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TRABALHO DE PRÁTICA SIMULADA V AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (2)

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Partido Político PXY, pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrito no CNPJ ..., e no TSE sob o nº ..., por meio de seu Diretório Nacional, com sede em ..., por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional localizado ..., vem propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, com fundamento no art. 102, I, a, da Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 9868/99, em defesa da Lei Federal nº 0002/00, pelas razões de fato e de direito abaixo expostas:
I- DA LEI FEDERAL VIOLADA:
(...)
II- DA LEGITIMIDADE ATIVA:
O autor possui legitimidade ativa para a propositura da presente ação, conforme preceitua o art. 103, VIII, da CRFB/88, sendo desnecessária a comprovação de pertinência temática para tanto, haja vista que se trata de tema com manifesta importância para o regime democrático, na forma do art. 17, da CRFB/88. Ademais, possui representação no Congresso Nacional, tendo sido criado de acordo com a Lei nº 9096/95.
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE. PESSOA NATURAL. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é taxativo o rol de legitimados do art. 103 da Constituição para incoar o controle concentrado de constitucionalidade. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STF - ADC: 74 DF 0105686-91.2020.1.00.0000, Relator: EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 29/03/2021, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 14/04/2021)
III- DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL:
Conforme demonstrado anteriormente, fora constatado alto percentual de decisões judiciais conflitantes, ou seja, que entendem pela não aplicação referida da Lei Federal, argumentando para tanto, que tal norma ofenderia o princípio da isonomia, constante no art. 5º, I, da Constituição Federal.
Desta forma, resta demonstrada a existência de relevante controvérsia judicial, cumprindo-se o requisito essencial para a propositura da presente demanda, previsto no art. 14, III, da Lei nº 9868/99.
IV- DA TUTELA DE URGÊNCIA:
Conforme previsão do art. 21, da Lei nº 9868/99, é perfeitamente cabível a tutela de urgência de natureza cautelar em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade.
A probabilidade do direito resta demonstrada pelos fatos e documentos anexos à presente demanda. Já o perigo da demora é comprovado pela demonstração de controvérsia judicial relevante, fato este que pode gerar grave insegurança jurídica.
V- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
(A fundamentação jurídica será redigida conforme o objeto jurídico da lei federal objeto da demanda, bem como do direito lesado.)
Com base no art. 102, § 2º, da CRFB/88 e na Lei nº 9868/99, as decisões proferidas pelo STF, de caráter definitivo, bem como, aquelas proferidas em sede de ações diretas de inconstitucionalidade e declaratórias de constitucionalidade, produzirão efeito vinculante e eficácia erga omnes:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
(...)
Tal ação, tem como objetivo a confirmação de constitucionalidade de norma federal, contra a qual haja relevante controvérsia judicial, conforme observa-se com a Lei Federal objeto desta ação.
VI- DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, requer:
1) A concessão cautelar a fim de determinar a suspensão do julgamento dos processos que envolvam a aplicação da Lei Federal nº 0000/02;
2) A juntada de documentos, na forma do art. 14, da Lei nº 9868/99;
3) Que sejam solicitadas informações ao Congresso Nacional e ao Presidente da República, segundo o art. 6º, da Lei nº 9868/99;
4) A oitiva do Procurador Geral da República, consoante o disposto no art. 19, da Lei nº 9868/99;
Valor da causa....
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... data...
ADVOGADO
OAB/UF
Caros colegas 
Segue o caso concreto a ser seguido para a apresentação da ADC para que seja devidamente editado e incluídas as doutrinas e jurisprudências de acordo com o tema aplicado ao caso.
Vanessa oliveira 
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL - CCJ0261
Semana Aula: 8	
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) - Direito Constitucional.
Tema
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) - Direito Constitucional.
Palavras-chave
Ação Declaratória de Constitucionalidade - Direito Eleitoral - Princípio da Segurança Jurídica - Princípio da Irretroatividade
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 - Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 - Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados de acordo com a lei ou ato normativo que se pretende seja declarado como constitucional, requerer a procedência do pedido reconhecendo a constitucionalidade da Lei ou ato normativo, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.
Estrutura de Conteúdo
. Ação Declaratória de Constitucionalidade
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigo 102, I, ?a?, CRFB/88; artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994; art. 5º, LVII, da Constituição Federal §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, art. 15 da Constituição da República.
Procedimentos de Ensino
· Iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito, materiais e processuais necessárias à análise do caso concreto objeto da aula;
· Estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e clarificando conceitos;
· Manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça.
· Construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
· Manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando individualmente, de acordo com as solicitações.
· Instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
Introduzida nos artigos 102 e 103 da CRFB/88 por meio da Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/1993, visando à declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, com exclusão, no caso, de lei ou ato normativo estadual ou municipal.
A ADC possui um regime jurídico similar ao da ADI, sendo também disciplinado pela Lei nº 9.868/99, apresentando, contudo, diferenças, pois a ADC visa declarar a constitucionalidade da lei ou ato normativo federal, ou seja, afirmar que a lei está de acordo com a Constituição, concedendo ao STF a competência sobre essa constitucionalidade quando a lei ou ato normativo estiver sendo questionado em decisões judicias por juízes singulares e tribunais inferiores.
Portanto, a existência de lei ou ato normativo federal e a demonstração comprovada de controvérsia judicial, são requisitos ensejadores a propositura da ADC.
FINALIDADE
Transformar a presunção de constitucionalidade relativa em presunção absoluta (iuris et de iure), pondo um ponto final no estado de incerteza e insegurança jurídica existente no ordenamento jurídico a respeito de determinada lei ou ato normativo federal.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
A decisão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei somente será tomada se estiverem presentes na sessãode julgamento pelo menos oito ministros. Uma vez proclamada a constitucionalidade em uma ADC, será julgada improcedente eventual Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a mesma lei.
A Lei nº 9.868, de 10/11/1999 dispõe sobre o processo e julgamento da ADC, prevendo em seu artigo 14 os requisitos da petição inicial.
A Competência encontra previsão no Artigo 102, I, a, da CRFB/88. Compete ao Supremo Tribunal Federal.
Cabe trazer à baila a informação de que até a Emenda Constitucional de 45/2004, eram apenas quatro os legitimados a propositura da ADC: Presidente da República, Mesa da Câmara, Mesa do Senado, Procurador-Geral da República, sendo, a partir da EC, o rol ampliado e a legitimidade da ADC passou a ser a mesma da ADI (artigo 103 CRFB/88), inclusive no que tange a pertinência temática.
Os que não precisam demonstrar Pertinência Temática são os chamados de Autores Neutros e Universais e os que necessitam são chamados de Autores Especiais.
· Autores Neutros e Universais: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional.
· Autores Especiais: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
OBS.: por não haver lide, não há que se falar em réu na ADC, havendo, no entanto, há necessidade de serem prestadas informações por parte dos órgãos ou autoridades questionadores da constitucionalidade da lei ou ato normativo federal.
Os efeitos da procedência do pedido da ADC são erga omne, ex tunc e vinculante.
A medida cautelar também se encontra possível na ADC conforme dispõe o artigo 21 da Lei nº 9.868/99, mediante comprovação de perigo de dano irreparável.
Fundamento: artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigo 102, I, a, CRFB/88; artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994; art. 5º, LVII, da Constituição Federal §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, art. 15 da Constituição da República.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 08 está baseada no item 3.2. da Unidade III do Plano de Ensino de abordagem amplamente constitucional. A peça processual objeto do caso proposto é considerada uma ação constitucional, cujo objetivo é a segurança jurídica, declarando constitucional lei ou ato normativo federal e possibilitando sua vigência no ordenamento jurídico pátrio.
Recomenda-se:
- Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
- Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido reconhecer a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal por via direita de ação declaratória de constitucionalidade. Alguns sites de busca: www.stf.jus.br; www.jusbrasil.com.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional - 6ª Edição. Método. 2016.
 Recursos
· Estrutura da Petição Inicial da Ação Declaratória de Constitucionalidade;
· Código de Processo Civil;
· Lei nº 9.868/99;
· Constituição Federal;
· Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: ADC nº 29 (caso adaptado) 
Você, na qualidade de advogado, do Partido Político PXY, com representação no Congresso Nacional, foi procurado pelo Presidente do Partido, informando que a Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades.
Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
Esclarece-se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica
(conforme julgados), já o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores.
Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipóteses de inelegibilidade instituídas pela Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido PPXY, temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, sobre a constitucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefinição da questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor ação para que haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB.
Na qualidade de advogado, redija a peça cabível visando ver declarada a constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a aplicação das inelegibilidades à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade; c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; d) tutela de urgência.
Avaliação
SUGESTÃO DE GABARITO
Peça processual: Ação Declaratória de Constitucionalidade, a qual terá, por objeto impugnado, a Lei Complementar nº 135/2010.
Competência: A competência para julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade é do Supremo Tribunal Federal, e para essa corte deve ser endereçada a petição inicial.
Legitimidade ativa: Somente possuem legitimidade para propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade aqueles explicitados no rol do artigo 103 da Constituição. No caso em análise, o Partido Político XY (PPXY).
Legitimidade passiva: Não há lide, logo não há que se falar em réu. O que se tem visto nas peças processuais constantes da página do STF é o ataque a Lei ou Ato Normativo, no caso em tela, a Lei Complementar nº 135/2010.
Fundamentação:
Antes de adentrar no mérito é interessante que sejam abertos os seguintes tópicos:
DA LEGITIMIDADE ATIVA? A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática ... os partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada. O reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidárias para a instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de pertinência,
constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais, que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos. (STF ADI 1396).Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA - Na forma do artigo 102, I, a, CRFB/88 é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
DO CABIMENTO DA AÇÃO - Cabe demonstrar a controvérsia judicial sobre a aplicação da norma, uma vez que a ação declaratória de constitucionalidade visa resguardar a ordem jurídica constitucional, de modo a afastar o estado de incerteza ou insegurança jurídica sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, nos termos do artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994 e artigo 102, I, a, da CRFB/88.
Assim, cumpre salientar que alguns tribunais têm afastado a aplicação da Lei Complementar 135/2010 à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei, por reputá-la inconstitucional, supostamente em virtude de afronta ao princípio da segurança jurídica e da irretroatividade da lei mais gravosa.
Para, então, ingressar na fundamentação:
1) A razoabilidade da expectativa de um indivíduo de concorrer a cargo público eletivo, à luz da exigência constitucional de moralidade para o exercício do mandato (art. 14, § 9º), resta afastada em face da condenação prolatada em segunda instância ou por um colegiado no exercício da competência de foro por prerrogativa de função, da rejeição de contas públicas, da perda de cargo público ou do impedimento do exercício de profissão por violação de dever ético-profissional.
2) Não é plausível a tese de ofensa ao princípio da segurança jurídica, posto que nenhum cidadão tem o direito inato e inalienável a se candidatar. Todo e qualquer pedido de registro de candidatura deve passar pelo crivo da Justiça, sendo que aquele momento em que é formalizado o pedido de registro é o marco temporal para a aferição da capacidade eleitoral passiva.
3). A presunção de inocência consagrada no art. 5º, LVII, da Constituição Federal deve ser reconhecida como uma regra e interpretada com o recurso da metodologia análoga a uma redução teleológica, que reaproxime o enunciado normativo da sua própria literalidade, de modo a reconduzi-la aos efeitos próprios da condenação criminal (que podem incluir a perda ou a suspensão de direitos políticos, mas não a inelegibilidade), sob pena de frustrar o propósito moralizante do art. 14, § 9º, da Constituição Federal.
4). O direito político passivo (ius honorum) é possível de ser restringido pela lei, nas hipóteses que, in casu, não podem ser consideradas arbitrárias, porquanto se adequam à exigência constitucional da razoabilidade. O princípio da proporcionalidade resta prestigiado pela Lei Complementar nº 135/10, na medida em que: (i) atende aos fins moralizadores a que se destina; (ii) estabelece requisitos qualificados de inelegibilidade e (iii) impõe sacrifício à liberdade individual de candidatar-se a cargo público eletivo que não supera os benefícios socialmente desejados em termos de moralidade e probidade para o exercício de referido munus publico.
5). O exercício do ius honorum (direito de concorrer a cargos eletivos), em um juízo de ponderação no caso das inelegibilidades previstas na Lei Complementar nº 135/10, opõe-se à própria democracia, que pressupõe a fidelidade política da atuação dos representantes populares.
6). A Lei Complementar nº 135/10 também não fere o núcleo essencial dos direitos políticos, na medida em que estabelece restrições temporárias aos direitos políticos passivos.
7). A inelegibilidade tem as suas causas previstas nos §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, que se traduzem em condições objetivas cuja verificação impede o indivíduo de concorrer a cargos eletivos ou, acaso eleito, de os exercer, e não se confunde com a suspensão ou perda dos direitos políticos, cujas hipóteses são previstas no art. 15 da Constituição da República, e que importa restrição não apenas ao direito de concorrer a cargos eletivos.
Concessão da Medida Cautelar: deve ser formulado pedido de concessão da medida cautelar, para declarar a aplicabilidade das hipóteses de inelegibilidade previstas na lei objeto da presente ação. O fumus boni iuris reside nas razões expendidas, que demonstram a discussão acerca da Lei Complementar. O periculum in mora surge em perfunctória análise. Trata-se de aplicação de forma que diz respeito a cidadania, sendo que sua aplicação exige segurança e certeza, de norma a evitar divergências e descredito a Lei Complementar 135/2010.
Pedido: diante do exposto... 1) a concessão da medida Cautelar para, liminarmente, suspender os efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei Complementar 135/2010 por considerá-la inconstitucional, até o julgamento em definitivo da presente ação;
2) a oitiva do Procurador-Geral da República;
3) que sejam solicitadas informações as autoridades competentes;
4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a sua aplicação à fatos ocorridos anteriores a sua existência, com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante.
Provas - Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 14º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
Valor da causa - Dá-se à causa o valor de R$...; (Valor estimativo, em cumprimento ao disposto no artigo 291, do CPC/2015. Obs.: o valor da causa não é obrigatório, existindo no site do STF inúmeras ADC que não constam valor da causa.)
Observar: Lei nº. 9.868/99 e artigos 319, 320 do CPC.
Ver Jurisprudência: ADC nº 29: Ações declaratórias de constitucionalidade cujos pedidos se julgam procedentes, mediante a declaração de constitucionalidade das hipóteses de inelegibilidade instituídas pelas alíneas c, d, f, g, h, j, m, n, o, p e q do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 64/90, introduzidas pela Lei Complementar nº 135/10, vencido o Relator em parte mínima, naquilo em que, em interpretação conforme a Constituição,
admitia a subtração, do prazo de 8 (oito) anos de inelegibilidade posteriores ao cumprimento da pena, do prazo de inelegibilidade decorrido entre a condenação e o seu trânsito em julgado. Inaplicabilidade das hipóteses de inelegibilidade às eleições de 2010 e anteriores, bem como para os mandatos em curso, à luz do disposto no art. 16 da Constituição. Precedente: RE 633.703, Rel. Min. GILMAR MENDES (repercussão geral).
PREVENÇÃO - ADI 4578.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
· fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aul

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