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REVISÃO EMBRIOLOGIA

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REVISÃO EMBRIOLOGIA & 
INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA 
Profª Dra. Jacqueline da C. E. Piccoli 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA 
CAMPUS URUGUAIANA 
ATENÇÃO 
 
"É expressamente proibida cópia, reprodução 
parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer 
forma de extração de informações deste 
material sem prévia autorização dos autores 
conforme legislação vigente" 
 
SERES VIVOS 
 
 
SEXUADA 
 
 
ASSEXUADA 
 
• Bipartição 
• Divisão binária 
• Cissiparidade 
• Brotamento 
• Meiose e fecundação 
GAMETAS 
Células n 
óvulo 
GAMETOGÊNESE 
Uma breve revisão... 
óvulo 
espermatozóide 
22+X 
22+X ou 
22+Y 
MEIOSE 
Processo de 
divisão celular 
através do qual a 
célula tem o seu 
número 
cromossômico 
reduzido pela 
metade 
Uma breve revisão... 
• Principais características da meiose: 
– reduz o número de cromossomos das células - gametas 
 
 
– O produto final da meiose sempre será quatro células 
haplóides (n), (ainda que no sexo feminino apenas uma seja 
funcional – ovócito) 
– Ocorrência de recombinação (permuta ou crossing-over): troca 
de segmentos dos cromossomos homólogos,  variabilidade 
genética 
 
Gametogênese (espermatogênese) 
Células germinativas (2n) 
Período 
germinativo 
Período de 
crescimento 
Período de 
maturação 
Período de 
diferenciação Espermatozóides 
Epidídimo (armazena espermatozóides) 
Túbulo 
seminífero 
Mitoses 
2n 
Mitose 
2n 2n 
Meiose 
n n 
n n n n 
n n n n 
2n 
Crescimento 
sem divisão 
celular 
Testículo 
Espermatogônia 
Espermatócito I 
(2n) 
Espermatócitos II 
 (n cromossomos duplicados) 
Espermátides 
(n) 
célula de 
Sertoli 
(em corte transversal) 
Gametogênese (ovulogênese) 
Células germinativas (2n) 
Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) 
São formados 
eventualmente 
Período 
germinativo 
Período de 
crescimento 
Período de 
maturação 
Corpos lúteos 
Folículo 
ovariano 
primário 
Ovulação 
Ovócito II Folículo 
maduro 
Ovário 
Ovogônias (2n) 
2n 
Mitose 
Ovogônias (2n) 2n 2n 
Crescimento 
sem divisão 
celular Ovócito I (2n) 
Meiose I 
2n 
Ovócito II 
(n cromossomos 
duplicados) 
n 
Primeiro corpúsculo polar 
(n cromossomos duplicados) n 
n n Corpúsculos polares (n) n n Óvulo (n) 
FECUNDAÇÃO 
FECUNDAÇÃO 
Espermatozóide 
(N) 
Ovócito 
(N) 
ZIGOTO 
(2N) 
FECUNDAÇÃO - ETAPAS 
1. CAPACITAÇÃO 
2. REAÇÃO ACROSSÔMICA 
3. FUSÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA DO 
ESPERMATOZÓIDE E DO OVÓCITO 
4. REAÇÃO DE ZONA 
5. FINALIZAÇÃO DA MEIOSE 
6. FUSÃO DOS PRÓ-NÚCLEOS MASCULINO E 
FEMININO E ATIVAÇÃO DO OVO 
FECUNDAÇÃO 
• Espermatozóides estão embebidos em produtos glandulares que são importantes 
para a sua sobrevivência e sucesso reprodutivo. 
• Estes produtos envolvem a presença de substâncias nutritivas e com função 
imunológica para a neutralização do pH vaginal. 
• Uma vez no interior do corpo feminino irá ocorrer uma reação ácido-base 
formando sal e água e a degradação de glicoproteínas presentes no esperma → a 
capacitação é fundamental para que ocorra a fecundação. 
• Espermatozóides não capacitados não conseguem fecundar o gameta feminino. 
• Em humanos demora de 1-2 horas enquanto que os espermatozóides migram em 
direção ao ovócito. 
 
1. CAPACITAÇÃO 
FECUNDAÇÃO 
1. CAPACITAÇÃO 
 Envolve alterações biológicas de moleculares dos 
domínios da membrana plasmática dos espermatozoides 
 Remoção do fluído seminal 
 Alterações de membrana especialmente sobre a região 
acrossomal 
FECUNDAÇÃO 
 
• Os espermatozóides através de uma ação conjunta e cooperativa forçam 
passagem por entre as células da corona radiata até que um consegue tocar na 
zona pelúcida liberando o conteúdo do acrossomo. 
• Este processo é muito rápido e é a primeira estratégia que ocorre para evitar a 
poliespermia. 
2. REAÇÃO ACROSSÔMICA 
FECUNDAÇÃO 
FECUNDAÇÃO 
 
 
3. FUSÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA DO ESPERMATOZÓIDE E DO OVÓCITO 
FECUNDAÇÃO 
 
• É um processo desencadeado no citoplasma do ovócito que também visa 
impedir a poliespermia. 
• Ocorre por consequência da fusão e liberação do conteúdo de grânulos 
corticais presentes no interior do ovócito entre a membrana e a zona pelúcida. 
• Esta reação faz com que líquido seja acumulado entre a zona pelúcida e a 
membrana formando uma espécie “de fosso” intransponível para a entrada de 
outros espermatozoides que ficam inativados. 
4. REAÇÃO DE ZONA 
FECUNDAÇÃO 
• Despolarização da membrana envolve liberação de íons de Ca 2+ armazenados 
em organelas como o retículo endoplasmático que estão presentes dentro do 
citoplasma do óvulo. 
• A liberação destes íons ativa o metabolismo do óvulo. O pH do citoplasma 
aumenta, o consumo de oxigênio, a síntese de proteínas também e a segunda 
divisão meiótica é finalizada, havendo liberação do segundo corpúsculo polar. 
5. FINALIZAÇÃO DA MEIOSE 
FECUNDAÇÃO 
• a fusão total do espermatozoide com o óvulo não ocorre até que todos os seus 
componentes, exceto sua membrana plasmática não penetre dentro do óvulo. 
• No período em que os pró-núcleos estão migrando um em direção ao outro os 
mesmos já começam a se preparar para a primeira mitose assim que logo que 
se fundem a célula ovo se torna duas células. 
6. FUSÃO DOS PRÓ-NÚCLEOS MASCULINO E FEMININO E ATIVAÇÃO DO OVO 
Após a fecundação e ativação do zigoto uma série de eventos será desencadeada a fim de 
transformar uma única célula em um corpo tridimensional com cerca de 216 tipos de 
células que compõe tecidos, órgãos e sistemas. Os principais eventos relacionados à 
embriologia são: 
 CLIVAGEM 
Aumento no número de células, sem aumento de volume. As células formadas são 
chamadas blastômeros. Quando o embrião contém cerca de 8-16 células ele é denominado 
mórula por possuir uma estrutura semelhante a uma amora. Logo após este período ocorre 
o fenômeno da compactação. 
PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
COMPACTAÇÃO 
Ocorre porque os blastômeros 
mais externos se aderem uns ao outros 
através da formação de junções 
comunicantes entre as células que 
aumenta a sua interação para que 
ocorram trocas de compostos 
bioquímicos relacionados a 
diferenciação. 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
Aproximadamente quatro dias após a 
fecundação os blastômeros começam a 
secretar líquido formando uma cavidade 
interna no embrião conhecido como 
blastocele. 
O embrião neste estágio é denominado 
blastocisto. 
Neste estágio reconhecemos dois tipos 
células: 
• trofoblasto – células externas que 
circundam e delimitam o embrião 
• massa celular interna - agrupamento de 
células que fica concentrado em uma das 
extremidades do blastocisto. 
PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Massa Celular 
Interna 
INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO EMBRIONÁRIA NO ÚTERO 
A zona pelúcida será mantida. Esta estrutura só será degradada por ocasião da chegada do 
embrião ao útero da mãe. Entre o 6-7º dia da fecundação ocorre o início da implantação 
do embrião no útero materno. 
PRIMEIRA/SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Conhecida como a fase da GASTRULAÇÃO e envolve a ocorrência 
dos seguintes fenômenos: 
(1) formação da linha primitiva 
(2) formação das três camadas germinativas 
(ectoderme, mesoderme e endoderme) 
(3) formação da notocorda 
(4) formação do tubo neural (neurulação) 
(5) formação da crista neural 
(6) formação do alantóide 
(7) destino embrionário do mesoderma e dos somitos 
 
Podemos dizer que a terceira semana embrionária é 
dramáticae vital para o desenvolvimento. 
Disco trilaminar 
Folhetos embrionários e derivação tecidual 
MESODERME 
 
sistema muscular, 
esqueleto, tecido 
conjuntivo, sistema 
genito urinário (menos 
as células 
germinativas), sangue, 
vasos (coração) 
ENDODERME 
 
Todo tubo digestório, 
glândulas anexas 
(fígado e pâncreas), 
sistema respiratório e 
células germinativas 
Teste seus conhecimentos... 
1. Defina célula eucariota e cite exemplos. 
2. Diferencie células haploides de células 
diploides. Onde essas células são 
encontradas no corpo humano? 
3. Qual é a função da meiose no corpo 
humano? Qual o produto deste processo em 
homens e mulheres? 
4. Por que apenas um espermatozoide pode 
fecundar o óvulo? 
 A histologia estuda as células e o material extracelular que constituem os 
tecidos do corpo. 
 A histologia, que estava limitada pela capacidade do microscópio óptico (MO), 
ampliou consideravelmente seu campo de estudo com a utilização do 
microscópio eletrônico (cerca de 1000 vezes mais potente que o óptico). 
 As principais unidades de medida utilizadas em histologia são o micrômetro 
(1m = 0,001 mm) e o nanômetro (1nm = 0,001m) 
 
Como são feitas as Lâminas Histológicas 
 A lâmina é uma estrutura plana, de vidro, suficientemente fina e transparente, 
para que os cortes dos tecidos preparados possam ser fixados e visualizados sob 
a luz do microscópio óptico. 
 
Micrótomo: Instrumento onde os cortes histológicos são confeccionados. 
Antes de serem cortados, os tecidos devem passar por uma série de 
tratamentos. 
 
 
ÓRGÃO FIXAÇÃO 
A peça fica em um fixador para 
preservar a morfologia e composição 
do tecido 
(o tempo pode variar cerca de 12h) 
DESIDRATAÇÃO 
70º 80º 90º 100º 
ÁLCOOL ETÍLICO 
Sequência de álcool etílico com o 
objetivo de remover água dos 
tecidos (6-24h) 
CLAREAMENTO 
XILOL 
Substância miscível à 
parafina 
(1-6 horas) 
IMPREGNAÇÃO 
Parafina fundida impregna 
por toda peça tornando + 
fácil o corte (30min a 6h) 
Estufa ± 60ºC 
INCLUSÃO 
Obtenção do bloco de 
parafina de forma regular 
para ser cortado no 
micrótomo 
CORTE 
HISTOLÓGICO 
Secção do bloco pela 
navalha de aço do 
micrótomo. Após colocado 
em água quente e montado 
em lâmina de vidro. 
COLORAÇÃO 
Conforme a 
técnica 
desejada 
ETAPAS PELAS QUAIS PASSAM OS FRAGMENTOS DE ÓRGÃOS REMOVIDOS PARA ESTUDO 
HISTOLÓGICO (PEÇAS HISTOLÓGICAS) 
 O microscópio óptico é usado para examinar cortes por 
transluminação, isto é, por luz direta através deles. 
 A luz da amostra é refratada (dobrada) pela lente objetiva para 
produzir uma imagem aumentada, que então é novamente aumentada 
a medida que ela passa através da lente ocular e é transmitida para a 
retina do olho. 
 O aumento produzido por cada lente está marcado na lente. O 
aumento total da amostra é o produto dos valores da lente objetiva e 
da lente ocular. 
 Uma vez que microscópios típicos têm objetivas de 4X (pequeno 
aumento), 10X (médio aumento), 40X (grande aumento) e 100X 
(imersão em óleo) e sendo as oculares com aumento de 10X, os 
aumentos reais são de 40X, 100X, 400X e 1000X, respectivamente. 
 RESOLUÇÃO: é a capacidade de uma lente de ver dois pontos 
separados como estando de fato separados. O limite de resolução do 
M.O. é de cerca de 0,2 m. 
VISUALIZAÇÃO - MICROSCOPIA 
OCULARES 
Revólver 
OBJETIVAS Braço 
Lente condensadora 
Parafuso Macrométrico 
Parafuso 
 Micrométrico 
Charriot 
pinça 
Mesa/platina 
Diafragma 
Fonte de luz 
Pé ou base 
MICROSCÓPIO ÓPTICO

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