Aula 03 Os Níveis de Análise nas RI

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Os Níveis de Análise nas RI
AULA 03
Texto: 
David Singer “The level of analysis problem in International Relations”.
1
1
Unidades de análise nas Relações internacionais
Nas RI, o enfoque  analítico pode ser dado tanto às partes (Estados, indivíduos) quanto ao todo (sistema internacional).
A divisão dos níveis de análise sugere a evidência apropriada a ser explorada
Os níveis de análise como categorias de explicação
Teorias sistêmicas possuem como principal enfoque o sistema como um todo e a estrutura ou ambiente em que as unidades se relacionam.
Teorias subsistêmicas (que se focam no Estado ou no indivíduo) costumam se debruçar sobre temas como política externa ou na relação entre Estados ou entre atores específicos. 
2
O conceito de Sistema Internacional
A designação do mundo como um “sistema” é a adaptação de um conceito que se mostrou útil para as ciências naturais.
Um sistema é composto por partes que interagem e estabelecem relações entre si. Possui uma estrutura que possibilita processos de manutenção ou mudanças. 
Configura-se como uma excelente ferramenta analítica em virtude de sua capacidade de conceituar um objeto de imensas dimensões e complexidade. (SILVA; GONÇALVES, 254, 255) 
3
O Sistema Internacional como Nível de Análise
Ao adotar um análise sistêmica das RI, o sistema internacional transforma-se no principal foco de estudo.
O nível sistêmico é o mais amplo nível de análise existente, incorpora a totalidade de interações que se dão dentro do sistema e a estrutura em que tais interações ocorrem.
Focando no sistema é possível realizar generalizações sobre as interações, sobre a criação e dissolução de alianças, sobre a duração de configurações de poder e sobre as normas que regem o sistema.
A análise sistêmica permite-nos examinar as relações internacionais como um todo, o que não ocorre com as análises mais parciais e específicas. 
4
As Dificuldades da Análise Sistêmica
A análise sistêmica tende a levar o observador a exagerar no impacto do sistema na atuação das unidades e a menosprezar o impacto das unidades no sistema, gerando abordagens deterministas
O nível de análise sistêmico também postula um alto nível de uniformidade no que diz respeito ao comportamento das partes (Estados).
Mesmo promovendo generalizações, a abordagem sistêmica possui alta predição => leis que regem o comportamento das partes 
5
Problemas Metodológicos
A aplicação do conceito de “sistema internacional” resulta em alguns problemas metodológicos.
Quais as partes seriam definidas como componentes do sistema? Estados, organizações não governamentais, organizações internacionais, indivíduos?
Haveria somente um sistema internacional ou sistemas internacionais distintos? 
6
O Estado como nível de análise
Permite a diferenciação entre os atores do sistema internacional, pois não demanda a uniformização das unidades.
Permite uma análise mais específica e detalhada das unidades, possibilitando o estudo de questões sobre decision making em que se considera fatores domésticos como motivações, objetivos e propósitos da política nacional. 
Apenas quando os atores são analisados de forma profunda pode-se fazer estudos comparativos válidos.
7
As dificuldades inerentes ao emprego do estado como nível de análise
Desconsidera as influências do sistema internacional (estrutura) sobre as ações dos Estados.
Tende a exagerar nas diferenças entre as unidades, correndo o risco de resultar em uma abordagem “nós x outros”. 
8
9
Click to add text
Fonte: MINGST, 2017, p. 75
Dinâmica
‹#›
Divisão da turma em três  grupos. Cada grupo ficará responsável porexplicar a invasao da Iraque de 2003 a partir de um nível de análise. 
Referências Bibliográficas
MINGST, Karen. Essentials of International Relations, New York and London: W. W Norton & Company, 2017.
SILVA, Guilherme; GONÇALVES, Willians. Dicionário de Relações Internacionais. 2ª Edição, 2010.
SINGER, David. The level of analysis problem in International Relations. In: International Politics and Foreign Policy. A reader in research and theory. The Free Press New York.
10