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2-Trabalho Gestão Estratégica de Custos - Desafio Profissional 19.04

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Trabalho Desafio Profissional apresentado ao 
Curso de MBA em Controladoria, como requisito 
para aprovação da disciplina Gestão Estratégica de 
Custos e Formação de Preços da Faculdade 
Anhanguera S.A. 
Orientadora: Professora Ms. Ruth Martins dos 
Santos. 
 
 
 
SSOORROOCCAABBAA//SSPP 
22001133 
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EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se 
assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver 
se tem com que a acabar? 
Para que não aconteça que, depois de haver posto os 
alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a 
virem comecem a escarnecer dele, 
Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde 
acabar.” 
(Bíblia Sagrada: Evangelho 
segundo S.Lucas 14:28-30) 
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RESUMO 
O presente trabalho trará uma abordagem muito importante para a gestão dos 
negócios empresariais, dessa forma, será aplicado um ensinamento de como 
identificar os custos da empresa, partindo do principio de classificação dos custos, o 
uso de sua terminologia, processos industriais, conhecimentos como matéria prima, 
mão de obra, a identificação de custos indiretos de fabricação onde será necessária 
a aplicação de rateios, ou seja, fazer uma divisão justa, chama-se dividir 
proporcionalmente. Dessa forma terá um resultado eficaz se a empresa definir 
claramente o seu sistema de custeio, nesse caso será demonstrado diversos tipos 
de sistema, porém o caso prático apresentado será o sistema de custeio por 
absorção. Será abordada ainda a análise de vendas x volume x lucro, sendo 
necessária a identificação do ponto de equilíbrio da empresa para tomadas de 
decisão. 
 
Palavras-chave: (Custos; Gestão; Ponto de Equilíbrio; Tomada de Decisão) 
 
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ABSTRACT 
 
This work will bring a very important approach to the management of enterprise 
business thus be applied in a teaching how to identify the company's costs, based on 
the principle of cost classification, using their terminology, industrial processes, 
knowledge as raw material, labor, identification of manufacturing overhead where it 
will be necessary to apply apportionment, ie, to make a fair division, called split 
proportionally. Thus have an effective result if the company clearly define your 
costing system in this case will be shown various types of system, but the case study 
will be presented the system of absorption costing. Will be addressed further analysis 
of sales volume x x profit, being necessary to identify the company's breakeven point 
for decision making. 
 
 
Keywords: (Costs; Management; Breakeven; Decision Making) 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8 
2. GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS .......................... 9 
2.1 INDÚSTRIA: DEFINIÇÃO DE EMPRESA FABRIL ................................................................ 9 
3. TERMINOLOGIA APLICADA NA GESTÃO DE CUSTOS: CONHECENDO CUSTOS E 
DESPESAS. ........................................................................................................................ 10 
3.1 DESEMBOLSOS: ........................................................................................................... 10 
3.2 GASTOS:...................................................................................................................... 11 
3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS: ...................................................................................... 12 
3.4 CUSTOS: ...................................................................................................................... 12 
3.4.1 Matéria Prima ...................................................................................................... 13 
3.4.2 Mão de Obra ........................................................................................................ 13 
3.5 DESPESAS ................................................................................................................... 13 
3.6 PERDAS ....................................................................................................................... 14 
3.7 DESPERDÍCIOS ............................................................................................................. 15 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ................................................................................ 16 
4.1 CUSTOS DIRETOS ........................................................................................................ 16 
4.2 CUSTOS INDIRETOS. ..................................................................................................... 17 
4.3 CUSTOS FIXOS. ............................................................................................................ 17 
4.4 CUSTOS VARIÁVEIS. ..................................................................................................... 18 
5. RATEIOS ...................................................................................................................... 20 
5.1 BASE DE RATEIO .......................................................................................................... 20 
5.2 COEFICIENTE DE RATEIO ............................................................................................... 20 
6. SISTEMAS DE CUSTEIO ............................................................................................. 22 
6.1 SISTEMAS DE CUSTOS POR ORDEM DE PRODUÇÃO ........................................................ 22 
6.2 SISTEMAS DE CUSTO PADRÃO ....................................................................................... 22 
6.3 SISTEMAS DE CUSTO DIRETO ........................................................................................ 23 
6.4 SISTEMAS DE CUSTOS POR PROCESSO .......................................................................... 23 
6.6 SISTEMAS DE CUSTO POR ABSORÇÃO ........................................................................... 24 
7. ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO .................................................................... 25 
7.1 PONTO DE EQUILIBRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .................................................... 25 
7.2 LUCRO ....................................................................................................................... 27 
7.3 ANÁLISE DE INVESTIMENTO ........................................................................................... 27 
7.3.1 Payback ............................................................................................................. 27 
7.3.2 Taxa de Rentabilidade .......................................................................................28 
7.3.2 Prazo de Retorno ............................................................................................... 28 
7.3.3 (GAO) Grau de Alavancagem Operacional .......................................................... 28 
8. FORMAÇÃO DE PREÇOS ........................................................................................... 30 
8.1 MARKUP ...................................................................................................................... 30 
9. CASO PRÁTICO .......................................................................................................... 32 
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9.1 CLASSIFICAÇÃO DE GASTOS ......................................................................................... 32 
9.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ................................................................................. 33 
9.3 APURAÇÃO DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO....................................................................... 34 
9.4 ANÁLISE DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS .............................................................. 34 
9.5 PONTO DE EQUILIBRIO .................................................................................................. 34 
9.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS: GRÁFICOS ......................................................................... 35 
10. RELATÓRIO PARA TOMADAS DE DECISÕES: ..................................................... 38 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 42 
12. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 43 
 
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1. INTRODUÇÃO 
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O objetivo deste trabalho é trazer ao leitor de forma clara a importância da 
gestão de custos para as empresas independente do porte para torná-la competitiva 
no mercado reduzindo seus custos operacionais permitindo o melhor preço e maior 
qualidade para seus clientes. 
E para tratar deste tema, será abordado neste trabalho os conceitos da 
gestão de custos como também as suas terminologias, classificação dos mesmos, 
para que a mensuração do sistema de custeio, seja mais precisa possível. Neste 
caso será abordado o sistema de custeio por absorção. 
Como o foco será a tomada de decisão, faz se necessário outras análises 
como a identificação do ponto de equilíbrio, análise de investimento, taxa de 
rentabilidade, formação do preço de venda, precisamente método “markup”, para 
ilustrar toda esta abordagem, será apresentado um caso prático com relatório para 
tomada de decisões. 
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2. GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS 
 
A área de Custos tem sido um tema de muita relevância para os processos 
gerenciais das empresas industriais para a competitividade e sucesso no mercado. 
As empresas precisam tomar decisões diariamente para desenvolver a sua 
gestão de forma eficiente focando resultados eficazes de rentabilidade e 
lucratividade. 
Segundo HUSSEIN (2002. p. 7) “existem três objetivos principais nos 
negócios: gerar lucro, vencer a concorrência e satisfazer os clientes. Parece simples, 
mas para conseguir os dois primeiros precisa se sair bem no terceiro”. Para que isso 
aconteça são necessárias ações que permitem, qualidade, tempo justo, atendimento 
e com preço baixo. 
Sem gestão de custos não é possível obter um custo baixo com alta 
qualidade no produto, portanto, a partir de agora o presente trabalho abordará de 
forma humilde conceitos básicos da área de custos permitindo ao leitor a 
classificação e gestão de custos para a tomada de decisão. 
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2.1 Indústria: Definição de empresa fabril 
 
Uma empresa fabril conhecida como Indústria, atua na transformação de bens 
para formar outros bens, segundo PEREZ JUNIOR (2010 p. 18) define a indústria: 
“Entende-se por empresa industrial aquela que adquire determinadas matérias-
primas, e, com o uso de máquinas, equipamentos e mão-de-obra especializada, 
transforma tais matérias-primas em produtos acabados.” 
Dessa forma pode-se concluir que uma indústria utiliza-se de processos, 
capital e recursos humanos para a criação de novos produtos. 
 
 
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3. TERMINOLOGIA APLICADA NA GESTÃO DE CUSTOS: 
CONHECENDO CUSTOS E DESPESAS. 
 
Para que haja uma boa classificação dos custos, deve-se observar que a área 
de custos possui terminologias próprias, essa classificação é de suma importância 
para que não haja interpretações equivocadas, comprometendo toda a gestão e 
tomada de decisão. 
As definições a seguir são de vital importância para a compreensão do 
presente trabalho Desafio Profissional para a disciplina Gestão Estratégica de 
Custos. 
 
3.1 Desembolsos: 
 
São sacrifícios financeiros, em outras palavras, saídas de caixa ou banco 
devido ao pagamento de compras, aquisições ou obrigações assumidas necessários 
a geração de bens, serviços ou até mesmo para gerar receitas. 
 
Exemplos de desembolsos: 
 
a) Compra de matéria a vista; 
b) Pagamento de salários de funcionários; 
c) Pagamento de empréstimo bancário; 
d) Pagamento de investimentos, aquisição de ativos, etc. 
e) Pagamento de despesas tais como, material de expediente, aluguel, 
seguros, fretes, etc. 
 
 
 
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3.2 Gastos: 
 
São gastos não necessariamente originados de desembolsos, ou seja, não é 
necessariamente saídas de caixa. A todo o momento ocorrem gastos dentro de uma 
empresa, são consumos de bens e serviços, podendo haver ou não sacrifícios 
financeiros. 
Podemos exemplificar gastos da seguinte forma: 
 
a) Consumo de matéria prima no setor produtivo; 
b) Consumo de material de expediente no setor administrativo; 
c) Consumo de frete no setor comercial para venda de bens; 
d) Energia elétrica consumida no processo fabril. 
 
Segundo PEREZ JUNIOR (2003, p. 16): “o gasto poderá ser classificado em 
custos, despesas, ou desperdícios. Dessa forma pode-se observar muitas definições 
equivocadas do gasto, por exemplo: “Hoje gastei muito dinheiro”, sabendo-se que 
dinheiro não é gasto e sim desembolso. 
Assim faz-se necessário conhecer outras classificações, como Custos, 
Despesas, Perdas e Desperdícios. 
O historiador Tito Livio (59 a. C. – 17 d. C.) definiu Nada aflige mais do que a 
perda de dinheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3 Classificação dos Gastos: 
 
 
 
3.4 Custos: 
São consumos de bens e serviços para geração de outros bens e serviços, 
são gastos necessários no processo de fabricação, sendo classificados como 
custos. 
 
Exemplos de Custos: 
 
Consumo de matéria prima; 
Consumo de materiais auxiliares; 
Mão de obra dos funcionários da fábrica; 
Mão de obra da supervisão e gerência da fábrica; 
Gastos Gerais de Fabricação - GGF, muitos especialistas da área de custos 
classificam como GGF ou CIF (Custos Indiretos de Fabricação); 
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Existem outros custos chamados de serviços de apoio ao processo fabril, por 
exemplo: Serviço de Manutenção, Setor de Almoxarifado, Engenharia, refeitório, etc. 
 
3.4.1 Matéria Prima 
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A matéria prima é um elemento de forte impacto nos custos, portanto cabe 
comentar mais a respeito. 
A matéria prima é um bem que será consumido no processo produtivo, ela 
será transformada ou adicionada para geração de outro produto, melhor dizendo, um 
novo bem. Normalmente a matéria prima é adquirida de outra empresa. 
 
3.4.2 Mão de Obra 
 
Outro custo de forte impacto no processo produtivo é a Mão de Obra, onde é 
aplicado sobre a matéria prima para a sua devida transformação e geração de um 
novo bem. 
Os custos gerados no processo industrial normalmente tem seu destino 
Ativado, ou seja, destinado ao estoque para venda futura, ou Ativo Imobilizado, para 
tornar suas operações rentáveis. 
 
 
3.5 DespesasSão consumos de bens e serviços objetivando a geração de receitas. Esses 
gastos são direcionados as áreas Administrativa, Comercial e Financeira da 
empresa. Portanto as despesas existem para geração de receitas e não produção 
de bens e serviços. 
Conforme tabela abaixo é importante destacar que existem despesas 
incorridas na realização de receitas, onde não deve ser desconsideradas para a 
identificação do resultado de uma entidade. 
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Tabela 3.1 Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada. 
Receitas Realizadas Despesas Incorridas Diretamente Indiretamente 
Receitas de Vendas Impostos sobre vendas 
Custos das Vendas 
Fretes e Comissões 
Propaganda e Publicidade 
Faturamento e cobrança 
Alugueis e depreciação de 
imóveis, móveis e utensílios 
Despesas gerais de vendas 
Receitas de Serviços Impostos sobre Serviços 
Custos dos Serviços Prestados 
Comissões 
Idem Acima 
 
 Despesas incorridas para 
administrar o processo 
gerador de receitas 
Receitas Financeiras 
 Despesas incorridas para 
financiar o processo gerador 
de receitas 
 
 Despesas de impostos sobre 
lucros gerados das receitas 
realizadas 
Fonte: PEREZ JUNIOR (2003, p. 17)1 
 
3.6 Perdas 
 
Em um processo de fabricação pode ter gastos anormais podendo ter outra 
definição como gastos involuntários, onde é incapaz de gerar outro bem ou serviço, 
esse gasto é definido como perdas, a empresa deve desenvolver controles sobre 
essas perdas para a redução dos custos industriais, lembrando que algumas não 
são previstas devendo desenvolver planos de ação após fato para não haver 
reincidência. 
DUBOIS (2009 p. 17)2 conceituou as perdas da seguinte forma: “É todo gasto 
no qual a empresa incorre quando certo bem ou serviço é consumido de maneira 
anormal às suas atividades, como inundações, incêndios, greves, etc.”. 
 
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1
 HERNANDES PEREZ JUNIOR, José; MARTINS DE OLIVEIRA, Luís; GUEDES COSTA, Rogério. 
Gestão Estratégica de Custos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
�
2
 DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana; SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de Custos e Formação de 
Preços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
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3.7 Desperdícios 
 
O desperdício é outro gasto existente em uma empresa, podendo ser 
eliminado em sua totalidade sem comprometer a qualidade do produto ou serviço, 
são gastos incorridos no processo produtivo ou na geração de receitas. 
Manter desperdícios é sinal de prejuízos comprometendo o resultado, 
podendo afetar o sucesso e significar fracasso da empresa. 
Segundo DUBOIS (2009 p. 17) “desperdícios é um gasto que a empresa 
apresenta pelo fato de não ocorrer o aproveitamento normal de todos os seus 
recursos”. 
 
Pode-se utilizar como exemplos de desperdícios: 
a) Reprocesso devido aos erros de produção, devendo aplicar materiais e 
mão-de-obra em duplicidade para a mesma produção; 
b) Armazenagem e logística desnecessária; 
c) Excesso em burocracia, ou seja, controles, relatórios, informações 
geradas desnecessárias, sem aproveitamento algum; 
d) Mão-de-obra direta ou indireta desnecessária ao processo produtivo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
 
Para que haja eficiência na gestão dos custos, é necessário realizar a 
classificação dos custos, lembrando que custos são os gastos envolvidos no 
processo fabril, ou seja, processo de transformação de bens ou serviços para a 
obtenção de novos bens ou serviços, já as despesas são gastos incorridos para a 
obtenção de receitas, ou seja, estão apropriados as áreas administrativa, comercial 
e financeira. 
PEREZ JUNIOR (2010 p. 25), comenta que “a separação dos gastos em 
custos e despesas é fundamental para a apuração dos custo da produção e do 
resultado de um período”. Inclusive através dessa separação a empresa poderá 
identificar a MC – Margem de Contribuição3, Ponto de Equilíbrio4, etc. 
A classificação dos custos está contemplada em: 
a) Custos Diretos; 
b) Custos Indiretos; 
c) Custos Fixos e 
d) Custos Variáveis. 
Através da classificação correta citada acima permitirá uma apropriação 
adequada desses custos e despesas. 
 
4.1 Custos Diretos 
 
Custos Diretos são aqueles facilmente identificados no produto produzido, ou 
seja, a sua quantificação é definida previamente na classificação dos gastos do 
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3
 Margem de Contribuição: Identifica a capacidade de absorver os custos fixos, podendo iniciar 
tomadas de decisões. 
4
 Ponto de Equilíbrio: Identifica qual é o mínimo de receitas para cobrir todos os gastos, é o ponto 
de nivelamento, momento que não á prejuízo ou lucro é o ponto zerado e a partir desse momento 
inicia-se o lucro.�
���
�
processo fabril, o custo direto não necessita de rateio5 para sua devida identificação 
no custo do produto. 
Segundo PERES JUNIOR (2010 p. 30), “custos diretos podem facilmente ser 
quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa 
facilidade”. 
Na maioria das empresas os custos diretos envolvem materiais e mão-de-
obra, tais como: matérias-primas, mão-de-obra dos funcionários da produção da 
fábrica, materiais de embalagem, etc. 
Já DUBOIS (2009, p. 26) preceitua custos diretos: “[...] podem ser apropriados 
de maneira objetiva aos produtos elaborados, por que há uma forma de medição 
clara de seu consumo durante a fabricação”. 
 
 4.2 Custos Indiretos. 
 
Os custos indiretos tem uma administração mais complexa, uma vez que 
necessita de fatores divisionais e alocar esses custos de forma proporcional a cada 
produto produzido, ou seja, necessita de rateios para a sua devida apropriação. 
Para DUBOIS (2009, p. 27), “[...] os custos indiretos de fabricação necessitam 
de alguns cálculos para serem distribuídos aos diferentes produtos fabricados pela 
empresa, uma vez que são de difícil mensuração e apropriação a cada produto 
elaborado, ou ainda, é antieconômico6 fazê-lo.” 
 
4.3 Custos Fixos. 
São os gastos do processo fabril que independente de produção ou qualquer 
outra atividade ele existirá, como também não importa a quantidade produzida, o 
custo é fixo. 
Segundo PERES JUNIOR (2010 p. 26), “são os custos que permanecem 
constantes dentro de determinada capacidade instalada” ou seja, 
permanecem inalterados. 
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5
 Rateio: Repartir proporcionalmente. 
6
 Antieconômico: Que vai contra as regras da boa economia. Regra e moderação nos gastos, 
Habilidade em administrar os bens ou rendimentos. Conjunto de leis que presidem a produção e 
distribuição das riquezas. 
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Os custos fixos tem as seguintes principais características: 
 
a) O valor total permanece constante dentro de determinada faixa da 
produção; 
b) O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no 
volume de produção, por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade 
maior; 
c) Sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, 
na maioria das vezes, de critérios de rateios determinados pela 
administração; 
d) A variação dos valores totais podem ocorrer em função de 
desvalorização da moeda ou por aumento ou redução significativa no 
volume de produção; 
 
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� � � � � �Figura 4.1 
 
4.4 Custos Variáveis. 
 
São os custos que alteram devido ao volume de produção, quanto maior a 
quantidade produzida, maior será o custo. 
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Figura 4.2 
 
À medida que as quantidades aumentam os custos variáveis também 
aumentam. 
Por exemplo: 
a) Matéria Prima; 
b) Material de embalagem; 
c) Insumos de produção; 
d) Horas extras do pessoal da fábrica. 
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5. RATEIOS 
 
Os rateios são divisões feitas em proporcionalidade para alocar os custos 
indiretos de fabricação conhecidos como CIF aos produtos produzidos, compreende-
se CIF todos os custos que não são Materiais Diretos e Mão-de-obra Direta. 
Devido haver custos não identificáveis diretamente nos produtos produzidos, 
é necessário utilizar-se de divisões proporcionais para sua correta apropriação. 
 
5.1 Base de Rateio 
 
A base de rateio deve ser utilizada para identificar o custo indireto na sua 
proporcionalidade ao produto produzido. 
 
Tabela 5: Relação do Custo Indireto e a respectiva Base de Rateio 
Custo Indireto Base específica de rateio 
Alugueis Área ocupada 
Combustíveis de máquinas Potencia das máquinas 
Controle de Qualidade Quantidade produzida 
Depreciações Horas de máquina, quantidades produzidas e, em 
alguns casos, o valor do equipamento 
Energia (iluminação) Área ocupada 
Energia elétrica Horas de máquina 
Limpeza Área ocupada 
Seguros do prédio Área ocupada 
Supervisão da produção Número de pessoas, salário da MOD. 
 
 
5.2 Coeficiente de rateio 
 
Como já foi dito anteriormente o rateio é uma divisão proporcional do custo 
para sua devida apropriação ao produto produzido ou serviço prestado. 
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Dessa forma o coeficiente de rateio (CR) a ser utilizado é expresso da 
seguinte forma: 
 
CR = 
Custos Indiretos Totais (a serem rateados) 
 
Total da Base escolhida 
 
 
 
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6. SISTEMAS DE CUSTEIO 
 
É o método pelo qual a gerência deseja obter de maneira eficaz as 
informações quanto ao método de custeio. Dentre elas, temos: 
 
• Sistema de custos por ordem de produção; 
• Sistema de custo padrão; 
• Sistema de custo direto; 
• Sistema de custo por processo; 
• Sistema de custo por absorção 
 
6.1 Sistemas de Custos por Ordem de Produção 
 
O sistema de custo por ordem de produção é o sistema de custeamento em 
que cada parte do custo é acumulado separadamente, sendo elaborado sequindo 
rigorosamente as especificações do cliente. Para cada pedido do cliente, abrirá uma 
nova ordem de produção, segundo ordens específicas de produção emitidas pelo 
Setor de Programação e Controle de Produção – PCP. 
 
As ordens de produção são emitidas para o início da execução do serviço e 
nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que ele seja devidamente autorizado pela 
correspondente emissão de uma ordem de produção. 
 
6.2 Sistemas de Custo padrão 
 
É o custo que a empresa estipula como o objetivo a ser alcançado durante um 
determinado tempo, para a produção ou aquisição de um produto ou serviço. 
���
�
Segundo HERNANDEZ OLIVEIRA COSTA (2008, p. 163): “ É o custo pré-
determinado das operações, considerando as quantidades de matérias-
primas, o tempo de mão-de-obra que se calcula necessários em condições 
normais de operação, os valores que se espera pagar por materiais e 
salários, durante determinado período, e ainda os custos indiretos e fixos 
que serão incorridos, normais em relação à capacidade de produção.” 
 
6.3 Sistemas de Custo direto 
 
É o sistema que considera como custo de produção apenas os custos 
variáveis sem os custos fixos . Mesmo de existirem sem a produção de um bem ou 
serviço, os custos fixos não são qualificados como custos e sim como despesas 
incorridas no período. Desse modo os custos dos produtos só terão custos variáveis 
Este sistema de custeio, serve para separar os custos variáveis dos custos 
fixos para uma análise gerencial, mas no Brasil este método de custeio não é aceito 
pela legislação do imposto de renda. 
 
6.4 Sistemas de Custos por processo 
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Também conhecido como custeamento por produção contínua ou processo, 
este método é utilizado em produção em massa de produtos similares e que mantém 
a homogeneidade no processo produtivo. Segundo DUBÓIS ( 2009 p. 115 ); “ São 
de produção repetitiva, similares em esforços e recebem a mesma quantidade de 
recursos em um fluxo contínuo.” Este custeamento é utilizado nas seguintes 
atividades: 
• Indústrias alimentícias ( bebidas, bolachas, doces etc.; 
• Indústrias automobilísticas ( montadoras ) 
• Fabricantes de aparelhos eletroeletrônicos 
• Indústrias farmacêuticas. 
• Siderúrgicas; 
• Indústrias de cimento 
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Os custos são departamentalizados por centros de custos, dessa forma dá 
para saber na confecção de um produto o quanto cada centro de custo gastou ou 
recebeu, baseado por método de rateio, recursos advindos de outros departamentos 
auxiliares que não estão ligados diretamente a produção. 
 
6.6 Sistemas de Custo por absorção 
 
É o método de custeio em que o produto recebe todos os custos sejam eles 
diretos ( matéria-prima, mão-de-obra ), e indiretos ( água, luz, etc.), ou seja, o 
produto deve absorver todos os custos. Também conhecido como “custeio integral”. 
Segundo DUBÓIS ( 2009 p. 129) “ .....indica que cada unidade produzida “absorveu” 
todos os gastos necessários para obtê-la, seja diretos, isto é, próprios do produto, ou 
indiretos, que são aqueles que auxiliam a produção...”. 
Este método é o único aceito pela contabilidade financeira que atende aos 
princípios contábeis e para fins de Demonstrativos fiscais. 
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7. ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO 
 
 Este sistema de análise é se suma importância para se obter a melhor 
decisão para gerenciamento do sistema de custeio. Segundo ( JOSÉ HERNANDES 
PEREZ, 2008 pg. 198 ) “ ...é util para a tomada de decisões administrativas ligadas a 
fixação de preços, decisão de compra ou fabricação, determinação de produtos e, 
ainda, possibilita a determinação imediata do comportamento dos lucros em face 
das oscilações das vendas. 
 
7.1 Ponto de Equilibrio e Margem de Contribuição 
 
Ponto de Equilibrio, em inglês “ break even point “ é o ponto onde a empresa 
deverá vender para cobrir os custos variáveis, despesas variáveis e despesas fixas. 
Neste ponto não existe lucro ou prejuízo, o volume de receitas são iguais as 
despesas. Segundo ( DALVIO JOSÉ BRECHÓ p. 341 2005) “O ponto de equilíbrio 
expressa o mínimo de faturamento que uma empresa necessita para cobrir 
totalidade de seus custos”. 
O gráfico a seguir nos mostrará melhor, para nível de entendimento, como 
funciona o ponto de equilíbrio: 
 
 
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Conforme se pode observar a figura acima, o Ponto de Equilíbrio é o ponto 
onde a linha da Receita cruza com a linha do custo total. Para se calcular o Ponto de 
Equilíbrio, necessário se faz é o conhecimento do conceito de Margem de 
Contribuição o que nada mais é do que diferença entre o peço de venda e a soma 
dos custos fixos a variáveis. 
 Para calcular a margem de contribuição unitária segue a seguinte fórmula: 
 MC= PV – (CV + DV) 
 Onde : 
 MC = margem de contribuição; 
 PV = preço de venda; 
 CV = soma dos custos variáveis; 
 DV = soma das despesas variáveis. 
 
 
 
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7.2 Lucro 
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É o resultado positivo do retorno de investimento de uma empresa. Obtém – 
se o lucro após a apuração das Receitas menos os Custos e despesas. Com o 
lucro, que é o resultado operacional de uma empresa e principal objetivo dela, pode-
se reinvestir, devolver parte aos sócios que aplicaram seus recursos , reforçar o 
capital de giro para dar continuidade ao fluxo normal da empresa.7.3 Análise de Investimento 
 
É um instrumento de caráter financeiro muito utilizado pelas empresas para 
medir a eficiência do investimento e serve como base de comparação e avaliação 
para auxiliar , em termos gerenciais, as decisões a serem tomadas a partir de seus 
resultados. 
Para podermos analisar um investimento, se faz necessário conhecer 
algumas de suas ferramentas que ajudam na interpretação dos resultados 
operacionais de uma empresa, dentre elas temos: 
 
• PayBack 
• Taxa de Rentabilidade 
• Taxa de Retorno ou Prazo de Retorno 
 
7.3.1 Payback 
 
Payback é o tempo em que lucro líquido acumulado se iguala ao valor do 
investimento inicial, em uma definição mais simples, é quanto demora para se obter 
o valor que foi investido em uma empresa. 
 
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7.3.2 Taxa de Rentabilidade 
 
 Fórmula : LUCRO LÍQUIDO x 100 
 INVESTIMENTO 
 
Dividindo-se o lucro liquido pelo valor do investimento e multiplicando por 
100, obtém-se esta taxa que serve para mostrar o quanto este lucro está rendendo 
em função do investimento. Comparado a outros meios de investimentos no 
mercado, esta taxa mostra se é viável investir em uma empresa ou procurar outras 
formas de investimentos que tragam maior rentabilidade. 
 
7.3.2 Prazo de Retorno 
 
 Fórmula : INVESTIMENTO x 100 
 LUCRO LÍQUIDO 
 
Dividindo- se o investimento pelo lucro líquido e multiplicando por 100, ou 
seja, invertendo as variáveis da taxa de rentabilidade, obtém-se o prazo de retorno, 
que mostra quanto tempo leva para obter o retorno daquilo que foi investido. 
 
7.3.3 (GAO) Grau de Alavancagem Operacional 
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 Representa o efeito que um aumento na quantidade de vendas 
provocará no lucro da empresa. Segundo ( DUBÓIS, p. 197 ) “...é um índice que 
mede o efeito de uma variação percentual dos lucros operacionais sobre a variação 
percentual das quantidades vendidas”. 
 
 
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Fórmula para cálculo da GAO: 
 
 GAO = VARIAÇÃO PERCENTUAL NO LUCRO 
 VARIAÇÃO PERCENTUAL NA QUANTIDADE VENDIDA 
 
 O Grau de alavancagem operacional é de extrema utilidade para projeções 
dos resultados que determinada empresa obteria em diversos níveis de atividades e 
produção e de vendas, mantidas constantes as demais variáveis, tais como a 
margem de contribuição, total das despesas custos e etc. 
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8. FORMAÇÃO DE PREÇOS 
 
Objeto de estudos da ciência econômica, a formação de preços seja ela de 
bens ou de serviços tem sua essência pautada na já conhecida lei da oferta e da 
procura. Se do lado da oferta haverá maior intensificação para vender o bem a um 
preço mais alto, no lado da procura haverá a demanda procurando o mesmo bem a 
um preço mais barato. O gráfico nos mostra como funciona este mecanismo 
econômico: 
 
 
 Podemos entender através do gráfico que quanto maior o preço, menos são 
as quantidades vendidas, ou seja, menos a procura pelo bem ou serviço. O preço de 
venda ideal consiste naquele em que o preço de venda deverá cobrir os custos 
diretos variáveis, as despesas variáveis, as despesas fixas e o lucro líquido 
pretendido. 
 
8.1 Markup 
 
Antes de efetuarmos o cálculo do preço de venda, devemos conhecer um 
item indispensável para o entendimento da formação de preços que é o markup que 
é muito utilizado para determinar os preços de produtos fabricados pelas empresas. 
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Segundo ( DUBOIS 2009 p. 228 ) “ Ele consiste em adicionar uma certa 
margem de lucro aos custos dos produtos fabricados ou aos serviços prestados “ 
Fórmula do Markup: 
Markup = % desejada X Ca 
Onde : 
Ca = Custo unitário 
Então, para a efetiva formação do preço de venda adicionado ao Markup, 
temos a seguinte fórmula: 
 Preço de venda = Custo unitário + Markup 
Para entendermos melhor, vamos aplicar um exemplo hipotético onde um 
determinado produto apresente um custo unitário de R$ 1,50 e a empresa determina 
um markup de 35% sobre o seu custo. Qual será o seu preço de venda? 
 Aplicando a fórmula, temos : 
 Preço de venda = R$ 1,50 + ( 35% de R$ 1,50 ) 
 Preço de venda = R$ 1,50 + R$ 0,35 
 Preço de venda = R$ 1,50 + R$ 0,35 
 Preço de venda = R$ 1,85 
 
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9. CASO PRÁTICO 
 
A empresa Cia. MÓVEIS DE OURO LTDA, tem as seguintes características: 
 
Objeto Social: O seu objeto social a fabricação de móveis. 
Produto: tem como produto Guarda Roupas 
Regime de Tributação: Lucro Presumido. 
 
A companhia apresentou os seguintes dados: 
 
 9.1 Classificação de Gastos 
 
Descrição Classificação Classificação Valor (R$) 
Matéria Prima CV CD 350.000,00 
Material de Embalagem CV CD 100.000,00 
Mão de Obra Direta c/ encargos CF CD 200.000,00 
Gastos Gerais de Fabricação CV CI 70.000,00 
Salário supervisão e gerencia da fábrica CF CI 30.000,00 
Salário dos funcionários do 
administrativo DF DF 15.000,00 
Honorários da diretoria DF DF 20.000,00 
Aluguel do prédio da fábrica CF CI 10.000,00 
Seguro da fábrica CF CI 5.000,00 
Material administrativo DV DV 2.000,00 
Energia Elétrica da fábrica CV CI 10.000,00 
Água e esgoto da fábrica CV CI 3.000,00 
Alimentação da fabrica CV CI 5.000,00 
Total dos gastos 820.000,00 
 
Legenda: 
CD – Custo Direto 
CI – Custo Indireto 
DF – Despesa Fixa 
DV – Despesa Variavel 
 
 
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 9.2 Formação do Preço de Venda 
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9.3 Apuração do Custeio por Absorção 
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9.4 Análise de Retorno sobre Investimentos 
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 9.5 Ponto de Equilibrio 
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 9.6 Análise dos Resultados: Gráficos 
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10. RELATÓRIO PARA TOMADAS DE DECISÕES: 
 
1. Qualidade 
 
Com base nos dados apresentados pela Cia. Moveis de Ouro Ltda, pode-se 
apresentar ações necessárias a redução de custos e despesas, visando maior 
economia a entidade e torna-la mais competitiva. 
Para a empresa conseguir satisfazer o cliente, pode-se adotar o Sistema de 
Gestão da Qualidade. Não necessariamente precisa obter a certificação ISO 9001, 
mas executar a norma fará com que seja um diferencial competitivo. 
Inicialmente a empresa deverá emitir Planos de Ação, para que não haja 
reincidência de não-conformidades; 
Elaborar instruções de trabalho e formulários de controle. 
Utilizar as ferramentas da qualidade, tais como: 
 
a) Diagrama de Causa e Efeito; 
b) PDCA: Plan, Do, Check e Action. (Planejamento, Fazer, Avaliar e 
Ação) 
c) Gráficos; 
d) Check-List 
e) Fluxograma 
 
 
 
 
 
 
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2. Máquinas e Equipamentos: 
Criar um plano de manutenção para evitar manutenções corretivas, pois 
essas manutenções normalmente são mais caras, como também uma unidade fabril 
pode ter sua produção paralisada por conta das manutenções corretivas, pois as 
mesmas não são planejadas. 
Identificar máquinas e equipamentos obsoletos, muitas vezes estão em 
funcionamento devendo paralisa-lo e efetuar a troca por equipamentos novos, dessa 
forma terá maior produtividade e menos manutenções, esse processo permitirá 
maior ganho econômico e financeiro. 
 
3. Produção 
Desperdícios: Elaborar procedimentos operacionais de instrução de trabalho 
permitindo maior eficiência do processo produtivo. 
Perdas: Elaborar controles para as perdas previstas e plano de ação para 
minimizar perdas. 
Contratar empresas coletoras deste tipo de material para geração de receitas 
não operacionais 
Horas Extras: Elaborar cronograma de produção e BSC Balanced Score 
Card Medição de Desempenho Operacional para eliminar horas extras e identificar 
capacidade de produção ociosa. 
Plano de Manutenção: Redução de consumo de energia elétrica realizando 
um trabalho de conscientização com funcionários. 
Estudar a estrutura da instalação da rede elétrica da produção e setores 
administrativos. 
Analisar a situação das máquinas e equipamentos elétricos identificando 
anomalias no consumo de energia. 
 
 
 
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4. Comercial/Marketing 
Plano de Negócios para mapear o empreendimento, identificar concorrentes 
em potencial, analisar o comportamento do mercado. 
Planejamento gerencial para acompanhamento da capacidade produtiva, para 
não sobrecarregar pedidos de venda/produção. 
 
5. Financeiro 
Fazer uma avaliação de contratos bancários com a finalidade de diminuir 
tarifas. 
Pagamento das contas em dia para evitar juros e multa. 
Trabalhar a fidelização de clientes, para manter um fluxo de caixa saudável. 
Utilizar-se de sistema de gestão financeira permitindo visualizações rápidas 
da situação financeira. 
 
6. Contabilidade 
Escrituração Contábil: Manter escrituração contábil conforme preceitua a 
legislação, utilizando os relatórios contábeis para tomada de decisão. 
Análise de Índices: Obter balancetes mensais para acompanhamento das 
análises horizontais e verticais. 
Através da contabilidade obter análises de índices para identificação da 
liquidez e rentabilidade, como também a composição do endividamento da empresa. 
Planejamento Tributário: Realizar planejamento tributário para dentro dos 
preceitos legais para identificar índices de economia tributária. 
Alterar o regime tributário para SIMPLES NACIONAL. 
 
7. Recursos Humanos/Departamento Pessoal 
Manter quadro de funcionários conforme necessidade produtiva. 
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Clima interno e Segurança: Realizar pesquisa de campo identificando clima 
interno, condições de trabalho, Equipamento de Proteção Individual, para evitar 
maiores índices de rotatividade e acidentes. Implantar Normas Regulamentadoras 
de Segurança conforme Ministério do Trabalho, evitando passivos trabalhistas. 
Treinamentos: Investir em cursos profissionalizantes, agregando 
conhecimentos aos funcionários, qualificando e capacitando a equipe envolvida. 
Política de Benefícios: Criar política de benefícios para estimular a 
motivação. 
8. Gestão de Suprimentos 
Processo de Compras: Elaborar instrução de trabalho para o setor de 
compras. 
Elaboração de formulários: Avaliação de fornecedores, identificando a 
idoneidade dos mesmos. Requisição de Compras, Mapa de Orçamentos, Pedido de 
compras. 
Almoxarifado: Implantar sistema de gestão dos estoques, para eliminar 
desvios, falta de produtos, matérias primas e produtos acabados. 
 
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através do presente trabalho identificou-se que é fundamental para o sucesso 
de todo e qualquer empreendimento o conhecimento e gestão dos custos. 
Através dessa gestão podem-se identificar possíveis não conformidades no 
processo produtivo e na gestão administrativa, comprometendo seu resultado 
operacional. 
A empresa realizando uma boa classificação de seus custos, consegue 
facilmente identificar sua margem de contribuição e otimizar a absorção dos seus 
custos fixos, dessa forma a empresa terá o seu ponto de equilíbrio em evidencia. 
Com essa gestão de custos a empresa poderá reformular os seus preços, 
otimizar o tempo da logística, buscando a plena satisfação de seus clientes. 
Neste estudo científico pode-se adotar como um padrão de gestão para 
outras empresas do mesmo segmento de fabricação de móveis. 
Dessa forma a conclusão do presente trabalho aponta que para a 
sobrevivência de toda empresa é necessário um processo de gestão para tomadas 
de decisões. 
 
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12. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
HERNANDES PEREZ JUNIOR, José; MARTINS DE OLIVEIRA, Luís; GUEDES 
COSTA, Rogério. Gestão Estratégica de Custos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
DUTRA, René Gomes. Custos: Uma Abordagem Prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 
2003. 
 
HUSSEIN, Mohamed. Controle de Custos: 25 Princípios para Administrar 
Estrategicamente. 1 ed. São Paulo: Publifolha, 2002. 
 
DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana; SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de Custos e 
Formação de Preços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

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