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1 Juiz natural A Corte Europeia dos Direitos Humanos entende que a legal constituição do juízo e o direito ao julgamento por um tribunal instituído e submetido à lei é uma garantia essencial. Encontra-se parâmetro nos países de direito escrito em que a organização do sistema judiciário não pode ser entregue ao poder discricionário de uma autoridade judiciária. Com previsão constitucional no art. 5º, XXXVII e LIII, da Lei Maior, o princípio processual do juiz natural há de ser analisado sob duas vertentes: em relação ao órgão jurisdicional que julgará e à sua imparcialidade. Assim, quanto ao órgão julgador, subsiste a garantia de julgamento pelo juiz natural, o juiz competente segundo a Constituição. Isso significa que a competência para o julgamento deve ser predeterminada pelo Direito. O termo “juiz legal” poderia ter sido adotado, mas a doutrina consagrou a alcunha “juiz natural”. Possui o intuito de evitar os odiosos tribunais de exceção que já se apresentaram nas ditaduras; garantir que não haverá nenhum tipo de ingerência na escolha do juiz que julgará a causa.
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