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1 Sumário 1 Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 Introdução e objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 3 Teoria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 Metodologia experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 5 Resultados e análises dos dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 6 Discussão e conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 7 Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 2 1. Resumo A motivação ou o objetivo do relatório é verificar, através de equações e experimentos, uma grandeza denominada resistência interna. Para isso, devemos inicialmente coletar os dados que são necessários para a execução do experimento com amperímetros e voltímetros. O potencial e a corrente serão os dados necessários para a realização dos cálculos que envolvem tal grandeza. Após a coleta dos dados, utilizaremos um processo denominado de regressão linear. Feito isso, encontraremos a equação da reta que melhor se ajusta aos dados. Finalmente, através do coeficiente angular da reta em questão, será possível obter uma relação que nos fornecerá o valor da resistência interna de uma fonte. 3 2. Introdução e objetivos Um resistor é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, ora com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule),ora com a finalidade de limitar a quantidade de corrente elétrica em um circuito, a partir do material empregado, que pode ser por exemplo carbono ou silício. Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem de corrente elétrica, através de seu material. A essa oposição damos o nome de resistência elétrica, que possui como unidade ohm. Causam uma queda de tensão em alguma parte de um circuito elétrico, porém jamais causam quedas de corrente elétrica. Isso significa que a corrente elétrica que entra em um terminal do resistor será exatamente a mesma que sai pelo outro terminal, porém há uma queda de tensão. Utilizando-se disso, é possível usar os resistores para controlar a corrente elétrica sobre os componentes desejados. Um resistor ideal é um componente com uma resistência elétrica que permanece constante independentemente da tensão ou corrente elétrica que circular pelo dispositivo. Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Neste caso são chamados de potenciômetros ou reostatos. O valor nominal é alterado ao girar um eixo ou deslizar uma alavanca. O valor de um resistor de carbono pode ser facilmente identificado de acordo com as cores que apresenta na cápsula que envolve o material resistivo, ou então usando um ohmímetro. Alguns resistores são longos e finos, com o material resistivo colocado ao centro, e um terminal de metal ligado em cada extremidade. Este tipo de encapsulamento é chamado de encapsulamento axial. Resistores usados em computadores e outros dispositivos são tipicamente muito menores, freqüentemente são utilizadas tecnologia de montagem superficial (Surface-mount technology), ou SMT, esse tipo de resistor não tem "perna" de metal (terminal). Resistores de maiores potências são produzidos mais robustos para dissipar calor de maneira mais eficiente, mas eles seguem basicamente a mesma estrutura. Os objetivos deste estudo se relacionam com o cálculo da resistência de um resistor. Para isto, os dados coletados no experimento irão possibilitar o cálculo desta grandeza que caracterizará o resistor em questão. 4 3. Teoria A relação entre tensão, corrente e resistência, através de um objeto é dada pela equação: 𝑉 = 𝑅 × 𝑖 1 Onde V é a diferença de potencial em volts, i é a corrente que circula através de um objeto em ampères, e R é a resistência em ohms. Se V e i tiverem uma relação linear—isto é, R é constante—ao longo de uma gama de valores, o resistor é chamado de resistor ôhmico. Um resistor ideal tem uma resistência fixa ao longo de todas as frequências e amplitudes de tensão e corrente. O resistor variável é um resistor cujos valores podem ser ajustados por um movimento mecânico, por exemplo, rodando manualmente. Os resistores variáveis podem ser de volta simples ou de múltiplas voltas com um elemento helicoidal. Alguns têm um display mecânico para contar as voltas. Reostato é um resistor variável com dois terminais, sendo um fixo e o outro deslizante. Geralmente são utilizados com altas correntes. Os resistores possuem quatro anéis que tem como finalidade fornecer dados que serão usados para o cálculo da resistência, como mostra a figura abaixo: Figura 1 - Resistor com anéis coloridos 5 A tabela abaixo indica o que cada cor e anel representa no cálculo da resistência de um resistor: Cores 1º anel 1º digito 2º anel 2ºdigito 3º anel Multiplicador 4º anel Tolerância Prata - - 0,01 10% Ouro - - 0,1 5% Preto 0 0 1 - Marrom 01 01 10 1% Vermelho 02 02 100 2% Laranja 03 03 1 000 3% Amarelo 04 04 10 000 4% Verde 05 05 100 000 - Azul 06 06 1 000 000 - Violeta 07 07 10 000 000 - Cinza 08 08 - - 09 09 - - Tabela 1: Código de cores para resistores Através do código de cores, podemos determinar a resistência nominal do resistor, dada pela seguinte equação: 𝑅 = 𝐴 × 𝐵 × 10𝐶 ± 𝐷 2 Onde: R – resistência nominal do resistor A – 1º dígito B – 2º dígito 10𝐶 – multiplicador D – tolerância 6 4. Metodologia experimental Para a realização do experimento utilizamos: uma fonte simétrica de 12,0 V usada para alimentar o sistema e criar uma d.d.p. (diferença de potencial) possibilitando o surgimento de uma corrente, multímetros digitais usados nas medições de tensão e corrente do sistema, cabos utilizados para conexões, reostato que protege o circuito, resistor o qual terá a resistência calculada e nitrogênio líquido usado para resfriar o resistor. Figura 2 - Fonte usada no experimento 7 Figura 3 – Multímetro digital Figura 4 – Reostato (resistência de proteção) 8 Figura 5 – Resistor Figura 6 – Resistor que foi imerso em nitrogênio líquido 9 Figura 7 – Nitrogênio líquido Figura 8 – Cabos conectores e multímetro digital 10 Inicialmente, temos um circuito cujo resistor encontra-se à temperatura ambiente, para a temperatura de 77K e para uma lâmpada. Montamos um circuito que pode ser visualizado na figura abaixo, utilizandovoltímetro e amperímetro digitais. Certificamos que os multímetros fossem ligados nas escalas máximas de corrente e tensão: Figura 9 - Circuito usado no experimento Em seguida foram realizadas 20 medições para valores de corrente e potencial em uma lâmpada. A precisão utilizada foi de uma casa decimal para a corrente e duas casas decimais para o potencial. Todas as medidas foram realizadas com fundo de escala de 200 mA para a corrente e 20 V para o potencial. Feito isso determinamos o valor da resistência da lâmpada. Em seguida, análogo ao procedimento anterior, foi feita a coleta de 20 valores de corrente e potencial de um resistor comercial. Após esse procedimento uma prática semelhante à anterior será realizada, mas desta vez o resistor será colocado no nitrogênio líquido, diminuindo de forma considerável a temperatura do resistor. Faremos o mesmo procedimento, mas desta vez coletando os valores de corrente e potencial do resistor comercial imerso em nitrogênio líquido a fim de determinar o valor da resistência, levando em conta a tolerância. 11 5. Resultados e análise dos dados Através do experimento realizado, foi possível obter os seguintes valores referentes à tensão e ao tempo de descarregamento do capacitor: Medida i(mA) V(v) 1 68 6.35 2 67.5 6.25 3 62 5.44 4 52.6 4.95 5 55.2 4.36 6 52.4 4.01 7 49.5 3.62 8 45.9 3.17 9 43.5 2.89 10 41.8 2.68 11 40.4 2.52 12 36.3 2.10 13 34.1 1.86 14 32.7 1.72 15 32.0 1.65 16 28.3 1.30 17 26.8 1.17 18 25.6 1.06 19 22.5 0.81 20 13.6 0.32 Tabela 2: Valores de corrente e potencial da lâmpada Utilizando os dados da tabela acima e o processo de regressão linear obtemos o valor da resistência experimental: 𝑅 = 118,2687Ω 12 Tabela 3: Valores de corrente e potencial do resistor comercial imerso em nitrogênio líquido Através da tabela de código de cores e da equação 2 conseguimos determinar os valores da resistência nominal: 𝑅 = 33 ± 5% = 33Ω ± 1,65Ω Em seguida utilizando os dados da tabela acima e o processo de regressão linear obtemos o valor da resistência experimental: 𝑅 = 35,719Ω Medida i(mA) V(v) 1 83.4 2.98 2 79.8 2.87 3 75.5 2.70 4 73.1 2.61 5 69.6 2.48 6 66.2 2.36 7 62.2 2.22 8 56.6 2.02 9 55.1 1.97 10 49.4 1.77 11 45.6 1.63 12 40.3 1.44 13 36.3 1.30 14 33.1 1.19 15 27.0 0.96 16 21.3 0.77 17 16.3 0.58 18 16.0 0.57 19 15.3 0.55 20 12.7 0.46 13 Tabela 4: Valores de corrente e potencial do resistor comercial Através da tabela de código de cores e da equação 2 conseguimos determinar os valores da resistência nominal: 𝑅 = 33 ± 5% = 33Ω ± 1,65Ω Em seguida utilizando os dados da tabela acima e o processo de regressão linear obtemos o valor da resistência experimental: 𝑅 = 35,0501Ω Medida i(mA) V(v) 1 84.8 2.81 2 83.4 2.77 3 80.6 2.65 4 76.9 2.53 5 73.3 2.43 6 69.7 2.31 7 66.5 2.20 8 64.4 2.13 9 62.1 2.06 10 60.3 2.00 11 52.7 1.74 12 49.7 1.64 13 44.8 1.48 14 39.6 1.31 15 34.8 1.15 16 28.4 0.93 17 24.6 0.81 18 19.2 0.63 19 16.4 0.53 20 12.8 0.42 14 Figura 10 – Gráfico V x i referente à lâmpada Figura 11 – Gráfico V x i referente ao resistor em temperatura ambiente 15 Figura 12 – Gráfico V x i referente ao resistor imerso em nitrogênio líquido 16 6. Discussão e conclusão O experimento com a lâmpada foi realizado da seguinte forma: inicialmente foi fornecida a corrente total que o sistema permitia e a partir desse ponto foi se diminuindo a tensão e anotando os valores para caracterizar o circuito. Com isso, o efeito Joule não foi o suficiente para caracterizar a lâmpada como resistor não-ôhmico, pois com a diminuição da tensão a lâmpada não se aqueceu o suficiente. Porém sabe-se teoricamente que a lâmpada se aquece e a sua temperatura não é constante, o que a torna um resistor não-ôhmico. Já o experimento feito com o resistor comercial a uma temperatura constante obedeceu à lei de Ohm. Como já dito, a temperatura da lâmpada não foi suficientemente grande para caracterizá-la como um resistor não-ôhmico. Então, os gráficos de tensão por corrente para a lâmpada e o resistor à temperatura constante ficaram semelhantes. 17 7. Bibliografia Halliday, Resnick & Walker - Fundamentos de Física, Vol. 3, 8a edição Resistor, disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Resistor, acesso em 22 de outubro de 2010. Código de cores para resistores, disponível em: http://www.inf.pucrs.br/~calazans/undergrad/laborg/cod_cores_res.html acesso em 27 de outubro de 2010. Marletta, Alexandre - Laboratório de Física Experimental II
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