canadá e Japão - consumo de hambúrgueres
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6- Características da Doença
6.5. EAggEC
Patogenicidade: adesão à mucosa intestinal (cólon)
São capazes de produzir toxinas:
Termolábil e Termoestável -
Parece estar associada com casos crônicos de diarréia
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Metodologia
Pesquisa a partir dos tubos positivos para coliformes totais e termotolerantes.
Meios de cultura:
Ágar Eosina Azul de Metileno (EMB =Levine)
Ágar Padrão para Contagem –PCA
Ágar citrato
Caldo Indol
Caldo VM- VP
Soro E. coli enteropatogênica clássica, enteroinvasiva, enterotoxigênica, enterohemorrágica
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Preparo das Diluições
8 – Metodologia:Procedimento
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8 – Metodologia:Procedimento
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Teste Indol 
O teste do indol determina a capacidade de certas bactérias que possuem a enzima triptofanase de degradar o triptofano, produzindo indol, ácido pirúvico e amônia. .
Reativo de Kovacs: composição: Para-dimetilaminobenzaldeído + Ácido Clorídrico + Álcool butílico 
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Prova de Voges Proskauer 
Verificar a produção de acetilmetilcarbinol a partir de ácidos orgânicos resultantes da metabolização da glicose
A adição do reagente de Barritt’s (solução 40% KOH e solução de alfa-naftol em etanol absoluto) permite detectar a presença de acetilmetilcarbinol
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Teste Vermelho de Metila - VM
Avalia a fermentação da glicose com produção de ácidos carboxílicos: ácido fórmico, lático e acético, fazendo com que o pH abaixo de 4,0 vira o indicador de pH vermelho de metila
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Citrato - 
Alguns micro-organismos são capazes de usar o citrato como única fonte de carbono para produzir energia. 
Estes produtos são convertidos enzimaticamente em ácido pirúvico e CO2. O meio de Simmons contém citrato de sódio como única fonte de carbono, NH4+ como fonte de azoto e o indicador de pH, azul de bromotimol. 
Citrato - citrase - ácido oxálico + acetato
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AGAR LEVINE - 
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AGAR MacCONKEY - 
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SORO POLIVALENTE
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-Referências Bibliográficas
 FRANCO, G. M. B.; Landgraf, M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. Cap.4, p.50-55.
 JAY, J. M. Modern Food Microbiology, 4 th ed.New York, 1992.
 Silva, N.;Junqueira, V. C.A.; Silveira, N. F.A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Editora Varela, 1997.Cap.4,p. 31-39.
 Peter Feng, Stephen D. Weagant (ret.), Karen Jinneman. Diarrheagenic Escherichia coli. Bacteriological Analytical Manual. Chapter 4ª. Disponível em:https://www.fda.gov/Food/FoodScienceResearch/LaboratoryMethods/ucm070080.htm. Acesso em:18 de 05 2018.

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