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Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Externalidades Eduardo de Carvalho Andrade Capítulo 2 Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Introdução O capítulo apresenta: Conceitos básicos de externalidades (positivas ou negativas), o custo e beneficio (privado e social); A correção de externalidades por meio dos direitos de propriedade; A correção de externalidades por meio da internalização da externalidade; A correção de externalidades por meio da intervenção governamental. Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Conceitos básicos Externalidade negativa e positiva O problema da externalidade surge porque quando as firmas ou indivíduos realizam suas ações, levam em consideração somente os benefícios e os custos privados, e não os benefícios e custos sociais. Os agentes econômicos não recebem do mercado a sinalização correta dos custos ou benefícios de suas ações. A externalidade é causada por uma imperfeição do mercado. Externalidade negativa: quando a ação de um agente econômico afeta negativamente um outro. Externalidade positiva: quando a ação de um agente econômico afeta positivamente um outro. Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Conceitos básicos Benefício privado corresponde somente ao benefício para o indivíduo que compra e consome o bem. Benefício social leva em consideração o impacto desse consumo para todos os indivíduos da sociedade. Benefício social pode ser maior ou igual ao benefício privado. Quando ele é maior, diz-se que existe uma externalidade positiva. Custo de um produto para a sociedade engloba não somente os custos para os seus produtores e vendedores, os chamados custos privados, como também os custos da produção para aqueles membros da sociedade que não produziram ou venderam o produto. Custo social é sempre maior ou igual ao custo privado. No caso em que ele for maior, fica caracterizada a existência de externalidade negativa. Benefícios versus custos Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Conceitos básicos Equilíbrio competitivo com externalidade negativa Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Conceitos básicos Equilíbrio competitivo com externalidade positiva Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Direitos de Propriedade O equilíbrio competitivo é eficiente, desde que os custos de transação sejam baixos e os direitos de propriedade sejam bem definidos, não importando quem tenha esse direito. O mesmo teorema sugere que se os custos de transação são elevados, a forma como os direitos de propriedade são estabelecidos afeta o equilíbrio competitivo, produzindo talvez um resultado economicamente ineficiente. A ineficácia do direito de propriedade: Custos de transação; A externalidade como um bem público; Presença de informação incompleta. Teorema de Coase Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Direitos de Propriedade Um caso clássico de externalidade está relacionado com o uso indiscriminado e exagerado, além do nível ótimo, de um determinado recurso produtivo que pertence à sociedade como um todo e a nenhum indivíduo em particular. Tragédia dos Comuns Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Internalização da externalidade A externalidade ocorre porque os agentes econômicos não incorporam integralmente os benefícios ou custos das suas ações. Uma possível solução para esse problema é internalizar a externalidade, ou seja, fazer com que os indivíduos assumam integralmente a responsabilidade dos seus atos. Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Internalização da externalidade Nenhum indivíduo paga por um produto que necessariamente o beneficia, pois espera que os outros paguem e ele acabe se beneficiando por tabela. Pode ser extremamente difícil, ou até mesmo impossível, monitorar o correto cumprimento das regras inerentes ao direito de propriedade ou até mesmo cobrar pelo uso de certos direitos. Por exemplo, monitorar quem está poluindo o ar e cobrar por isso, ou descobrir quem está se beneficiando de idéias desenvolvidas por outras pessoas, que possuem o direito de receber royalties sobre o uso da sua descoberta. Free-rider ou “efeito carona” Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Soluções baseadas no mercado É possível que ao intervir, o governo seja capaz de influenciar os incentivos privados dos indivíduos ou empresas de forma que passem a levar em consideração o impacto das suas ações, negativos ou positivos, sobre os outros agentes econômicos. O governo visa a encontrar um mecanismo que faça os agentes econômicos internalizarem a externalidade. As suas formas principais de intervenção são a colocação de um imposto corretivo – Pigouviano, (ou multa), a introdução de um subsídio e a venda de direitos de poluição. Intervenção Governamental Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Intervenção Governamental Impacto da colocação de um imposto quando existe externalidade negativa Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Efeito da colocação de um subsídio quando existe externalidade positiva Intervenção Governamental Ciro Biderman & Paulo Arvate Ciro Biderman & Paulo Arvate * Economia do Setor Público no Brasil Ciro Biderman & Paulo Arvate Regulamentação O governo intervém no mercado através de diferentes regulamentações para amenizar ou resolver os problemas gerados pela externalidade. Ex: poluição, trânsito, bancos. Em relação à opção do imposto, a regulamentação é uma alternativa menos atrativa, pois não gera nenhuma receita para o governo. Com as receitas provenientes da colocação do imposto, o governo, em tese, pode reduzir outros impostos que geram peso morto ou, se preferir, reduzir o seu endividamento. Por outro lado, somente com a regulamentação, uma empresa que descubra um novo método de produção menos poluente não tem tanto incentivo para adotá-lo. No caso deter de comprar os direitos de poluir, esse incentivo existe, pois passa a precisar gastar menos com a compra dos certificados de poluição. Intervenção Governamental Ciro Biderman & Paulo Arvate * * * * * * * * * * * * * *