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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA I:
ATIVIDADE ESTRUTURADAS
 Aluna: Gilvanira Azevedo Santos
 Prof.ª: Liliane Martins 
 Matrícula: 201401370772		
Aracaju-SE
2017
Atividade Estruturada 1
	ÁREAS DE ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA
A Resolução CFN n°380/2005 dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. O conselho federal de nutricionistas, no exercício das competências previstas na lei n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980 e no regimento interno aprovado pela resolução CFN n° 320, de 2 de dezembro de 2003, e tendo em vista o que foi deliberado na 167ª sessão plenária, realizada no dia 9 de dezembro de 2005; e considerando que compete aos conselhos federal e regionais de nutricionistas orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de nutricionista; considerando os objetivos, os campos de atuação e o princípio da integralidade na atenção à saúde, do sistema único de saúde (SUS); Considerando que compete ao nutricionista, enquanto profissional de saúde, conforme o art. 1º da lei 8.234, de 17 de setembro de 1991, zelar pela preservação, promoção e recuperação da saúde;
No Art. 2º. São definidas as seguintes áreas de atuação do nutricionista:
Alimentação Coletiva – atividades de alimentação e nutrição realizadas nas Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), como as empresas fornecedoras de serviços de alimentação coletiva, auto-gestão, restaurantes comerciais, hotelaria marítima, serviços de buffet e de alimentos congelados, comissárias e cozinhas assistenciais de saúde; assim também, atividades próprias de Alimentação escolar e do trabalhador;
Nutrição clínica – atividades de alimentação e nutrição realizadas nos hospitais e clínicas, nas instituições para idosos, ambulatórios, consultórios, bancos de leite humano, lactários, centrais de terapia nutricional, nos Spa, e atendimento domiciliar;
Saúde Coletiva – são atividades realizadas em políticas e programas institucionais, de atenção básica e de vigilância sanitária;
Docência – atividades de ensino, extensão, pesquisa e coordenação relacionadas à alimentação e nutrição;
Indústria de Alimentos – desenvolvimento e produção de produtos relacionados à alimentação e nutrição;
Nutrição em Esportes – está relacionada à alimentação e nutrição em academias, clubes esportivos e similares;
Marketing na área de Alimentação e Nutrição – atividades de marketing e publicidade cientifica relacionados à alimentação e nutrição.
CÓDIGO DE ÉTICA
A Resolução CFN nº 334 /2005 dispõe sobre o código de Ética do nutricionista e dá outras providências. O Conselho Federal de Nutricionistas, no uso das atribuições que lhe são conferidas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980 e no Regimento Interno, e tendo em vista o que foi deliberado na 154ª Reunião Plenária, Ordinária, realizada no período de 22 a 26 de março de 2004; 
Resolve: 
Art. 1°. Fica aprovado o Código de Ética do Nutricionista. 
Art. 2°. O Código de Ética do Nutricionista aprovado por esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se a partir de então as disposições em contrário, especialmente a Resolução CFN n° 141, de 1993, de 1° de outubro de 1993.
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º. O nutricionista é profissional de saúde, que, atendendo aos princípios da ciência da Nutrição, tem como função contribuir para a saúde dos indivíduos e da coletividade.
Art. 2º. Ao nutricionista cabe a produção do conhecimento sobre a Alimentação e a Nutrição nas diversas áreas de atuação profissional, buscando continuamente o aperfeiçoamento técnico-cientifico, pautando-se nos princípios éticos que regem a prática cientifica e a profissão.
Art. 3º. O nutricionista tem o compromisso de conhecer e pautar a sua atuação nos princípios da bioética, nos princípios universais dos direitos humanos, na Constituição do Brasil e nos preceitos éticos contidos neste Código.
Atividade Estruturada 2
IBRANUTRI X ELAN 
Similaridade e Controvérsias
O estudo realizado pela IBRANUTRI nas regiões Brasileiras, nos mostra que as áreas mais afetadas pela Desnutrição Moderada e Desnutrição Grave acomete as regiões menos desenvolvidas com carência na distribuição de seus recursos, onde se destaca o NORTE/NORDESTE, e nos estados da região CENTRO/OESTE mais desenvolvidos o índice é menor. O Elan (Estudo de Nutrição na América Latina) representa a réplica do IBRANUTRI, com diferença na avaliação das regiões, onde foram observados 13 países latino-americanos.
Em ambos estudos realizados, poderão observar que, quanto maior o tempo de internação, maior os riscos de desnutrição, devido as condições encontradas no ambiente hospitalar, ao próprio paciente com ingestão alimentar e reposição nutricional inadequadas, ou a ineficiência da equipe com a falta de consciência da importância do estado nutricional e a falta de anotações nos prontuários médicos sendo insuficientes e incompletas, faltando dados importantes para o diagnóstico do estado nutricional.
Esperava-se que o estudo Elan tivesse a mesma repercussão que o IBRANUTRI com grande cobertura que a mídia deu aos resultados sendo oficialmente comunicado ao Ministério da Saúde, usando a sociedade para sensibilizar os governantes e intervir no caso da Desnutrição Hospitalar.
Atividade Estruturada 3
Tabela Comparativa de Parâmetros de AEN
	
	INFANTIL
	ADULTO / IDOSO
	Indicadores Antropométricos
	- Peso para idade
- Peso para estatura
- Estatura para idade
	- Dobras cutâneas
- Circunferência abdominal
- Índice de massa corporal
	Indicadores Bioquímicos
	- Proteínas séricas
- Metabolismo glicídico
	- Albumina sérica
- Colesterol sérico
	Indicadores Subjetivos
	- Avaliação subjetiva global
- Semiologia nutricional
	- Mini avaliação nutricional
- Nutritional risk screening 
Atividade Estruturada 4
10 Produtos Comerciais de Nutrição Enteral
(5 adultos e 5 infantil)
 
1-Nutrison Soya; 
2-Nutri Renal D 200ml chocolate; 
3- Nutri Enteral lL; 
4- Support Danone Nutrison Energy
5- Modulen IBD 400g;
6- Infantrini em pó 400g – Danone
7- Ketocal 300g – Danone
8- Nutren Junior Liquido
9- Alfaré 400g – Nestlé
10- Neo Advanced 400g - Danone
	Nome do comercial do produto:
	Nutrison Soya
	Empresa:
	Nutriport
	A quem se destina:
	Adultos
	Descrição:
	Descrição Completa: Nutrição enteral em pó a base de proteína isolada de soja, rica em isoflavonas. Nutricionalmente completa e normocalórica na diluição padrão. Hipossódica, isenta de lactose e sacarose. NÃO CONTÉM GLÚTEN.
	Indicações:
	Pacientes hospitalizados ou domiciliares em risco nutricional ou desnutrição leve
	Apresentação:
	Lata 800g
	100g 
	100ml
	Composição Nutricional
	Valor calórico (kcal)
	450g Presidente Proprietário
	101ml
	
	Proteína (g)
	16g
	3,6ml
	
	Carboidratos (g)
	63g
	14ml
	
	Gorduras totais 
	15g
	3,4 ml
	
	Cálcio 
	263g
	59ml
	
	Ferro
	4,7g
	1,1ml
	
	Sódio
	178g
	40ml
	Osmolaridade (mOsm/l)
	237
	
	Osmolaridade (mOsm/kg de água
	320
	
	Custo do produto:
	R$: 65,60
Atividade Estruturada 5
	Regulamento Técnico para Terapia Nutrição Enteral (R 63)
	Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou Enteral.
 Nutrição Enteral (NE), alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorialou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.
As UH e as EPBS que realizem procedimentos de TNE devem possuir licença de funcionamento concedida pelo órgão sanitário competente, as interessadas em realizar procedimentos de TNE devem solicitar o seu cadastramento, conforme Anexo V, à autoridade sanitária local. A complexidade exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multiprofissional para garantir a sua eficácia e segurança para os pacientes. Devem abranger obrigatoriamente as seguintes etapas: Indicação e prescrição médica; Prescrição dietética; Preparação, conservação e armazenamento; Transporte; Administração; Controle clínico laboratorial; Avaliação final; Todas as etapas descritas no item anterior devem atender a procedimentos escritos específicos e serem devidamente registradas, evidenciando as ocorrências na execução dos procedimentos. As UH e as EPBS que queiram habilitar-se à prática da TNE devem contar com: Sala de manipulação que atenda às recomendações da BPPNE, sempre que se optar pela utilização de NE em sistema aberto; EMTN - grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério das UH e ou EPBS, com as respectivas atribuições descritas.
O nutricionista é responsável pela supervisão da preparação da NE. A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição dietética, a manipulação, o controle de qualidade, a conservação e o transporte da NE e exige a responsabilidade e a supervisão direta do nutricionista, devendo ser realizada, obrigatoriamente, na UH ou EPBS, de acordo com as recomendações das BPPNE, conforme Anexo II. Os insumos e recipientes adquiridos industrialmente para o preparo da NE, devem ser registrados nos órgãos competentes, quando obrigatório, e acompanhados do Certificado de Análise emitido pelo fabricante, garantindo a sua pureza físico-química e microbiológica, bem como o atendimento às especificações estabelecidas. A NE preparada na sala de manipulação da UH e ou EPBS deve atender às exigências das BPPNE (Anexo II). A avaliação da prescrição dietética da NE quanto à sua adequação, concentração e compatibilidade físico-química de seus componentes e dosagem de administração, deve ser realizada pelo nutricionista antes do início da manipulação, compartilhada com o farmacêutico quando se fizer necessário.
	Regulamento Técnico para Terapia Nutrição Parenteral (Portaria 272)
Nutrição Parenteral (NP): solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
Produtos farmacêuticos: soluções parenterais de grande volume (SPGV) e soluções parenterais de pequeno volume (SPPV), empregadas como componentes para a manipulação da NP. 
A Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral e ou Enteral. (UH): estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na promoção da saúde e na recuperação e reabilitação de doentes. 
A complexidade da TNP exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multiprofissional para garantia da sua eficácia e segurança para os pacientes. A TNP deve abranger, obrigatoriamente, as seguintes etapas: Indicação e prescrição médica; Preparação: avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte; Administração; Controle clínico e laboratorial; Avaliação final.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL 
Objetivo: Esta recomendação estabelece as atribuições da EMTN, especialmente para a prática da TNP. 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS: 2.1 Para a execução, supervisão e a avaliação permanente em todas as etapas da TNP, é condição formal e obrigatória a constituição de uma equipe multiprofissional. 2.2 Por se tratar de procedimento realizado em pacientes sob cuidados especiais, e para garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a EMTN para NP, deve ser constituída de pelo menos 01(um) profissional de cada categoria, com treinamento especifico para esta atividade, a saber: médico, farmacêutico, enfermeiro e nutricionista.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS NUTRICIONISTAS: 
 Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN. 9.2. Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente. 9.3. Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente da via de administração. 9.4. Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. 9.5. Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores.
Atividade Estruturada 6
Tratamento nutricional de pacientes com Úlcera por pressão.
Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento, causado pela fricção. Outros fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não foi completamente esclarecido. Intervenções a maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em risco e da implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes identificados como de risco. As seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são 5. 
ETAPA 1 5.1. Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes: 5.1.1.A avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e; 5.1.2.A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas. A pronta identificação de pacientes em risco para o desenvolvimento de UPP, por meio da utilização de ferramenta validada, permite a adoção imediata de medidas preventivas. A avaliação de risco deve contemplar os seguintes fatores: a) mobilidade; b) incontinência; c) déficit sensitivo e; d) estado nutricional (incluindo desidratação). Obs. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as as várias disponíveis. Em casos de pacientes pediátricos, deve-se utilizar uma ferramenta apropriada, como por exemplo, a escala de Braden Q. 
ETAPA 2 5.2. Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados A complexidade e a gravidade dos pacientes internados resultam na necessidade de reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de UPP. A reavaliação diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades do paciente. O grau de risco, conforme especificado em várias ferramentas, permite que os profissionais implantem estratégias individualizadas para os pacientes.
ETAPA 3 5.3. Inspeção diária da pele Pacientes que apresentam risco de desenvolvimento de UPP, de acordo com etapas 1 e 2, necessitam de inspeção diária de toda a superfície cutânea, da cabeça aos pés. Estes pacientes, em geral hospitalizados, podem apresentar deterioração da integridade da pele em questão de horas. Em virtude da rápida mudança de fatores de risco em pacientes agudamente enfermos, a inspeção diária da pele é fundamental. Deve ser dada atenção especial a áreas de alto risco para desenvolvimento de UPP. A identificação das lesões da pele, como úlcera por pressão,deve ser feita de acordo com a definição e classificação internacional.
ETAPA 4 5.4. Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada Pele úmida é mais vulnerável, propícia ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende a se romper mais facilmente. A pele deve ser limpa, sempre que apresentar sujidade e em intervalos regulares. O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um agente de limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele. Deve-se tomar cuidado para minimizar a exposição cutânea à umidade decorrente de incontinência, transpiração ou exsudato de feridas. Quando estas fontes de umidade não puderem ser controladas, a utilização de fraldas e absorventes é recomendada, com o objetivo de minimizar o contato da pele com a umidade. Agentes tópicos que atuam como barreiras contra a umidade e hidratam a pele também podem ser utilizados. O tratamento da pele ressecada com hidratantes tem se mostrado especialmente efetivo na prevenção de UPP.
ETAPA 5 5.5. Otimização da nutrição e da hidratação A avaliação de pacientes com possível risco de desenvolvimento de UPP deve incluir a revisão de fatores nutricionais e de hidratação. Pacientes com déficit nutricional ou desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes e a deambulação mais difícil. Edema e menor fluxo sanguíneo cutâneo geralmente acompanham os déficits nutricionais e hídricos, resultando em lesões isquêmicas que contribuem para as lesões na pele. Pacientes mal nutridos podem apresentar uma probabilidade duas vezes maior de lesões cutâneas. Líquidos, proteínas e ingesta calórica são importantes aspectos para a manutenção de um estado nutricional adequado. Suplementos nutricionais podem ser necessários caso a ingesta não seja suficiente. É recomendado que nutricionistas sejam consultados nos casos de pacientes com desnutrição a fim de avaliar e propor intervenções mais apropriadas.
ETAPA 6 5.6. Minimizar a pressão A redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a preocupação principal. Pacientes com mobilidade limitada apresentam risco maior de desenvolvimento de UPP. Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão sobre a pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de superfícies de redistribuição de pressão. O objetivo do reposicionamento a cada 2 horas é redistribuir a pressão e, consequentemente, manter a circulação nas áreas do corpo com risco de desenvolvimento de UPP. A literatura não sugere a frequência com que se deve reposicionar o paciente, mas duas horas em uma única posição é o máximo de tempo recomendado para pacientes com capacidade circulatória normal. O reposicionamento de pacientes de risco alterna ou alivia a pressão sobre áreas.
Referências
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/ulcera-por-pressao
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/d5fa69004745761c8411d43fbc4c6735/PORTARIA_272_1988.pdf?MOD=AJPERES
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/61e1d380474597399f7bdf3fbc4c6735/RCD+N%C2%B0+63-2000.pdf?MOD=AJPERES
http://www.sabordeviver.com.br/produtos/nutricao-pediatrica
https://www.nestle.com.br/site/marcas/Nutren_Kids.aspx
http://www.vitaesaude.com.br/nutricao/doenca-de-crohn/suplemento-nestle-modulen-ibd-400g.html
http://crn1.org.br/images/teses/imc_crianca.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v28n3/10.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAKZ4AK/avaliacao-nutricional-criancas
http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v9/n1/pdf/v9n1a13.pdf
http://www.sbp.com.br/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf
Atividade Estruturada 7
FILME: Por Amor a Nancy - Neste drama comovente, o casal Sally e Thomas Walsh descobre que sua filha, a jovem Nancy, tem anorexia - uma assustadora doença que se caracteriza pela ausência total de apetite e que provoca na pessoa o horror a alimentos, levando-a assim até a morte. Sally e Thomas internam a filha numa clínica especializada. Mas Nancy, maior de idade, recusa o tratamento e perde a vontade de viver.
TRANSTORNO ALIMENTAR: Anorexia
BASES TRATAMENTO NUTRICIONAL: Pacientes com transtornos alimentares possuem inadequações profundas no consumo, padrão e comportamento alimentar, além de diversas crenças equivocadas sobre alimentação, o que geralmente acarreta piora do estado nutricional. O tratamento nutricional visa a reverter tais alterações e promover hábitos alimentares saudáveis e melhor relação para com o alimento. Os objetivos e características do tratamento diferem para a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, contudo, usualmente, a abordagem é dividida em duas fases: a educacional, cujas principais metas são a regularização do hábito alimentar e o aumento do conhecimento nutricional, e a experimental, que visa a propiciar maior reabilitação nutricional e mudanças mais profundas no comportamento alimentar. As metas do tratamento nutricional na anorexia nervosa (AN) envolvem o restabelecimento do peso, normalização do padrão alimentar, da percepção de fome e saciedade e correção das sequelas biológicas e psicológicas da desnutrição (APA, 2000).
O ganho de peso deve ser controlado. É recomendado um ganho de 900g a 1,3 kg/semana para pacientes de enfermaria e 250 g a 450 g/semana para pacientes de ambulatório (APA, 2000). Todavia, Ornstein et al. (2003) verificaram que um ganho de peso de 720 g/4 dias era mais seguro, pois não causava a síndrome da realimentação. Esta síndrome é caracterizada por anormalidades dos fluidos e eletrólitos (principalmente do fósforo) e pode levar a complicações cardiológicas, neurológicas, hematológicas e até à morte súbita. Portanto, a alimentação deve ser cautelosa, com monitoração dos eletrólitos (APA, 2000).
O consumo energético recomendado é de 30 a 40 kcal/kg por dia, podendo chegar até 70 a 100 kcal/kg por dia com a progressão do tratamento (APA, 2000). Segundo Marcason (2002), o valor energético total da dieta não deve ser abaixo de 1.200 kcal/dia. Este aumento gradual pode ajudar a reduzir a ansiedade quanto ao ganho de peso, e permite que o trato gastrointestinal se adapte à realimentação. A proporção de macronutrientes deve ser igual às recomendações para populações saudáveis.
As deficiências de vitaminas e minerais são raras na AN, devido ao uso freqüente de suplementos e à diminuição das necessidades. No entanto, Castro et al, (2004) encontraram deficiências de zinco e ácido fólico em adolescentes com AN que não se reverteram após o tratamento, de tal forma que os autores recomendaram a suplementação destes nutrientes. Su e Birmingham (2004) relatam que as consequências da deficiência de zinco são muito semelhantes à AN, e que a suplementação com zinco promove maior ganho de peso e redução da ansiedade e depressão. Em relação ao cálcio, alguns estudos comprovaram os efeitos positivos da suplementação de 1.000 a 2.000 mg/dia na redução da osteopenia (complicação comum decorrente da AN) (Kent, 2000).
Em alguns pacientes, é extremamente difícil atingir as recomendações nutricionais apenas pela via oral. Nessas ocasiões, a alimentação nasogástrica pode ser recomendada ao invés da intravenosa, que só deve ser utilizada em situações nas quais há risco de vida. A alimentação nasogástrica pode acarretar, contudo, retenção de fluidos, arritmia e falência cardíaca. Apesar de a maioria dos autores não recomendarem a nutrição enteral ou parenteral, Robb et al. (2002) relataram que o uso da sonda nasogástrica noturna pode trazer ganho de peso mais rápido do que somente com a alimentação oral. O nutricionista participa de todo processo de planejamento das refeições, ajudando o paciente a consumir uma dieta adequada e monitorando o balanço energético, assim como o ganho de peso. 
ATIVIDADE ESTRUTURADA 08
Controle Neuroendócrino do Peso Corporal: Implicações na Gênese da Obesidade
O peso corporal é regulado por uma interação complexa entre hormônios e neuropeptídeos, sob o controle principal de núcleos hipotalâmicos.Mutações nos genes de hormônios e neuropeptídeos, de seus receptores ou de elementos regulatórios, têm sido descritas na espécie humana, mas são tidas como raras, não explicando as formas mais comuns de obesidade. No entanto, o estudo destas mutações tem propiciado um grande avanço nos conhecimentos sobre a base genética e a fisiopatologia da obesidade, possibilitando o estudo e abrindo perspectivas para o desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas. 
Há dois sistemas de controle da ingestão alimentar e do peso corporal, um de curto prazo, que determina o início e o término de uma refeição, e outro de longo prazo, que é responsável pelo estoque de gordura corporal. Logo após uma refeição, a distensão do estômago e a digestão dos alimentos estimulam o nervo vago e os nervos espinhais e promovem a liberação de CCK e PYY. Estas informações chegam ao núcleo do trato solitário no tronco cerebral e ao hipotálamo, inibindo os neurônios NPY/AGRP (via anabólica) e determinando o fim da refeição (sistema de curto prazo). Por sua vez, a elevação dos níveis de leptina e insulina, que ocorre com o aumento da gordura corporal e nas situações de balanço energético positivo, estimula os neurônios POMC/CART (via catabólica), e inibe os neurônios NPY/AGRP (via anabólica) no hipotálamo. O α-MSH, derivado da POMC, age sobre os receptores MC4R, levando à redução da ingestão alimentar.
Em torno de uma a duas horas antes de uma refeição, ocorre elevação da grelina, que funciona como um “iniciador de refeição”. A grelina também se eleva nas situações de balanço energético negativo, fazendo parte dos sistemas de curto e longo prazo de regulação do peso corporal. Este hormônio estimula os neurônios NPY/AGRP. A AGRP antagoniza o MC4R, desta forma bloqueando a sinalização através do sistema da melanocortina. Outros neurônios secundários no SNC, com propriedades anabólicas, são ativados e levam ao aumento da ingestão alimentar a longo prazo. O hipotálamo e o núcleo do trato solitário no tronco cerebral se interconectam e são responsáveis pelo controle da ingestão alimentar e do peso corporal
Durante a consulta de um paciente que apresente sobrepeso ou obesidade, é fundamental avaliar as causas que levaram ao excesso de peso, bem como investigar possíveis morbidades associadas. A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. Há aumento significativo da prevalência da obesidade em diversas populações do mundo, incluindo o Brasil. O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida. Há várias opções de tratamento para a obesidade e o sobrepeso. Quanto maior o grau de excesso de peso, maior a gravidade da doença. A divisão da obesidade em graus é empírica, embora baseada nas curvas de IMC x morbidade e IMC x mortalidade, não havendo um estudo de corte nacional para definir os limites para a população brasileira. Obesidade é uma doença crônica que tende a recorrer após a perda de peso e pessoas obesas devem ter contato em longo prazo com profissionais de saúde e o apoio destes.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE.
A cirurgia bariátrica (CB) é um recurso consistente nos casos de obesidade grave com falha de tratamento clínico, proporcionando aos pacientes redução nos índices de mortalidade e melhora de comorbidades clínicas, como se demonstrou em estudo observacional de dez anos de seguimento.
As indicações preconizadas para realizar CB adotadas pelo Ministério da Saúde são válidas para adultos entre 18 e 65 anos. Pacientes mais idosos são mais suscetíveis a complicações e morte pelo procedimento, mas algumas séries de casos têm demonstrado bons. Critérios de indicação para cirurgia bariátrica:
Adultos com IMC ≥ 40 kg/m² sem comorbidades;
 Adultos com IMC ≥ 35 kg/m² com uma ou mais comorbidades associadas; 
Resistência aos tratamentos conservadores realizados regularmente há pelo menos dois anos (dietoterapia, psicoterapia, tratamento farmacológico e atividade física;
Motivação, aceitação e conhecimento sobre os riscos da cirurgia,
Ausência de contraindicações.
Com relação às contraindicações, são apresentadas as seguintes:
Causas endócrinas tratáveis de obesidade;
Dependência de álcool ou drogas ilícitas;
Doenças psquiátricas graves, sem controle;
Risco anestésico e cirúrgico classificado como ASA-IV,
 Pacientes com dificuldade de compreender riscos, benefícios, resultados esperados, alternativas de tratamento e mudanças no estilo de vida requeridas com a CB.
PRÉ-OPERATÓRIO
O bom preparo pré-operatório dos pacientes candidatos à CB é fundamental para o sucesso do procedimento. A avaliação deve ser multidisciplinar e minuciosa, identificando adequadamente qualquer fator que possa interferir no resultado da cirurgia. A anamnese deve contemplar a história evolutiva do peso, a identificação de fatores que contribuem para o ganho ponderal, como uso de medicações e comorbidades, os antecedentes patológicos e cirúrgicos, as histórias familiares de obesidade, psiquiátrica, nutricional e social, além da prática de atividades físicas. Da mesma forma, deve-se detalhar o exame físico, avaliando todos os aparelhos, mensuração antropométrica, checando complicações preexistentes e o estado nutricional do paciente. Os candidatos à cirurgia também devem realizar avaliação especializada da saúde mental antes do procedimento
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
Tem-se preferido a via laparoscópica, a qual se associa a menores complicações na ferida operatória, dor, tempo de internação hospitalar e mais rápida recuperação pós-operatória, com a mesma eficácia da laparotomia. Entretanto, a laparoscopia possui maior risco de complicações secundárias a dificuldade de realização da técnica, estenoses de anastomoses e obstrução intestinal pós-operatória. A indicação da via laparoscópica é preferível, mas depende da habilidade do cirurgião. Não há evidência científica para indicar uma técnica específica à população obesa em geral, devendo a escolha respeitar características do paciente e a experiência do cirurgião. Abaixo são apresentadas as principais técnicas cirúrgicas:
Restritiva banda gástrica ajustávelTrata-se de técnica ajustável, realizada por via laparoscópica, reversível e que pode apresentar bons resultados quando o paciente é bem selecionado pela equipe multidisciplinar. Nesse procedimento, uma cinta é posicionada em volta do estômago, com uma porção interna de silicone que pode ser ajustada por meio de injeções periódicas de soro fisiológico num portal suturado no subcutâneo, sobre a musculatura abdominal.
Balão intragástrico (big) Trata-se de um procedimento endoscópico, e não de uma cirurgia propriamente dita. Pode ser utilizado como método auxiliar para perda de peso no pré-operatório. Só se pode utilizar o balão por até seis meses e, se houver necessidade de recolocá-lo, deve-se aguardar um intervalo de 30 dias. Apesar de ser um procedimento de baixo risco, em geral cursa com reganho de peso após sua retirada. 
Mista predominantemente restritiva derivação gástrica em y de roux (dgyr). É a técnica de CB mais realizada atualmente, caracterizada pela criação de uma pequena câmara ou bolsa gástrica junto à pequena curvatura e pela exclusão do restante do estômago, incluindo todo o fundo e o antro gástrico, o duodeno e a porção inicial do jejuno. Como efeito principal, leva à saciedade mais precocemente, associada a efeitos causados pela reconstrução do trânsito em Y de Roux.
Mista predominantemente disabsortiva derivação biliopancreática (dbp) com gastrectomia horizontal - scopinaro Neste procedimento, caracterizado por gastrectomia horizontal, exclusão de todo o jejuno e 78 parte do íleo (2,5 m) e criação de uma alça intestinal comum de 50 cm, a perda de peso pós-operatória é secundária principalmente à disabsorção lipídica e calórica. Por isso, essa técnica possui maior incidência de desnutrição e deficiência de vitaminas lipossolúveis. Aperda do excesso de peso oscila em torno de 80%. 
Derivação biliopancreática com duodenal switch (dbp/ds). Esta é uma derivação da técnica anterior, em que se realizam gastrectomia vertical subtotal com preservação do piloro e anastomose entre o íleo e a primeira porção do duodeno (a alça intestinal comum é mantida mais longa [75 cm], para minimizar efeitos colaterais decorrentes da disabsorção acelerada). A perda de peso oscila em torno de 75% a 80%, comparável à da DGYR.
PÓS-OPERATÓRIO BENEFÍCIOS
Maior controle do peso corporal promovido pela cirurgia bariátrica promove melhora das comorbidades relacionadas à obesidade. Além disso, o estado psicossocial e a qualidade de vida também melhoram muito após a perda de peso.
COMPLICAÇÕES
A taxa de mortalidade associada à cirurgia varia de 0,1% a 1,1%, dependendo do procedimento. Deve-se indicar DBP, DBP/DS e suas variações com cautela, pois se associam mais a complicações nutricionais.
As complicações pós-operatórias mais comuns de todas as técnicas descritas são tromboembolismo pulmonar, deiscência da sutura, fístulas, estenoses, infecções e hemorragia (mais comuns no pós-operatório precoce), hérnia e torção de alça intestinal (mais comuns no pós-operatório tardio). Nas técnicas disabsortivas e, em menor grau, na DGYR, há maior risco de se desenvolver diarreia com flatulência excessiva, desnutrição proteica, anemia ferropriva, deficiência de vitaminas e doenças osteometabólicas . A síndrome de dumping pode ocorrer após DGYR, quando houver ingestão de alimentos doces ou hiperosmolares. Entre as complicações relacionadas com a banda gástrica, há deslizamento gástrico da banda com aumento ou obstrução do neoestômago, erosão da banda, infecção do portal e dilatação esofagiana.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. - 3.ed. - Itapevi, SP: AC Farmacêutica, 2009. 
Rodrigues, A. M.; Suplicy, H.L.; Radominski R. B. Controle Neuroendócrino do Peso Corporal: Implicações na Gênese da Obesidade. Arq. Bras, Endocrinol, Metab. vol 47, nº 4, Agosto 2003.
ATIVIDADE ESTRUTURADA 09
A deglutição: Fase esofágica
O esôfago é um tubo muscular envolto com uma mucosa que propulsiona o alimento da hipofaringe ao estômago. O músculo cricofaríngeo ou esfíncter esofageal superior forma a junção entre a hipofaringe e o esôfago. A mucosa logo acima do músculo cricofaríngeo é rarefeita e vulnerável à lesões e perfurações por corpos estranhos (Caruso & Sauerlander, 1990). O esfíncter gastroesofágico ou esfíncter esofágico inferior forma a junção entre o esôfago e o estômago. Estes dois esfíncteres conservam o esôfago vazio entre as deglutições. 
A fase esofágica consiste em uma onda peristáltica automática a qual leva o bolo para o estômago, consequentemente reduzindo o risco de refluxo gastro esofágico ou reentrada de material alimentar do esôfago para dentro da faringe. O refluxo gastroesofágico é também evitado através da contração tônica do músculo cricofaríngeo. O refluxo ocasional em pequenas quantidades é considerado normal em crianças. O processo de peristaltismo movimenta o bolo através do esôfago e termina quando a comida passa pela junção gastroesofágica. O esfíncter esofageal superior (EES) também conhecido como segmento faringoesofageal é uma zona de alta pressão definida manometricamente e está localizada na região distal em relação à hipofaringe. O esfíncter é fechado tonicamente no repouso e aberto durante a deglutição, vomito ou arroto. 
O comprimento da zona de alta pressão nos adultos, é de 2,5 a 4,5 centímetros com a média entre 3 cm. Embora o músculo cricofaríngeo seja o maior componente do esfíncter superior, seu comprimento é entre 1 cm e portanto outros músculos adicionais tais como o constritor faringeal inferior mais as fibras do músculo esofageal proximal, provavelmente contribuem para manter a zona de alta pressão. O perfil da pressão do EES é assimétrico com pressões mais altas notadas nas direções anterior e posterior. Existem duas origens para a pressão no EES, uma originada de um componente ativo secundário da contração do músculo cricofaríngeo e outra de forças passivas atribuídas ao tecido elástico. O músculo cricofaríngeo foi inserido bilateralmente nas margens laterais inferiores da lâmina cricóide, e como resultado, cartilagem e esfíncter se movem em uníssono. O EES, o qual está fechado no repouso, relaxa durante a deglutição assim como a laringe se eleva. Relaxação do esfíncter precede a abertura por aproximadamente um décimo de segundo. O esfíncter abre por forças de tração na sua parede anterior exercidas pela contração dos músculos suparahioideo e infrahioideos. 
A duração e diâmetro da abertura do esfíncter são influenciados pelo tamanho do bolo e viscosidade os quais implicam que a resposta do esfíncter não é estereotipada, mas é responsiva ao feedback sensorial. As funções do esfíncter esofageal superior incluem prevenção da distensão esofageal durante a respiração normal e a proteção da via aérea contra a aspiração seguindo um episódio de refluxo gastroesofágico. Esta última informação é controversa. Estudos anteriores demostravam que a pressão do EES aumentou em resposta a acidificação intraesofágica em crianças e adultos sugerindo que o EES funciona como uma barreira dinâmica contra o refluxo gastroesofageal. No entanto, estudos recentes usando metodologia mais sofisticada não confirmaram estes achados. Outros modificadores da pressão do EES incluem sono, o qual é associado com a pressão diminuída do esfíncter, e fatores associados com a pressão aumentada incluindo respiração, distensão esofageal e stress. O padrão de peristaltismo do esôfago durante a deglutição é essencialmente o mesmo nas crianças e nos adultos.
Referência
Marchesan, I. Q. Deglutição – Normalidade. 
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Cáries dentárias ocorrem quando existem diversos fatores simultaneamente. Primeiramente, tem de se tratar de um tipo de dente susceptível à formação de cáries. Segundo, deve haver uma placa bacteriana, isto é, a bactéria que fermenta os hidratos de carbono produz ácidos, que por sua vez criam uma erosão no esmalte dos dentes. Em terceiro lugar, existe tempo suficiente para a desmineralização (dissolução do esmalte dos dentes) e insuficiente para que o organismo produza o seu sistema de defesa natural,  “remineralize” e repare os danos dos dentes.
  
O efeito da dieta no desenvolvimento de cáries dentárias não é claro, como muitas pessoas acreditam. Enquanto a relação entre a ingestão de carboidratos e a cárie dentária tem sido demonstrada claramente, a relação direta entre a ingestão de açúcar e a cárie tem sido fraca na maioria dos países europeus. Muitas pessoas, por exemplo, consomem quantidades relativamente elevadas de açúcar regularmente, sem necessariamente apresentar muitas cáries dentárias.
Um estudo realizado na Holanda descobriu que o tempo que a comida é retida na boca é mais importante que o conteúdo desta em açúcar. Os investigadores compararam soluções de açúcar com refeições e lanches e observaram que os alimentos compostos por hidratos de carbono tendem a fixar-se e permanecer mais nos dentes, podendo provocar cáries, do que as soluções açucaradas. Estes alimentos não são necessariamente os que consideramos “pegajosos” – por exemplo, os caramelos que se dissolvem e desaparecem da boca com mais rapidez do que alguns alimentos que contêm amido.
 
A associação que se fazia entre o açúcar e os alimentos que contêm açúcar implicados nas cáries dentárias também tem mudado. Atualmente é conhecido que muitos outros alimentos contendo carboidratos, e que antigamente se diziam “amigos dos dentes”, como o pão, têm contribuído bastante para as cáries. Por exemplo, os alimentos ricos em amido, como o pão, induzem a produção de ácido pela placa bacteriana, e todas as frutas são uma potencial causa destas. No entanto, devemos continuar aconsumir estes alimentos não só pelo prazer, mas também pelos seus benefícios para a saúde.
 
Atualmente, os cientistas acreditam que o papel da dieta nas cáries dentárias parece estar menos relacionado com a dieta propriamente dita, do que com os comportamentos individuais. Uma boa higiene oral e flúor, especialmente se aplicado de forma tópica mediante uma pasta de dentes que o contenha, tem reduzido a importância da dieta sobre a saúde dos dentes. Contudo, nos países onde a pasta de dentes com flúor não está disponível, uma ingestão regular de alimentos ricos em hidratos de carbono ainda é um fator importante na cárie dentária.
Uma boa higienização oral e o uso de flúor são atualmente considerados os principais fatores de prevenção das cáries. De seguida fornece-se mais alguma informação que ajuda a manter os dentes livres desta patologia.
Inicie pelo cuidado dentário matinal – comece lavando os dentes, após aparece o primeiro dente no bebé. Não deve permitir que uma criança fosse dormir, bebendo leite, fórmula láctea, sumo ou outra bebida doce; uma vez que estes se fixam nos dentes durante um longo período conduzindo às “cáries do biberão”.
Referência
Alimentação e a Saúde Oral. Disponível em:<http://www.eufic.org/article/pt/nutricao/acucares/artid/alimentacao-saude-oral/>.
ATIVIDADE ESTRUTURADA 11
	Cirurgias gastroduodenais
	Síndromes pós-operatórias/condutas nutricionais
	Enterectomia- É a retirada cirúrgica de um segmento de intestino delgado e linfonodos contíguos, é realizada para tratamento do câncer do intestino delgado. A cirurgia consiste na retirada do segmento de intestino doente, com margens de intestino normal como segurança, em conjunto com os linfonodos (gânglios linfáticos) que drenam a região. É realizada uma emenda entre as extremidades do intestino que ficou (chamada anastomose). Esta “costura” pode ser realizada de forma manual ou através de grampeadores mecânicos.
	-Trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar.
-Vazamento na entero- anastomose.
-Diarreia.
-Raramente acontecem, a não ser que o intestino tenha ficado muito curto, o que provoca diarreia crônica e desnutrição.
-A dieta é iniciada por via oral no 2o- 3o dia após a cirurgia, se o intestino estiver funcionando. Inicialmente o paciente começa ingerindo alimentos líquidos, progredindo para alimentos pastosos e sólidos.
	Gastrectomia- O objetivo é rever as participações mecânicas e químicas do estômago no aproveitamento do nutriente dietético, e as consequências nutricionais da gastrectomia. A via de acesso ao estômago pode ser feita através de videolaparoscopia. O tratamento consiste na retirada cirúrgica total ou parcial do estômago, de um avental de gordura preso ao estômago chamado “epiplon” ou “omento” e dos linfonodos (gânglios linfáticos) ao seu redor. Estes linfonodos também são encontrados ao redor das artérias que levam sangue até o estômago, fígado e baço. Como podem estar afetados pela doença, devem também ser retirados (linfadenectomia radical D2). A extensão de estômago que precisa se removida depende da localização do tumor. Faz-se então uma emenda entre o que restou do estômago e o intestino delgado (gastrectomia subtotal) ou entre o esôfago e o intestino delgado (gastrectomia total).
	
Trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, sangramento, pancreatite aguda, fístula pancreática, vazamento na anastomose gastrojejunal. Devido à perda da capacidade de armazenamento do estômago, a quantidade de alimentos que o paciente é capaz de ingerir não é mais a mesma. Geralmente é necessária uma adaptação do hábito alimentar, onde menores porções de comida são ingeridas mais frequentemente. A perda de peso é frequente. 
Síndrome de dumping- é uma resposta fisiológica devida à presença de grandes quantidades de alimentos sólidos ou líquidos na porção proximal do intestino delgado. Após a gastrectomia, frequentemente ocorre depleção nutricional em razão de vários fatores, como má absorção e baixa ingestão alimentar. Nesses casos, a dieta indicada deverá ser rica em proteínas, diminuindo-se os carboidratos e moderando-se os lipídeos.
	Piloroplastia-Consiste no remodelamento do canal pilórico, facilitando o trânsito por este canal. Esta é indicada em casos de obstrução pilórica, Estenose hipertrófica de piloro em recém-nascido e após vagotomia.
	-Infecções.
-Obstáculo mecânico (torções, aderências, ou hérnias).
-Deiscência da cirurgia.
	Vagotomia-é secção do nervo vago, levando a redução da estimulação colinérgica das células parietais tornando-as menos responsáveis à gastrina. Com isso têm-se a redução na secreção do acido clorídrico (parte do suco gástrico) e no estimulo à motilidade do estômago.
	-Síndrome da estase do Y de Roux;
-Dor abdominal crônica;
-Saciedade precoce;
-Náuseas persistentes e vômitos intermitentes.
 Alterações Nutricionais:
-Perda de peso;
-Saciedade precoce;
-Dumping;
-Má absorção 
-Anemia: Ferropriva, B12, Ácido Fólico Osteoporose: cálcio e vitamina D.
	Gastrostomia- Orifício (abertura) na região do abdômen por onde se passa um tubo flexível (sonda). Procedimento feito em pacientes que perderam, temporariamente ou definitivamente, a capacidade de deglutir alimentos.
	-Deslocamento da sonda; 
-Sangramento; 
-Aspiração; 
-Infecção; 
-Fístula gástrica persistente; 
-Metástase de câncer de cabeça e pescoço no sítio de exteriorização da GEP.
ATIVIDADE ESTRUTURADA 12
Nutrição e Doença Inflamatória Intestinal
As recentes mudanças ocorridas durante as últimas décadas, com melhorias nas condições higiênicas e sanitárias, maior urbanização e mudanças da dieta tradicional para uma dieta mais industrializada, caracterizada pela oferta predominantemente de energia, rica em carboidratos simples e gordura, levaram a um aumento do número de casos de Doença Inflamatória Intestinal (DII).
Estudos recentes reforçam a importância da dieta na formação da microbiota intestinal. Esta não está só crucialmente envolvida na patogênese da DII, mas também na formação do sistema imunológico sistêmico e mucoso. Consequentemente, alterações qualitativas ou quantitativas na composição da microbiota intestinal nos primeiros anos de vida podem determinar se o resultado será de imunidade robusta e eficaz ou, ao contrário, uma resposta imunológica fraca e falha que torna o individuo propenso à DII.
Com relação as orientações dietéticas segundo a fase ativa da doença é importante que a alimentação auxilie no controle dos sintomas como diarréia, dor abdominal, distensão e previna ou reverta a perda de peso através do uso de suplementos nutricionais adequados. A dieta deve ser hipercalórica, pelo aumento das necessidades energéticas em decorrência da inflamação (30 a 35 kcal/kg/dia), hiperprotéica (1,5 a 2,0g/kg/dia), hipolipídica (menos de 20% das calorias totais) e normoglicídica com restrição de carboidratos simples e alimentos que causam flatulência. O teor de fibras insolúveis e resíduos (lactose, por exemplo) deve ser restrito e a alimentação deve ser fracionada em seis a oito refeições ao dia, contendo pouco volume.
Assim, a conduta dietética mais adequada nas DII requer atenção aos aspectos nutricionais relacionados ao diagnostico inicial e as medidas terapêuticas instituídas e é de fundamental importância tanto na fase de remissão, quanto na de atividade de doença.
DOENÇA CELÍACA
  Desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten. É caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas. O glúten é uma proteína que está presente nos seguintes alimentos: trigo, aveia, centeio, cevada e malte.
A doença celíaca ocorre em pessoas com tendência genética à doença. Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nas pessoas adultas.
 Os sinais mais comuns da doença podem variar depessoa a pessoa, porém os mais comuns são: 
Diarreia crônica (que dura mais do que 30 dias) 
Prisão de ventre; 
Prisão de ventre; 
Anemia;  
Falta de apetite;  
Vômitos;  
Emagrecimento / obesidade;  
Atraso no crescimento;  
Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;  
Distensão abdominal (barriga inchada);  
Distensão abdominal (barriga inchada);  
Dor abdominal; 
Aftas de repetição; 
Osteoporose / osteopenia.
 
 Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE) são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico.  A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia (Um instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).
O único tratamento é uma alimentação sem glúten por toda a vida. A pessoa que tem a doença celíaca nunca poderá consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados (farinha de trigo, pão, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros). A doença celíaca pode levar à morte se não for tratada.
REFERÊNCIAS
Beyer PL. Terapia Clínica Nutricional para os Distúrbios do Trato Gastrointestinal Alto. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause alimentos, nutrição & dietoterapia. São Paulo; Roca, 2012
Andreollo, Nelson Adami, Lopes, Luiz Roberto, & Coelho Neto, João de Souza. (2011). Complicações pós-operatórias após gastrectomia total no câncer gástrico: análise de 300 doentes. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 24(2), 126-130. Retrieved October 26, 2015.

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