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QUESTÕES SOBRE FARMACOCINÉTICA 
 
Porque o medicamento não é absorvido pela mucosa gástrica e sim pela mucosa 
intestinal? Um dos fatores é a superfície, que é aumentada devido às microvilosidades 
presentes no epitélio do intestino. Quanto maior a abertura de entrada, maior a intensidade 
de absorção. Outro fator é a presença de muco na parede estomacal. 
 
O tipo de transporte que a molécula utiliza para entrar na célula pode determinar o efeito 
que o medicamento faz? Sim. Por exemplo, um medicamento altamente lipossolúvel que foi 
tomado em dose excessiva não terá dificuldades em ser absorvido, pois é a favor de um 
gradiente de concentração, portanto tudo que está no estômago vai ser absorvido. Quando 
o medicamento depende de um transportador (uma proteína, por exemplo), existem 
manobras clínicas que podem interferir no bloqueio do transporte, dificultando a absorção. 
 
O AAS é um medicamento ácido, o PKa dele é em torno de 3,0; ele será melhor absorvido a 
partir do pH do estômago ou do intestino delgado? Do estômago, pois o pH do estômago é 
baixo (alta concentração de H), o medicamento não precisa fornecer H para o meio, então 
fica na sua forma não-ionizada e lipossolúvel. 
 
Um medicamento que é de base fraca, ele tem OH ou menos H. O que acontece quando 
ele cai em pH ácido? Ele recebe esse próton, pois o pH do estômago tem muito H, e esse H 
começa a se complexar com a molécula, deixando-a ionizada e ela, então, não consegue 
mais permear. 
 
Se o medicamento for um ácido e está no intestino, ele vai ser muito bem absorvido? Não, 
porque o pH do intestino é mais básico. O fármaco começa liberar H no intestino e passa a 
ficar na forma ionizada, ou seja, impermeável. 
 
O que acontece se o medicamento for uma base e for colocado no intestino? No intestino o 
pH é neutro, então ele não tem necessidade de fornecer nem receber H, portanto ele fica na 
sua forma lipossolúvel, permeável. 
 
Anestésico local tem que ser absorvido para ter efeito? Não, pois se ele passar para a 
circulação, vai sair do local onde deveria agir. Quando administramos o anestésico local, ele 
estará na forma ionizada (baixa solubilidade), então no tecido devem existir mediadores 
teciduais que removam o H da molécula e passe para a forma não ionizada (alta 
solubilidade). Obs.: quando a indústria farmacêutica faz o anestésico local, ela produz em 
solução (fase única), de cloridrato de lidocaína, senão a lidocaína não consegue se solubilizar 
no veículo. 
 
Porque a anestesia não pega em tecido inflamado? O pH do tecido inflamado é ácido, 
devido aos mediadores inflamatórios, então a lidocaína fica na forma de cloridrato de 
lidocaína, com isso não consegue perder seu H+, e a quantidade de anestésico que vai 
chegar para bloquear a dor será muito reduzida. 
 
Medicamentos que não sofrem metabolização não saem do organismo? Falso, no entanto, 
a saída é mais lenta do que os que sofrem metabolização. Se o medicamento que chega até 
os rins após ser metabolizado não conseguir ser filtrado, ele continua pela arteríola eferente 
e chega aos capilares peritubulares, onde existe a possibilidade do medicamento sair por um 
processo de secreção tubular (pode ocorrer por difusão lipídica ou pela ação de uma 
proteína carreadora). 
 
Diferencie via enteral e parenteral. Enteral: oral, sublingual, retal. Podem se apresentar na 
forma de comprimidos, drágeas (comprimidos revestidos para evitar a sua fácil 
desagregação, proteger a substância ativa, facilitar a ingestão), cápsulas ou suspensão oral 
(preparações que devem ser consumidas rapidamente – substância ativa suspensa no 
veiculo H20). Parenteral: intravascular, intramuscular, subcutânea, intratecal, intraóssea, 
intracerebral. Obs.: anestésicos locais são aplicados: na mucosa (submucosa ou 
subperiostal), na pele (subcutânea ou subperiostal), músculo, glândula, tumores 
(intramuscular, intraglandular, intratumoral). 
 
Diferenciar forma oral e sublingual. A diferença está no caminho do comprimido até a 
absorção. Por via oral (boca, esôfago, estômago), a dissolução do comprimido começa na 
boca, libera o princípio ativo, essas moléculas saem na parte proximal do intestino delgado, 
e pela circulação desse tecido a molécula sai do local mais concentrado para o menos 
concentrado. Na via sublingual há aumento na vascularização, o medicamento é dissolvido 
na saliva e já é liberado na circulação, sem passar pelo TGI. 
 
Em quais locais do organismo há maior concentração de bases fracas e ácidos fracos? O 
estômago absorve medicamentos que são ácidos, e o intestino absorve os que são bases. 
 
Discorra sobre interações medicamentosas. As interações medicamentosas ocorrem 
quando dois medicamentos utilizados em uma mesma terapia competem pela mesma 
enzima para serem metabolizados. O que tiver menos afinidade pela enzima será menos 
metabolizado, logo, haverá aumento nos níveis plasmáticos e maior biodisponibilidade; o 
efeito farmacológico pode ser alterado, principalmente no tempo de duração. 
 
Explique porque o bebê corre riscos quando a gestante toma medicamentos. Os fármacos 
lipossolúveis e não ionizados atravessam a placenta por difusão simples, e chegam ao 
sangue fetal a partir da circulação materna; assim, o feto fica exposto a praticamente todos 
os medicamentos utilizados pela mãe. 
 
FÁRMACO EFEITOS NO FETO 
Anestésicos locais Depressão respiratória, bradicardia. 
Analgésicos opioides Depressão respiratória, morte neonatal. 
Diazepam e ansiolíticos Depressão respiratória, fenda palatina. 
Tetraciclina Inibição do crescimento ósseo, pigmentação dos dentes, 
micromelia, sindactilia. 
 
Explique sobre as categorias de risco para utilização de drogas na gravidez. A FDA criou 
categorias de risco para utilização de drogas na gravidez, que vão de A à X: 
A: sem risco no primeiro trimestre – cloreto de sódio. 
B: possibilidade de surgir efeitos adversos – amoxilina, lidocaína. 
C: não foram realizados estudos adequados – adrenalina. 
D: maiores evidências de risco para o feto – aspirina e hidrocortizona. 
X: evidencia de riscos e anormalidades para o feto – tetraciclina, estradiol. 
 
Comente sobre os tecidos que podem servir como reservatório. Alguns tecidos tem 
capacidade de reter a molécula de fármaco por um tempo maior que o necessário, como 
tecido adiposo, tecido mineralizado com alta concentração de cálcio e o sangue. Os 
fármacos se complexam com algumas estruturas dificultando a redistribuição, perdendo o 
efeito farmacológico. Ocorre devido a gradientes de pH, distribuição nos lipídeos, ligações a 
componentes intracelulares. Obs.: alguns elementos como o chumbo e o rádio, podem se 
complexar com o cálcio presente nos ossos e dentes, e com a quantidade elevada eles 
podem destruir a medula óssea. Na odontologia, o acúmulo do fluoreto nos cristais de 
hidroxiapatita aumenta a dureza do esmalte, dificultando o desenvolvimento da lesão 
cariosa. 
 
Saber sobre o citocromo P450. São hemeproteínas envolvidas na biotransformação de 
vários compostos de origem endógena e exógena. Essas enzimas promovem a modificação 
química de várias moléculas exógenas lipofílicas, que se tornam mais solúveis e são 
facilmente excretadas pelo organismo. No entanto, muitas moléculas, após sofrerem estas 
modificações, tornam-se muito reativas e podem causar danos teciduais; além disso, alguns 
xenobióticos têm a capacidade de induzir ou inibir a produção de certos citocromos P450 e a 
exposição ou a utilização simultânea de múltiplas drogas na terapêutica podem ter várias 
consequências, como a perda total ou parcial do efeito farmacológico desejado e danos 
teciduais no parênquima hepático. 
 
Porque o metabolismohepático do idoso diminui? No idoso, há diminuição da massa 
tecidual, da atividade enzimática, do fluxo sanguíneo no fígado relacionadas à idade e 
doenças determinam a queda da capacidade metabólica do fígado. 
 
Qual processo relacionado a excreção é interferido pelas proteínas plasmáticas? Alguns 
medicamentos podem se ligar fortemente as proteínas plasmáticas, e isso diminuirá a 
quantidade de moléculas que chegarão ao tecido alvo para terem o efeito farmacológico, 
resultando em diminuição do efeito. A concentração plasmática do fármaco se mantém alta 
por um tempo maior, pois em função do tempo as moléculas se desligam das proteínas e 
permeiam os tecidos. Na tentativa de minimizar a perda do efeito pela ligação a proteínas 
plasmáticas, a indústria farmacêutica tem produzido drogas com uma concentração maior, 
para que quando ela atingir o tecido alvo o efeito seja o mesmo. Em suma, a associação de 
fármacos que se liguem as pp. leva a competição pelas proteínas plasmáticas, e quem tiver 
maior afinidade vai se ligar mais; com isso as moléculas do outro fármaco podem se desligar 
e aumentar a quantidade de moléculas lipossolúveis livres, causando efeitos adversos 
decorrentes do excesso de fármaco disponível. 
 
Por qual via o medicamento pode ser excretado? Porque a excreção fecal não é uma via 
efetiva? Pode ser excretado pela via renal, fecal, pulmonar, líquidos corporais e leite 
materno. Na excreção fecal pode ocorrer a hidrólise enzimática de compostos conjugados e 
o medicamento pode ser reabsorvido. 
 
Quais são os processos envolvidos na excreção renal do fármaco? Filtração glomerular, 
secreção ou reabsorção tubular ativa (secreção tubular é o mais efetivo) e difusão passiva 
através do epitélio tubular. 
 
Qual a importância clinica da excreção do fármaco? Se o medicamento permanecer no 
organismo ele poderá causar efeitos colaterais. Medicamentos não excretados podem 
causar inibição de enzimas envolvidas com processos fisiológicos, promovendo diminuição 
da vasodilatação, uma diminuição da função renal e da proteção gástrica. 
 
Quais doenças inibem a excreção? As principais doenças que alteram a excreção dos 
medicamentos são: disfunção renal, disfunção hepática e insuficiência cardíaca. A disfunção 
renal afeta o metabolismo dos medicamentos; a disfunção hepática diminui a eficiência e 
quantidade de enzimas do citocromo P450; e a falência respiratória relacionada com 
insuficiência cardíaca reduz o fluxo sanguíneo e hepático. 
 
Como a hipoalbumina interfere no efeito farmacológico de um medicamento que se liga a 
proteína plasmática? O teor de ligação é menor. Pacientes com hipoalbuminemia têm maior 
possibilidade de intoxicação medicamentosa. 
 
Como faz para um fármaco ser excretado mais rápido? Deixa o pH da urina mais básico. 
Quanto mais lipossolúvel, mais difícil de excretar e mais fácil de absorver. 
 
Por que usar cloridrato de lidocaína ao invés de apenas a lidocaína? A lidocaína em pó 
quando colocada em meio aquoso se precipita e entope a agulha. O medicamento precisa 
ser totalmente solúvel, então ela é misturada ao HCl e forma o cloridrato de lidocaína, que 
tem boa solubilização e fica na forma ionizada. 
 
 
VIA VANTAGENS DESVANTAGENS 
 
 
Oral 
 
 
Comum, segura, conveniente 
e econômica. 
Absorção deficiente de alguns fármacos, 
vômito, interferência com alimentos e 
outros fármacos no TGI, destruição dos 
fármacos por enzimas digestivas e suco 
gástrico, metabolismo de primeira 
passagem. 
 
 
Endovenosa 
Essencial para alguns 
fármacos, doses mais exatas, 
útil para tratamento 
emergencial, obrigatória para 
paciente inconsciente. 
Inadequada para soluções oleosas, assepsia, 
dor, dificulldade para automedicação, alto 
custo, maior risco de efeitos adversos, 
dificuldade de reversão no caso de injeção 
acidental.

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