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Endemia Sua frequência e distribuição, em agrupamentos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantem padrões regulares de variações num determinado período, ou seja, as oscilações na ocorrência das doenças correspondem somente às flutuações cíclicas e sazonais. Nos momentos em que essas variações aumentam de forma irregular, temos uma epidemia, que pode ser definida como: a ocorrência de um claro excesso de casos de uma doença ou síndrome clínica em relação ao esperado quando comparada à freqüência habitual de uma doença em uma localidade. Sazonalidade: oscilações de freqüências durante o ano; em relação a estações do ano, períodos de festas, feriados ou períodos de colheitas agrícolas. Diagrama de Controle: Gráfico que informa a variação habitual de uma doença ou agravo, apresentando a sua distribuição de freqüências durante os meses (ou semanas) do ano, e de vários anos em sequência. Pandemia: É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, podendo passar de um continente a outro. Surto epidêmico: é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício, bairro, etc Endemias Brasileiras: a malária, a febre amarela, a esquistossomose, a leishmaniose, a peste, a doença de Chagas, além de algumas helmintíases intestinais. Peste Agente etiológico: bactéria Yersinia pestis (gânglios lifáticos) Vetor: Pulgas Xenopsylla cheopis, Polygenis bohlsi jordani e Polygenis tripus (dos roedores silvestres e comensais), Pulex irritans (Pulga do homem), Ctenocephalides felis (parasito de cães e gatos), dentre outras. Sintomas: inicialmente - calafrios, cefaléia intensa, febre alta, dores generalizadas, anorexia, náuseas, vômitos, congestão das conjuntivas, taquicardia, hipotensão arterial, prostração e mal-estar geral. Após 2 ou 3 dias tumefações nos linfonodos superficiais bubão pestoso. Evolui para septicemia. Diagnóstico: isolamento e a identificação da Y. pestis, em amostras de aspirado de bubão, escarro e sangue, bacteriológica por meio de cultura e hemocultura. Tratamento: 10 dias estreptomicina ou cloranfenicol ou tetraciclina Febre Amarela Agente etiológico: vírus da febre amarela (infecta macrófagos e hepatócitos) Vetor: Aedes aegypti e Haemagogus Sintomas: Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos). Diagnóstico: isolamento do vírus imunofluorescência indireta Tratamento: A febre amarela é tratada sintomaticamente, transfusão e hemodiálise. Doença de Chagas Agente etiológico: Trypanosoma cruzi (protozoário flagelado) infecta neurônios, especialmente miocárdio, tubo digestório) Vetor: Triatomídeo Rhodnius prolixus Sintomas: Após 7 dias, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas dor de estômago, vômitos e diarreia. Devido à inflamação no coração, pode ocorrer falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água no coração e pulmão. No local d picada, pode aparecer lesão semelhante a um furúnculo. Diagnóstico: parasitológico de sangue (esfregaço e gota espessa); e sorologia Tratamento: Apenas fase aguda – benzonidazol – gratuito Leptospirose Agente etiológico: Leptospira (presente na urina do rato). Sintomas: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, podendo também ocorrer icterícia, falência renal, meningite, falência hepática e deficiência respiratória. Diagnóstico: sorológico Tratamento: principalmente estreptomicina Leishmaniose Agente etiológico: protozoário Leishmania (macrófagos) Vetor: flebotomínios américa Lutzomyia Reservatório: roedores, preguiça, tamanduá, cão e eqüinos. Sintomas: Na forma cutânea lesões no corpo. Na forma visceral ocorre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez (fígado, baço e medula – produtores de macrófagos). Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes. 5) Diagnóstico: parasitológico (material lesão), cultura, biopsia Tratamento: Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial pentavalente, as drogas de segunda escolha são a anfotericina B e o isotionato de pentamidina. Esquistossomose Agente etiológico: platelminto Schistosoma mansoni Reservatório: Biomphalaria glabrata, B. tenagophila, B. straminea Sintomas: febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Como o verme adulto se direciona para veia mesentérica na forma crônica ocore comprometimento hepático com hepatomegalia. Diagnóstico: parasitológico fezes Tratamento: praziquantel e a oxaminiquina ambos dose única Malária Agente etiológico: protozoário Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae Vetor: Anopheles (hábito fim da tarde) Sintomas: febre, calafrios, fadiga, náuseas, dor de cabeça e, em alguns casos, anorexia com como infecta hemácias, hemólise, icterícia. Diagnóstico: parasitológico (sangue) Tratamento: cloroquina e derivados (resistência) Dengue Agente etiológico: Vírus da dengue sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 Vetor: Aedes aegypti Sintomas: febre, dor de cabça e no corpo – Hemorrágica insuficiênca circulatória e choque Diagnóstico: sorologia para DEN Tratamento: sintomático Doenças não-transmissíveis e não infecciosas Ausência de processos infecciosos, longo curso clínico e tendência à irreversibilidade. Crônico-degenerativas: são agravos decorrentes da evolução de processos orgânicos– envelhecimento, fatores genéticos e estilo de vida. 1- Diabetes e doenças cardiovasculares (arteriosclerose, hipertensão arterial) (arteriosclerose, hipertensão arterial) 2- Tumores malignos 3- Doenças psicossociais (alcoolismo, toxicomanias, doenças mentais) 4- Doenças respiratórias 5- Doenças carenciais (escorbuto, pelagra, raquitismo) 6- Doenças ocupacionais (silicose, saturnismo) 7- Doenças genéticas 8- Doenças físicas decorrentes de traumas Saúde de Trabalhador Fatores físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações etc. Fatores mecânicos: Equipamentos sem proteção, quedas Fatores químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratória ou através da pele etc. Fatores biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, etc. Psicossociais: Relações e organização do trabalho Riscos Biológicos: Hepatite, HIV, Infecções gastro-intestinais, Herpes, Influenza, Helicobater, Tuberculose, Escabiose Riscos Físicos: Radiações ionizantes Riscos Psico-sociais: medo de errar, demanda dos pacientes, queixas da família Riscos Químicos: desinfetantes, drogas citotóxicas, gazes, fixadores Riscos Especiais: Riscos especiais trabalho em turnos/noturno Doenças ocupacionais: •Dermatite de contato •Lesão ósseo-muscular •Alergias respiratórias •Doenças infecciosas •Alterações psico-sociais/fatores organizacionais Sistema Nacional de Vigilancia Ambiental em Saúde (SINVAS): Água para Consumo Humano (VIGIAGUA), Ar (VIGIAR), Solos contaminados (VIGISOLO), Substâncias Químicas(VIGIQUIM), Produtos Perigosos (VIAPP), Fatores Físicos (VIGIFIS) Vigilância Epidemiológica “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” Coleta de dados Processamento dos dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendações das medidas de controle apropriados Promoção das ações de controle indicadas Divulgação de informações pertinentes Notificação compulsória (listagem das doenças de notificação nacional) Características que definem asdoenças de notificação: Magnitude, Potencial de disseminação, Compromissos internacionais Vigilância Sanitária Licenciamento de estabelecimentos, Julgamento de irregularidades e Aplicação de penalidades. Areas de atuação: Alimentos Medicamentos (controle de qualidade, propaganda, farmacovigilância) Produtos médico-odontológicos, hospitalares e laboratoriais Saneantes e desinfetantes Cosmético Regulação de Mercado Controle sanitário dos portos, Aeroportos e Fronteiras Meio Ambiente Serviços de interesse à saúde Riscos ambientais: água, esgoto, lixo, vetores e transmissores de doenças, poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. Riscos ocupacionais: processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho. Riscos decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde: sangue e hemoderivados, medicamentos, infecção hospitalar, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde. Riscos institucionais: creches, escolas, clubes, hotéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, etc. Riscos sociais: transporte, alimentos, substâncias psicoativas, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas;
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