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Metodologia de Pesquisa no campo do Desenvolvimento Humano

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE-UNICENTRO
Setor de Ciências da Saúde
Departamento de Psicologia
ANGELICA STEFANIAK
EDUARDO WENGRAT
ÉRICA CHAGAS
JAMYLE TECHELAK
METODOLOGIA DE PESQUISA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Trabalho apresentado à profª. Ms. Kátia Alexsandra dos Santos, na disciplina de Metodologia da Investigação Psicológica I, como requisito parcial de avaliação semestral.
IRATI
2014
Metodologia de pesquisa no desenvolvimento humano
O presente trabalho tem por objetivo discutir as metodologias empregadas na construção do conhecimento no campo da Psicologia do Desenvolvimento, atentando para as vantagens e desvantagens dos métodos mais utilizados neste processo (a saber, estudos transversais e longitudinais), perpassando os procedimentos básicos necessários para a escolha destes. Além disso, foram investigados aspectos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos. Para realizar os levantamentos sobre tais questões, foram utilizados o artigo de Márcia Maria Peruzzi Elia da Mota intitulado “Metodologia de Pesquisa em Desenvolvimento Humano: Velhas Questões Revisitadas”, e partes do livro “A Ciência do Desenvolvimento Humano: Tendências atuais e perspectivas futuras”.	
	A Psicologia do Desenvolvimento investiga as transformações biológicas, afetivas, sociais e cognitivas que ocorrem na vida dos sujeitos do nascimento até a morte. Por isso é importante estudar as inúmeras variáveis que afetam e serão afetadas durante o processo, pois estas variáveis podem provocar modificações no desenvolvimento. Deste modo, destaca-se a necessidade de conhecer acerca das metodologias empregadas nesta área, identificando qual método se aplica melhor a determinada temática que o investigador deseja explorar em sua pesquisa.	
	Para conhecermos o processo de desenvolvimento e as variáveis que participam deste processo, precisamos fazer uso da pesquisa científica, que consiste em num “conjunto de procedimentos formais, sistemáticos e controlados, que visam obter respostas para os questionamentos sobre determinado tema”. 	
	A Psicologia do Desenvolvimento conta com diversos métodos de pesquisa. A escolha do método mais adequado pelo pesquisador deve levar em conta diversos fatores. Inicialmente tal escolha dependerá do que se deseja examinar. Também se deve levar em consideração o referencial teórico-filosófico que dá bases ao estudo, bem como os conceitos específicos utilizados por este embasamento. Outro fator que pode interferir no processo de escolha do método é o número de participantes da pesquisa. Por ter que levar em conta diversos fatores na escolha do método é que Barret (1995) diz que “o processo de planejamento de uma pesquisa psicológica não consiste em uma sequência linear de decisões” (p. 17). É necessário saber que ao optar por dado procedimento metodológico específico, este terá implicação em outras escolhas a serem tomadas sobre o estudo.	
	Com relação ao fator de número de participantes na adoção de determinado método, deve-se ter em mente, por exemplo, o fato que se o pesquisador adota poucos participantes em sua pesquisa, embora estes possam ser estudados mais detalhadamente, haverá limitação em termos de generalização dos resultados e também haverá dificuldades na aplicação de modelos estatísticos aos dados obtidos.	
	É importante salientar que a adoção das abordagens quantitativa e qualitativa num mesmo estudo pode trazer benefícios, pois as fragilidades de um podem ser compensadas com a utilização do outro, deste modo se complementando. Neste sentido, Breakweeel (1995) sugere que a utilização de ambos os métodos tendem a fortalecer o estudo do ponto de vista metodológico, na medida em que as limitações de um são superadas com a adoção do outro.	
	Após a formulação das questões de pesquisas, sendo que estas irão direcionar a escolha da metodologia a ser empregada no estudo, é necessário definir operacionalmente os termos utilizados. Uma vez os conceitos adotados, estes irão orientar os procedimentos referentes à coleta de dados. Para Pasquali (2000), toda pesquisa científica deve apresentar características como validade, utilidade e viabilidade. No campo da Psicologia do Desenvolvimento em particular, as características que tem a ver com a utilidade da pesquisa devem abarcar a relevância em seu aspecto social. 	
	Para Huck e Cormier (1996), a descrição relacionada a seleção dos participantes deve ser a mais detalhada possível, pois os resultados do estudo podem variar conforme as características de seus participantes. Devido a isso é importante que o pesquisador obtenha o maior número possível de informações acerca dos participantes. Explicitar como estes são selecionados também é relevante, pois os procedimentos de seleção têm implicações no nível de generalização dos resultados. 	
	Com relação aos instrumentos de pesquisa podem-se incluir além dos testes, as escalas, questionários, roteiros de entrevistas, entre outros. Eles constituem aparatos previamente elaborados que servirão para a coleta de dados da pesquisa. A análise de dados, por sua vez, é determinada pelas questões de pesquisa. Assim, o pesquisador pode se utilizar da análise qualitativa e/ou quantitativa dependendo das questões abordadas em seu estudo.	
	Márcia Maria fala sobre o fato das questões teóricas e metodológicas relacionadas à conceituação da Psicologia do Desenvolvimento serem pouco abordadas na literatura nacional. Deste modo, a autora discute acerca de algumas questões metodológicas ligadas à pesquisa quantitativa em Desenvolvimento Humano, mostrando que a tarefa em estabelecer diferenças etárias no desenvolvimento não é fácil. Assim, apresenta dois tipos de delineamentos que são tradicionalmente apresentados aos alunos de graduação quando se fala em desenvolvimento humano, são eles: delineamentos transversais e delineamentos longitudinais. É trazido em seu artigo modelos alternativos, que tentam abarcar aspectos de diferentes pesquisas para tentar superar o que um dado método não consegue dar conta, como exemplo, temos as pesquisas sequenciais. 	
	No delineamento transversal as medições são realizadas num único momento, diferentemente do delineamento longitudinal. Para a realização deste estudo, primeiramente é necessário o pesquisador definir a questão que quer responder, após isso definir a população que deseja estudar, escolher um método de escolha da amostra, e finalmente definir os fenômenos que serão estudados, assim como os métodos e variáveis de seu interesse. Trata-se de um estudo prático ao pesquisador por envolver um período curto de tempo nas investigações das habilidades. Também não apresenta problemas com relação a perda dos sujeitos, justamente por suas testagens serem feitas num único momento. No entanto, não consegue controlar completamente os efeitos das variações individuais, assim como o seu controle de coorte.	
	O delineamento longitudinal estuda a mesma amostra de indivíduos por um longo período de tempo. Assim, os dados são coletados em mais de um período de tempo, sendo os sujeitos envolvidos na pesquisa os mesmos, e as análises compreendem comparações dos dados entre os períodos analisados. Logo, a pesquisa longitudinal busca observar as mudanças que acontecem ao longo da pesquisa. Este modelo se apresenta como uma alternativa aos problemas enfrentados pelo delineamento transversal. Traz algumas vantagens, são elas: controla as diferenças individuais; o número de sujeitos envolvidos na pesquisa é menor, comparado aos estudos transversais. No entanto, apresenta algumas desvantagens também: ocorre a perda de sujeitos ao longo da pesquisa; e a generalização dos dados é problemática, pois o número de participantes é menor; problemas quanto a retestamento, devido a desistência dos pesquisados ao longo do estudo e por fim, devido a repetição de medidas, as quais podem gerar aprendizagem e superestimar as capacidades testadas.	
	É necessário ressaltar que todas as pesquisas que envolvem sujeitos humanos precisam passar por uma análisequanto aos seus aspectos éticos. O pesquisador deve garantir aos indivíduos analisados garantia de que estes não sofrerão qualquer tipo de constrangimento, tendo o consentimento destes para a realização da pesquisa. Por isso, pesquisas em desenvolvimento humano devem passar por um comitê de ética que analisará a viabilidade da pesquisa.		A Psicologia em Desenvolvimento se mostra como um campo em evolução dentro da Psicologia, demandando por metodologias que se encaixem as questões de pesquisa que o pesquisador propõe. Observam-se algumas tentativas de superação de metodologias ao unir vantagens de dado método, as vantagens de outro método. Deste modo, é necessário analisar qual tipo de delineamento mais condiz com a proposta do pesquisador. Nota-se também a necessidade de novos modelos metodológicos que venham a contemplar algumas falhas existentes nos métodos atuais, a fim de tornar a pesquisa em desenvolvimento humano mais eficaz, superando alguns impasses.
	Em anexo segue um exemplo de pesquisa transversal em desenvolvimento, que traz uma avaliação do crescimento e desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Esse artigo se caracteriza como transversal porque compara uma mesma habilidade em sujeitos de diferentes idades e gêneros. A pesquisa foi feita nos meses de março e abril de 2011, o que tornou essa pesquisa transversal uma opção prática aos pesquisadores devido a pouca quantidade de tempo necessária para a conclusão desse estudo. 
Referências
1 Dessen, Maria A. Costa Junior, Áderson L. (orgs.) A ciência do desenvolvimento humano: tendencias atuais e perspectivas futuras. Porto Alegre: Artmed, 2008	
2 MOTA, Márcia Maria Peruzzi Elia da. Metodologia de Pesquisa em Desenvolvimento Humano: Velhas Questões Revisitadas. Psicol. pesq. [online]. 2010, vol.4, n.2, pp. 144-149	
3 CHAVES, Caroline Magna Pessoa et al . Avaliação do crescimento e desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 66, n. 5, Oct. 2013

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