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PORTO VELHO 2014 DIEYMI ORSOLIN DA SILVA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇÕES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL – UNIDOS À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL PORTO VELHO 2014 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇÕES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL – UNIDOS À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral. Orientador: Equipe de professores do 4° Semestre. DIEYMI ORSOLIN DA SILVA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................3 2 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL ................................4 2.1 CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA..............................................................4 2.2 GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA......................................................4 2.3 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO....................................................6 2.4 RISCO E RETORNO............................................................................................7 2.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO...............................................................8 2.6 PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO ...........................10 3 NOÇÕES DE ATUÁRIA.....................................................................................11 3.1 CONCEITO DE ATUÁRIA..................................................................................11 3.2 PREVIDÊNCIA NO BRASIL...............................................................................12 4 DIREITO EMPRESARIAL..................................................................................14 4.1 SOCIEDADEs EMPRESARIAIS ........................................................................14 4.2 SOCIEDADE SIMPLES......................................................................................15 4.3 OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS E SOCIEDAES EMPRESARIAIS ..........15 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................17 REFERÊNCIAS.........................................................................................................18 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho discorrerá sobre as ferramentas de uma boa gestão financeira, unindo-as com a contabilidade na busca da vantagem competitiva, destacando os principais tipos de orçamento e de decisões de investimento, relação entre risco e retorno, noções de atuaria e de direito empresarial. Vem sendo comprovado através do tempo que a sociedade depende de registros contábeis e econômico-financeiro para obter bons desempenhos quer no campo governamental, empresarial e até mesmo familiar. Hoje esses conceitos são fortes aliados aos gestores financeiros, fornecendo aos mesmos relatórios que podem ser analisados e a partir daí diagnosticar a situação financeira da empresa. A Gestão Financeira é fundamental para que as empresas sejam bem sucedidas e sustentáveis buscando a perpetuidade, essa gestão concentra-se sobre o estudo das decisões financeiras assumidas na empresa: assim sendo antes de nos debruçarmos sobre o conceito de gestão financeira, importa claramente a definição da própria empresa. A empresa é um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, materiais e financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar serviços e que atendendo a objetivos definidos por uma direção (pessoal ou colegial), faz interferir-nos diversos escalões hierárquicos as motivações do lucro e da utilidade social. Sabendo que gestão financeira é o processo de obtenção de recursos financeiros que possibilitam a empresa atingir e manter o seu nível de atividade desejada, teremos logo a seguir neste estudo uma descrição acerca dos conceitos financeiros, através das teorias atuais. Sabiamente, uma boa gestão de recursos financeiros reduz substancialmente as despesas financeiras. Essa deve ser a preocupação constante das empresas, pois os custos financeiros podem absorver valores significativos de sua receita operacional. 4 2 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL A área de finanças é ampla e dinâmica, afeta diretamente todos os setores de uma organização. Relaciona-se com a ciência da gestão do dinheiro e, por isso, está ligada diretamente com a Contabilidade, a Economia e a Administração. 2.1 CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA A Gestão Financeira é um conjunto de atividades administrativas que envolvem as bases da administração, planejamento, análise e controle, com o objetivo de maximizar os resultados econômicos e/ou financeiros gerados pelas operações empresariais. Entre as funções da atividade, estão à integração das ações de obtenção, operação e controle dos recursos financeiros; determinação das necessidades dos recursos financeiros; planejamento e inventário dos recursos disponíveis; captação de recursos externos de forma eficiente, aplicação de recursos e equilíbrio adequado na perspectiva da eficiência e rentabilidade. A administração financeira também se preocupa com as atividades do gestor financeiro, já que precisa estar preparado para administrar os recursos da empresa de tal forma que o retorno aos acionistas ou sócios seja suficiente para mantê-los como investidores, além de empenhar-se para satisfazer seus clientes, consumidores e fornecedores. A gestão financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas, que podem ser denominadas de acordo com o organograma especifico de cada empresa. Os exemplos mais comuns na empresas são: Presidente de finanças, diretor financeiro, gerente financeiro e administrador financeiro. 2.2 GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA 5 O Objetivo da gestão financeira é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio por meio da geração do lucro líquido proveniente das atividades operacionais, mas nem sempre ocorre uma adequada gestão financeira na empresa. Uma gestão adequada permite que se visualize a atual situação das empresas, por isso a importância desses registros, pois eles irão permitir a análise correta do patrimônio da empresa e colaboraram com o planejamento para aperfeiçoar os resultados. A gestão financeira abrange muitos aspectos dentro da empresa e um deles é o fluxo de caixa. “A partir do conceito de administração financeira, pode-se dizer que o fluxo de caixa é um dos instrumentos mais utilizados pelo administrador financeiro na gestão empresarial. A administração financeira é a arte e a ciência de administrar os recursos financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas” (LEMES, RIGO, CHEROBIM, 2002). Segundo Zdanowicz (1992) “o fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para um período determinado”. Fluxo de Caixa é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. De fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões. O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o administrador deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. Com as informações do Fluxo de Caixa, o administrador pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultados, a Análise de Sensibilidade,calcular a Rentabilidade, a Lucratividade, o Ponto de Equilíbrio e o Prazo de retorno do investimento. O objetivo do fluxo de caixa é verificar a saúde financeira da empresa, e através dessa análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. 6 2.3 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO O mercado financeiro possui grande amplitude e disponibiliza uma série de investimentos para os detentores de capital (SANTOS; BAZOLI, 2009, p. 22). É tarefa de o Administrador Financeiro decidir sobre a aplicação de recursos, visando um retorno aceitável, seja ele um investidor moderado, conservador ou ousado. Podem-se classificar os tipos de investimento em: Investimentos economicamente independentes: aqueles cuja aceitação não provoca a desconsideração dos outros, do mesmo modo não causa influência nos custos e receitas de outros projetos; Investimentos com restrição orçamentária: limitam a escolha a ser feita, pois a aceitação de um causa a rejeição do outro; Investimentos economicamente dependentes: um complementa o outro, a aceitação de um depende da aceitação de outro; Investimentos mutuamente excludentes: quando ocorrem propostas semelhantes, como orçamentos em varias lojas para aquisição de uma máquina, a aceitação de um extingue completamente o outro. Mas há inúmeras opções de investimentos financeiros com bons resultados e as principais modalidades de investimentos são: Fundo de Investimento: Também pode ser denominado por comunhão de recursos financeiros, isto é, todo o valor investido é utilizado na compra de bens, sejam mobiliários ou títulos, que são todos passados ao investidor. Portanto, o fundo de investimento é uma poupança aplicada, em que qualquer pessoa, física ou jurídica pode realizar, porém sempre por intermédio do banco ou gestora de fundos de investimentos. O objetivo do Fundo de Investimento é alcançar bons retornos com risco baixo. Caderneta de Poupança: Classificado por conservador, a caderneta de poupança é muito conhecida, principalmente por poder ser feita por qualquer cidadão. A poupança é um investimento muito tradicional e conservador, paga juros bem baixos mais é seguro. Geralmente a taxa de juros da poupança gira em torno de meio por cento. É Isenta de imposto de renda e não há limite mínimo para 7 aplicação ou quando há é apenas simbólico. Câmbio: Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras como Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera que esta tenha uma valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de compra. Mas a compra de moeda também poderá ter outras finalidades, como viagens para o exterior onde a mesma será usada ou para investimento de longo prazo. Ouro: O ouro é um investimento reconhecido como seguro e pode ser feito através dos bancos. As barras de ouro compradas podem ficar com o comprador ou ele poderá contratar um serviço de custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são informados os valores do grama do ouro para compra e venda. Títulos públicos: Este tipo de investimento criado pelo governo federal tem o intuito de financiar as atividades do governo. É uma opção de investimento segura e a venda de títulos públicos geralmente é feita por leilão ou diretamente no Tesouro Nacional. Ações: Ações são ativos de empresas com capital aberto ou Sociedade Anônima, que são negociados em bolsas de valores, em outras palavras podemos dizer que ações são partes das empresas que são vendidas na bolsa de valores. Quando uma pessoa compra um grupo de ações de uma empresa, significa que ela estará se tornando sócia daquela empresa, cuja participação dependerá da quantidade de ações compradas. As ações não são vendidas diretamente na bolsa, mas através das corretoras de valores mobiliários que são empresas credenciadas a operar no mercado de ações, fazendo a intermediação entre o investidor e a bolsa. As ações podem der ordinárias, quando dão direito a participação de lucros e voto ou preferenciais, quando há participação de lucro, porém não de voto. 2.4 RISCO E RETORNO Risco Econômico pode ser definido como a incerteza associada aos retornos esperados. Não há como evitar o risco, logo se deve administrá-lo. O risco é retratado na área financeira, como sendo a variância ou o desvio em relação a 8 uma média. Atualmente, o conceito de risco é utilizado diariamente na maioria das operações financeiras. O risco em seu sentido fundamental pode ser definido como a possibilidade de prejuízos financeiros. E o risco de um investimento está ligado à probabilidade de se ganhar menos que o esperado ou planejado. O risco, no mercado financeiro, pode ser conceitualmente dividido em dois tipos básicos: Risco diversificável: também conhecido por risco não-sistemático; Risco não diversificável: também conhecido por risco sistemático; A gestão de riscos é considerada um instrumento essencial para aperfeiçoar o uso do capital e a seleção das melhores oportunidades de negócios, visando obter a melhor relação Risco x Retorno para os investidores. Em regra geral, o nível de rentabilidade está associado ao nível de risco e quanto maior o risco aceito pelo investidor maior deve ser a rentabilidade potencial deste investimento. Naturalmente, algumas aplicações envolvem maior risco. O investidor somente deve aplicar seu dinheiro num investimento quando conseguir entender o nível de risco que está assumindo. Não existe de fato investimento sem risco, embora o mercado até trabalhe com algumas taxas como se elas não tivessem risco algum, caso dos títulos do Tesouro norte-americano e da caderneta de poupança no Brasil. O retorno pode ser entendido como apreciação de capital ao final do horizonte de investimento. Infelizmente, existem incertezas associadas ao retorno que efetivamente são obtidos ao final do período de investimento. E qualquer medida numérica dessa incerteza pode ser chamada de risco. 2.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO Orçamento pode ser definido como um plano de ação de grande importância no controle financeiro de uma organização, que deve ser realizado em um período específico, de acordo com a sua importância. É composto de um conjunto de demonstrações financeiras orçadas e estabelece de forma precisa os resultados esperados de uma empresa em um período de normalmente um ano, 9 sendo dividido em Orçamento Operacional, que é a sustentação operacional da organização e visa melhor atendimento ao cliente; e Orçamento Financeiro, composto pelo fluxo de caixa, balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício. Os principais tipos de orçamento são: Orçamento de Vendas: O orçamento de vendas constitui um plano das vendas da empresa para determinado período de tempo. Sua função principal é a determinação do nível de atividades futuras da empresa. Todos os demais orçamentos parciais são desenvolvidos em função do orçamento de vendas, ou seja, tendo-se determinado o que será vendido, em que quantidade e quando, é possível determinar os recursos necessários para o atendimento dessas vendas em quantidade, qualidade e por período de tempo Orçamento de Produção: Ele consiste basicamente em um plano de produção para o período considerado, visando atender às vendas orçadas e aos estoques preestabelecidos. Apresenta, por períodos de tempo, as quantidades de cada produto a serem fabricadas, porém é preciso ficar atento ao “espaço de armazenamento, disponibilidade de mão de obra, prazo de entrega de materiais, capacidade de equipamentos, políticas de estoque, capacidade de produção, adequação das instalações, outros” (SANTOS, BAZOLI, 2009, p. 108); Orçamento dos custos de matéria-prima:O orçamento de matéria-prima é um plano que especifica as quantidades de matéria-prima necessárias para atender a produção, sendo elaborado a partir das necessidades de material. De acordo com Santos, Bazoli (2009) “é necessário um bom relacionamento com os fornecedores para que este processo seja otimizado e a empresa não fique com muitos produtos em estoque parados”, posto isto, é possível entender que os estoques muito elevados geram custos de armazenagem e risco de investimento, afetam o capital de giro e podem ensejar perda de oportunidades de ganhos financeiros; Orçamento dos custos de mão de obra direta: é o planejamento e o controle de mão-de-obra direta necessária à produção, ou seja, a mão-de-obra envolvida diretamente na produção. Quantifica as horas de trabalho necessárias para produção de determinado bem ou serviço, e os valores de cada tipo de mão-de- obra. Após este orçamento é possível identificar a quantidade de empregados necessários, dividindo o total de horas necessárias de cada mês pelas horas trabalhadas de cada funcionário; 10 Orçamento de custos indiretos de fabricação: requerem critérios menos simples de apropriação aos produtos, pois não são associáveis facilmente a produtos específicos, ou seja, não são diretamente vinculados a determinado produto. Assim, os custos indiretos constituem a parte do custo total de produção que não é diretamente identificável com produtos específicos. São custos referentes à material indireto, custos mão-de-obra indireta, entre outros Orçamento das despesas de vendas e administrativas: são oriundas da comercialização do produto e englobam os gastos necessários à operacionalização da empresa. Inclui itens relativos a pessoal, viagens, material de escritório, seguros, propaganda, salários da administração e vendedores, entre outros. Orçamento da demonstração do resultado: é a primeira etapa dos orçamentos Financeiros, que envolvem também o balanço patrimonial e o fluxo de caixa. Tem como objetivo apurar se o período orçado vai ser lucrativo ou não, e para sua elaboração é necessário calcular o custo unitário de produção. É feito com base nos orçamentos operacionais auxiliares, como: orçamento de vendas, orçamento de fabricação e orçamento de despesas operacionais, sendo que é preciso refazer os orçamentos de matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, utilizando a previsão de vendas no lugar da previsão de produção. 2.6 PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO Na gestão de empresas o Orçamento tem sido identificado como um modo de administrar, pois considera o papel dominante do administrador e proporciona um sistema de referência para a aplicação de elementos básicos da administração científica, tais como a administração por objetivos, comunicação efetiva, administração participativa, controle dinâmico, feedback contínuo, contabilidade por níveis e áreas de responsabilidade, entre outros. O orçamento está onipresente no ciclo administrativo. Ele pode ser definido em termos amplos, como um enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades do planejamento, que engloba análises sobre lucratividade, rentabilidade, liquidez e risco. Quando devidamente abastecido por todo o conjunto de informações, deixa de ser uma ferramenta burocrática e passa a se constituir 11 numa verdadeira bússola para orientar os caminhos presentes e, principalmente, futuros de uma empresa. Portanto auxilia no processo de tomada de decisão e aponta possíveis erros de planejamento, dando a chance de corrigi-los e recomeçar um novo projeto, além de permitir a análise da variação entre os resultados orçados e os resultados de fato obtidos, em certo período. Pode-se verificar que o orçamento empresarial é um meio de vantagem competitiva diante das demais empresas, no qual se mantém um controle financeiro alinhado com os objetivos e metas traçados no planejamento estratégico da empresa. Sua utilização virou hoje uma das principais ferramentas da gestão para prevenir eventuais perdas e prejuízos, para obter vantagem competitiva, investir em mercados ainda não explorados, inovação tecnológica e pesquisas de novos produtos. 3 NOÇÕES DE ATUÁRIA Mesmo com toda a insegurança econômica e financeira que se acentua no mundo moderno, algumas empresas vêem seus negócios expandirem. É o caso das seguradoras e das empresas que oferecem fundos de pensão, pois dão certo grau de segurança para as pessoas e empresas, quanto ao âmbito financeiro. 3.1 CONCEITO DE ATUÁRIA Ciência Atuarial é o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguro, incluindo probabilidades, e que é usada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente avaliados, os prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e a provisão para os pagamentos futuros de benefícios seja adequada. É a área do conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiros e econômicos, principalmente na administração de seguros e pensões. Como relata Garcia (2014) “atuária é uma ciência voltada a eventos futuros”, a partir da qual é possível conquistar garantia de solvência através de 12 pesquisas e de cálculos atuariais. Pode ser entendida como sendo a ciência da avaliação de riscos e do cálculo dos prêmios e reservas relativas às operações de seguros. Normalmente, divide-se em ramo vida e ramo não-vida. O ramo vida trata das conseqüências das principais contingências da vida, tais como nascimento, morte, doença, invalidez, desemprego, aposentadoria; e o ramo não-vida são todos os demais, incluindo veículos, fogo, transportes, responsabilidade civil, habitacional, garantia de obrigações contratuais. O objetivo fundamental do profissional de atuária é desenvolver ações estratégicas para o diagnóstico de problemas e a construção de modelos matemáticos para a avaliação e mensuração desses riscos. O atuário é também um profissional capacitado para trabalhar gerencialmente no âmbito das diferentes atividades das instituições de previdência e de seguros, bem como em outros ambientes empresariais do mercado financeiro e de capitais 3.2 PREVIDÊNCIA NO BRASIL A Previdência Social é uma instituição objeto de acalorados debates sobre o seu futuro. Governo federal, governos estaduais, governos municipais, aposentados, pensionistas, trabalhadores, organismos multilaterais de crédito, empresários, são diversos e poderosos os agentes interessados em influenciar os rumos dos sistemas previdenciários no século. Há uma situação generalizada de desequilíbrio financeiro-atuarial dos sistemas previdenciários, visto que a redução da taxa de natalidade da população dos países industrializados, o aumento da expectativa de vida verificada nestes países, a deslocação das plantas industriais dos países centrais para os países periféricos, os desequilíbrios orçamentários do setor público, o aumento da competição em escala global são fatores que reduzem a taxa de arrecadação das contribuições e aumentam a demanda pelo pagamento de benefícios previdenciários. No Brasil, o início da Previdência Social foi na publicação em 24 de janeiro de 1.923 do Decreto Legislativo n.º 4.682, mais conhecido como Lei Eloy Chaves que criou as primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) em cada 13 empresa de estrada de ferro. Então foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e surgiram institutos de aposentadorias e pensões, logo em seguida instituir-se o Ministério da Previdência Social, tendo como princípios básicos a universalidade, uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações rurais e urbanas; seletividade e distributividade; atualização monetária das contribuições no cálculo dos benefícios; irredutibilidade do valor dos benefíciose preservação do valor real; previdência complementar facultativa e caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa. Com base no preceito da universalização, foi criado o Instituto Nacional da Seguridade Social – INSS, que é responsável tanto pela arrecadação, fiscalização, cobrança, aplicação de penalidades e regulamentação da parte de custeio do sistema de seguridade social como pela concessão de benefícios e serviços aos segurados e seus dependentes. A Previdência Social no Brasil possui três regimes: Regime Geral de Previdência Social (RGPS): uma entidade pública e de filiação obrigatória para trabalhadores da CLT, regida pelo INSS. Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): instituído por entidades públicas e obrigatório para funcionários públicos de cargos efetivos. Regime de Previdência Complementar: operado por entidades abertas e fechadas, procura proporcionar uma renda extra ao trabalhador filiado. Existe também o Sistema de Previdência Privada que acumula recursos financeiros que garantam uma renda mensal no futuro, especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar, oferecendo rendas assemelhadas às rendas de aposentadoria por tempo de contribuição, por invalidez e pensão por morte. No Brasil existem dois tipos de plano de previdência privada, conhecidas como aberta e fechada. A previdência aberta é aquela onde qualquer pessoa pode ser contratada, sendo ofertadas pelas Seguradoras e pelos Bancos, tendo como principal característica a sua liquidez, já que os depósitos podem ser sacados a qualquer momento. A previdência fechada, conhecida também por fundos de pensão, é destinada para todos os empregados de empresas patrocinadoras do plano de previdência, não podendo ser comercializada para quem não é funcionário 14 4 DIREITO EMPRESARIAL O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito que estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Nessas relações estão presentes: o estudo da empresa, o direito societário, as relações de título de crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de direito intelectual e industrial e os contratos mercantis. O direito empresarial abrange a organização patrimonial econômica enquanto atua na circulação de bens, na sua produção, na prestação de serviços ou em formas diferentes de trazer resultados econômicos. 4.1 SOCIEDADES EMPRESARIAIS Sociedade empresária é um tipo de aglutinação de esforços de diversos agentes interessados nos lucros que uma atividade econômica complexa promete propiciar. É a pessoa jurídica que explora uma empresa, ou seja, desenvolve atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços, normalmente sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima. Segundo Batistute (2014) estas sociedades “tem finalidade lucrativa, mas não possuem em seu objeto atividades intelectuais”. Além disso, podem-se identificar suas principais características: Sociedade em nome coletivo: tem como peculiaridades a responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios, e interesse voltado às qualidades morais e não ao dinheiro; Sociedade em Comandita Simples: suas características são a responsabilidade solidária e ilimitada para os administradores e limitada ao valor da quota de capital para os demais, a possibilidade de escolha entre sociedade simples e empresária e a possibilidade de admissão de outras pessoas jurídicas no quadro societário; Sociedade em Comandita por Ações: seu capital é dividido por ações e não por quotas, sendo a responsabilidade dos acionistas limitada e proporcional ao 15 número de ações que possuem, porém do administrador é ilimitada. Sociedade Limitada: é organizada e constituída através do contrato social assinado por todos os sócios e por um advogado. A responsabilidade dos sócios quotistas é limitada à integralização de todo capital social e as quotas são indivisíveis. Sociedade Anônima: é característica de grandes empreendimentos, relacionando-se diretamente com a economia e a política. É composta por acionistas titulares de ações, sempre será sociedade empresária e de capital, é constituída através de estatuto social e admite em seu quadro de acionistas pessoas jurídicas 4.2 SOCIEDADE SIMPLES Sociedades simples são sociedades que exploram a atividade de prestação de serviços decorrentes de atividades intelectuais e de cooperativa, ocorre quando há presença de pessoalidade nas atividades exercidas pela empresa. Pode- se dizer que um advogado por si só não exerce atividade empresária, porém se dois ou mais advogados passarem a trabalhar em conjunto em prol de algo comum, formar-se-á uma sociedade simples. Segundo Guimarães (2012) “quem exerce atividade intelectual, em princípio, não é empresário, mas pode ser se em sua atividade estiver presente o elemento de empresa”, que é a impessoalidade. Assim sendo uma a sociedade simples não exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços, destina-se principalmente a cooperativas (força de lei), atividades intelectuais, científicas, literárias ou artísticas que unem capitais e criam uma pessoa jurídica sem a adoção de uma organização empresarial 4.3 OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS E SOCIEDAES EMPRESARIAIS “Além das obrigações comuns a todas as pessoas físicas e jurídicas, ex.: cumprimento da lei, pagamento de tributos, respeito ao meio ambiente e aos 16 consumidores, etc.” (BERTOLDI; RIBEIRO, 2008, p. 20), verifica-se outras obrigações específicas do empresário e das sociedades empresárias, tais como: registrar-se na Junta Comercial, formalizando a atividade empresarial e surgimento de pessoa jurídica; manter uma escrituração contábil regular dos negócios, mensurando os fatos contábeis decorrentes das atividades empresariais; confeccionar demonstrações contábeis periódicas; contribuir para formação do patrimônio social e indenizar a sociedade de todos os prejuízos causados pela empresa. Pode-se destacar ainda a responsabilidade quanto à apuração dos impostos e confecção das declarações anuais, considerando as penalidades previstas na Lei em casos de sonegação. 17 5 CONCLUSÃO Diante do trabalho descrito, posso dizer que a Administração Financeira e Orçamentária nos dias atuais poderá definir o sucesso e a vantagem competitiva de uma organização em relação às demais presentes no mercado, ao ponto que torna a empresa mais eficiente e estável, garantindo assim sua sobrevivência mesmo em tempos de mudanças repentinas. Concluo que um investidor ao deparar-se com situações como aumento de produtividade, redução/elevação de preços, investimentos em imobilizados e pessoal, entre outras, deve fundamentar-se no maior número de informações possíveis e ponderar que os resultados projetados devem considerar os impactos futuros para a empresa. Logo se utiliza de informações diversas oriundas não só da Administração, mas também da contabilidade, dos cálculos atuariais e do Direito Empresarial, que unidos são uma ferramenta essencial para o sucesso de uma organização. Importante destacar que na prática nem sempre ocorre o que foi planejado e orçado, porém se a empresa estiver munida de bases sólidas é possível prever erros e enfrentá-los sem muitos impactos. Finalizo destacando que nas Micro e pequenas empresas, principalmente em cidades do interior como a minha, não há muito interesse em orçamentos ou planejamentos, e a administração é exercida com base na experiência de quem está no mercado a anos e vivenciou crises econômicas, mantendo-se estável até aos dias de hoje. Numa visão acadêmica, posso afirmar que este trabalho foi muito importante, visto ter proporcionado um aprimoramento em meus conhecimentos e suscitandoum grande aprendizado para dar continuidade no conteúdo estudado em sala de aula. 18 6 REFERÊNCIAS BATISTUTE, Jossan. Direito empresarial e tributário. Londrina: UNOPAR, 2014. BERTOLDI, Marcelo Marco; RIBEIRO, Márcia Carla Pereira. Curso avançado de direito comercial. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008 CAMPOS FILHO, Ademar. Fluxo de caixa em moeda forte: Análise, Decisão e Controle. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1993. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009. GARCIA, Regis. Noções de atuária. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2014. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Harbra, 2004. LEMES, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002. SANTOS, Joenice Leandro Diniz; BAZOLI, Thiago Nunes. Administração e orçamento empresarial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. SOUZA, Silney de. Seguros: contabilidade, atuária e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2002. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2 ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. Porto Alegre: Sagra, 1992.
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