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CRIOTERAPIA conceitos e aplicação no esporte

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12/04/2015 
1 
CRIOTERAPIA 
conceitos e aplicação no esporte 
Profa. Marion Vecina A. Vecina 
CRIOTERAPIA 
Crioterapia é um recurso comumente utilizado 
para tratamento de lesões agudas músculo-
esqueléticas, principalmente as lesões 
relacionadas ao esporte. 
CRIOTERAPIA 
• A praticidade e o baixo custo da crioterapia 
somada aos benefícios terapêuticos induzidos 
pela mesma tornaram-na um recurso bastante 
difundido na prática clínica fisioterápica, 
entretanto, tem sido utilizada de forma 
indiscriminada. 
 
 
 Critérios para eficácia clínica da crioterapia: implicações para o tratamento de traumas agudos 
 Alves, Diana Cunha Costa et al,Fisioter. Bras; 9(5): 357-363, set.-out. 2008. 
 
• A lesão muscular é caracterizada por uma 
série de fatores, tais como desorganização das 
miofibrilas, ruptura de mitocôndria e retículo 
sarcoplasmático, interrupção da continuidade 
do sarcolema e necrose celular, além de 
disfunção microvascular progressiva e 
inflamação local. 
 
 JG. Inflammatory cell response to acute muscle injury. Med Sci Sports Exerc 1995;27:1022-32 
CONCEITO 
• Knight , define crioterapia como "terapia com 
frio" a aplicação terapêutica de qualquer 
substância ao corpo que resulte em remoção 
do calor corporal, diminuindo, assim a 
temperatura dos tecidos. 
 
 
 Knight, K. L. Crioterapia no Tratamento das Lesões Esportivas. São Paulo: Manole, 2000 
• Prentice, relata que a crioterapia é mais 
eficiente na fase aguda do processo de cura, 
imediatamente após a lesão, causando uma 
diminuição de temperatura do tecido que é a 
meta terapêutica. 
 
 
 Prentice, W. E. Modalidades Terapêuticas em Medicina Esportiva. São Paulo: Manole, 2002. 
12/04/2015 
2 
 
A crioterapia quando aplicada no corpo humano 
desencadeia inúmeras respostas fisiológicas. 
 
• Essas respostas variam bastante de acordo com a situação na qual 
está sendo usadas, podendo apresentar melhora da 
propriocepção, vasoconstrição, diminuição da taxa de metabolismo 
celular, diminuição da produção dos resíduos celulares, diminuição 
da inflamação, diminuição da dor, diminuição do espasmo muscular, 
diminuição no sangramento e/ou edema no local do trauma, 
diminuição da espasticidade, alterações na fibra muscular, 
estimulação da rigidez articular, diminuição da temperatura intra-
articular, redução do metabolismo articular e da atividade das 
enzimas degradantes da cartilagem, diminuição na velocidade de 
condução nervosa, liberação de endorfinas, diminuição na atividade 
do fuso muscular, diminuição na habilidade para realizar 
movimentos rápidos, a força tênsil diminui, relaxamento, permite a 
mobilização precoce, aumenta a ADM, redução da inflamação, 
redução da circulação e quebra do ciclo dor-espasmo-dor 
 
 Andrews; Harrelson; Wilk. Reabilitação Física das Lesões Desportivas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. São Paulo: Manole, 2001. 
Rodrigues, A. Crioterapia: fisiologia e técnicas terapêuticas. São José do Rio Preto: Cefespar, 1995 
A crioterapia quando aplicada no corpo humano 
desencadeia inúmeras respostas fisiológicas. 
• De acordo com Kitchen & Bazin, a redução da dor 
que acompanha o resfriamento, pode dever-se a 
fatores diretos ou indiretos, como a redução do 
edema e uma diminuição do espasmo muscular 
• O frio é preferível durante o estágio agudo da 
inflamação, para o alivio da dor e, 
possivelmente, redução do edema 
 
 
 Kitchen, S; Bazin, S. Eletroterapia de Clayton. 10. ed. São Paulo: Manole, 1998 
A crioterapia quando aplicada no corpo humano 
desencadeia inúmeras respostas fisiológicas. 
• Durante a resposta inflamatória aguda, após a lesão ao 
tecido, o frio reduz a dor e minimiza uma lesão 
secundária ao tecido. O alivio da dor se deve mais 
provavelmente a uma redução da velocidade de 
condução nervosa. 
• Durante uma resposta inflamatória aguda, a 
perturbação dos capilares e a congestão devido a um 
edema diminuem a oxigenação de células saudáveis 
próximo ao tecido danificado. A hipóxia leva a morte 
celular. Assim, após a lesão músculo-esquelética, 
existe um período de dano tecidual adicional, ou 
lesão secundária devido a hipóxia 
 
 Denegar, G. R. Modalidades Terapêuticas para Lesões Atléticas. São Paulo: Manole, 2003 
A crioterapia quando aplicada no corpo humano 
desencadeia inúmeras respostas fisiológicas. 
• O gelo reduz a dor ao estimular os termorreceptores, que 
transmitem proximamente a mensagem para o corno 
dorsal e podem agir inibindo a transmissão de impulsos 
dolorosos. 
 
• Delisa, relata que a analgesia pode ser conseguida em sete 
a dez minutos com a maioria dos pacientes relatando 
sucessivas sensações de frio, queimação, algia e dormência. 
Embora os agentes químicos e refrigeradores possam ter 
temperatura, inferiores a 0º C, e possam produzir 
queimaduras pelo frio, tratamentos pelo frio de pessoas 
saudáveis por períodos de menos de 30 minutos parecem 
não causar lesões 
 
Placzek, J. D.; Boyce, D. A. Segredos em Fisioterapia Ortopédica. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
DeLisa, J. A. Medicina de Reabilitação: princípios e prática. 2 ed. São Paulo: Manole, 2002 
 
DISCUSSÃO 
• Enquanto a temperatura da pele pode ser 
mudada abrupta e acentuadamente com 
aplicação de frio, os tecidos mais profundos 
são resfriados bem menos e muito mais 
lentamente. Leva-se cerca de 30 minutos para 
baixar 3,5º C da temperatura de um músculo a 
uma profundidade de 4 cm. O tecido muscular 
localizado 2,5 cm pode levar até 20 minutos 
ou mais para cair 5º C 
 Low, J.; Reed, A. Eletroterapia Explicada: princípios e prática. São Paulo: Manole, 2001 
DISCUSSÃO 
• De acordo com Guirro et al, recomenda-se 
aplicação do frio durante 20 a 30 minutos com 
intervalo de duas horas nos tecidos moles 
lesados. Aplicação deve ser realizada durante 
as primeiras 24 a 48 horas após a lesão para 
minimizar o edema, espasmo muscular e dor 
 
 Guirro, R.; Davini, R.; Nunes, C. V. As Respostas Musculares Induzidas após o Resfriamento Local. Anais do IX Congresso Brasileiro de 
Biomecânica. 2001 
12/04/2015 
3 
DISCUSSÃO 
• Gould III, descreve que a bolsa de gelo é colocada 
sobre a região alvo e recoberta com uma toalha. 
Esta bolsa é aplicada por 10 a 20 minutos ou até 
que seja percebida uma leve dormência. 
• O resfriamento local é aplicado de uma a quatro 
vezes por dia. Durante a fase aguda que tem sido 
definida como sendo 24 horas após a lesão até 72 
horas, ou enquanto persistir o edema e o 
aumento de temperatura. 
 Goud III, J. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. São Paulo: Manole, 1993 
PRIMEIROS SOCORROS NO ESPORTE 
 
 
• P Proteção e imobilização da área afetada 
• R Repouso da área afetada 
• I (Ice) Gelo 
• C Compressão com gelo 
• E Elevar membro afetado 
 
 
QUANDO NÃO USAR O GELO 
 
 
- FRATURAS EXPOSTAS 
- INFECÇÕES 
- PERDA DE SENSIBILIDADE 
- ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS 
- QUEIMADURAS 
- ÚLCERAS 
 
CONCLUSÃO 
• A crioterapia tem seus benefíciosalcançados 
quando utilizada logo após a lesão sendo 
mantida durante a fase aguda, entre 24 a 72 
horas. Após este período outros recursos são 
mais indicados e mais eficazes. O tempo de 
aplicação deverá variar de 15 a 30 minutos 
dependendo da situação e da técnica 
utilizada, oferecendo um intervalo de 2 horas 
entre cada aplicação. 
 Crioterapia nas lesões ortopédicas: revisão, Renato A. S. Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 81 - Febrero de 2005

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