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TRABALHO REFEITO. PPE VI

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5
 
 
 CAMPUS BUENO
 
CURSO DE PESQUISA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO VI
 ELIETE MARIA RIBEIRO CAMPOS
EDUCAÇÃO INFANTIL: Construindo o letramento por meio do lúdico
 Goiânia
2017
eliete maria ribeiro campos 
EDUCAÇÃO INFANTIL: Construindo o letramento por meio do lúdico
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Estácio de Sá, apresentada e exigido para conclusão de curso e da disciplina: Pesquisa e Prática em Educação V (CEL 0363/2287701) 9014
 Sob a orientação da Professora JOANA DARC VENANCIO
 Curso: Pedagogia
 Goiânia 
 2017
 
 
 
CAMPOS,Eliete Maria Ribeiro. EDUCAÇÃO INFANTIL: Construindo o letramento por meio do lúdico, 2017. 23 páginas. Projeto de Ensino de Pedagogia – Faculdade Estácio de Sá. Polo Bueno. 2017
RESUMO
O plano de ensino que segue propõe o trabalho com o letramento partindo da educação infantil, mais precisamente no jardim II como possibilidade de significar a alfabetização que acontecerá no próximo ano. Nesse sentido, indo contra uma corrente teoria que defende a ideia que o letramento na educação infantil descarta o lúdico, o plano tem como objetivo o trabalho com letramento de forma lúdica ainda na educação infantil. Apoiados na corrente teórica que defende o trabalho com o letramento de forma lúdica foi elaborada uma seqüência didática que contempla seis ações que promovem essa perspectiva, com atividades próximas a realidade deles buscando o incessante diálogo entre o lúdico e o letramento. Existe a necessidade ainda na educação infantil de acesso a introdução do alfabeto, e por meio de práticas sociais propiciarem aos alunos o acesso a leitura e a escrita. O letramento que aqui assume um papel mais amplo que o da alfabetização, como o incorpora mento da prática da leitura e da escrita. O individuo letrado, sabe potencializar a leitura e a escrita ao seu favor, compreendendo o que é lido, e recrutado esse conhecimento de forma satisfatória.
Palavras-chave: Educação Infantil, Letramento, Lúdico, possibilidade de ensino.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................6
2 Referencial teórico...................................................................................................................6
2.1Educação infantil: Compreendendo “a quem” ensinar.........................................................6
2.2 O Lúdico e a aprendizagem na educação infantil................................................................8
2.3 O Letramento na educação infantil: Semeando possibilidades..........................................11
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO..............................15
3.1 Tema e linha de pesquisa...................................................................................................15
3.2 Justificativa.........................................................................................................................16
3.4 Problematização..................................................................................................................16
3.5 Objetivos.............................................................................................................................16
3.5.1 Objetivo Geral..................................................................................................................17
3.5.2 Objetivos Específicos.......................................................................................................17
3.6 Processo de desenvolvimento.............................................................................................23
3.7 Tempo de realização do projeto..........................................................................................20
3.8 Recursos humanos e materiais............................................................................................20
3.9Avaliação.............................................................................................................................21
4 Considerações Finais..............................................................................................................21
5 Referências.............................................................................................................................23
ANEXOS..................................................................................................................................25
1 INTRODUÇÃO
	O presente trabalho busca articular a educação infantil, letramento e ludicidade. Aparentemente essas três categorias parecem ser insociáveis, mas existem literaturas que defendem essa possibilidade, e é partindo dela que teceremos esse trabalho. Assim, a linha de pesquisa adotada nesse momento é a de docência escolar na educação infantil, entendendo que o trabalho de letramento deve ter início na educação infantil enquanto possibilidade de interpretação, associação identificação. Elementos esses que se só forem trabalhados após a alfabetização, pode contribuir para o aparecimento de indivíduos que lêem, mas não interpretam o que foi codificado.
	Nesse sentido, o trabalho se mostra relevante por proporcionar possibilidades de ruptura com pensamentos retrógrados que não consideram que o ensino do letramento possa ter caráter lúdico e ainda sim ser significativo a formação do aluno. O letramento, compreendido para além da alfabetização busca, dar subsídios para que o aluno consiga interpretar todos os elementos que permeiam o mundo letrado. Nesse sentido, surge um impasse, será que não seria mais interessante iniciar esse processo de letramento até mesmo antes da alfabetização? Dando subsídios para melhor aprendizagem dos alunos? Daí surge à possibilidade de trabalho com o letramento ainda na educação infantil. Essa possibilidade se constrói em um novo dilema, será que o letramento na educação infantil não resultaria na perda da ludicidade?
	E nesse campo que se constrói esse projeto de intervenção, que tem por objetivo pensar formas de trabalho com o letramento no Jardim II, Educação Infantil, sem que se perca a ludicidade, elemento básico dessa fase do ensino. Assim, pensar metodologias e estratégias de ensino que garantam o letramento e a ludicidade como uma forma do aluno descobrir o mundo de forma interativa e divertida. E compreendido que muitos alunos possuem acesso ao letramento no ceio familiar, no entanto, muitos alunos só vão ter acesso a esses elementos na escola.
	Os conteúdos propostos contemplação, identificação, associação, a compreensão de elementos presentes no cotidiano dos educandos, como o objetivo de fazê-los compreender inúmeras formas de linguagem sem necessariamente saber ler. Isso é possível uma vez que o aluno vivencia elementos presentes na sociedade na qual ele está inserido, de forma freqüente ou não. Assim na etapa do processo de desenvolvimento serão propostas seis ações que contemplarão o conteúdo proposto e a metodologia pensada por meio do lúdico, envolvendo as crianças, no intuito que a aprendizagem ocorra de forma prazerosa e significativa.Os recursos utilizados na materialização do projeto são elementos presentes no cotidiano, contemplado sempre materiais da fácil acesso dos professores, como cd, DVD, TV, fantoches, materiais diversos e atividades impressas. A avaliação se dará mediante a participação efetiva dos alunos e desenvolvimento das atividades de forma satisfatória. Será avaliado ainda o desenvolvimento do projeto em sua plenitude atingiu o que foi proposto ou se necessita de alguns reajustes, o que faz parte do processo de formação constante do professor.
	O referencial teórico desse trabalho contempla autores que pensam sobre a educação infantil, ludicidade e letramento. Assim, compreendendo a necessidade de saber de que estamos falando, faz-se necessário saber que a educação infantil é o primeiro contato do aluno com a ambiente escolar, portanto um momento de socialização e de construção de posturas que o permita progredir nos estudos. O caráter lúdico é essencial nesse processo, por propiciar momentos prazerosos ao aluno no contato com o conhecimento, assim, a inserção do letramento no jardim II se configura enquanto uma possibilidade concreta de pensar a inserção de processos que culminarão em uma alfabetização efetiva. Autores como Soares, Martins e Scarpa nos oferecem fundamentação teórica para a materialização desse projeto.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
EDUCAÇÃO INFANTIL: Construindo o letramento por meio do lúdico
2.1 Educação infantil: Compreendendo “a quem” ensinar
A Educação Infantil é uma etapa da educação básica, é um direito humano e social de todas as crianças com até seis anos de idade, independente de classe social, nacionalidade ou etnia, deficiências e outras características. Sendo oferecida, segundo as Leis de Diretrizes e Bases da Educação, pelas prefeituras, em creches e pré-escolas, podendo atender crianças de 0 a 5 anos de idade e no período diurno. Trata-se da primeira incursão da criança no espaço de aprendizagem, ela deve propiciar um trato com o conhecimento de forma prazerosa, contribuindo para o seu desenvolvimento social, oral, cooperativo entre outras competências introdutórias ao ler, escrever e calcular.
	O foco nessa etapa da escolarização não é alfabetização da criança, devem ser trabalhados elementos relacionados ao movimento, artes, linguagens, natureza, sociedade e matemática. E assim, desenvolver capacidades como, ampliar relações sociais contemplando a sua interação com outras crianças ou adultos, conhecer o corpo, expressão, linguagens entre outros. Devem-se as diferentes áreas do desenvolvimento da criança, aguçar a sua curiosidade, estimulando-a a se perceber no espaço é uma das propostas dessa etapa da educação. 
A educação infantil deve instigar a socialização, o conhecimento de culturas, à interação social, propiciando condições adequadas de desenvolvimento, ampliando as experiências e conhecimentos. É necessário realizar um trabalho voltado para o desenvolvimento da criança cidadã, crítica, reflexiva, questionadora, proporcionando-a um convívio digno para o seu desenvolvimento integral. Instigando ações que substanciem a construção de conhecimentos relacionados aos comportamentos, em ouvir, falar, respeitar a vez do outro.
E na educação infantil que é construída a estrutura da criança, nesse momento, elas aprendem a se situar no espaço educacional, desenvolvem a coordenação motora, a linguagem, a sociabilidade, além de entrarem em contato com a leitura, escrita, ciência, matemática, artes entre outros conteúdos. A coordenação motora (grossa e fina), localizar diversas partes do corpo, conceito de localização e velocidade; contato direto com o letramento com reconhecimento de letras na perspectiva maiúscula e minúscula, promovendo a introdução a alfabetização; utilização da ludicidade (como forma de expressão) para o trabalho com os conteúdos, de forma dirigida. Os pais devem estar presentes no seio escolar, participando ativamente desse processo de escolarização, para que as crianças concebam a escola como algo prazeroso.
O processo de aprendizagem da criança acontece antes mesmo de sua inserção no meio escolar, mas é nesse espaço que vai se introduzir elementos substanciais ao seu desenvolvimento. A aprender é um processo contínuo, que se dá por meio de relações sociais, que contribuem para saltos qualitativos no nível de aprendizagem. Para Vygotsky (1984), há dois tipos de desenvolvimento, o desenvolvimento real, que nos remete as conquistas consolidadas na criança, que a permite realizar atividades de forma independente. Já o desenvolvimento potencial, refere-se a tudo que a criança pode realizar com o apoio de alguém, e esse é o que interessa na educação infantil, pois as experiências como dialogo, colaboração, imitação, brincadeiras e jogos podem contribuir para esse desenvolvimento.
A zona de desenvolvimento é momento que se configura enquanto o espaço entre o real e o potencial, em que a criança necessita de auxilio até conseguir realizar a atividade de forma efetiva. Dessa forma “(...) aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã – ou seja, aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã” (VIGOTSKY, 1984, p. 98). No âmbito da educação infantil esse conceito contribui para a avaliação em uma perspectiva individual e partindo dela, é possível elaborar estratégias pedagógicas para que a criança possa evoluir em seu aprendizado, transformando continuamente o desenvolvimento potencial em real.
O desenvolvimento e aprendizagem se relacionam desde o momento do nascimento, o meio interfere no aprendizado do indivíduo, de forma que a criança não adentra a escola sem nenhum conhecimento, ela vem embriagada de elementos que envolvem sua vida. No entanto, no âmbito escolar, será desenvolvido outro tipo de conhecimento, que deverá se manifestar em ramos diferentes. No primeiro, acontecerá no desenvolvimento que permeiam o cotidiano do aluno, que contemplam manipulações, observações e na vivências da criança, o outro está relacionado ao conhecimento científico adquiridos em sala de aula e não está acessível sempre por parte da criança. Diante do conhecimento científico a escola tem papel essencial na formação de conceitos, que não estão diretamente ligados a suas vivências, no entanto caberá ao professor estabelecer estratégias de trato com o conhecimento, que o envolva e o leve a aprendizagem.
O trabalho pedagógico deve associar-se ao desenvolvimento da criança, a escola deve esta comprometida com o aluno, considerando os seus conhecimentos prévios, estimulando as suas potencialidades e assim, ir além do seu desenvolvimento e aprendizado. Para tanto é necessário conhecer o aluno, suas especificidades e pensar assuas intervenções pautadas nessas características, dessa forma, pensa-se propostas voltadas para o desenvolvimento do aluno, objetivando uma formação crítica e autônoma perante a sua realidade social. A preparação das aulas, a variedade de metodologias, a estimulação são substanciais ao desenvolvimento da criança.
2.2 O Lúdico e a aprendizagem na educação infantil 
O lúdico pode ser uma ferramenta para que esse evento aconteça na educação infantil, uma vez que ele atinge a zona proximal, envolvendo-as em uma situação imaginária, em que a criança estabelece regras do seu cotidiano real, impulsionando conceitos e processo de desenvolvimento. E é na escola que esse conhecimento é sistematizado, tendo contato com a leitura, escrita, cálculo e demais conhecimentos, a freqüência dos alunos não garantem a sua aprendizagem, no entanto o método de ensino poderá interferir diretamente nesse processo. Toda criança aprende, o que determina esse processo são as metodologias que contribuem para a aquisição de conhecimentos, cada criança pode ter mais facilidade de aprender de determinada forma, e caberá ao professor refletir a quem ensinar.
Assim, a não é apenas um adulto pequeno, é um ser em desenvolvimento e que possui necessidades singulares, necessitando de assistênciaespecial para que consiga ampliar seus conhecimentos. Para pensarmos no processo educativo desses indivíduos é necessário compreender de quem estamos falando, a criança que hoje é compreendida de forma mais complexa e rica. Dessa forma,
(...) a criança é um ser social e histórico. Não é abstrata, não é um modelo teórico de desenvolvimento. Para conhecê-la e compreendê-la melhor, é necessário sempre levar em conta suas condições reais de vida, origem social, a cultura, pois é partir desse contexto determinante ela constrói seu conhecimento. (AROEIRA, 1996 p.20)
	
	A criança produz cultura, considerando sempre o ambiente que a cerca exerce grande influência nesse indivíduo, podendo a criança, reproduzir a sua realidade. A infância é uma construção histórico-social, heterogenia, com processos de socialização diversos, as relações que as crianças estabelecem contribuem para o melhor entendimento da realidade em que vivem. A criança constrói seu conhecimento a partir das relações que estabelecem com as pessoas ao seu redor, nessas relações, pode-se observar o adulto que organiza a forma da criança de ser (OLIVEIRA, 2008, p.14).
Assim, conhecer o mundo das crianças é um constante desafio, o desenvolvimento infantil deve ser uma construção contínua, as mudanças físicas são explicitas, as crianças se desenvolvem rapidamente. Aos cinco anos possuem relevante capacidade e habilidade a nível de inteligência geral, capacidade verbal, destreza manual, curiosidade e imaginação lúdica. E no âmbito escolar, a criança vai desenvolvendo as suas habilidades, no âmbito emocional, cognitivo, comportamental, social e moral. E é por meio dos jogos e brincadeiras que a criança interage, exercitando a imaginação, experimentando vários papeis, refletindo a sua cultura.
Assim, Sarmento (2002) nos remete as culturas da infância, entendida como a capacidade das crianças de construírem de forma sistematizada formas de significação do mundo real, sendo assim, o mesmo autor aponta quatro eixos estruturadores das culturas da infância: interatividade, fantasia do real, ludicidade e reiteração. A interatividade contribui para a sua formação social e pessoal, a fantasia do real é identificada no faz de conta, no jogo simbólico e por meio dele constrói a sua visão de mundo. A imaginação está relacionada à criatividade e a superação de situações difíceis, a reiteração relaciona-se com o exercício de recriação, reinvenção de situação das brincadeiras. A ludicidade está atrelada a fantasia, sendo inerente não só a criança, mas ao homem, se manifestando de forma significativa no âmbito social, no entanto, o brincar para criança requer seriedade. 
 As crianças são sujeitos sociais ativos, que desenvolvem, produzem, recriam culturas, considerados socialmente ativos. As DCNs (2009) demonstram propostas pedagógicas que garantem a criança formas de apropriação e integração de conhecimentos de várias linguagens, e o direito de liberdade de expressão, respeito e interação com outras crianças. Dessa forma das propostas de educação devem considerar a criança como protagonista do planejamento curricular, sujeito histórico de direitos:
(...) que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (RICCI, et. al. 2013 p.4)
Dessa forma, as crianças vêem constituído um espaço relevante dentro da sociedade, a vivência de jogos e brincadeiras contribuem de forma significativamente para a construção do pensamento, da socialização e para o desenvolvimento infantil de forma geral. Vygostsky (1984) atribui relevância significativa ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, é brincando e jogando que a criança revela seu estado cognitivo, motor e seu modo de aprender. É por meio da brincadeira que a criança internaliza o externo, construindo o seu pensamento e a linguagem é essencial a esse processo.
As interações proporcionadas pelo brincar, estimulam a experiência coletiva do aluno, desenvolvendo a solidariedade, a empatia, o compartilhamento, entre outros comportamentos que envolvem a coletividade. O desenvolvimento de vivências que propiciam o raciocínio e o pensamento elementos importantes para a aquisição de conhecimentos por parte do aluno. O brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade (DALLABONA, 2010 p.7). 
 A educação lúdica contribui e interfere na formação da criança, substanciando o seu crescimento, integrando-as ao sentimento democrático e constituindo a educação na perspectiva qualitativa de conhecimento. A promoção de atividades lúdicas exige uma participação criativa, livre e critica, pautada na interação social, visando o compromisso com a transformação social. Nesse sentido, deve-se considerar a quem está se ensinando, concebendo as suas especificidades, e assim intervindo, buscando o seu real desenvolvimento.
2.3 O Letramento na educação infantil: Semeando possibilidades.
	Apesar da grande divergência de opiniões quanto à alfabetização e letramento na educação infantil, sob a ideia de que, se a criança tiver acesso a esse conhecimento precocemente deixará de lado as manifestações lúdicas, em detrimento da escrita. No entanto, Soares (2009), nos remete a necessidade ainda na educação infantil de acesso a introdução do alfabeto, e por meio de práticas sociais propiciarem aos alunos o acesso a leitura e a escrita. É necessário o letramento que aqui assume um papel mais amplo que o da alfabetização, como o incorporamento da prática da leitura e da escrita. O individuo letrado, sabe potencializar a leitura e a escrita ao seu favor, compreendendo o que é lido, e recrutado esse conhecimento de forma satisfatória.
	Dessa forma, letrar é mais do que alfabetizar, porque conforme Soares (2001) o letramento é a capacidade de entendimento que o sujeito tem sobre o que vê, escuta e lê. O letramento como artifício do ensino-aprendizagem uma vez que a criança pode utilizar recursos da língua escrita, em momentos de fala mesmo antes de ser alfabetizada. Essa aprendizagem acontece no convívio, e mediação entre crianças e adultos, e ainda com diversos materiais, como livros, revistas, rótulos de produtos e etc.
	Crianças que são envoltas em ambientes letrados possuem mais facilidade de compreensão de mundo, e isso corrobora com a fala de Freire (1989), em que o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede, nesse caso, o compreendemos como letramento. Nesse sentido, as crianças passar a adquirir um gosto pela leitura e escrita, levando-a a ler livros, escrever cartinhas ou a outras ações que envolvam a possibilidade de leitura e escrita. De acordo com Scarpa (2006) é na Educação Infantil que as crianças recebem informações sobre a escrita, enquanto brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos, manuseiam materiais escritos.
	Assim, quando o professor lê para turma assume o papel de escriba, sendo ponte entre o livro e seu leitor, e contribuindo para a construção de textos coletivamente, e são nesses momentos que se perpetua a vivência do letramento em um ambiente de educação infantil, pensando assim, uma formação lúdica. Os desenhos, rabiscos, jogos e brincadeiras contribuem de forma relevante para a iniciação ao letramento, pois eles constituem como forma de expressão do aluno, esses conceitos precisarão ser codificados no momento da escrita. Essas atividades são parte de uma preparação cognitiva precursora e preparatória do mais complexo e abstrato processo de conceituação da escrita, como um sistema de representação.
	Nesta perspectiva, se a criança naeducação infantil atribui a desenhos uma representação, ele já está constituindo sistemas, que vão facilitar os sons e signos que envolvem a língua escrita. De acordo com Soares (2009), experimentos feitos por Ana Teberosky afirmam que as crianças de quatro a seis anos, da educação infantil, se incentivadas por meio de práticas lúdicas, desenvolvem-se de forma qualitativa o seu potencial alfabético. Dessa forma, 
Escrita espontânea, observação da escrita do adulto, familiarização com as letras do alfabeto, contanto visual freqüente com a escrita de palavras conhecidas, sempre em um ambiente que seja rodeado de escrita por diferentes funções: calendário, lista de chamada, rotina do dia, rótulos de caixa de material didático, etc. (SOARES, 2009 p.1)
A consciência fonológica, por meio da consciência da língua falada, seja por palavras, sílabas ou fonemas, ou ainda que essas unidades podem se repetir em diferentes palavras faladas como na rima, já se configuram como elementos importantes no processo de letramento. Portanto, músicas, parlendas, versos poesias e demais manifestações já substanciam o trabalho com habilidades na educação infantil, e auxiliam satisfatoriamente a apropriação pela criança do sistema alfabético. A leitura de histórias para as crianças na educação infantil é sem dúvidas, uma das principais atividades de letramento na educação infantil.
E por meio da leitura a criança que o processo de imersão no mundo letrado se inicia, é por meio dos livros que o aluno começa a se familiarizar com o mundo escrito, com a materialidade da escrita. Existe a real necessidade de permitir a criança o contato com o livro, deixar com que ele manuseie esse material, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI, 1998), enfatiza que esse contato contribui para a criança conheça de forma gradativa, as características formais da linguagem. E extremamente interessante quando a criança manuseia um livro atinge um nível favorável ao letramento por presenciar e participar de situações de iniciação a leitura.
Por meio do contanto com o livro a criança começa a distinguir o que está escrito do que está ilustrado, percebem que as letras podem contar histórias, e as motivam a entender o que pode estar escrito ali. Assim, o aluno passa a diferença entre livros e revistas, descobrem marcas de páginas, estruturas do livro, como se lê de cima para baixo, da esquerda para direita. Além de se familiarizar com a escrita, por meio da história, o aluno enriquece seu vocabulário, desenvolve habilidades de interpretação de texto, por meio da contação de história oral promovida pelo professor, e por meio desse exercício contínuo, será mais fácil para o aluno, em momentos posteriores, realizar interpretação de textos. 
Logicamente que para a história atingir seu objeto de introdução ao letramento, que a essa ação seja contextualizada e convidativa ao aluno, precisa envolvê-lo para que ele tenha a vontade de desenvolver estratégias de leitura. Assim é importante que a leitura sofra interrupções para se pensar as imagens, pontos de indagação, que se faça confrontos com relação a concepções prévias sobre a história e como ela termina. É preciso levar o aluno a avaliar os fatos, personagens, comportamentos e ações, tornando a leitura uma ferramenta de aquisição do letramento.
De acordo com Soares (2009) também é importante explorar os textos informativos, que possibilitam a busca por interesse do educando, textos instrutivos com regras de jogos, história em quadrinhos e outros que se fizerem presentes e que possam contribuir para a inserção do aluno no campo da leitura. Doris Bolzan (2005) nos remete a necessidade existência de atividades de leitura e escrita que promovam qualquer tipo de discussão, recrutando todos os elementos presentes para construção de reconstrução de hipóteses e concepções. De forma lúdica essas atividades devem ser essenciais ao trato com a criança, dentro da construção de um conhecimento que pretende ser prática base ao processo de letramento.
O ambiente escolar necessita ser rico de elementos alfabetizadores, orais e escritos em que os professores possam registrar relatos de passeios, teatros e demais momentos importantes pra a turma. Constituindo um espaço alfabetizador será possibilitado ao aluno o contato com o mundo que se constitui pelo escrito, e esse elemento não será entrave em outros momentos de seu percurso escolar. As atividades cognitivas e o letramento devem se desenvolver de forma integrada, a iniciação da leitura e escrita na educação infantil se dará prioritariamente pelo letramento, instigando na criança a necessidade de ir para além da escuta passiva, mas compreender a história e os elementos que a envolvem.
A intervenção pedagógica pautada na ludicidade, partindo do interesse dos educandos, é relevante no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil, como uma forma de dar continuidade no processo de letramento que muitas vezes o educando já tem acesso antes de chegar à escola. Assim, a leitura para os alunos pode gerar alguns comportamentos importantes no processo de letramento, escrita ou ainda a curiosidade de procurar outras fontes. O essencial é que os alunos estejam imersos no processo de reconhecimento de elementos desses conhecimentos em sua realidade social, uma música, por exemplo, pode ser uns instrumento de trabalho com as letras e interpretação do mundo social dos educandos. Dessa forma: 
Uma criança que compreende quando o adulto lhe diz “olha o que a fada madrinha trouxe hoje!” está fazendo uma relação com um texto escrito, o conto de fadas: assim, ela está participando de um evento de letramento (porque já participou de outros, como o de ouvir uma historinha antes de dormir); também está aprendendo uma prática discursiva letrada, e, portanto, essa criança pode ser considerada letrada, mesmo que ainda não saiba ler e escrever. (KLEIMAN, 1995, p. 18).
O trabalho com a linguagem oral e escrita contribui para a ampliação das capacidades de comunicação, expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. O letramento é um processo cultural, muitos alunos já os tem por meio do processo informal advindo de seu cotidiano, o essencial é que o aluno consiga fazer descobertas em prol da construção de um novo conhecimento. Muitos alunos possuem contanto com formas escritas fora da escola, no entanto muitos deles terão contato mais expressivos apenas no ambiente escolar, e caberá ao professor propiciar esse momento. 
As atividades que o professor realizava fora da sala, como preparação de convites para reuniões de pais, bilhetes escritos aos pais pela ausência de uma criança, confecção de cartazes etc., podem ser partilhadas com as crianças, de modo que percebam os diversos usos da escrita, ampliando aos pequenos o acesso ao mundo letrado e possibilitando a igualdade de oportunidades. (COELHO e CASTRO, 2010 p.82)
Os benefícios do letramento na educação infantil são fundamentais ao processo de alfabetização que acontecerá efetivamente nos primeiros anos do ensino fundamental, os momentos de leitura oral podem possibilitar ao aluno estabelecer conexão entre o texto falado e suas estruturas na forma escrita, facilitando seu processo de aprendizagem. A escrita é a representação da linguagem, deve-se pensar a criança enquanto sujeito que discute, pensa e constrói interpretações, e portanto, capaz de produzir o seu próprio conhecimento, desde que haja o suporte necessário para isso. É nessa fase da educação infantil que a criança recebe informações sobre a escrita, quando brincam com os sons das palavras, reconhecendo as diferenças entre termos, manuseiam todo tipo de material escrito, produzem textos oralmente, o que fundamenta a interação do aluno na sociedade letrada.
A inserção no mundo letrado na educação infantil se dá de forma materializada por meio da aprendizagem do próprio nome, do nome dos colegas, separando os nomes masculinos e femininos, ou ainda encontrar determinando nome em uma lista. Esse trabalho prevê que a criança tenhao conhecimento mínimo do sistema de escrita. A leitura enquanto instrumento que dá a possibilidade de letramento, alimenta o imaginário e incorporam essas experiências a brincadeira, ao desenho e as histórias que gostam de contar.
Essa inserção lúdica poderá contribuir para que a criança queira ler mais, se sinta motivadas, e a leitura pode se tornar mais prazerosa e satisfatória, assim, o professor tem o poder de provocar na criança o desejo de aprendizagem. Para tanto, as atividades devem ser motivadoras, explorar a curiosidade e instigar descobertas. Dessa forma,
(...) fazer um gesto, uma maquete, uma escultura, brincar de faz-de-conta, confeccionar um desenho, uma pintura, uma gravura, fazer um movimento, uma dança, ouvir histórias, elaborar listas, decifrar rótulos, seriar códigos, discutir impressões de notícias de jornal, elaborar cartas, trabalhar com receitas, realizar visitas a bancos, museus e supermercados, conviver e interagir com gibis, livros, poesias, parlendas, ouvir música, é essencial e antecede as formas superiores da linguagem escrita. (MARTINS FILHO, online sem paginação).
Dessa forma, o professor deve entrar no mundo da criança, ofertar possibilidades de aprendizagem partindo do que seu contexto oferece, ampliando o mundo do educando, fornecendo várias propostas de gêneros textuais. Deve-se levar em consideração o mundo em que a criança está inserida, a cultura que a envolve, propiciando uma linguagem interativa, criativa e descobridora desse mundo, deve-se instigar a interpretação por parte do educando. E assim contribuir para que ele tenha condições mínimas de ser alfabetizado na série seguinte, aprendendo não apenas a descodificar símbolos, mas compreender o que determinada escrita quer dizer.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e Linha de pesquisa
O projeto contempla a possibilidade de letramento na educação infantil na perspectiva lúdica, nessa perspectiva a linha de pesquisa adotada para sua materialização é a docência na educação infantil. Nesse sentido, a temática se faz relevante no processo de formação profissional à medida que propõe o trabalho com um conteúdo que alguns autores refugam como sendo a perda da ludicidade na educação infantil. No entanto a questão central é que o letramento, sob uma perspectiva lúdica na educação infantil é estratégia fundamental para o desenvolvimento do educando e futura alfabetização. Assim, como qualquer temática do vasto ramo da pedagogia, a questão do letramento na educação infantil merece problematizações que resultem no aprimoramento profissional dos professores da área.
3.2 Justificativa
	O projeto se delineia em relevância científica, social e pessoal, nesse sentido, a relevância científica se configura como forma de diálogo com a literatura que em alguns momentos apontam para a perspectiva de que o letramento na educação infantil aniquila o poder lúdico dessa fase do ensino, em contrapartida, temos grandes autores dessa área de pesquisa que distinguem letramento de alfabetização, e que o primeiro pode sim ser ensinado na educação infantil. Nesse sentido, o letramento seria mais que apenas decodificar símbolos, mas interpretar, compreender o que pode estar exposto, e assim pode ser a forma de introduzir o educando nesse ambiente em que é instigado ao aluno a curiosidade de compreender o que está posto. 
	Nesse sentido, pensar na perspectiva social o trabalho com letramento na educação infantil, nada mais é que dar continuidade ao trabalho que a família já realiza, quando permite a criança o contato com livros, rótulos de produtos e demais elementos que o insira no mundo letrado. Assim a perspectiva lúdica se faz presente, para que esse processo seja satisfatório para o aluno, estabelecendo significado as atividades desenvolvidas no ceio escolar, dessa forma, a educação infantil já contribui de forma relevante para a compreensão da criança sobre a escrita em seu cotidiano. 
	Esse tem se delineia em na perspectiva pessoal à medida que é uma temática conflituosa no que se refere ao letramento no período da educação infantil como uma forma de descartar o lúdico e, no entanto, o que é provável é o trabalho com o letramento de forma lúdica e prazerosa ao educando. Assim, faz-se necessário esse plano de ensino como uma forma de identificar se o letramento pode ser trabalhado na educação infantil, sem que ela perca a ludicidade, tão essencial a esse período de escolarização. 
3.3 Problematização
	O letramento, compreendido para além da alfabetização busca, dar subsídios para que o aluno consiga interpretar todos os elementos que permeiam o mundo letrado. Nesse sentido, surge um impasse, será que não seria mais interessante iniciar esse processo de letramento até mesmo antes da alfabetização? Dando subsídios para melhor aprendizagem dos alunos? Daí surge à possibilidade de trabalho com o letramento ainda na educação infantil. Essa possibilidade se constrói em um novo dilema, será que o letramento na educação infantil não resultaria na perda da ludicidade?
	E nesse campo que se constrói esse projeto de intervenção, que tem por objetivo pensar formas de trabalho com o letramento no Jardim II, Educação Infantil, sem que se perca a ludicidade, elemento básico dessa fase do ensino. Assim, pensar metodologias e estratégias de ensino que garantam o letramento e a ludicidade como uma forma do aluno descobrir o mundo de forma interativa e divertida. E compreendido que muitos alunos possuem acesso ao letramento no ceio familiar, no entanto, muitos alunos só vão ter acesso a esses elementos na escola.
3.4 Objetivos
	Os objetivos do projeto delineiam entre gerais e específicos os descritos abaixo.
3.4.1 Geral
Proporcionar formas de ensino do letramento na educação infantil, sem deixar de contemplar a ludicidade.
3.4.2 Específicos
Apreender elementos para se pensar o letramento pelo viés da ludicidade.
Identificar metodologias que envolvam o letramento pela ludicidade.
Possibilitar a vivência de aulas lúdicas com o conteúdo letramento.
Exercitar elementos que envolvam o letramento de forma lúdica.
3.5 Conteúdos
	Os conteúdos escolhidos serão voltados para o letramento na educação infantil, jardim II, considerando o letramento e seus processos, recrutando histórias, músicas, dinâmicas e outras estratégias para contemplar conteúdos como interpretações, compreensão e leituras não verbais, diferenciação visual de palavras e outros elementos que permeiam essa competência.
3.6 Processo de desenvolvimento
Ação 01
TEMA: Letramento
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: Interpretação de história.
OBJETIVOS: Abstrair elementos de uma história por meio da interpretação.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro será contada a história da chapeuzinho amarelo por meio de encenação em que, em certos momentos será indagado a elas elementos relacionados a história, contemplando a memorização e interpretação dos alunos, de forma interativa. A contadora da história deverá estar caracterizada de acordo com a história, em seguida, o livro será entregue aos alunos e eles poderão manuseá-lo e a intervenção terá em seus momentos finais uma dinâmica em roda na qual os alunos terão que reinventar uma história coletivamente em que cada aluno dá continuidade à história do colega anterior.
RECURSOS: 1 livro da chapeuzinho amarelo, e uma fantasia.
AVALIAÇÃO: A verificação de aprendizagem se dará mediante a cooperação durante a exposição da história, agindo de forma participativa, e posteriormente demonstrando criatividade e coerência na produção da história coletiva.
Ação 02
TEMA: Letramento.
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: Compreensão e leitura de imagens.
OBJETIVOS: Compreender imagens e relacioná-las com ações que realiza diariamente.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro momento será lido um poema, “Coisas que eu já sei fazer” de forma expressiva em que em cada estrofe os alunos deverão participar dizendo se já participaram ou não. Em seguida, será entregue uma atividade xerocadacom imagens e palavras para que os alunos marquem, quais ações eles já realizam sozinhos, e em seguida eles deverão a colorir. Não será lida nenhuma palavra da atividade, mas os alunos deverão identificar a imagem, analisar se já a fazem e marcar.
RECURSOS: Atividade xerocada.
AVALIAÇÃO: A verificação de aprendizagem se dará mediante a vivência de forma satisfatória da atividade proposta, bem como na realização da atividade proposta de forma satisfatória.
Ação 03
TEMA: Letramento
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: Interpretação de imagens.
OBJETIVOS: Interpretar imagens expor o interpretado.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro momento, será contada a história do Lalau, um belo gatinho por meio de fantoches. De forma lúdica, os alunos deverão participar de forma ativa dando contribuições todas as vezes que a história foi interrompida. Em seguida será entregue a atividade do Lalau na qual deverá ser feita uma leitura em voz alta relacionando o que acontece em cada quadrinho, e os alunos deverão responder de forma satisfatória e colorir a atividade.
RECURSOS: Fantoches de gato e pulga e atividade xerocada.
AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada mediante a cooperação durante a exposição do teatro e ainda realização da atividade proposta de forma qualitativa.
Ação 04
TEMA: Letramento
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: Diferenciação visual de palavras.
OBJETIVOS: Identificar diferenças entre as palavras visualmente.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro momento, realizaremos a identificação de materiais, em que o aluno deverá retirar da caixa algum objeto dizer o nome deles e em seguida com qual letra o nome do objeto se inicia. Em seguida, os alunos deverão realizar uma segunda atividade em que será realizado um ditado e o aluno deverá marcar a alternativa que corresponde à palavra pronunciada. Ao fim da aula, será realizada uma reflexão com os alunos em que eles deverão apontar o que foi apreendido.
RECURSOS: Caixa com objetos diversos e atividade xerocada.
AVALIAÇÃO: A verificação de aprendizagem se dará mediante a cooperação durante a realização das atividades, bem como na realização satisfatória da mesma e participação ativa na autoavaliação. 
Ação 05
TEMA: Letramento
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: identificação de palavras.
OBJETIVOS: Identificar, interpretar e escrever pequenas palavras.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro momento, cantaremos coletivamente a música “Boneca de Pano”, fazendo encenação de cada momento da música, em seguida em uma atividade xerocada, em que os alunos deverão identificar palavras, interpretar dados e escrever palavras. 
RECURSOS: Som, CD e atividade xerocada.
AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada mediante participação da canção bem como na interpretação e realização das atividades propostas.
AÇÃO 06
TEMA: Letramento.
TURMA: Jardim II
CONTEÚDOS: Interpretação de texto não verbal.
 OBJETIVOS: Interpretar texto não verbal.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Em um primeiro momentos será exposto que para interpretar determinado texto não é necessário que nele haja apenas palavras, muitas imagens e expressões podem contribuir para que isso aconteça. A imagem diz mais que mil palavras, e nesse sentido, serão apresentadas diversas imagens de crianças animais, adultos, idosos, sempre indagando o que a imagem representa. Em seguida, será realizada uma atividade de síntese em que o aluno deverá identificar os sentimentos dos personagens e marcar a opção correta, eles deverão também colorir os desenhos realizados na atividade.
RECURSOS: Imagens em geral e atividade xerocada.
AVALIAÇÃO: A verificação de aprendizagem se dará mediante a cooperação durante a exposição da atividade, bem como na realização satisfatória da mesma com participação ativa.
3.7 Tempo para a realização do projeto
	O projeto será realizado em um período de seis dias letivos, com atividades de duração média de duas horas, a ser realizado em uma turma de 20 alunos de faixa etária em torno de quatro a cinco anos, que estão no Jardim II de uma escola particular com espaço e infraestrutura satisfatória ao desenvolvimento do projeto.
3.8 Recursos humanos e materiais
A realização do projeto conta com a utilização de recursos humanos e materiais que vão para além da materialização nos seis dias propostos. A priori são utilizados os livros, notebook e internet para o levantamento dos referenciais teóricos, e já para a materialização das aulas, serão necessários vários materiais como: materiais pedagógicos como fantoches, CDs, aparelhos de som, atividades xerocadas entre outros.
3.9 Avaliação
	No que refere-se aos alunos, eles serão avaliados mediante a efetiva participação das atividades propostas com intervenções positivas, e ainda como atendendo aos objetivos levantados para cada ação. No âmbito docente, será avaliada a forma com que se conduz as ações com sensibilidade, criatividade e direcionamento da aula e no que se destina ao projeto, avalia-se a ações, e as possibilidades de mudança das mesmas caso a suas vivência não corresponda a expectativa de aprendizagem. 
	Assim, a avaliação é uma via de mão dupla avalia-se o rendimento do aluno e se ele alcança o proposto, avalia-se o professor e sua postura com relação ao processo de ensino-aprendizagem, e ainda os métodos eleitos para o processo, se eles condizem com o que se pretende. A avaliação deve promover a reflexão da práxis pedagógica, sendo um elemento de análise de todo processo que envolve o saber, a aprendizagem e os processos formativos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de ensino buscou pensar possibilidades de se realizar o letramento ainda não educação infantil, pensando que esse processo pode ser iniciado antes mesmo da alfabetização, garantindo maior desenvoltura do educando no trato com as palavras. As atividades propostas também tiveram que superar um desafio, o de não perder o caráter lúdico de suas ações, que são essenciais no processo formador do educando que ainda se encontra na no processo adaptativo de escolarização. Nesse sentido, o projeto se mostra pioneiro em estabelecer essas relações garantindo dois elementos básicos, o letramento e a ludicidade. 
Assim, o trabalho possui caráter forte de formação, pensando processos educativos que devem ser refletidos por parte do professor, que necessita refletir sobre metodologias que possibilitem da melhor forma de acesso ao conhecimento. O lúdico inserido em um processo que garantirá que o aluno aprenda não apenas a codificar símbolos, mas compreendê-los se configura de forma essencial para o desenvolvimento omnilateral dos educandos, garantido a formação integral, tão falada nos últimos tempos. Nessa perspectiva, a reflexão dos processos formativos do aluno deve ser pensada, para que se garanta o melhor processo de ensino-aprendizagem, e, por conseguinte, a aprendizagem do aluno.
Outro elemento que merece destaque é a formação do professor, que por meio da elaboração de um projeto de ensino, consegue estabelecer nexo entre os conteúdos estudados e a sua efetiva intervenção pedagógica. Trata-se de um trabalho de experimentação em que o professor, busca elencar dados que possam contribuir para uma intervenção mais significativa e satisfatória ao aluno no processo de aquisição de conhecimentos. Nesse sentido esse trabalho se materializa como um espaço de formação e de construção de uma práxis pedagógica de ruptura e transformadora, no que se refere ao campo escolar.
	
5. REFERÊNCIAS
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de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996. p.18- 25.
BOLZAN, Doris Pires Vargas. Alfabetização: Refletindo sobre o que a criança pensa a respeito de ler e escrever. Revista do professor: ed84 Out/Dez de 2005.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.Resolução CNE/CEB 5/2009. Brasília: Diário Oficial da União, dez. 2009.
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COELHO, Silmara; CASTRO, Magali. O processo de letramento na educação infantil. Pedagogia em Ação. V.02 n°02 p.1 -117, Nov de 2010. 
DALLABONA, Sandra Regina. O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Jogar, brincar, uma forma de educar. Instituto Catarinense de pós-graduação: 2010. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/brinquedotecajoanadarc/o-ldico-na-educao-infan-tiljogar-brincar-uma-forma-de-educar> Acesso dia 20/03/2016. 
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados, 1989.
KLEIMAN, Ângela B. O que é Letramento. In: KLEIMAN, Ângela B.(Org.). Os significados do letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995.
MARTINS FILHO, Altino José. Alfabetização e Educação Infantil. Disponível em: http// www.revistapatio.com.br. Acesso em 20 de outubro de 2009.
OLIVEIRA, Anelize Moreira de. LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS DE 4 A 5 ANOS. Londrina: 2012. Disponível em: http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/ANELIZE%20MOREIRA %20DE%20OLIVEIRA.pdf. Acesso dia: 26/03/2016
SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B. Crianças e Miúdos: perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Lisboa: Asa Editora S.A. 2004.
SCARPA, Regina. Alfabetizar na Educação Infantil. Pode? Revista Nova Escola. Ed. 189 Fev, 2006.
SOARES, Magda. Letramento: um tema de três gêneros – 2 ed. Belo Horizonte: Autentica, 2001.
SOARES, Magda. Oralidade, alfabetização e letramento. Revista Pátio, Educação Infantil – Ano VII – n° 20 jul/out, 2009.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
ANEXOS
Aula 02
Aula 03
Aula 04
Aula 05
Aula 06

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