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As formas elementares da vida religiosa

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RELIGIÃO 
SEGUNDO DURKHEIM 
 
Paulo Sergio Brandão 
Sociologia I - UFES 
Antecedentes 
• INFLUÊNCIA DE INTERLOCUTORES DA ÉPOCA: 
• Religião judaica; 
• Robertson Smith e sua escola (religião era 
considerada com fenômeno social); 
• Foustel de Coulanges; (foi professor de 
Durkheim e autor de A cidade antiga) ele 
estuda a gens romana; via a religião como 
princípio constitutivo da família antiga; 
• Augusto Comte: religião da humanidade 
 
 
 
 
 
“Atitude compreensiva” 
Em resumo, o que peço ao livre pensador é 
que se coloque em face da religião no estado 
de espírito do crente. É somente nesta 
condição que pode esperar compreendê-la. 
Que ele a sinta tal como o crente sente [...] 
Ninguém que não traga ao estudo da 
religião uma espécie de sentimento religioso 
não pode falar dela! Ele parecera como um 
cego que fala das cores” Durkheim, [1912] 
1968: 65 
Livro: As formas Elementares da 
Vida Religiosa. 
Obra da maturidade; abordagem 
amadurecida do fenômeno religioso; 
Ao mesmo tempo considerada: uma obra de 
sociologia do conhecimento; epistemologia; 
sociologia da moral; sociologia geral (o 
autor procura dissecar o que há de mais 
elementar na vida social, na sociedade); 
 
 
 
Objetivo central do livro 
em relação ao fenômeno religioso 
• Elaborar uma teoria geral da religião e com base nas 
instituições religiosas mais simples e mais primitivas, 
analisá-la e tentar explicá-la; 
• Apreender a essência de um fenômeno social 
observando suas formas mais elementares; 
• Por que as religiões consideradas mais complexas 
como o cristianismo tem uma mistura de crenças e 
ritos emprestados de outras religiões; 
• Compreender a religião enquanto um aspecto 
essencial e permanente da humanidade: a religião 
como uma caracteristica geral da sociedade humana. 
 
 
A definição de religião 
• Indicar um certo número de signos exteriores que 
são perceptíveis e que possam ser reconhecidos; 
• Extrair o que tem em comum entre os sistemas 
religiosos do mais primitivos, simples aos mais 
recentes e mais refinados 
• Mantém a questão dos filosofos e junta o método 
empírico dos cientistas; 
• Considera a religião em sua realidade concreta. 
• Religião como fenômeno humano; uma “coisa” 
que pode ser analisada e explicada pelas regras 
do método científico; 
• Espécies do mesmo gênero há entre elas 
elementos comuns; 
• O que há de eterno e humano na religião: religião 
em geral; 
• Objeto de estudo das ciências das religiões: o 
componente religioso da conta da estrutura da 
personalidade humana no seio da civilização; 
 
Perspectiva afirmativa da Religião 
• Durkheim se situa numa perspectiva afirmativa 
em relação ao religião em seu tempo; 
• A fé durkheimiana é radicalmente 
antropocêntrica # transcendente: forças 
religiosas são forças humanas; fazem parte da 
natureza; 
• É postulado das ciências das religiões; pois as 
ciências só é possível com as coisas dadas da 
natureza; 
Definição de Religião 
• “Um sistema solidário de crenças e ritos 
(práticas) relativas as coisas sagradas, 
isto é, separadas, interditas, crenças e 
práticas que unem numa mesma 
comunidade moral, chamada igreja, 
todos que a elas aderem”. 
Quatro elementos essenciais: 
 
• Uma definição real: estudo de afirmações 
verdadeiras sobre entidades ou coisas, que 
possam ser comprovadas cientificamente; 
• Uma definição empática: as ideias religiosas 
resultam da interpretação de sentimentos 
pré-existentes e para estudar é preciso 
penetrar estes sentimentos; 
 
 
• Uma definição substantiva: O sentimento dos crentes 
de todos os tempos não pode ser puramente ilusório. 
O sagrado não é produto de pura imaginação, nem se 
identifica obrigatoriamente com a crença em Deus. O 
axioma fundamental da nossa moral é que a pessoa 
humana é a coisa santa por excelência e tem direito ao 
respeito que o crente de toda religião reserva ao seu 
Deus. 
• Uma definição crítica: essa realidade que é a causa 
objetiva, universal e eterna dessas sensações de que é 
feita a experiência religiosa é a SOCIEDADE. 
 
Rigor metodológico: 
• Faz uma revisão bibliografica de tudo que foi 
escrito sobre o tem, mostra conhecimento sobre 
os temas que analisa, com inumeras citações e 
fundamenta cientificamente o que diz; 
• Formula novas hipóteses e concepções; analisa 
dados empíricos, faz a discussão teorica do 
problema e constrói de modo sociológico um 
problema de investigação; 
• Testa as suas hipóteses e concepções uma por 
uma; 
• Construções de conceitos gerais; 
• Despir de pré-noções. Rompe com o 
apriorismo (hipoteses sem considerar os fatos) 
e com o empirismo (nega a existência de 
axiomas, parte sempre da experiência e a 
observação da rotina); 
• Saída pela ciência e não pela filosofia. 
Categorias a priori por categorias produzidas 
socialmente 
Que método ele segue: 
• O método é ao mesmo tempo: 
 
• Filosófico; 
• Científico, empírico, experimental 
(investigação científica) 
Explicação do fenômeno: 
• É de ordem experimental e não supra-
experimental e funda-se sobre uma hipótese 
central: 
“A causa objetiva, universal e eterna dessas 
sensações sui generis de que é feita a 
experiência religiosa, é a sociedade, essa 
realidade que as mitologias representam sob 
tantas formas diferentes” (Durkheim [1912] 
1968: 597 
Experiência religiosa: 
• Funda-se sobre uma realidade e não sobre uma 
ilusão. A explicação não é deista, nem animista e 
nem naturalista. Ela é societista. 
• “forças morais que a sociedade desenvolve e 
como desperta esse sentimento de apoio [...] que 
amarra o fiel ao seu culto [...] uma sociedade é o 
mais potente feixe de forças físicas e morais cujo 
espetáculo a natureza nos oferece [...]” 
(ver livro 150 anos) 
 
Crenças e Ritos 
(fenômenos que constituem a Religião) 
• Crenças: estado de opinião, que consistem 
em representações. Sua principal função é de 
suscitar atos. Por trás das crenças existem 
forças que dominam e sustentam o fiel e lhes 
são superiores. Sente que pode mais. 
Vitalidade. Confiança. Um ardor de viver. Um 
entusiasmo que ele não sente em tempos 
ordinários. (isso que explica a sua perenidade) 
• Essa força vem de uma fonte superior ao 
indivíduo que só podem ser as forças coletivas; 
• A religião ajuda a formar o intelecto humano: o 
homem aprendeu a pensar a partir das categorias 
religiosas. 
• As categorias religiosas é a primeira forma de 
conhecimento. Permitem pensar o social, são 
fruto da representação coletiva, que é síntese das 
representações individuais. 
 
• As crenças um olhar que divide a realidade em 
sagrado e profano. 
 
• ANTES: era preciso delimitar ainda mais o 
caráter do fenômeno religioso: magia e 
religião. 
Magia e Religião 
• Religião - Conceito de igreja: elemento para distinguir: 
igreja é grupo unido que representa o sagrado por 
meio de práticas comuns; não há vida religiosa sem 
igreja. Unidade moral; fé comum; práticas idênticas. 
Formada de todos os fiéis e sacerdotes. 
• Magia: idênticas as forças religiosas. Tem demônios 
(citar cristãos) não tem a função de promover a 
unidade e a identidade entre os membros do grupo. 
Não existe igreja mágica. O mago tem clientela e não 
igreja. A relação dos clientes com o mago e como a do 
médico com o paciente. É um solitário. Foge da 
sociedade. Tem reserva em relação aos colegas. Os 
leigos estão excluidos da sociedade de magos. 
 
A religião é real 
• A religião reflete a sociedade real: reflete 
todos os seus aspectos. Tantos os mais 
vulgares e os mais repelentes. Ex: cristianismo 
considerada a mais alta ideia de divindade foi 
obrigado a concederlugar para o espírito do 
mal. Satã é uma peça essencial no sistema 
cristão (é um ser impuro) e não um ser 
profano. Diabo (diabolico é contrário de 
simbolico). Por isso não existe religião ideal, 
por que não existe sociedade ideal. 
Ideal: estado de efervescencia. 
• Da onde vem a idealização? Faculdade do homem 
de idealizar. Da onde vem esse privilegio? Estado 
de efervescência: o homem transformado, 
transforma o mundo que o cerca. 
• Construção de um ideal é produto natural da 
sociedade; 
• A sociedade cria e recria. Criando a coisa ideal se 
faz e se refaz. A sociedade é constituida pela ideia 
que faz de si mesma; 
• Os ideais evoluem; 
 
• A faculdade de idealizar não tem nada de 
misterio. É condição para a exitência. 
• O ideal pessoal origina-se do ideal social, a 
medida que a personalidade individual se 
desenvolve e se torna fonte autonoma de ação; 
• É da vida e não de algo morto que pode suscitar 
um culto vivo. (novos ideais poderão surgir de 
novos momentos de efervescência criadora e 
serviram de guia para a humanidade) (pg. 505) 
Ciência e Religião 
• Ver livro pag. 508; 
Totemismo 
• Totemismo considera um vasto sistema de coisas 
sagradas. Forma elementar da vida religiosa, seria 
um sistema classificatória de ideias; 
• Totem: emblema; as imagens são mais sagradas 
do que o próprio ser totêmico (representam e 
estão repletas de força social); 
• O homem pertence ao clã, ele tem o nome do 
animal ou planta; identidade do nome implica 
uma identidade de natureza; 
 
• Coisas sagradas revelam: é a força anônima e 
impessoal; são símbolos preenhes de força 
religiosa; e como a parte lembra o todo; 
também evocam os sentimentos que o todo 
sugere. A santidade de uma coisa seria o 
sentimento coletivo. A sociedade suporia uma 
organização consciente de si (classificação). A 
classificação das coisas seria a classificação 
dos homens. 
 
• O que Deus faz a santidade de uma coisa é 
sentimento coletivo; 
• A dicotomia sagrado e profano estaria 
intimamente ligada a dicotomia social versus 
individual e explicar-se-ia por ela; 
• Sagrado vinculado a vida da sociedade; o 
profano ligado a vida do indivíduo; 
• Sociedade=Deus e cria uma perpetua 
dependência nos indivíduos; 
Representações 
• Respeito; autoridade moral; 
• Eficácia das representações? 
• Propriedades psiquicas. Por esse sinal se 
reconhece a autoridade moral. Deus-
sociedade: autoridade; força na qual se apoia 
a própria força; 
• Relação entre pensamento, Deus e sociedade: 
O que o fiel oferece ao seu Deus é seu 
pensamento. 
 
Bourdieu 
• No livro a Distinção: Como as classificações 
reforçam a conivência entre as pessoas, 
reproduzindo as relações de poder inscritas na 
sociedade como um todo. Quem possui a 
capacidade de defini-las? Distinguir arte de 
não arte; ver dadeiro de falso etc;

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