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Trichomonas vaginalis: Espécie Patogênica

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Trichomonas	vaginalis
Prof.	Daniel	Lira
Introdução
• Espécie	patogênica	
• Trichomonas	vaginalis	
• Descrita	pela	primeira	vez	por	Donné	(1836)	
• Isolado	de	uma	mulher	com	vaginite	
• Espécies	não-patogênicas	
• T.	hominis	
– habita	o	trato	intestinal	de	homens	
• T.	tenax	
– habita	cavidade	oral	de	humanos	e	macacos
Trichomonas	vaginalis
Morfologia
• Célula	polimorfa	
• Não	possui	a	forma	cística	
• Espécimes	vivos	são	elipsoides	(ovais)	ou	esféricos	
– 4,5	a	19	µm	de	comprimento	
– 2,5	a	12,5	µm	de	largura	
• Possui	capacidade	de	formar	pseudópodes	
– Capturar	alimentos	
– Se	fixar	em	superfícies	sólidas
Trichomonas	vaginalis
Morfologia
Trichomonas	vaginalis
Biologia
• Local	de	infecção	
– Trato	geniturinário	do	homem	e	da	mulher	
• Não	sobrevive	fora	do	sistema	urogenital	
• Reprodução	
– Divisão	binária	longitudinal	
• Fisiologia	
– Organismo	anaeróbio	facultativo
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Transmissão
• Doença	venérea	→	TRANSMISSÃO	SEXUAL	
– Alta	frequência	de	infecção	da	uretra	e/ou	próstata	em	
parceiros	de	mulheres	infectadas	
– Observada	em	mulheres	assistidas	em	clínicas	de	DSTs	e	
em	prostitutas	que	em	mulheres	virgens	ou	no	período	
pós-menopausa	
– Não	sobrevive	fora	do	corpo	humano
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Patogênese
• 	Aumento	do	pH	(maior	que	5,0)	
– pH	vaginal	normal	-	ácido	(3,8	-	4,5);	
– redução	de	Lactobacillus	acidophilus;	
– aumento	de	bactérias	anaeróbias.	
• Número	de	organismos	diminui	com	a	menstruação	
– Exacerbação	dos	sintomas	nesse	período,	mediada	pela	
presença	do	ferro
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Patologia
• Principal	patógeno	do	trato	urogenital	humano	
– Sérias	complicações	de	saúde	
– T.	Vaginalis	promove	transmissão	do	vírus	da	
imunodeficiência	humana	(HIV);	
• Problemas	relacionados	com	gravidez	
– Ruptura	prematura	de	membrana	
– Parto	prematuro	
– Baixo	peso	de	recém-nascidos	em	grávidas	com	ruptura	
espontânea	de	membrana	
– Endometrite	pós-parto	
– Natimorto	e	morte	neonatal	
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Patologia
• Problemas	relacionados	com	fertilidade	
– Risco	de	infertilidade	duas	vezes	maior	
– Doença	inflamatória	pélvica	
• Infecta	trato	urinário	superior	causando	resposta	inflamatória	que	
destrói	a	estrutura	tubária	e	danifica	as	células	ciliadas	da	mucosa	
tubária	
– Impede	a	passagem	de	espermatozoides	ou	óvulos	através	da	
tuba	uterina	
– Mulheres		com	mais	de	um	episódio	têm	maior	risco	de	
infertilidade
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Patologia
• Transmissão	do	HIV	
– Agressiva	resposta	imune	celular	local	
• Induz	grande	infiltração	de	leucócitos,	incluindo	células	
alvo	do	HIV	(linfócitos	TCD4+	e	macrófagos)	
– Causa	pontos	hemorrágicos	na	mucosa	
• Permite	acesso	direto	do	vírus	para	a	corrente	
sanguínea	
• Probabilidade	oito	vezes	maior	de	exposição	e	
transmissão	de	parceiro	sexual	não	infectado	
– Estima-se	que	24%	das	infecções	pelo	HIV	são	
diretamente	atribuídas	à	tricomonose
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Sinais	e	Sintomas
• Mulher	
– Período	de	incubação:	3	a	20	dias	
– Infecta	o	epitélio	do	trato	genital	
– Vaginite	
• Corrimento	vaginal	fluido	abundante	de	cor	amarelo-
esverdeada,	bolhoso,	de	odor	fétido,	mais	frequente	no	
período	pós-menstrual	
– Prurido	ou	irritação	vulvovaginal	de	intensidade	variável	
e	dores	no	baixo	ventre	
– Dor	e	dificuldade	para	relações	sexuais	(dispareunia	de	
introito)	
• Desconforto	nos	genitais	externos	
• Dor	ao	urinar	(disúria)	
• Aumento	de	frequência	miccional	(poliúria)
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Sinais	e	Sintomas
• Homem	
– Comumente	assintomático	
– Uretrite	com	fluxo	leitoso	ou	purulento	
– Leve	sensação	de	prurido	na	uretra	
– Pela	manhã,	antes	da	passagem	da	urina	
• Corrimento	claro,	viscoso	e	pouco	abundante	
• Desconforto	ao	urinar	(ardência	miccional)	
• Hiperemia	do	meato	uretral	
– Complicações	
• Inflamação	de:	próstata	(prostatite),	glande	e	prepúcio	
(balanopostite)	e	bexiga	(cistite).
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Diagnóstico
• Clínico	
– Infecção	confundida	com	outras	DSTs	
– Se	fosse	usada	apenas	a	clínica	
• 88%	das	mulheres	infectadas	não	seriam	diagnosticadas	
• 29%	das	mulheres	não	infectadas	seriam	falsamente	
indicadas	como	tendo	infecção
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Diagnóstico	Laboratorial
• Coleta	da	amostra	
– Homem	
• Comparecer	ao	local	de	coleta	pela	manhã	sem	ter	
urinado	no	dia	e	sem	ter	tomado	medicamento	
tricomonicida	há	15	dias	
• Material	uretral	coletado	com	alça	de	platina	ou	com	
swab	de	algodão	
• O	organismo	é	mais	facilmente	encontrado	no	sêmem	
que	na	urina
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Diagnóstico	Laboratorial
• Coleta	da	amostra	
– Mulher	
• Não	devem	realizar	a	higiene	durante	um	período	de	18	
a	24	horas	antes	da	coleta	
• Não	devem	ter	usado	medicamentos	tricomonicidas	
(orais	ou	vaginais)	há	15	dias	
• Material	coletado	na	vagina	com	swab	de	algodão
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Diagnóstico	Laboratorial
• Preservação	da	amostra	
– Material	que	não	for	examinado	em	preparações	a	
fresco	deve	ser	preservado	em	líquidos	ou	meios	
de	transporte	
• Solução	salina	isotônica	(0,15	M)	glicosada	a	0,2%	
• Várias	horas	(temp.	ambiente)	
• Meios	de	transporte	de	Stuart	e	de	Amies	
• 24	horas	
• Solução	do	fixador	álcool	polivinílico	(fixador	APV)	
– Corados	por	Giemsa,	Leishman	e	hematoxilina-férrica
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Diagnóstico	Laboratorial
• Exame	microscópico	
– Exame	direto	a	fresco	
• Preparações	não	coradas	
–Microscopia	da	secreção	vaginal	ou	cervical	dos	
exsudatos	uretrais,	e	do	líquido	prostático	diluídos	
em	solução	salina	isotônica	(0,15	M)	
– EXAME	DE	ROTINA	USUAL	
• Preparações	coradas	
– Aumentam	a	sensibilidade	do	exame	microscópico	direto	
– Apenas	flagelados	mortos	são	corados	facilmente	
• Preparações	fixadas	e	coradas
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Diagnóstico	Laboratorial
• Imunológico	
– Reação	de	aglutinação	
– Métodos	de	imunofluorescência	
• Direta	e	indireta	
– Técnica	imunoenzimática	
• ELISA	
– Não	substituem	o	exame	parasitológico
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Epidemiologia
• DST	não	viral	mais	comum	no	mundo	
• 170	milhões	de	casos	no	mundo	anualmente	
– 154	milhões	em	locais	de	pouco	recurso	
econômico	
– 8-10	milhões	nos	EUA	
– 11	milhões	na	Europa	
• Infecção	mais	elevada	que	Chlamydia	e	
gonorreia	juntas
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Epidemiologia
• Recém-nascido	
– Passagem	pelo	canal	do	parto	
• Prevalência	em	homens	
– 50	a	60%	menor	que	nas	mulheres
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Profilaxia
• Mesmas	medidas	preventivas	que	são	tomadas	
nas	DSTs	
– Prática	de	sexo	seguro	
– Uso	de	preservativos	
– Abstinência	de	contatos	sexuais	com	pessoas	
infectadas	
– Limitação	das	complicações	patológicas	mediante	
a	administração	de	tratamento	imediato	e	eficaz	
– Sintomáticos	e	assintomáticos
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Tratamento
• Metronidazol	(Flagyl)	
• Tinidazol	(Fasigyn)	
• Gestantes	
• Devem	utilizar	cremes,	geleias	e	óvulos
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Atividade	Discente
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• Trichomonas	hominis	
• Leitura	do	artigo	e	elaboração	de	resumo	do	
mesmo!
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