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TCC - Proposta de Gestão para ME e EPP - Joel Camargo

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1 
MBA EM CONTROLADORIA 
Ano 2014 
 
 
 
 
Joel Camargo 
Anhanguera Educacional Sorocaba 
MBA em Controladoria 
contato@jccontroller.com.br 
 
 
 
Laerte Zotte 
Anhanguera Educacional Sorocaba 
Curso MBA em Controladoria 
E-mail laertezotte@yahoo.com.br 
 
 
PPRROOPPOOSSTTAA DDEE GGEESSTTÃÃOO NNAA 
IIMMPPLLAANNTTAAÇÇÃÃOO DDAA CCOONNTTRROOLLAADDOORRIIAA EEMM 
MMIICCRROO EE PPEEQQUUEENNAASS EEMMPPRREESSAASS.. 
GGeessttããoo ddee CCuussttooss ee GGeessttããoo FFiinnaanncceeiirraa 
RESUMO 
O presente trabalho trará uma abordagem muito importante para 
a gestão dos negócios empresariais, um ensinamento de como 
identificar os custos da empresa, partindo do principio de classifi-
cação dos custos, o uso de sua terminologia, processos industriais, 
conhecimentos como matéria prima, mão de obra, a identificação 
de custos indiretos de fabricação onde será necessária a aplicação 
de rateios, ou seja, fazer uma divisão justa dividir proporcional-
mente. Dessa forma terá um resultado eficaz se a empresa definir 
claramente o seu sistema de custeio, podendo identificar dados 
importantes, como a Margem de Contribuição e o Ponto de Equi-
líbrio. Também técnicas especificas da Gestão Financeira como a 
Análise das Demonstrações Contábeis, medindo a evolução da 
empresa, mapeando os índices para tomada de decisão, identifi-
cando a capacidade de pagamento de seus compromissos, identifi-
cando a rentabilidade e o endividamento, ou seja, um monitora-
mento dos recursos financeiros para tomada de decisão. 
Palavras-chave: (Custos; Gestão; Ponto de Equilíbrio; Gestão Fi-
nanceira). 
ABSTRACT 
This paper brings up a very important for the management of 
enterprise business, a teaching of how to identify the costs of the 
company, assuming the classification of costs, using your termi-
nology, industrial processes, knowledge as raw material, labor 
approach the identification of indirect manufacturing costs where 
the application of apportionment is required, ie, to make a fair 
division split proportionally. Thus will have an effective result if 
the company clearly define your costing system and can identify 
important data, such as the contribution margin and the point 
equilibrium. Also specific techniques of Financial Management 
and Analysis of Financial Statements, by measuring the evolution 
of the company, mapping indices for decision making, identifying 
the capacity to pay its obligations, identifying the profitability and 
indebtedness, ie a monitoring of financial resources for decision 
making . 
Keywords: (Costs; Management; Breakeven; Fi-nancial Management). 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
2 
1. INTRODUÇÃO 
O objetivo deste trabalho é trazer ao leitor de forma clara a importância da gestão de 
custos e a gestão financeira para as empresas e, independente do porte, torná-la com-
petitiva no mercado reduzindo seus custos operacionais e maximizando seus recursos 
financeiros permitindo o melhor preço e maior qualidade para seus clientes. 
E para tratar deste tema, serão abordados neste trabalho os conceitos da ges-
tão de custos como também as suas terminologias, classificação dos mesmos, para que 
a mensuração do sistema de custeio, seja mais precisa possível, como também a gestão 
financeira com técnicas especificas de análise de balanço, podendo medir a evolução 
dos negócios da empresa. 
2. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. 
A Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte é definida pela Lei Complementar 123 
de 14 de Dezembro de 20061, art. 3º está condicionada ao seu faturamento, ou seja, Mi-
croempresa com faturamento até R$ 360.000,00 no ano calendário e Empresa de Peque-
no Porte com faturamento até R$ 3.600.000,00 no ano calendário. 
3. GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS 
A área de Custos tem sido um tema de muita relevância para os processos gerenciais 
das empresas industriais, prestadores de serviços e comerciais para a competitividade 
e sucesso no mercado. 
As empresas precisam tomar decisões diariamente para desenvolver a sua 
gestão de forma eficiente focando resultados de rentabilidade e lucratividade. 
Segundo HUSSEIN (2002. P. 7) “existem três objetivos principais nos negócios: 
gerar lucro, vencer a concorrência e satisfazer os clientes. Parece simples, mas para 
conseguir os dois primeiros precisa se sair bem no terceiro”. Para que isso aconteça são 
necessárias ações que permitem, qualidade, tempo justo, bom atendimento com preço 
baixo. 
 
1 BRASIL, Receita Federal. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Lei Complementar nº 123 de 
14/12/2006. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm> Acesso em: 20 Março 
2014. 
Joel Camargo 
 
3 
Sem gestão de custos não é possível obter um custo baixo com alta qualidade 
no produto, portanto, a partir de agora o presente trabalho abordará de forma humilde 
conceitos básicos da área de custos permitindo ao leitor a classificação e gestão de cus-
tos para a tomada de decisão. 
4. TERMINOLOGIA APLICADA NA GESTÃO DE CUSTOS: 
CONHECENDO CUSTOS E DESPESAS 
Para que haja uma boa classificação dos custos, deve-se observar que a área de custos 
possui terminologias próprias, essa classificação é de suma importância para que não 
haja interpretações equivocadas, comprometendo toda a gestão e tomada de decisão. 
4.1. Desembolsos: 
São sacrifícios financeiros, em outras palavras, saídas de caixa ou banco devido ao pa-
gamento de compras, aquisições ou obrigações assumidas necessárias à geração de 
bens, serviços ou até mesmo para gerar receitas. 
 
Exemplos de desembolsos: 
 
a) Compra de matéria a vista; 
b) Pagamento de salários de funcionários; 
c) Pagamento de empréstimo bancário; 
d) Pagamento de investimentos, aquisição de ativos, etc. 
e) Pagamento de despesas tais como, material de expediente, aluguel, seguros, fre-
tes, etc. 
4.2. Gastos: 
São gastos não necessariamente originados de desembolsos, ou seja, não é necessaria-
mente saída de caixa. A todo o momento ocorrem gastos dentro de uma empresa, são 
consumos de bens e serviços, podendo haver ou não sacrifícios financeiros. 
 
Podemos exemplificar gastos da seguinte forma: 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
4 
 
a) Consumo de matéria prima no setor produtivo; 
b) Consumo de material de expediente no setor administrativo; 
c) Consumo de frete no setor comercial para venda de bens; 
d) Energia elétrica consumida no processo fabril. 
 
Segundo PEREZ JUNIOR (2003, p. 16): “o gasto poderá ser classificado em 
custos, despesas, ou desperdícios”. Dessa forma podem-se observar muitas definições 
equivocadas do gasto, por exemplo: “Hoje gastei muito dinheiro”, sabendo-se que di-
nheiro não é gasto e sim desembolso. 
Assim faz-se necessário conhecer outras classificações, como Custos, Despe-
sas, Perdas e Desperdícios. 
4.3. Classificação dos Gastos: 
Custos: São consumos de bens e serviços para geração de outros bens e serviços, são 
gastos necessários no processo de fabricação, sendo classificados como custos. 
 
Exemplos de Custos: 
 
• Consumo de matéria prima; 
• Consumo de materiais auxiliares; 
• Mão de obra dos funcionários da fábrica; 
• Mão de obra da supervisão e gerência da fábrica; 
• Gastos Gerais de Fabricação - GGF, muitos especialistas da área de custos clas-
sificam como GGF ou CIF (Custos Indiretos de Fabricação); 
• Existem outros custos chamados de serviços de apoio ao processo fabril, por e-
xemplo: Serviço de Manutenção, Setor de Almoxarifado,Engenharia, refeitório, 
etc. 
Matéria Prima: A matéria prima é um elemento de forte impacto nos custos, portanto 
cabe comentar mais a respeito. 
Joel Camargo 
 
5 
A matéria prima é um bem que será consumido no processo produtivo, será 
transformada ou adicionada para geração de outro produto, melhor dizendo, um novo 
bem. Normalmente a matéria prima é adquirida de outra empresa. 
Mão de Obra: Outro custo de forte impacto no processo produtivo é a Mão de 
Obra, onde é aplicado sobre a matéria prima para a sua devida transformação e gera-
ção de um novo bem. 
Os custos gerados no processo industrial normalmente tem seu destino Ativa-
do, ou seja, destinado ao estoque para venda futura, ou Ativo Imobilizado, para tornar 
suas operações rentáveis. 
Despesas: São consumos de bens e serviços objetivando a geração de receitas. 
Esses gastos são direcionados as áreas Administrativa, Comercial e Financeira da em-
presa. Portanto as despesas existem para geração de receitas e não produção de bens e 
serviços. 
Conforme tabela abaixo é importante destacar que existem despesas incorri-
das na realização de receitas, onde não deve ser desconsideradas para a identificação 
do resultado de uma entidade. 
Perdas: Em um processo de fabricação pode ter gastos anormais podendo ter 
outra definição como gastos involuntários, onde é incapaz de gerar outro bem ou ser-
viço, esse gasto é definido como perdas, a empresa deve desenvolver controles sobre 
essas perdas para a redução dos custos industriais, lembrando que algumas não são 
previstas devendo desenvolver planos de ação após fato para não haver reincidência. 
DUBOIS (2009 p. 17) conceituou as perdas da seguinte forma: “É todo gasto no 
qual a empresa incorre quando certo bem ou serviço é consumido de maneira anormal 
às suas atividades, como inundações, incêndios, greves, etc.”. 
Desperdícios: O desperdício é outro gasto existente em uma empresa, poden-
do ser eliminado em sua totalidade sem comprometer a qualidade do produto ou ser-
viço, são gastos incorridos no processo produtivo ou na geração de receitas. 
Manter desperdícios é sinal de prejuízos comprometendo o resultado, poden-
do afetar o sucesso e significar fracasso da empresa. 
Segundo DUBOIS (2009 p. 17) “desperdícios é um gasto que a empresa apre-
senta pelo fato de não ocorrer o aproveitamento normal de todos os seus recursos”. 
 
Pode-se utilizar como exemplos de desperdícios: 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
6 
a) Reprocesso devido aos erros de produção, devendo aplicar materiais e mão-de-
obra em duplicidade para a mesma produção; 
b) Armazenagem e logística desnecessária; 
c) Excesso em burocracia, ou seja, controles, relatórios, informações geradas des-
necessárias, sem aproveitamento algum; 
d) Mão-de-obra direta ou indireta desnecessária ao processo produtivo; 
5. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
Para que haja eficiência na gestão dos custos, é necessário realizar a classificação dos 
custos, lembrando que custos são os gastos envolvidos no processo fabril, ou seja, pro-
cesso de transformação de bens ou serviços para a obtenção de novos bens ou serviços, 
já as despesas são gastos incorridos para a obtenção de receitas, ou seja, estão apropri-
adas as áreas administrativa, comercial e financeira. 
PEREZ JUNIOR (2010 p. 25) comenta que “a separação dos gastos em custos e 
despesas é fundamental para a apuração dos custos da produção e do resultado de um 
período”. Inclusive através dessa separação a empresa poderá identificar a MC – Mar-
gem de Contribuição2, Ponto de Equilíbrio3, etc. 
A classificação dos custos está contemplada em: 
 
a) Custos Diretos; 
b) Custos Indiretos; 
c) Custos Fixos e 
d) Custos Variáveis. 
 
Através da classificação correta citada acima permitirá uma apropriação ade-
quada desses custos e despesas. 
Custos Diretos: Custos Diretos são aqueles facilmente identificados no produ-
to produzido, ou seja, a sua quantificação é definida previamente na classificação dos 
 
2
 Margem de Contribuição: Identifica a capacidade de absorver os custos fixos, podendo iniciar tomadas de decisões. 
3
 Ponto de Equilíbrio: Identifica qual é o mínimo de receitas para cobrir todos os gastos, é o ponto de nivelamento, momento 
que não á prejuízo ou lucro é o ponto zerado e a partir desse momento inicia-se o lucro. 
Joel Camargo 
 
7 
gastos do processo fabril, o custo direto não necessita de rateio4 para sua devida identi-
ficação no custo do produto. 
Segundo PERES JUNIOR (2010 p. 30), “custos diretos podem facilmente ser 
quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facili-
dade”. 
Na maioria das empresas os custos diretos envolvem materiais e mão-de-obra, 
tais como: matérias-primas, mão-de-obra dos funcionários da produção da fábrica, ma-
teriais de embalagem, etc. 
Já DUBOIS (2009, p. 26) preceitua custos diretos: “[...] podem ser apropriados 
de maneira objetiva aos produtos elaborados, por que há uma forma de medição clara 
de seu consumo durante a fabricação”. 
Custos Indiretos: Os custos indiretos tem uma administração mais complexa, 
uma vez que necessita de fatores divisionais e alocar esses custos de forma proporcio-
nal a cada produto produzido, ou seja, necessita de rateios para a sua devida apropria-
ção. 
Para DUBOIS (2009, p. 27), “[...] os custos indiretos de fabricação necessitam 
de alguns cálculos para serem distribuídos aos diferentes produtos fabricados pela 
empresa, uma vez que são de difícil mensuração e apropriação a cada produto elabo-
rado, ou ainda, é antieconômico5 fazê-lo”. 
Custos Fixos: São os gastos do processo fabril que independente de produção 
ou qualquer outra atividade ele existirá, como também não importa a quantidade pro-
duzida, o custo é fixo. 
Segundo PERES JUNIOR (2010 p. 26), “são os custos que permanecem cons-
tantes dentro de determinada capacidade instalada”, ou seja, permanecem inalterados. 
Para DUBOIS (2009, p. 28), são “aqueles cujos valores são os mesmos, qual-
quer que seja o volume de produção de empresa, dentro de um intervalo relevante. 
Portanto, eles não apresentam qualquer variação, em função do nível de produção”. 
Dessa forma teremos uma relação de custos que terá menos monitoramento, 
pois é sabido que não terá oscilações ao volume de produção. 
Custos Variáveis: São os custos que alteram devido ao volume de produção, 
quanto maior a quantidade produzida, maior será o custo. 
 
4
 Rateio: Repartir proporcionalmente. 
5
 Antieconômico: Que vai contra as regras da boa economia. Regra e moderação nos gastos, Habilidade em administrar os 
bens ou rendimentos. Conjunto de leis que presidem a produção e distribuição das riquezas. 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
8 
 
À medida que as quantidades aumentam os custos variáveis também aumentam. 
Por exemplo: 
a) Matéria Prima; 
b) Material de embalagem; 
c) Insumos de produção; 
d) Horas extras do pessoal da fábrica. 
6. RATEIOS 
Os rateios são divisões feitas em proporcionalidade para alocar os custos indiretos de 
fabricação conhecidos como CIF aos produtos produzidos, compreende-se CIF todos os 
custos que não são Materiais Diretos e Mão-de-obra Direta. 
Devido haver custos não identificáveis diretamente nos produtos produzidos, 
é necessário utilizar-se de divisões proporcionais para sua correta apropriação. 
Coeficiente de Rateio: Como já foi dito anteriormente o rateio é uma divisão 
proporcional do custo para sua devida apropriaçãoao produto produzido ou serviço 
prestado. 
Dessa forma o coeficiente de rateio (CR) a ser utilizado é expresso da seguinte 
forma: 
CR = 
Custos Indiretos Totais (a serem rateados) 
Total da Base escolhida 
7. SISTEMAS DE CUSTEIO 
Os Sistemas de custeio são formas de apropriar os custos, com objetivo único à deter-
minação dos custos e conforme o método utilizado pode ser diferente um do outro, ge-
rando informações especificas para a tomada de decisão. 
Sistema de Custeio Variável (ou gerencial): É o sistema que considera como 
custo de produção apenas os custos variáveis sem os custos fixos. Mesmo de existirem 
Joel Camargo 
 
9 
sem a produção de um bem ou serviço, os custos fixos não são qualificados como cus-
tos e sim como despesas incorridas no período. Nesse modo os custos dos produtos só 
terão custos variáveis. 
Através do sistema de custeio variável podemos identificar a Margem de Con-
tribuição, ou seja, identificar a capacidade de pagar seus custos fixos, nesse método 
classificam-se primeiramente os custos e despesas variáveis, os custos e despesas fixas 
ficam para serem alocados diretamente no resultado. 
Para DUBOIS (2009, p. 133) define ser um dos métodos mais importantes para 
tomada de decisão: 
A grande vantagem deste método é a utilização do conceito de Margem de 
Contribuição. A Margem de Contribuição é obtida subtraindo-se do preço 
de venda os custos e despesas variáveis. Na verdade, a margem de contribu-
ição é o mais importante elemento para a tomada de decisões. Tais decisões 
podem ser exemplificadas como a identificação do produto mais lucrativo, 
abertura de novo canal de distribuição, implantação de nova linha de produ-
to, comprar ou fabricar internamente, fabricar ou terceirizar um produto ou 
nova linha de produtos, direcionar ou redirecionar os investimentos, etc. 
 
Dessa pode-se perceber que para as Micros e Pequenas empresas esse é um fa-
tor muito importante para o direcionamento dos seus projetos. Com a implantação da 
Controladoria, podem estar convictos dos acertos com a tomada de decisão certa. 
Este sistema de custeio serve para separar os custos variáveis dos custos fixos 
para uma análise gerencial, mas no Brasil este método de custeio não é aceito pela le-
gislação do imposto de renda. 
Sistema de Custeio por Absorção: É o método de custeio em que o produto 
recebe todos os custos sejam eles diretos (matéria-prima, mão-de-obra), e indiretos (á-
gua, luz, etc.), ou seja, o produto deve absorver todos os custos. Também conhecido 
como “custeio integral”. Segundo DUBÓIS (2009 p. 129) ...indica que cada unidade 
produzida “absorveu” todos os gastos necessários para obtê-la, seja diretos, isto é, pró-
prios do produto, ou indiretos, que são aqueles que auxiliam a produção... 
Este método é o único aceito pela contabilidade financeira que atende aos 
princípios contábeis e para fins de Demonstrativos fiscais. 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
10 
Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição: Ponto de Equilíbrio, em in-
glês “break even point” é o ponto onde a empresa deverá vender para cobrir os custos 
variáveis, despesas variáveis e despesas fixas. Neste ponto não existe lucro ou prejuízo, 
o volume de receitas são iguais as despesas. 
Para MARTINS (2010 p. 257), o Ponto de Equilíbrio (também denominado 
Ponto de Ruptura) nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as Receitas 
Totais. 
O Ponto de Equilíbrio somente será possível se identificado a Margem de Con-
tribuição, ou seja, depois que identificar a capacidade de da empresa pagar seus custos 
e despesas fixas. 
Para MARTINS (2010, p. 261) define ser a diferença entre o preço de vendas 
unitário subtraído pelos custos e despesas variáveis unitários, que matematicamente é 
o mesmo resultado. Na proposta de MARTINS (2010) deve-se dividir custo fixo por 
preço de vendas unitário subtraído aos custos variáveis unitários. 
Para calcular a margem de contribuição unitária segue a seguinte fórmula: 
 MC= PV – (CV + DV) 
 Onde: 
 MC = margem de contribuição; 
 PV = preço de venda; 
 CV = soma dos custos variáveis; 
 DV = soma das despesas variáveis. 
Portanto o Ponto de Equilíbrio será obtido pela seguinte formula: PE = CDF / MCu 
8. FORMAÇÃO DE PREÇOS 
Objeto de estudos da ciência econômica, a formação de preços seja ela de bens ou de 
serviços tem sua essência pautada na conhecida lei da oferta e da procura. Se do lado 
da oferta haverá maior intensificação para vender o bem a um preço mais alto, no lado 
da procura haverá a demanda procurando o mesmo bem a um preço mais barato. 
Quanto maior o preço, menores serão as quantidades vendidas, ou seja, menor 
a procura pelo bem ou serviço. O preço de venda ideal consiste naquele em que o preço 
de venda deverá cobrir os custos diretos variáveis, as despesas variáveis, as despesas 
fixas e o lucro líquido pretendido. 
Joel Camargo 
 
11 
8.1 MARKUP 
Antes de efetuar o cálculo do preço de venda, deve-se conhecer um item indispensável 
para o entendimento da formação de preços que é o markup sendo muito utilizado pa-
ra determinar os preços de produtos fabricados pelas empresas. 
Segundo (DUBOIS 2009 p. 228) “Ele consiste em adicionar certa margem de 
lucro aos custos dos produtos fabricados ou aos serviços prestados“ 
Fórmula do Markup: 
Markup = % desejada X Ca 
Onde: 
Ca = Custo unitário 
 
Então, para a efetiva formação do preço de venda adicionado ao Markup, te-
mos a seguinte fórmula: 
 Preço de venda = Custo unitário + Markup 
 
Para entender melhor, é necessário aplicar um exemplo hipotético onde um 
determinado produto apresente um custo unitário de R$ 1,50 e a empresa determina 
um markup de 35% sobre o seu custo. Qual será o seu preço de venda? 
 Aplicando a fórmula, fica da seguinte forma : 
 Preço de venda = R$ 1,50 + ( 35% de R$ 1,50 ) 
 Preço de venda = R$ 1,50 + R$ 0,35 
 Preço de venda = R$ 1,50 + R$ 0,35 
 Preço de venda = R$ 1,85 
 
9. GESTÃO FINANCEIRA 
A Gestão Financeira é largamente utilizada nos processos empresariais para 
que as empresas administrar os recursos financeiros de forma eficiente e possam ma-
ximizar os lucros, permitindo tornar-se competitiva no mercado e melhorar seus inves-
timentos. 
 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
12 
Demonstrações Contábeis: 
A contabilidade é tão antiga quanto à evolução do homem, estudiosos afir-
mam que a contabilidade teve inicio em meados de +/- 4.000 anos antes de cristo, já 
notava as práticas contábeis rudimentares como inventário, preocupação com a varia-
ção do patrimônio. Imaginando pastores controlando os rebanhos e identificando a va-
riação desse rebanho de um período para o outro, dessa forma poderia constatar ten-
dências e tomar decisões para a continuidade da atividade. A contabilidade é um ins-
trumento que demonstra a situação econômica e financeira, estuda, avalia e interpreta 
o patrimônio das entidades, sendo esse principal objeto de estudo da contabilidade. 
Uma das grandes dificuldades do micro e pequeno empresário é ler e compre-
ender a contabilidade. Percebe-se muitas vezes que a contabilidade é realizada apenas 
por exigências legais e não para avaliação e medição do desempenho econômico e fi-
nanceiro do seu negócio, e, assim, não conseguem utilizar esse instrumento tão pode-
roso para interpretação e tomada de decisão. 
Nesse tópico será abordada a análise das demonstrações contábeis, de forma 
que as PME’S possam medir e monitorar o desempenho econômico efinanceiro da en-
tidade. 
Demonstrações contábeis a serem analisadas: 
As demonstrações contábeis além de possuir obrigatoriedade por lei elas pro-
duzem muitas informações importantes para tomadas de decisões. Evidencia de forma 
objetiva a situação financeira da empresa. 
Marion (2012) determina que além de ter as demonstrações contábeis em mãos 
devemos ter pelo menos de três anos anteriores para melhorar comparabilidade e me-
dir as tendências financeiras da empresa. Como também as notas explicativas para me-
lhor compreensão de dados para a análise. 
Um item muito importante antes das análises é a credibilidade da informação 
contábil, tal instrumento como, parecer de auditoria, caso não tenha, deverá ter maior 
cautela, pois nem sempre a contabilidade reflete a realidade, principalmente das pe-
quenas empresas. 
As demonstrações contábeis a serem analisadas são: 
• Balanço Patrimonial - BP; 
• Demonstração do resultado do exercício – DRE e 
• Demonstração do fluxo de caixa – DFC. 
Joel Camargo 
 
13 
As Análises podem ser feitas em diversos níveis: Introdutório, Intermediário e 
Avançado, porém devido à necessidade de dinamismo e a preocupação para trabalhar 
a compreensão dos Micros e Pequenos Empresários à Proposta de Gestão, o nível do 
presente trabalho será o Introdutório, porém faz-se necessário destacar a amplitude do 
processo de análise. 
O Balanço Patrimonial (BP) registra o controle do Patrimonial o seu conjunto 
de Bens, Direitos e Obrigações, permitindo análise da evolução dessas contas, medindo 
assim acrescimos e decréscimos através das Análises Horizontal e Vertical. 
A Demonstração do Resultado do Exercicio (DRE) evidencia o resultado das 
operaçoes da empresa, enfatizando as Receitas e Despesas, muito importante para 
identificar se as vendas são suficientes para suportar seus custos e despesas. 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) identifica a capacidade da geração 
de caixa da empresa evidenciando a origem e destino dos recursos financeiros. A DFC 
é um dos principais relatórios contábeis para fins gerenciais, evidencia as modificações 
no saldo de disponibilidades (caixa, e equivalentes de caixa). MARION (2012, p. 54) 
9.1 CAPACIDADE DE PAGAMENTO: ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
Uma das formas da empresa identificar a capacidade de pagamentos de seus compro-
missos, tanto a curto ou longo prazo são os índices de Liquidez, onde o principal ins-
trumento de análise é o Balanço Patrimonial, sendo aplicados os seguintes índices: Li-
quidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Geral e Liquidez Imediata. 
Índice de Liquidez Corrente (ILC): Mostra a capacidade de pagamento da 
empresa em curto prazo comparando o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, ou 
seja, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromis-
sos, sendo demonstrado através da seguinte fórmula: 
ILC = Ativo Circulante 
Passivo Circulante 
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
14 
 
Índice de Liquidez Seca (ILS): A Liquidez Seca mede a capacidade de paga-
mento sem considerar os estoques, é como se a empresa passasse por uma paralisação 
de suas atividades, ela deve considerar apenas os suas disponibilidades e contas a re-
ceber, para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui disponível para quitar os compromis-
sos, podendo ser expressa na seguinte formula: 
ILS = Ativo Circulante – Estoques 
Passivo Circulante 
 
Índice de Liquidez Geral (ILG): O índice de Liquidez Geral demonstra a ca-
pacidade de pagamento da empresa em longo prazo, confrontando o Ativo Total con-
tra o Passivo Total e identifica se todos os bens e direitos que a empresa possui são su-
ficientes para pagar todo o seu passivo para cada R$ 1,00 de dívida quanto possui dis-
ponível para quitar os compromissos em longo prazo, podendo ser demonstrada na 
seguinte formula: 
ILG = Ativo Circulante + Ativo Não Circulante 
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 
 
Índice de Liquidez Imediata (ILI): O índice de Liquidez Imediata demonstra 
a capacidade de pagamento em curto prazo, considerando apenas as disponibilidades 
contra o Passivo Circulante, sendo demonstrada da seguinte forma: 
ILI = Disponibilidades 
Passivo Circulante 
9.2 RENTABILIDADE 
Uma forma de identificar o retorno de um investimento realizado é a Análise de Ren-
tabilidade, ou seja, qual é o percentual de retorno investido, nesse caso trata-se do re-
torno que o Ativo da empresa pode trazer, sendo estudado o Lucro versus Ativo, po-
dendo ser representado pela formula ROI - Retorno sobre Investimento: 
ROI = Lucro 
Ativo Total 
Joel Camargo 
 
15 
 
Ainda há o retorno sobre o investimento feito pelos sócios, ou seja, o patrimô-
nio Líquido, pois os sócios desejam saber qual retorno recebem pelo capital investido 
na empresa, sendo representado pela formula ROE – Retorno sobre o Capital Investido: 
ROE = Lucro 
Patrimônio Liquido 
 
9.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 
A composição do endividamento (CI) apresenta o quanto a empresa deve a curto prazo 
perante o seu passivo total, quanto menor melhor, pois se a empresa concentrar suas 
dívidas a curto prazo, necessitará de maior liquidez para não ter problemas no seu flu-
xo de caixa, a composição do endividamento é demonstrada na seguinte formula: 
 
CI = Ativo Circulante 
Exigível Total 
 
9.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O processo de Gestão realmente é necessário para o bom desempenho das empresas, o 
presente artigo apresentou um conjunto de técnicas que devem caminhar juntos para 
gerenciamento dos recursos materiais e financeiros. 
As empresas têm dentre os seus objetivos gerar lucros, pois é dessa forma 
perpetuar sua existência no mercado e para alcançar esse resultado nessa proposta foi 
apresentado primeiramente gerencias os custos e posteriormente gerenciar as finanças. 
Controlar os custos e classifica-los de forma correta, criar planos de ação para 
redução desses custos sem comprometer a qualidade é grande fator de competitivida-
de e sobrevivência. 
Após o controle dos custos é necessária a Gestão Financeira, controlar e cuidar 
dos recursos são necessários, pois toda empresa somente pode dar sequencia nas suas 
atividades se o capital de giro for bem administrado, dessa forma a análise das de-
Proposta de Gestão na Implantação da Controladoria em Micro e Pequenas Empresas 
 
16 
monstrações financeiras possibilita identificar o rumo da empresa e quais medidas to-
mar para Planos de Ações serem consolidados e proporcionar resultados. 
AGRADECIMENTOS 
Dedico este maravilhoso trabalho a minha esposa Flávia, por todo o apoio, carinho e 
compreensão que de forma afetuosa contribuiu para a eficácia do mesmo, a minha 
magnífica filha Heloisa, aos meus familiares e ao amigo Juliano de grande estima que 
fez parte dessa história, que acreditaram nesse caminho promissor. 
REFERÊNCIAS 
CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
DUTRA, René Gomes. Custos: Uma Abordagem Prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana; SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de Custos e For-
mação de Preços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
HERNANDES PEREZ JUNIOR, José; MARTINS DE OLIVEIRA, Luís; GUEDES 
COSTA, Rogério. Gestão Estratégica de Custos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
HUSSEIN, Mohamed. Controle de Custos: 25 Princípios para Administrar Estrategi-
camente. 1 ed. São Paulo: Publifolha, 2002. 
 
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresa-
rial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresa-
rial. 7. ed. São Paulo: Atlas,2012. 
 
MATARAZZO, Dante C. Análise das Demonstrações Financeiras: abordagem básica 
e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
OLIVEIRA, Luís Martins de; PERES JUNIOR, José Hernandes; SANTOS SILVA, Carlos 
Alberto dos. Controladoria Estratégica: Textos e Casos Práticos em Solução. 8 ed. São 
Paulo: Atlas, 2011. 
 
PADOVESE, Clóvis Luís. Controladoria: Estratégica e Operacional. 2 ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2009. 
 
Joel Camargo 
 
17 
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte. Lei Complementar nº 123 de 14/12/2006. Disponível em: 
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123
.htm> Acesso em: 20 Março 2014. 
 
SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
2007. 
 
 
 
 
Joel Camargo 
Joel Camargo, graduado em Ciências Contábeis, Pós-
graduando em MBA em Controladoria, Professor de Con-
tabilidade, Congressista em diversos temas da Contabilida-
de nas Faculdades Integradas de Ourinhos, Auditor da 
Qualidade, Consultor de Empresas, Empresário Contábil.

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