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O financiamento da educação

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O financiamento da educação, visa seu investimento para o comprometimento e administração pública da universalização do ensino fundamental e a erradicação do analfabetismo, conforme as diretrizes da LBD.
Os recursos públicos destinados à educação têm origem em:
Receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Receita de transferências constitucionais e outras transferências;
Receita da contribuição social do salário-educação e de outras contribuições sociais;
Recursos fiscais e outros recursos previstos em lei;
Apenas os impostos são destinados a financiar a educação, definindo os que cabem a União, aos Estados e aos Municípios.
Destacando alguns impostos, podemos citar:
Pela União -> A importação de produtos estrangeiros;
Pelo Estado -> Circulação de mercadoria e serviços;
Pelo Município -> Predial territorial urbano;.
Além dos impostos, acrescenta como fonte de recursos para educação a “receita de transferências constitucionais”. Tendo como finalidade equalizar a arrecadação e as responsabilidades na prestação de serviço da administração pública.
Os Estados, Distrito Federal e Municípios recebem uma parcela significativa dessa arrecadação, contribuindo para o financiamento da educação.
A grande maioria dos municípios brasileiros arrecada através de seus impostos, menos de 10% de sua receita total, o restante provem de transferência de outras esferas, o que explica a dependência dos prefeitos das pequenas cidades, em relação aos Estadual e federal.
A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL é um beneficio assegurado ao estado para que o cidadão obtenha o serviço de previdência social, a saúde, a assistência social, a educação e o auxílio desemprego. É uma forma de financiamento direto da seguridade e sociais.
O SÁLARIO EDUCAÇÃO é uma contribuição social devida pelas empresas à educação fundamental, regular ou supletiva. É uma responsabilidade das empresas para com a educação. 
O salário educação teve sua primeira regulamentação definida pelo Decreto-Lei n 55.551, de 12 de janeiro de 1965. Tem como base a folha de contribuições da empresa para a previdência social, sendo recolhido pelo INSS e posteriormente transferido para o Ministério da Providencia que repassa para o Ministério da Educação.
OS INCENTIVOS FISCAIS são isenções ou reduções de impostos, com vista a induzir determinado comportamento dos agentes econômicos. É concedido um abatimento ou isenção, por um período de tempo de um tributo a fim de que seja feito investimentos por devedores em regiões ou setores de interesse. 
A propósito é induzir maior preocupação da sociedade para com a educação, pode-se instituir os incentivos fiscais.
A VINCULAÇÃO DE RECURSOS, consiste em uma previsão, no texto constitucional, de uma alíquota mínima da receita de imposto a ser aplicada em educação. Nos termos da LDB detalha os seguintes termos: “A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 25%, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. 
A origem das vinculações é prevista pela primeira vez na constituição de 1934, quando se vinculou 10% da receita de impostos da União e dos Municípios e 20% da dos Estados e DF. Por fim, após diversas emendas e alterações nas aplicações das tributações, a CF de 1988 altera a alíquota da União de 13% para 18%, mantendo-se os demais percentuais.
Com base na média histórica da aplicação de recursos em educação, compreende que o sentido dessa vinculação é garantir um mínimo a ser aplicado em educação e induzir um aumento nesse montante em relação a média histórica recente. 
Págs. 108 à 118 – Nathaly Santana Rocha
A transferência de recursos públicos para a escola privada, é tratada no art.213 da CF 88 e regulamentado pelo art.77 da LDB.
Nem toda escola privada está habilitada à receber recursos públicos, então deve seguir alguns requisitos descritos nesse artigo:
- se comprovarem finalidade não lucrativa e aplicarem seus excedentes financeiros em educação;
- assegurarem a destinação de seu patrimônio à escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público em caso de encerramento de suas atividades.
No texto da LDB estabelecido pela CF art. 77, visa identificar realmente as instituições privadas que se encaixam no perfil confessional, comunitário, filantrópico, devendo prestar contas ao Poder Público e destinando os recursos à bolsas de estudo para a educação básica ou bolsas para atividades universitárias de pesquisa e extensão.
Devido à crise, esse repasse de recursos para as escolas privadas é facultada e diminuíram a cerca das bolsas de estudo oferecidas, mas cresceram os programas como os créditos educativos, isenção fiscal, visando a manutenção e desenvolvimento do ensino.
O art. 60 do ADCT, criava o investimento para financiamento da educação em 50% para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental, mas gerou certa confusão interpretativa e não foi cumprida até quando o artigo foi substituído pela EC 14 de 1996.
O governo preferiu não cumpri-la, devidos às brechas de interpretação, e em 1996, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Consticional n° 14, redigindo a nova redação do Caput, aumentando para 60% os recursos, com objetivo do desenvolvimento do ensino fundamental e assegurar a universalização e uma remuneração condigna do magistério.
É criado na lei 9.424/96, o FUNDEF, um fundo estadual para o ensino fundamental, estabelece-se a média de gastos por aluno, repassando o fundo de acordo com o número de alunos matriculados, visando um padrão de qualidade à ser atingido no prazo de cinquenta anos após sua implantação, complementando o papel do Estado e dos municípios nesse processo.
A regulamentação do FUNDEF, desobriga o governo Federal a gastar com o ensino fundamental, aumentando a responsabilidade dos municípios, mas passando-se por um governo que prioriza esse nível de ensino.

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