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. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COLEGIADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DECISÕES POLÍTICAS: Há espaço para métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs) nas organizações, mesmo diante das decisões políticas? Dielma Marques Xavier Nillo Xavier Neto Valdenir Oliveira Silva Vitória da Conquista – BA Setembro – 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COLEGIADO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DIELMA MARQUES XAVIER NILLO XAVIER NETO VALDENIR OLIVEIRA SILVA DECISÕES POLÍTICAS: Há espaço para métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs) nas organizações, mesmo diante das decisões políticas? Trabalho realizado para aproveitamento parcial da disciplina Análise Quantitativa e Processo Decisório do VI semestre do curso de Administração da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, sob a orientação do Prof. Dr. Weslei Gusmão Piau Santana. Vitória da Conquista – BA Setembro – 2017 SUMÁRIO Resumo ..................................................................................................................... 04 Abstract ..................................................................................................................... 04 1. Introdução ............................................................................................................. 05 2. Fundamentação Teórica ........................................................................................ 05 3. Procedimentos metodológicos .............................................................................. 11 4.Apresentação e análise ........................................................................................... 12 5. Considerações Finais ........................................................................................... 13 Referências ................................................................................................................ 14 4 RESUMO Este artigo apresenta um estudo sobre a analise do filme “Tropa de elite 2: o inimigo agora” , diante das decisões políticas aplicabilidade do MIASPs. Assim, tem por objetivo caracterizar a tem como objetivo analisar a possibilidade de aplicação do MIASPs, diante das decisões políticas. Desta forma, para esta pesquisa optou-se em realizar um levantamento bibliográfico de através do método de investigação com caráter exploratório e descritivo. A análise caracterizou-se na realização de paralelo entre os fatos relevantes do filme em relação ao posicionamento métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs) nas organizações diante das decisões políticas. Em síntese, ao comparar dos elementos de uma abordagem racional e a política demonstra um contraste em relação aos elementos de um processo de tomada de decisão. Por outro lado, é possível promover o uso da MIASP na em conjunto com os métodos decisão na abordagem política ajustando a diferentes situações. Palavra chave: MIASPS. Processo decisório. Decisão política. Poder ABSTRACT This article presents a study on the analysis of the film "Elite Troop 2: the enemy now", facing the political decisions applicability of the MIASPs. Thus, it aims to characterize the objective of analyzing the possibility of applying the MIASPs, in the face of political decisions. Thus, for this research it was decided to carry out a bibliographic survey of the research method with an exploratory and descriptive character. The analysis was characterized in the parallelization between the relevant facts of the film in relation to the positioning methods of identification, analysis and solution of problems (MIASPs) in the organizations before the political decisions. In short, comparing the elements of a rational approach and politics demonstrates a contrast to the elements of a decision-making process. On the other hand, it is possible to promote the use of MIASP in conjunction with decision methods in the policy approach adjusting to different situations. Keywords: MIASPS. Decision making process. Political decision. Power 5 1. INTRODUÇÃO Um processo organizacional considerado de grande relevância para um gerenciamento eficaz, tanto na esfera pública quanto na privada, é o chamado processo decisório. O processo decisório é o poder de escolher, em determinada circunstância, o caminho mais adequado para a organização. No entanto, o cenário político, económico e as organizações nele inseridas se modificam constantemente, ou seja, estão em constante evolução. Alguns métodos são utilizados nas organizações para um gerenciamento mais eficaz, como por exemplo métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs). O MIASPs é um método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente organizacional, visando solução de problemas e obtenção de resultados otimizados. O MIASPs se aplica aos problemas classificados como “estruturados” (SIMON, 1997; NEWELL et al.(1972), cujas causas comuns (DEMING, 1990) e soluções sejam desconhecidas (HOSOTANI, 1992), que envolvam reparação ou melhoria (NICKOLS, 2004) ou performance (SMITH, 2000) e que aconteçam de forma crônica (JURAN et al., 1980; PARKER; 1995). Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar a possibilidade de aplicação do MIASPs, diante das decisões políticas. Para tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica em livros e artigos acadêmicos com autores consagrados em decisões políticas. Além disso, foi feita uma análise o filme “Tropa de Elite 2” como estudo de caso para melhor entendimentos dos conceitos levantados. O presente trabalho está estruturado em quatro seções além desta introdução. Na próxima, apresentamos a fundamentação teórica; na terceira, temos os procedimentos metodológicos; na quarta apresentamos a analise com base no filme Tropa de Elite 2; e, por fim, temos as considerações finais. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em tempos atuais onde o processo de tomada de decisão procede de ambientes de incertezas, complexidades e subjetividades os processos decisórios 6 abrangem todo o contexto do mundo contemporâneo, que por sua vez, denotam de cenários turbulentos e incertos. É notório que as decisões são afetadas pelas percepções, experiências e até mesmo crenças daquele que decide. E a este implica á análise e interpretação dos contextos no âmbito social, econômico, tecnológico e, principalmente, político. Segundo Yu (2011, p. 4) “em parte das vezes, decidir é uma ação individual, muito embora outros sujeitos colaborem com dados e informações e até participem das discussões; outras vezes é uma ação coletiva, em que diversos agentes discutem e a solução final emerge de um consenso, sem haver um único responsável por isso”. O conceito de decisão é amplo e de modo mais sintético é quando decisão está vinculada ao processo de escolha de alternativas que norteará a organização podendo ser uma ação individual ou coletiva e são fatores como a intuição, a racionalidade e a percepção podem influir na decisão. De acordo com Yu (2011) o processo de tomada de decisão está relacionado com as abordagens prescritiva e a descritiva. A abordagem prescritiva corresponde como as pessoas deveriam tomar as decisõese a abordagem descritiva como realmente as decisões são tomadas. E dentro dessa perspectiva de abordagem descritiva que se discute sobre as contingências, conflitos e complexidades no processo decisório, principalmente dentro do contexto de decisões políticas. Partindo desse ponto, o que são decisões políticas? De acordo com Magalhães (2001, p. 252) “a decisão política corresponde a uma escolha dentre um leque de alternativas, conforme a hierarquia de preferências dos autores envolvidos, expressando uma certa adequação entre os fins pretendidos e os meios disponíveis”. Em outras palavras, as decisões políticas são decisões que definem interesses ou priorização de interesses no contexto social. No que tange a decisão política, embora esta se utilize do pressuposto racionalidade seu conceito vai além dessa abordagem, pois norteia também de outros elementos que muitas vezes não envolvem a abordagem racional. Assim, as decisões políticas englobam aspectos racionais, mas principalmente de questões que ultrapassam a perspectiva racional. Do mesmo modo, as organizações são vistas como entidades políticas em que os indivíduos buscam satisfazer seus interesses pessoais através do poder de tomar decisões. Assim, Hoff (2001, p. 24) assinala que “a política existe nas organizações porque as pessoas pensam de 7 forma diferente e agem também de uma forma diferente. Essa divergência de interesses gera conflitos que são enfrentados através de ações políticas”. Salienta-se que os conflitos de interesses de modo geral não é algo bem visto dentro das organizações. No entanto, é importante que o comportamento político nas organizações seja vantajoso, porém é necessário que o jogo de interesses dos indivíduos não seja mais relevante que a organização sendo que o resultado da organização seja a capacidade adequarem os interesses dos indivíduos envolvidos. Assim, de acordo com Morgan(1943, p. 177): Se entendemos as organizações em termos políticos, aceitamos o fato de que a política é um aspecto inevitável da vida corporativa. Aprendemos que dirigentes eficazes são atores políticos habilidosos que reconhecem o contínuo jogo entre interesses concorrentes e que usam o conflito como uma força positiva. Contudo, embora os indivíduos tenham objetivos comuns em uma organização percebe-se que os objetivos individuais são mais relevantes dos organizacionais e este fato acarreta ao surgimento de conflitos dentro da organização. Esses indivíduos utilizam de táticas e, principalmente, de jogos de poder que envolve debate ou confronto de ideias, a coerção, manipulação das informações e o uso encoberto ou escancarado do poder o que leva as decisões políticas ter uma conotação negativa. Do mesmo modo, Morgan (1943, p. 191) afirma que: Mas o conflito é normal e sempre estará presente nas organizações. O conflito pode ser pessoal, interpessoal ou entre grupos rivais ou entre coalizões. Ele pode surgir em estruturas organizacionais, papéis, atitudes e estereótipos ou por causa de uma escassez de recursos. Pode ser explícito ou encoberto. Qualquer que seja a razão e qualquer que seja a forma que ele assume, a fonte do conflito está em alguma divergência de interesses real ou imaginada. É perceptível que a abordagem racional e a abordagem política no processo decisório têm semelhanças como também divergências. Nesse aspecto, torna-se importante compreender as características de cada abordagem, afinal, geralmente o processo de formação de gestores é voltado para os modelos racionais. Quando se trata das semelhanças entre as abordagens racionais e política considera dois critérios sendo eles os propósitos e o caráter processual. As abordagens racionais e política compartilham que o comportamento humano é direcionado pelos propósitos, assim a escolha da melhor alternativa no processo decisório obterá melhores resultados. Além disso, os processos decisórios nos dois 8 tipos de decisões apresentam o mesmo caráter processual, ou seja, apesar desses processos se constitui de modos diferentes mesmo assim levam a decisão. Por outro lado, há divergências entre esses tipos de decisões podendo ser na ênfase da abordagem, no fator humano e nas transparências das informações. As decisões racionais enfatiza no por que das escolhas, de outro modo, abordagem política da mais importância como essas decisões são tomadas. A perspectiva racional parte da ideia que qualquer pessoa tenha as mesmas informações tem a capacidade de tomar a mesma decisão. Enquanto isso, a decisão política dependerá de quem toma a decisão, pois está pode alterar a depender dos objetivos e interesses de grupos daqueles que detém o poder. Além disso, nas decisões racionais o critério de escolha da decisão é voltado para aquele que melhor atender os objetivos da organização, por outro lado, no processo de tomada de decisão da abordagem política os indivíduos envolvidos possuem diferentes objetivos que podem levar ao conflito escolha de alternativas. Assim, como para outros tipos de tomada de decisões, para uma tomada de decisão política, alguns elementos centrais se fazem necessários, como a delimitação do problema, objetivos, alternativas, análise, decisão e momento para decidir. Uma ou mais pessoas específicas precisam, antes de qualquer coisa, delimitar o problema. Trata-se de perceber se o tema configura um assunto problemático ou não e decidir como o mesmo deve ser visto pelos outros. Esse passo é de extrema importância, e um problema bem definido pode ser decisivo no controle de informações mais adequado. A escolha dos objetivos deve ser feita de forma sábia. Quando se trata de tomada de decisões na visão racionalista os objetivos e metas devem ser explicitamente claros e bem definidos. Por outro lado, a escolha dos objetivos em uma decisão política tem, em sua maioria, potencial para que se consiga posteriormente um suporte político, como também um caráter ambíguo e a depender da forma como os objetivos são delimitados, é possível que se consiga obter suporte de subgrupos com ideais completamente distintos, podendo consolidar cada vez mais novas alianças e, até mesmo, novos objetivos. As alternativas e análise dessas alternativas num processo decisório politico são necessárias que a existência de possível o controle da lista de alternativas a serem analisadas e discutidas. Além disso, o impacto de seus usos deve ser sempre 9 repensado pelos autores, principalmente entre outros aspectos quais as consequências do uso destas alternativas como também as analises para percepção das soluções. Outro elemento do processo decisório é a decisão o qual os decisores envolvidos optam em escolher o curso da ação conforme os melhores benefícios para a organização e que acarrete menor número ou até mesmo nenhum malefício. Para decisores que fazem os processos sozinhos (não em grupo), é importante citar que todo o processo feito meticulosamente é de igual importância para a organização em questão, já que caso alguma etapa seja feita aleatoriamente, com falta de interesse ou planejamento, podem ocorrer prejuízos consideráveis para a empresa. Em relação à abordagem política, Yu (2011) ressalta que o controle de como e quais informações têm disponibilizadas pode afetar de fato o conteúdo de uma decisão política dentro de uma organização, podendo ter efeitos tanto positivos quanto negativos, mas certamente sendo o melhor caminho para atingir uma decisão satisfatória. No que tange o momento certo de se tomar a decisão, considera que nas particularidades da organização não há como seguir uma ordem fixa de etapas. Diante desta questão, surge então o “incrementalismo”,que nada mais é do que a análise das informações disponíveis com pequenos ajustes em relação ao que já se tem conhecimento, feita pelos decisores. Estas soluções propostas podem ter consequências não antecipadas e prejuízos que não podem ser observados. Aspectos que podem interferir na escolha do momento da decisão são, por exemplo: soluções polêmicas que afetem muito as partes interessadas e que necessitem de mais tempo para implementação e a lista de tópico dos decisores “agenda de decisão”. Cabe destacar que a utilização das decisões políticas nas organizações pode ser tanto prejudicial quanto benéfico e vai depender de como as decisões são tomadas quais consequências podem ser geradas. Três aspectos devem ser analisados o estilo do decisor se a centralização de poder ou descentralização de poder afetar negativamente o desempenho; a utilização de regras simplificadoras que se ativadas de maneira inapropriada poderá acarretar impactos negativos; e a questão no foco no debate e nos interesses maiores que pode ser algo positivo quando estimulo o debate de ideias, no entanto, podendo ser prejudicial pois pode estimular a praticas duvidosas. 10 De acordo com Yu (2011, p. 149) “poder refere-se é a habilidade de conseguir que outros se comportem de acordo com sua preferencias e de impor sanções caso eles não sigam o comportamento desejado e pode referir-se à imposição de sua vontade entre pessoas entre pessoas, organizações e países ou entre blocos de países”. Em outras palavras, poder é a capacidade de exercer influência sobre o comportamento de outro indivíduo. Foucault (1981, apud FERREIRA; VILAMAIOR, GOMES 2005, p. 05) assinala “que ao analisar estas relações, destaca a compreensão do poder como um fenômeno social que funciona em rede, tecendo assim, a dinâmica social, exercendo o poder e sofrendo as ações e os seus efeitos.” Além disso, Yu (2011, p. 149) apresenta o estudo do poder âmbito organizacional sob a perspectiva de influências sendo elas: individuais, intraorganizacionais e interorganizacionais. A Influência Individual refere-se à capacidade de influência do individuo diante dois tipos de fontes de poder: posição do individuo e características pessoais. Quanto à posição do individuo na organização existem três tipos de poder: o legitimo (concedido com a organização), de recompensa (poder relacionado à capacidade de influenciar em troca de algo) e coercitivo (relacionado ao envolvimento com alguma forma de punição). Já a respeito das características pessoais se dá através de três tipos de fontes de poder: das informações, conhecimento de especializado e de referência. A Influência Intraorganizacional refere-se à influência por meio dos jogos políticos, mas que são jogos políticos? São tipos de ações e medidas do comportamento político visando à estruturação e regulação de poder, podendo ser classificados como: em legítimos que são aqueles que a envolvimento de autoridade e ideologias e ilegítimos que não são aceitos formalmente. A influência Interorganizacional refere-se ao grau de interdependência entre as partes interessadas. Assim, para legitimar os interesses a organização deve avaliar sua dependência em relação às partes interessadas que poderão lhe afetar ou serem afetadas. Quando de trata de decisões politicas outro aspecto que envolve esse tipo de tomada de decisão é a questão dos interesses envolvidos estando no centro das decisões políticas. Nessa perspectiva, Morgan (1943, p.183) assinala que: 11 Quando falamos sobre "interesses", estamos falando de predisposições que englobam metas, valores, desejos, expectativas e outras orientações e inclinações que levam uma pessoa a agir de uma maneira ou de outra. Na vida diária, tendemos a pensar em interesses de maneira especial, como áreas de atenção que queremos preservar ou ampliar ou como posições que gostaríamos de proteger ou de atingir. Vivemos "em" nosso interesse, geralmente achamos que os outros estão "invadindo" nossos interesses e imediatamente iniciamos defesas ou ataques para manter ou melhorar nossa posição. O fluxo de política é intimamente ligado a esta maneira de nos posicionarmos. Os interesses vistos da dimensão da decisão política a necessidade de compreende quais os interesses básicos dos indivíduos, assim poderá selecionar objetivos que são os que irão afetar os indivíduos independente de sua consciência e os subjetivos que estão relacionados com os interesses que os indivíduos presumem que podem atingi-los. Outra dimensão é a respeito das mobilizações na decisão política que se refere à dinâmica que movimenta os indivíduos, grupos ou organização na defesa de seus interesses. Além dos interesses, as coalizões é outra característica do processo de tomada de decisão política que decorre da construção de alianças entre pessoas ou grupos o intuito de defender seus interesses, afirma Morgan (1943, p.189) “As coalizões surgem quando grupos de indivíduos reúnem-se para cooperar em assuntos específicos, eventos ou decisões, ou para defender valores específicos e ideologias”. Portanto, ao fazer coalizões o decisor, por sua vez, idealiza permanecer no poder e sobrepor seus interesses, desta a maioria das decisões não segue o modelo racional, as pessoas estão satisfeitas em encontrar uma solução aceitável mais do que uma solução ótima. O processo de desenvolvimento das coalizões envolvem duas fases: a fase da gestação, período que a constatação do problema, troca de informações e articulação de pessoas conforme seus interesses; e a outra é a fase de resolução que envolve a interação com outras coalizões para efetivar a decisão envolvendo assim o uso de manobras planejadas com a finalidade de justificar e racionalizar a posição da coalização. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho foi realizado levantamento bibliográfico de caráter exploratório e descritivo uma investigação sobre os estudos de decisões políticas nas 12 organizações. Ademais, consiste no embasamento teórico através do método de investigação o comportamento politico baseados o contexto do filme “Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro”. Nesse contexto, o artigo pretende destacar alguns elementos considerados de grande relevância que envolve os processos decisórios políticos. 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE Utilizou-se uma análise em forma de estudo de caso sobre o contexto do filme Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro sob a direção de José Padilha e lançamento em 2010. A análise caracterizou-se na realização de paralelo entre os fatos relevantes do filme em relação ao posicionamento métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs) nas organizações diante das decisões políticas. O filme desenvolve o enredo relacionando jogo de poder entre as milícias e os candidatos diante de um cenário de corrupção, principalmente, a relação entre segurança pública e financiamento de campanha envolvendo a disputa de poder, interesses e conflitos. O filme retrata o crescimento das milícias, em que o deputado Fraga busca a defender a criação de uma CPI em combate as milícias, porém não tem apoio dos demais políticos. Por outro lado, esses políticos comprar o apoio das lideranças politicas das comunidades que significaria a criação de coalizações visando se beneficiar politicamente das regiões controladas pelas milícias nas próximas eleições. Na dimensão dos estudos de uma organização que envolve a disputa de poder que articula em um processo de tomada de decisão que embora seja racional envolve outros arranjos que, por sua vez, não caracterizam como racionais. Isto porque, partem paraperspectiva de que quem toma decisão é o lado que possuem mais poder. Outra questão que se pode associar ao filme é a questão dos jogos políticos dentro do processo decisório sob a perspectiva das fases das decisões politicas quando relacionada a cena discute sobre a invasão do bairro Tanque, onde os membros da milícia invadem a delegacia da comunidade e saqueiam a reserva de armamentos, porém o crime foi atribuído aos traficantes que atuavam na comunidade e que houvesse um operação para intervim os traficantes e encontrar 13 os armamentos. No entanto, Nascimento se opõe à operação, principalmente, que por informações levantadas dentre as escutas telefônicas instaladas na comunidade, não houve nenhuma comprovação teriam sido levadas pelos traficantes, mas sua interversão não foi efetiva porque o a decisão escolhida foi a favor da invasão. Ou seja, houve um conflito de interesses, o processo de desenvolvimento da decisão politica com base em permanecer no poder e priorizar seus interesses sobre o ponto de vista racional utilitário. Em síntese, o filme exemplificar a relação de poder dos políticos e policiais que mesmo com muitas mudanças se manteve sob novas lideranças. . 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo teve como preocupação estimular e promover estudos sobre os estudos das decisões políticas diante métodos de identificação, análise e solução de problemas (MIASPs) nas organizações. Para isso, buscou analisar o contexto que se passa o filme “Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro” norteando os principais pontos dentro na visão do comportamento político. Sintetizando, apesar das decisões políticas manterem uma característica racional esta, por sua vez, parte para questões que muitas vezes não agregam aspectos racionais e compreende de fenômenos que abrange os interesses, conflito e poder na tomada de decisões. Podemos observar que a comparação dos elementos de uma abordagem racional e a política demonstra um contraste em relação aos elementos de um processo de tomada de decisão. Desse ponto de vista, o uso do MIASP será inviável quando este é enquadrado método de resoluções de problemas sistemáticos e racionais. Por outro lado, é possível promover o uso da MIASP na em conjunto com os métodos decisão na abordagem política ajustando a diferentes situações, como a ênfase em determinadas etapas. 14 REFERÊNCIAS FERREIRA, J. C. B.; VILAMAIOR, A.G.; GOMES, B.M.A. O Poder nas Organizações: conceitos, características e resultados. Revista Científica do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves , v. 001, p. 006, 2005. HOFF, I. L. Política Na Organização: convivendo positivamente com o jogo do poder. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) - Fundação Getúlio Vargas, 2001. MAGALHÃES, J. A. F. Ciência Política, Brasília: Vestcon, 2001. SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Trad. Aluízio Loureiro Neto. São Paulo: FGV, 1965. Trabalho original publicado em 1947. YU, A. S. O. Tomada de Decisão nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2011.
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