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Departamento de Engenharia Civil ANÁLISE ESTRUTURAL III - CIV 7862 Profª. Drª. Elisabeth Junges E-mail: bethjunges@gmail.com APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Objetivo da disciplina: Introduzir o Método dos Deslocamentos (ou da rigidez) com formulação matricial e as técnicas necessárias ao desenvolvimento e à utilização racional de programas computacionais para a análise estática linear de estruturas reticuladas. Análise Estrutural III Apresentação da disciplina Programa: 1. Fundamentos 1.1 Introdução 1.2 Idealização Estrutural 1.3 Divisão em elementos 1.4 Tipos de estruturas reticuladas 1.5 Método das forças e Método dos deslocamentos 1.6 Causas de não linearidade Análise Estrutural III Apresentação da disciplina 2. Método dos deslocamentos com formulação matricial 2.1 Apresentação do método 2.2 Matriz de rigidez de um elemento no sistema local 2.3 Matriz de transformação 2.4 Matriz de rigidez de um elemento no sistema global 2.5 Vetor de esforços de engastamento perfeito 2.6 Sistema de equações de equilíbrio para a estrutura não-restringida 2.7 Sistema de equações de equilíbrio para a estrutura restringida 2.8 Reações de apoio 2.9 Esforços nos elementos no sistema local 2.10 Exemplos de aplicação Análise Estrutural III Apresentação da disciplina Programa: 3. Algoritmos computacionais para análise de estruturas 3.1 Armazenamento computacional da matriz de rigidez da estrutura 3.2 Métodos de resolução de sistemas de equações 3.2.1 Método de eliminação de Gauss 3.2.2 Método de Cholesky 3.3 Programas de cálculo automático para estruturas reticuladas 3.4 Introdução à programação utilizando o MATLAB Análise Estrutural III Apresentação da disciplina Programa: 4. Método dos deslocamentos – tópicos especiais 4.1 Introdução 4.2 Articulação em extremidade de barra 4.3 Membros não-prismáticos 4.4 Temperatura 4.5 Recalque de apoios 4.6 Apoios elásticos 4.7 Ligações elásticas Análise Estrutural III Apresentação da disciplina Programa: 5 Introdução ao Método dos Elementos Finitos (MEF) 5.1 Introdução 5.2 Conceitos básicos sobre a formulação do método dos elementos finitos 5.3 Tipos e famílias de elementos finitos 5.4 Introdução a modelagem utilizando o MEF 5.5 Programas de análise que utilizam o MEF Análise Estrutural III Apresentação da disciplina AVALIAÇÃO 2 Provas + Trabalho Prova 1: peso 0,4 / conteúdo capítulos 1 e 2 (questões de cálculo de estruturas reticuladas utilizando o método dos deslocamentos com formulação matricial); Prova 2: peso 0,2 sobre os capítulos 3, 4 e 5 (com perguntas mais teóricas); Trabalho: peso 0,4 /em grupo de até 3 alunos / desenvolvimento de um programa para análise de estruturas reticuladas utilizando o Matlab. Média Parcial: MP = (0,4 P1 +0,2 P2+0,4T ) Média Final: MF = (MP+PF)/2 A frequência mínima para a aprovação deverá ser maior ou igual a 75%. Nota e frequência deverão ser atendidas simultaneamente para a aprovação. Se MP >= 7,0 aprovado sem PF Se MP < 7,0 o aluno deverá realizar PF Se MF >= 5,0 aprovado Se MF < 5,0 reprovado Análise Estrutural III Apresentação da disciplina AVALIAÇÃO Segunda chamada: • A segunda chamada de qualquer prova perdida poderá ser realizada quando a falta for devidamente justificada pelo aluno. • O aluno deverá realizar a Prova Final como segunda chamada, sendo a nota de substituição da prova perdida correspondente a 0,7 da nota obtida na PF. Datas: Prova 1: 19/10 Prova 2: 14/12 Trabalho: 21/12 PF: 04/Jan (quinta-feira) Análise Estrutural III Aula 1 - Apresentação da disciplina BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. SORIANO, H.L. Análise de Estruturas - Formulação Matricial e Implementação Computacional, Ed. Ciência Moderna Ltda., Rio de Janeiro, RJ, 2005. 2. GERE, J. M. & WEAVER, W. Análise de Estruturas Reticuladas, Editora Guanabara S.A., 1987. 3. WEAVER, W. GERE, J. M. Matrix analysis of framed structures, Ed. Van Nostrand Reinhold, third edition, 1990. 4. MARTHA, L.F. - O Método de Rigidez direta sob um enfoque matricial, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1991. 5. GHALI, A.; NEVILLE, A.M. - Structural Analysis - A Unified Classical and Matrix Approach, third edition, Chapman and Hall, London, New York, 1989. 6. LA ROVERE, H. L. Apostila de Análise Matricial de Estruturas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. 7. LA ROVERE, H. L. Apostila de Análise Estrutural II, Universidade Federal de Santa Catarina, 2012. Análise Estrutural III 1. Fundamentos 1. FUNDAMENTOS 1.1 Introdução ➢ Estrutura: parte da construção responsável pela estabilidade e pela resistência a ações externas. ➢ Deve tanto apresentar segurança à ruptura dos materiais utilizados e estabilidade global ou parcial de todos seus elementos; ➢ Bom desempenho estrutural, no que diz respeito a deformações e durabilidade, de acordo com o fim e vida útil para a qual foi projetada. Análise Estrutural III 1.1 Introdução ➢ Projeto Estrutural O projeto de uma estrutura usual compreende várias fases, como: • definição do sistema estrutural e materiais a serem utilizados; • pré-lançamento dos elementos estruturais considerando o projeto arquitetônico com a definição do modelo estrutural e levantamento das cargas atuantes na estrutura; • análise estrutural para obtenção dos deslocamentos (translações e/ou rotações) de todos os pontos da estrutura e os esforços internos decorrentes das deformações produzidas por estes deslocamentos, além de determinar as reações vinculares; • dimensionamento dos elementos estruturais a partir dos esforços obtidos na análise estrutural. Análise Estrutural III 1.1 Introdução A análise matricial: A Análise Matricial de Estruturas é um tópico da Análise Estrutural, ou Mecânica das Estruturas, em que as equações que regem o problema a resolver são formuladas matricialmente, sejam equações de equilíbrio de forças ou de compatibilidade de deformações, dependendo do método utilizado. Análise Estrutural III 1.1 Introdução Análise Estrutural Primeira etapa: definição do modelo estrutural a ser adotado. Estes modelos podem ser contínuos e discretos; e as estruturas podem ser tratadas globalmente, ou divididas em diversos elementos. Para definir o modelo estrutural é necessário primeiramente conhecer algumas especificações sobre estruturas. Análise Estrutural III 1.1 Introdução Com relação a suas dimensões as estruturas podem ser classificadas em: RETICULADAS – uma dimensão predominante Estruturas compostas por barras, em que o eixo da barra é muito mais longo que as dimensões da seção. Ex.: vigas, pórticos, treliças. Análise Estrutural III 1.1 Introdução LAMINARES – duas dimensões predominantes Estruturas de superfície em que as dimensões da superfície são muito maiores que sua espessura (chapas, placas, cascas). Ex.: lajes. TRIDIMENSIONAIS OU DE VOLUME Quanto todas as dimensões tem a mesma ordem de grandeza. Ex.: bloco de fundação. Análise Estrutural III 1.1 Introdução As estruturas podem ainda ser classificadas em: • Hipostáticas - quando a estrutura não é restringida a movimentos de corpo rígido e não atinge portanto uma configuração de equilíbrio estável; • Isostáticas - quando a estrutura é restringida a movimentos de corpo rígido e o número de incógnitas a determinar é igual ao número de equações de equilíbrio estático; • Hiperestáticas - quando a estrutura é restringida a movimentos de corpo rígido e o número de incógnitas a determinar é maior do que o número de equações de equilíbrio estático. Análise Estrutural III1.1 Introdução • A maioria das estruturas utilizadas na prática é hiperestática ou estaticamente indeterminada. • Estas estruturas podem ser analisadas através de dois métodos clássicos da Análise Estrutural: Método das Forças e Método dos Deslocamentos • Apenas para estruturas de pequeno porte, com poucos graus de liberdade, esta análise pode ser feita "manualmente“. • Para estruturas com muitos graus de liberdade recorre-se em geral ao auxílio de computadores. • O Método dos Deslocamentos é o mais adequado para implementação em programas computacionais. Para esta implementação será necessário que as equações utilizadas pelo método sejam formuladas matricialmente. Análise Estrutural III 1.1 Introdução Quanto ao tipo de cargas atuantes, a Análise Estrutural pode ser classificada em: • Estática - tempo de aplicação das cargas ou ações for grande em comparação com o período fundamental da estrutura • Dinâmica - caso contrário são denominadas dinâmicas. Análise Estrutural III 1.1 Introdução A Análise Estrutural pode ainda ser classificada em : • Linear - quando a estrutura tem comportamento linear, deve sofrer pequenos deslocamentos e deformações específicas e seu material deve ser elástico-linear. Sendo a estrutura linear as ações serão proporcionais aos deslocamentos e poderá ser utilizado o conceito de "superposição de efeitos". • Não-linear - em caso contrário. Análise Estrutural III 1.1 Introdução A disciplina Análise Estrutural III tem como objetivo geral a Modelagem e a Análise Estática Linear de Estruturas Reticuladas, utilizando o Método dos Deslocamentos com formulação matricial, visando sua implementação em programas computacionais. Análise Estrutural III 1.1 Introdução Objetivos específicos: Capacitar os alunos a utilizar racionalmente programas computacionais de Análise Estrutural, existentes no mercado, e, ao mesmo tempo, capacitá-los a desenvolverem seus próprios programas. Será dada ênfase ao Método dos Deslocamentos e às Estruturas Reticuladas. Análise Estrutural III 1.2 Idealização Estrutural 1.2 Idealização estrutural – Sistemas Contínuos e Discretos • Na Análise Estrutural pode-se classificar os sistemas estruturais em contínuos e discretos. • Um sistema contínuo é composto por uma infinidade de pontos e possui, portanto, um número infinito de graus de liberdade. As equações de equilíbrio para resolução da estrutura são equações diferenciais, em que as incógnitas são em geral os deslocamentos ou o campo de deslocamentos da estrutura. • Nem sempre é tão simples a resolução de uma equação diferencial ou de um sistema de equações diferenciais parciais de sistemas contínuos, por isto é de fundamental importância o conhecimento dos métodos de discretização. Análise Estrutural III 1.2 Idealização Estrutural • Pode-se discretizar um sistema contínuo tornando-o discreto, através de métodos de discretização, tais como o Método dos Elementos Finitos e o Método das Diferenças Finitas. • Assim, estruturas contínuas são usualmente tratadas como discretas em Análise Estrutural. As equações diferenciais que regem o problema são assim transformadas em equações algébricas (nº de equações = nº de GL). • No caso de estruturas reticuladas os métodos de discretização conduzem a soluções exatas, enquanto que, para estruturas laminares e tridimensionais, as soluções serão, em geral, aproximadas. Análise Estrutural III 1.3 Divisão em elementos e Sistema de coordenadas 1.3 Divisão em elementos e sistema de coordenadas 1.3.1 Divisão em elementos • Consideram-se estruturas reticuladas, divididas em elementos ou barras ligados entre si por pontos nodais, denominados nós, onde se supõem concentradas todas as forças de ligação entre elementos. • As ações e deslocamentos são discretizados nos nós e a composição destes elementos para constituir a estrutura resulta em um sistema de equações algébricas que é tratado matricialmente. Análise Estrutural III 1.3.1 Divisão em elementos Considerações sobre a divisão da estrutura em elementos: ▪ Cada elemento é representado por uma linha reta, que coincide com o eixo da barra, ligando 2 nós que não podem ocupar a mesma posição no espaço. ▪ Uma extremidade livre, assim como uma extremidade vinculada a um apoio também é considerada um nó. ▪ Deve-se criar um nó fictício sempre que houver descontinuidade de tipo de material ou de tipo de seção da barra. ▪ Pode-se também criar um nó fictício sob uma carga concentrada mas não é necessário. Análise Estrutural III 1.3.1 Divisão em elementos Exemplo de discretização: Análise Estrutural III 1.3.2 Sistema de coordenadas 1.3.2 Sistema de coordenadas A estrutura é definida em relação a um sistema global de coordenadas cartesianas (X, Y, Z) e os elementos em relação a um sistema local (x,y,z ou xL, yL, zL). Os três eixos cartesianos são perpendiculares entre si e formam um sistema destrógiro (satisfazem à regra da mão direita). Análise Estrutural III 1.3.2 Sistema de coordenadas No sistema local, o eixo local x (ou xL) coincide com o eixo longitudinal da barra passando pelo centróide da seção e o sentido positivo deste eixo é definido pela incidência dos nós no elemento (do nó inicial para o nó final) Em geral o eixo vertical da seção é denominado eixo y (ou yL) e o horizontal eixo z (ou zL). Análise Estrutural III 1.4 Estruturas reticuladas 1.4 Estruturas reticuladas Classificação: 1. vigas 2. treliças planas 3. pórticos planos 4. treliças espaciais; 5. grelhas 6. pórticos espaciais estruturas planas estruturas espaciais Análise Estrutural III 1.4 Estruturas reticuladas Estruturas reticuladas planas Para que as estruturas planas deformem-se no mesmo plano em que se situam os eixos de suas barras (x) é necessário que o eixo vertical da seção das barras (y) seja um eixo de simetria. Desta forma os eixos da S.T. (y,z) são eixos principais de inércia e o centróide coincide com o centro de torção da seção, ou seja, se as forças aplicadas situarem-se no plano XY (ou xy) e os binários também atuarem no plano XY, em torno de um eixo paralelo a Z, as barras se deformarão no plano XY ou xy (deformação por flexão, axial, por cisalhamento), não haverá torção. Caso contrário, se y não for um eixo de simetria, haverá torção e a barra se deformará portanto fora do plano XY. Análise Estrutural III 1.4 Estruturas reticuladas Situações consideradas nesta disciplina: • As barras das estruturas reticuladas serão consideradas prismáticas, ou seja de seção transversal constante, e de eixo reto. • Em geral as ligações de barras de treliças planas ou espaciais são articuladas e as ligações de barras de vigas, grelhas, pórticos planos e espaciais são rígidas, mas pode haver algumas ligações articuladas. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas: características, elementos, graus de liberdade no sistema local Definindo: Define-se grau de liberdade (GL) de um nó como a direção possível deste se deslocar. Portanto, o número de deslocamentos possíveis em um nó é igual ao número total de “graus de liberdade” (GL) deste nó. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas VIGA (2 GL por nó translação paralela a y e rotação em torno de z) Geometria: Estrutura plana em que o eixo longitudinal das barras (x) está contido no plano XY e é sempre paralelo ao eixo X. O eixo y da ST das barras deve ser um eixo de simetria para garantir que não ocorra torção na barra; os eixos da ST serão assim eixos principais de inércia e o centro de gravidade coincidirácom o centro de torção da seção. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas Cargas: as forças concentradas ou distribuídas e situam-se no plano XY. Os binários aplicados devem ter seus vetores-momento (seta dupla) normais ao plano XY (paralelos ao eixo Z). Deformações: se deformarmam no plano xy, não sofrendo torção nem flexão fora do plano. As deformações por flexão predominam e no caso de vigas longas, em que a relação h/L (altura da ST sobre comprimento do vão) for pequena, pode-se desprezar o efeito da força cortante. As deformações axiais não serão consideradas. Esforços : a viga estará submetida a esforço cortante e momento fletor; não será considerado o esforço axial. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas TRELIÇA PLANA (2 GL por nó translação paralela a x e a y) Geometria: eixo longitudinal (x) está contido no plano XY e pode ter uma orientação arbitrária em relação ao eixo X. Cargas: concentradas ou distribuídas e situam-se no plano XY. Os binários aplicados devem ter seus vetores-momento (seta dupla) normais ao plano XY (paralelos ao eixo Z). Pode haver forças aplicadas diretamente nos nós ou nas barras mas não pode haver binários aplicados diretamente nos nós (apenas nas barras). Ligações: as barras são articuladas, ou seja, ligadas entre si por rótulas. Deformações: as deformações axiais predominam; pode haver também deformação por flexão mas a de cisalhamento será sempre desprezada. Esforços: se só houver forças aplicadas diretamente nos nós e forças axiais ao longo das barras, as barras estarão submetidas apenas a esforço axial. Se houver forças transversais e binários ao longo das barras haverá esforço cortante e momento fletor também (obtidos considerando-se as barras como vigas bi-apoiadas). Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas TRELIÇA ESPACIAL (3 GL por nó translação paralela a x, y e z) Geometria: idêntica à treliça plana, exceto que as barras podem ter qualquer direção no espaço. Cargas: as forças têm direção arbitrária mas binários devem ter seu vetor- momento perpendicular ao eixo da barra. As barras de treliças não resistem à momento torsor. Ligações, deformações e esforços: idem treliça plana. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas PÓRTICO PLANO 3 GL/nó translação paralela a x e a y e rotação em torno de z) Geometria: é constituído por barras prismáticas, situadas no plano XY, com orientação arbitrária em relação ao eixo X. Eixo vertical (y) da ST é de simetria e portanto y e z são eixos principais de inércia. Ligações: as barras são em geral rigidamente ligadas entre si. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas Cargas: como nas vigas, as forças atuam no plano XY e binários atuam perpendicularmente ao plano XY (direção Z). Esforços internos: flexão, axial e cortante. Deformações: por flexão predominam, e ocorrem no plano XY. Consideram- se as barras longas; desprezam-se portanto as deformações por cisalhamento. As deformações por flexão e axial são consideradas independentemente uma da outra. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas GRELHA 3 GL/nó translação paralela a z e rotação em torno de x e de y) Geometria: estrutura plana (plano XY) composta de barras contínuas que se interceptam mutuamente. Cargas: ao contrário do pórtico plano, todas as forças atuam normalmente ao plano XY e todos os binários têm seus vetores (seta dupla) no plano da grelha (XY). Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas Esforços internos: de flexão, torção e cortante. Deformação: predominante por flexão (deformações por torção e por cisalhamento são secundárias). Dois eixos de simetria na seção transversal, um está no plano XY e o outro paralelo à direção Z. Isto implica em que os esforços de momento torsor e fletor ajam independentemente e também implica que as barras se deformem por flexão na direção Z. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas PÓRTICO ESPACIAL 6 GL/nó translação paralela a x, y e z e rotação em torno de x, y e z) Geometria: tipo de estrutura mais geral, não há restrição na posição dos nós, barras ou direção das cargas. No entanto, considera-se que a ST tem dois eixos de simetria (planos principais de flexão) de forma a não ocorrer interação entre flexão e torção. Análise Estrutural III 1.4.1 Tipos de estruturas reticuladas Esforços Internos: axial, de torção, esforço cortante nas duas direções principais e também de flexão nas duas direções principais. Deformação: por flexão, axial e por torção; no caso de barras longas pode-se desprezar a deformação por cisalhamento. Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas Análise Estrutural III 1.4.2 Deformações em estruturas reticuladas • Treliças planas e espaciais: deformação axial predominante • Vigas e pórticos planos: predomina a deformação por flexão, em geral despreza-se a deformação axial em vigas, mas não necessariamente. Admite- se que os deslocamentos sofridos pelos eixos das barras são pequenos, não havendo portanto interação entre esforço axial e de flexão nos pórticos planos e espaciais. • Nas grelhas e pórticos espaciais em geral predomina também a deformação por flexão, Em barras rígidas à torção, como as com seção em caixão, a deformação por torção pode tornar-se significativa. Sendo os dois eixos da seção de simetria, não haverá interação entre flexão e torção. Análise Estrutural III 1.5 Método das forças e método dos deslocamentos 1.5 Método das forças e método dos deslocamentos 1.5.1 Método das forças (Método da Flexibilidade) Análise Estrutural III 1.5 Método das forças e método dos deslocamentos 1.5.2 Método dos deslocamentos Análise Estrutural III 1.5 Método das forças e método dos deslocamentos 1.5.2 Método dos deslocamentos Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear Exemplos 1) Influência da mudança de configuração nas equações de equilíbrio Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 1) Influência da mudança de configuração nas equações de equilíbrio Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear Exemplos 1) Influência da mudança de configuração nas equações de equilíbrio b) Efeito de membrana: Quando a viga for restringida horizontalmente surgirá uma força horizontal H no apoio (e reação igual no outro apoio) já que as extremidades não podem aproximar-se. Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 1) Influência da mudança de configuração nas equações de equilíbrio Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 2) Não linearidade das relações deformação específica x deslocamento Na teoria da Resistênciado Materiais admite-se em geral uma fórmula aproximada para a curvatura, que é linear: A fórmula exata porém não é linear: Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 3) Não linearidade das relações tensão deformação-específica de materiais que não seguem a lei de Hooke (elástico-linear). As figuras abaixo apresentam dois materiais, aço e concreto, que só seguem a lei de Hooke até uma certa deformação limite: Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear 3) Não linearidade das relações tensão deformação-específica de materiais que não seguem a lei de Hooke (elástico-linear). Análise Estrutural III 1.6 Causas de não linearidade - Comportamento Linear Admitindo-se um comportamento linear para as estruturas, pode-se aplicar os seguintes princípios: 1) Princípio da superposição de efeitos 2) Princípio de proporcionalidade (causa x efeito) 3) Unicidade da solução
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