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1 RESPONSABILIDADE CIVIL - AULA – 6 A Responsabilidade Civil Por Fato de Outrem e Pelo Fato da Coisa Introdução Para começar a tratar da responsabilidade civil pelo fato de outrem deve-se ter em mente a distinção entre a responsabilidade civil direta e indireta, ou seja, a regra é a primeira e, a segunda é excepcional e ocorre quando uma pessoa pode vir a responder pelo fato de outrem. É importante destacar que a responsabilidade pelo fato de outrem não se confunde com o fato de terceiro que é uma excludente de nexo causal. No tocante a responsabilidade civil pelo fato da coisa deve-se saber que a guarda de uma coisa acarretará para o dono a responsabilização quando ocorrer um dano provocado pela coisa. A coisa dá causa ao evento sem a conduta direta de alguém. Pois esta não é capaz de fato; por trás do fato da coisa inanimada há sempre o fato do ser humano. Convêm informar que a apuração da responsabilidade será, para os dois temas, na modalidade objetiva. Em que não há discussão quanto à culpa (imprudência ou negligência – art. 186 do CC). Responsabilidade civil pelo fato de outrem Como regra atribuível da responsabilidade civil temos a forma direta. Nesta, a própria pessoa que causou um ato ilícito, responde pelo mesmo. Entretanto, na responsabilidade civil pelo fato de outrem alguém, que não o causador direto do dano, irá responder pelo ato ilícito. Essa responsabilidade decorre de uma relação existente entre o causador e o responsabilizável por força de lei. Tudo perfeitamente previsto nos termos art. 932 c/c 933, ambos do CC e outras previsões a serem estudadas. Culpa exclusiva de terceiro – excludente de responsabilidade civil. São vários os tipos de responsabilidade civil pelo fato de outrem: Responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos menores de idade; Responsabilidade dos tutores e curadores; Responsabilidade do incapaz; Responsabilidade do empregador ou comitente; Vamos analisá-los individualmente. Responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos menores de idade Temos seu início com a leitura do art. 932 caput e seu inciso I, verbis: Lei 10.406 de 2002: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; É uma questão do exercício do poder de família, os pais (assim considerados de sexos diferentes ou não ou, ainda sob união estável ou similar, biológicos ou não) responderão objetivamente pelos danos causados pelos filhos menores de idade. Isso porque aos pais incumbe o dever de direcionar a conduta dos seus filhos menores de idade e, consequentemente, responder por seus atos. Para tanto, temos a seguinte base legal, verbis: 2 CRFB/88 Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. Lei 10.406 de 2002: Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: (...) IV - sustento, guarda e educação dos filhos; Enunciados da Jornada de Direito Civil do STJ: Enunciado CJF nº 450 - Art. 932, I: Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos filhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, ainda que estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de um dos genitores. Enunciado CJF nº 451 – Arts. 932 e 933: A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida. Enunciado CJF nº 590 – A responsabilidade civil dos pais pelos atos dos filhos menores, prevista no art. 932, inc. I, do Código Civil, não obstante objetiva, pressupõe a demonstração de que a conduta imputada ao menor, caso o fosse a um agente imputável, seria hábil para a sua responsabilização. Responsabilidade dos tutores e curadores Essa responsabilidade decorre por determinação legal que legitima tais institutos e sua base legal é a seguinte: Lei 10.406 de 2002: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: (...) II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; TUTELA (arts. 1.728 ao 1.766, todos do CC) A responsabilidade do tutor é decorrente da ausência dos pais. Cabendo-lhe todos os deveres inerentes como se “pai e mãe” o fosse. Destacando o previsto nos arts. 1.728 e 1.740 do CC, verbis: Lei 10.406 de 2002: Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela: 3 I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II - em caso de os pais decaírem do poder familiar. Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor: I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição; III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já contar doze anos de idade. CURATELA (arts. 1.767 a 1.783A) O instituto da curatela sofreu uma profunda alteração, positivada pela Lei 13.146 de 2015. Tanto que a curatela, após o advento da lei citada, sujeita as pessoas a seguir elencadas: Lei 10.406 de 2002: Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (...) III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (...) V - os pródigos. Destacando que a responsabilidade do curador é correlacionada ao da tutela. Por força do art. 1.774 do CC: Lei 10.406 de 2002: Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições concernentes à tutela, com as modificações dos artigos seguintes. Atenção! Lei nº 13.146, de 06/07/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em vigor 180 dias após a publicação. A alteração do regime de responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos menores foi uma das inovações do Código Civil de 2002, passando-se da culpa presumida para a imputação objetiva. Por isso, ao lado de outras situações relacionadas à responsabilidade por ato de terceiro, seu fundamento não mais reside na inobservância de um dever de vigilância, mas na necessidade “de se garantir ressarcimento à vítima” Responsabilidade do incapaz O incapaz (os incisos I e II do art. 932) poderá responder subsidiariamente com o patrimônio próprio, caso aquele que deveria ter o dever de fazê-lo não o puder, desde que não comprometa sua vida socioeconômica normal. Lei 10.406 de 2002: Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 4 Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 39 – Art. 928: A impossibilidade de privação do necessário à pessoa, prevista no art. 928, traduz um dever de indenização equitativa, informado pelo princípio constitucional da proteção à dignidade da pessoa humana. Como consequência, também os pais, tutores e curadores serão beneficiados pelo limite humanitário do dever de indenizar, de modo que a passagem ao patrimônio do incapaz se dará não quando esgotados todos os recursos do responsável, mas se reduzidos estes ao montante necessário à manutenção de sua dignidade. Enunciado CJF nº 40 – Art. 928: O incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária ou excepcionalmente como devedor principal, na hipótese do ressarcimento devido pelos adolescentes que praticarem atosinfracionais nos termos do art. 116 do Estatuto da Criança e do Adolescente, no âmbito das medidas socioeducativas ali previstas. Enunciado CJF nº 41 – Art. 928: A única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código Civil. Responsabilidade do empregador ou comitente Essa responsabilidade decorre da força de relação jurídica trabalhista, em que o empregador responde, objetivamente, pela conduta do seu empregado, desde que o ato ilícito cometido seja no pleno exercício de atividade do trabalho. Sua previsão legal é a seguinte: Lei 10.406 de 2002: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; O art. 34 da lei 8.078 de 1990 prevê instituto análogo, senão vejamos: Lei 8.078 de 1990: Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. Tema que é interpretado com a responsabilidade civil dos médicos, quando integrantes de corpo clínico. 5 Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 191 Art. 932: A instituição hospitalar privada responde, na forma do art. 932, III, do Código Civil, pelos atos culposos praticados por médicos integrantes de seu corpo clínico. Responsabilidade civil por hospedagem Há responsabilidade pela hospedagem, interpretada aqui de forma genérica. Pois a segurança de suas instalações a este compete. Mesmo que de forma transitória (hotéis e correlacionados) ou com fins educacionais (colégios, escolas, creches). Tudo de acordo com o art. 932, IV do CC: Lei 10.406 de 2002: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; Responsabilidade objetiva Convém atentar que as modalidades de reponsabilidade descritas têm a sua apuração na modalidade objetiva. Logo, elas são julgadas sem a necessidade de comprovação de culpa. Tudo por força do art. 933 do CC, in verbis: Lei 10.406 de 2002: Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Ratificamos esta previsão positivada através do entendimento do seguinte enunciado: Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 451 Arts. 932 e 933: A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida. Fato da coisa Teoria da guarda: Ao tema adota-se a teoria da guarda intelectual, ou seja, "guarda é aquele que tem a direção intelectual da coisa, que se define como poder de dar ordens, poder de comando, esteja ou não em contato material com ela" - Caio Mário da Silva Pereira. São vários os tipos de responsabilidade civil pelo fato da coisa: Responsabilidade civil por fato de animais; Responsabilidade civil por ruína de edifício; Responsabilidade civil por coisas lançadas ou caídas de prédio; Responsabilidade civil pelo contrato de depósito – estacionamentos. Vamos analisá-los individualmente. 6 Responsabilidade civil por fato de animais Lei 10.406 de 2002: Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. Pela redação do art. 936, existe responsabilidade pelo animal, independentemente de ser proprietário, dono ou detentor. Existindo correlação entre a conduta do animal e o dano, haverá responsabilidade objetiva. Sendo elidida, apenas no caso fortuito ou de força maior. Incluem-se o profissional que deveria cuidar do animal (lojas especializadas, passeador de cães etc). Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 452 Art. 936: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro. Responsabilidade civil por ruína de edifício Lei 10.406 de 2002: Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. A responsabilidade pela guarda e consequente manutenção precária é do proprietário/dono da edificação, pois do seu comportamento ilícito o evento dano ocorreu. Como a responsabilidade é objetiva, basta apresentar o liame existente entre esses pressupostos (ato ilícito e dano) através do nexo de causalidade. Sendo tal responsabilidade apurada na forma objetiva: Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 556 - Art. 937: A responsabilidade civil do dono do prédio ou construção por sua ruína, tratada pelo art. 937 do CC, é objetiva. Artigo: 937 do Código Civil. Responsabilidade civil por coisas lançadas ou caídas de prédio Lei 10.406 de 2002: Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Haverá responsabilidade pelas coisas caídas ou lançadas em lugar indevido, que cause dano. Diverso do tema anterior, o habitante (por exemplo, locador) responderá por este ilícito. Caso em que a legitimidade passiva não necessariamente é do proprietário, por não ser o habitante. Como nos demais temas a responsabilidade é objetiva. Conforme o enunciado a seguir: 7 Enunciados CJF: Enunciado CJF nº 557 – Art. 938: Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso. Artigo: 938 do Código Civil. Responsabilidade civil pelo contrato de depósito – estacionamentos A guarda de veículo em estacionamento envolve a tipicidade do contrato de depósito. Pelo qual tem o dever de guardar e restituí-la nas mesmas condições da entrega. Lei 10.406 de 2002: Art. 627. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame. Art. 629. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí-la, com todos os frutos e acrescidos, quando o exija o depositante. O STJ pacificou o tema, desde 04/04/1995 quando da publicação da súmula 130: Enunciados CJF: Enunciado de súmula do STJ nº 130 - A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de danos ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. Destacamos a exposição de motivos que levou este Tribunal a este entendimento: "A empresa que permite aos seus empregados utilizarem-se do seu parqueamento, aparentemente seguro e dotado de vigilância, assume dever de guarda, tornando-se civilmente responsável por furtos de veículos a eles pertencentes ali ocorridos". "Conclusão que se impõe diante da evidência de que a empresa, ao assim proceder, aufere, como contrapartida ao comodismo e segurança proporcionados, maior e melhor produtividade dos funcionários, notadamente por lhes retirar, na hora do trabalho, qualquer preocupação quanto à incolumidade de seus veículos" Logo, remunerado ou não, haverá responsabilidade por tais danos. Subentendendo que a “gratuidade” nada mais é do que um facilitador, um chamariz, um atrativo para uma visita às instalações daquele que disponibiliza tal serviço. 8 ATIVIDADES O menor Jandrey (17 anos) viviacom o seu pai Adilson Alécio Pilger, estando sob sua companhia autoridade. O menor saiu com o veículo Monza S/L, aparentemente sem autorização do pai, que não estava em casa. Em um determinado ponto da rua em que trafegava, colocou o carro em ponto morto, o que levou ao desligamento do motor e, com isso, a perda de controle do veículo, o que resultou no atropelamento de duas menores, sendo uma delas Juliana, que veio a falecer em decorrência do acidente. A mãe de Jandrey estava separada do pai do menor e residia em outra cidade desde muito antes do evento. Considerando os fatos como verdadeiros, aborde o tema sob a ótica da responsabilidade civil. GABARITO O pai é o responsável, pois se enquadra perfeitamente nos termos do art. 932, I e outros. Já a mãe não é responsável pelo filho para os fins do inciso I do art. 932 do Código Civil, que exige a efetiva autoridade sobre o filho, o que ela não tinha. No mais, foi apurado que o menor foi o responsável único pelo acidente, já que dirigiu o carro sem autorização do pai. Na condução do veículo, ao descer a rua em que ocorreu o acidente, colocou o carro em “ponto morto”, fato que levou ao desligamento do motor e travamento da direção, daí não ter conseguido desviar-se das meninas. Ademais, apurou-se que elas andavam bem próximas à lateral da rua, que não tinha calçamento, ou seja, estavam no limite da rua com a vegetação paralela, de forma que não concorreram com culpa para o acidente. Vide Recurso especial nº 1.232.011 - SC (2011/0008175-0) Questão 1 Daniel, morador do Condomínio Raio de Luz, após consultar a convenção do condomínio e constatar a permissão de animais de estimação, realizou um sonho antigo e adquiriu um cachorro da raça Beagle. Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de um adestrador, pois estava destruindo móveis e sapatos do dono. Assim, Daniel contratou Cleber, adestrador renomado, para um pacote de seis meses de sessões. Findo o período do treinamento, Daniel, satisfeito com o resultado, resolveu levar o cachorro para se exercitar na área de lazer do condomínio e, encontrando–a vazia, soltou a coleira e a guia para que o Beagle pudesse correr livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) anos de idade, chegou à área de lazer com seu neto Theo. Ao perceber a presença da octogenária, o cachorro pulou em suas pernas, Diana perdeu o equilíbrio, caiu e fraturou o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos danos materiais e compensada pelos danos estéticos. Com base no caso narrado, assinale a opção correta. Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, aquele por culpa na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle pelo fato de não evitarem que o cachorro avançasse em terceiros. Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo obrigação de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de alguma das causas legais excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa exclusiva da vítima. Não há responsabilidade civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da ocorrência de força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a inevitabilidade do ocorrido, com rompimento do nexo de causalidade. Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em relação aos danos sofridos por Diana; subjetiva, em razão da evidente culpa na custódia do animal; e contratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz. 9 Não há responsabilidade voltada pelo critério objetivo, em que apenas Daniel, em relação aos danos sofridos por Diana; objetiva, em detrimento da suposta culpa na propriedade do animal; e extracontratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz. Questão 2 Acerca da responsabilidade por fato de outrem, assinale a opção correta. De acordo com o STJ, se ocorrer dano pessoal por mal serviço prestado pelo hotel contratado para a hospedagem de cliente que tenha adquirido pacote turístico, a agência de viagens comercializadora do pacote não poderá ser responsabilizada. Locadora de veículos tem responsabilidade subsidiária pelos danos causados a terceiro pelo locatário no decorrer da utilização do carro locado. Se, ao conduzir veículo de propriedade dos pais, o filho menor, culposamente, causar dano a terceiro, a vítima, para obter reparação civil, terá de demonstrar que o dano foi causado pelo menor, por culpa in vigilando dos pais. Estará afastada a responsabilidade dos pais pela reparação de danos a terceiro causados por filho menor emancipado por outorga, dada a perda do poder de direção dos atos do filho. Em regra, o patrão é responsável pela reparação de dano decorrente de ato praticado por seu preposto, ainda que com desvio de suas atribuições. Questão 3 No caso de responsabilidade pelo fato da coisa, o responsável será: Seu coproprietário; Seu usuário; Seu dono; Seu locatário; Seu locador.
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