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Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Unidade de Caxias do Sul Professora: Me. Fernanda Stalliviere Acadêmica: Alessandra Suélen Lume Lorenson Tecnologia de Leite e Derivados SORVETE O sorvete é um produto tipicamente derivado do leite ou produtos lácteos, ou qualquer outra matéria prima que contenha um teor de proteínas e gorduras igual ou parcialmente igual a leite e semelhantes. Este produto pode ser melhor definido na Portaria Nº 379, de 26 de abril de 1999 - Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis que possui o seu objetivo geral em todos os processos do mesmo. Este produto é produzido a partir de uma emulsão considerada estabilizada, pasteurizada, que por meio de um processo onde há congelamento sob a condição de agitação continua, sendo assim incorporando o ar, desta forma o produto recebe uma textura cremosa, agradável e suave ao paladar. Este processo é composto por leite obviamente, agua, gordura, açúcar, estabilizantes, emulsificante, corante e aromatizante. Os padrões exigidos para a elaboração e comercialização do sorvete são divididos em dois, produção e conservação. São os seguintes aspectos: PRODUÇÃO Ingredientes: os ingredientes básicos para a elaboração O sorvete deve ser composto basicamente de 0 a 0,7% de estabilizantes e emulsificantes, 8 a 15% com leite sem gordura, 8 a 20% de gordura e 13 a 20% de açúcar e de Sorvetes: leite e ou derivados lácteos e ou outras matérias primas alimentares nos quais os teores de gordura e ou proteína são totais ou parcialmente de origem não láctea. Sorvetes de leite: matéria prima caracterizada como leite e ou derivados lácteos. Sorvetes de creme: matéria prima caracterizada como leite e ou derivados lácteos e ou outras gorduras comestíveis. Ingredientes extras para a caracterização composta do produto Leite: pode-se usar neste caso o constituinte do leite e ou derivados lácteos frescos, concentrados, em pó, fermentados, reconstituídos ou "recombinados"; outras gorduras e óleos comestíveis; outras proteínas comestíveis; água potável; açúcares; frutas e produtos de frutas; cacau em pó e produtos de cacau; ovos e seus derivados e outras substâncias alimentícias que não descaracterizem o produto. Atualmente o mercado de alimentos tem se inovado e fazendo uso de microrganismos, como probióticos e substancias prebióticas para a elaboração de novos produtos como também a produção de sorvetes. CONSERVAÇÃO Para a conservação do produto ele deve ser armazenado em uma temperatura máxima de -18°C, quando se é transportado e colocado à venda o produto deve se manter em até -12°C ou igual, no caso de vendas externas como o caso de vendedores ambulantes é necessária uma refrigeração de -5°C, estes parâmetros são utilizados para produtos industrializados, produtos artesanais possuem outros parâmetros. PONTOS CRÍTICOS Todo e qualquer estabelecimento e indústria é encontrado os pontos críticos de suas atividades, neste caso como é o ramo alimentício o cuidado com estes pontos é crucial. O contagio de microrganismos deteriorantes em alimentos que possuem em sua grande maioria a responsabilidade por DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos), neste exemplo os perigos por meios Biológicos. Os perigos físicos são denominados aqueles que podem conter resquícios de ferrugem, pedaços de equipamentos, descuido com a matéria prima em que possa encontrar insetos, cabelos entre outras coisas. E os riscos químicos podem ser resquícios de produtos de limpeza, óleo lubrificador das maquinas entre outras coisas. Para que haja um controle na qualidade do produto são desenvolvidas constantemente as atualizações dos BPF e Manuais entre outros. HIGIÊNICOS A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão pelo qual é responsável pela elaboração de normas deliberadas a saúde do ser humano, criou a resolução RDC 267 que se trata das as Boas Práticas de Fabricação para as indústrias de gelados comestíveis (BPF). Tem como finalidade auxiliar na elaboração de sorvetes neste caso, responsável pelas características necessárias das instalações, utensílios e afins, assim como a maneira correta de higienização dos mesmos. Auxiliam no controle de pragas, preparação dos alimentos, no transporte e acondicionamento do produto pronto. Controle de qualidade da água, manejo dos resíduos gerados entre outras coisas. E para o auxílio dos operários é necessário um POP(procedimento Operacional padrão), que neste caso podemos inserir o Manual de Boas Práticas de Fabricação; QUESTÕES PROBIOTICOS E PREBIOTICOS 1. Defina probióticos, prebióticos e simbióticos. Probióticos: são ingredientes fermentados, os quais agem de forma seletiva na microbiota intestinal, são benéficos a saúde. São considerados componentes alimentares não-digeríveis que apresentam benéficos ao hospedeiro. Podem bloquear a proliferação de patógenos. Prebioticos: são originários gregos que possuem o significado “para a vida”, incialmente o termo foi utilizado para descrever estratos ou tecidos capazes de estimular o crescimento de microrganismos. Segundo a legislação brasileira atualmente ele tem sido definido como suplemento alimentar vivo, utilizado para o balanço microbiano do organismo. Simbióticos: é a combinação de um probiótico com um prebiótico. Para o melhor desempenho do prebiótico é necessário a adição a complementação do probiótico, minimizam o intestino irritado (a famosa diarreia) ou seja diminuem as doenças infecciosas intestinais. 2. Quais os critérios para que um composto seja um prebiótico? Para classificar um composto em prebiótico nos seguintes critérios: • Resistência a digestão gástrica • Hidrólise por enzimas • Absorção gastrointestinal • Passível de fermentação seletiva • Efeitos benéficos ao hospedeiro Prebióticos • Carboidratos • Frutanos : inulina e os frutooligossacarídeos (FOS) • Galacto-oligossacarídeos (GOS) • Gluco-oligossacarídeos • Isomalto-oligossacarídeos • ᵝ-glucanas da aveia • Oligossacarídeos da soja • Xilo-oligossacarídeos (XOS) 3. Considerando a ampla utilização dos prebióticos e suas condições usuais de armazenamento, com relação aos FOS e aos GOS, qual manteria suas características originais por mais tempo? Frutooligossacarídeos (FOS): possui solubilidade alta, uma grande resistência ao tratamento térmico, não possuem precipitação e nem cristalização, possuem ausência de aroma e odor como também cor, e por fim não são calóricos. CURIOSIDADE: Cerca de 33% do poder adoçante da sacarose; Galactooligossacarídeos (GOS): possuem atividade de agua (Aw) e pressão osmótica parecidas com as da sacarose, possuem estabilidade à alta temperatura. CURIOSIDADE: Cerca de 35% do poder adoçante da sacarose; Segundo a análise dos dados acima, podemos perceber que o FOS possui características mais favoráveis a permanência de originalidade. 4. Qual a principal vantagem e desvantagem de se adicionar culturas probióticas em alimentos congelados? Que alternativa poderia ser empregada para solucionar o problema encontrado no processo? Para que seja feita a adição dos probioticos em alimentos congelados que é inviavel, devido ao estado de latencia a qual se encontra caso haja a tentativa de inserção do mesmo em congelados, é necessario o auxilio dos prebiótcos para que o estadode latencia seja rompido e ativar sua função. REFERÊNCIAS ANVISA. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis. Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP[3217-1-0].PDF> Acesso em 24 de outubro de 2017. BRASIL, FOOD INGREDIENTS. Probióticos prebióticos e simbióticos. Nº 17 – 2011. http://revista-fi.com.br/ KERBER, Luiza. Implementação da análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) em gelados comestíveis de uma indústria de pequeno porte. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre 2016. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/151266> Acesso em 24 de outubro de 2017. Moraes F. P. e Colla L. M. / Revista Eletrônica de Farmácia Vol 3 (2), 99-112, 2006 OLIVEIRA, Larissa de Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais. Dossiê Técnico: Probióticos, prebióticos e simbióticos: definição, benefícios e aplicabilidade industrial. Minas Gerais: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – Sbrt, 2014. 27 p Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 38, n. 1, jan./mar., 2002 SOUZA, Jean Clovis Bertuol de et al. SORVETE: COMPOSIÇÃO, PROCESSAMENTO E VIABILIDADE DA ADIÇÃO DE PROBIÓTICO. Alim. Nutr, Araraquara, p.1-11, 24 out. 2017. Trimestral. STALLIVIERE, Fernanda. Prebióticos, Probióticos e Simbióticos. Aula de leite e derivados, 2017. Acesso em: 24 out. 2017. STALLIVIERE, Fernanda. Sorvetes. Aula de leite e derivados, 2017. Acesso em: 24 out. 2017.
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