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Resumo Direito Penal II

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AULA 02 - CONCURSO FORMAL: (ART.70)
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Próprio/Perfeito: 1 conduta + 2 ou mais resultados; aumenta de 1/6 à ½ a aplicabilidade (exasperação)
 Impróprio/Imperfeito: 1 conduta + 2 ou + resultados (designos autônomos)=> vontade de cometer dolo. Somam-se as penas (Cúmulo 
 Crime continuado
 Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
 Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.”
 O ordenamento adota hoje dois sistemas para solucionar questões de concurso real de crimes: 
O primeiro é o do cúmulo material, consistente no mero somatório das penas cominadas aos crimes cometidos em concurso. Este sistema é adotado no concurso material e no concurso formal imperfeito.
O segundo sistema é o da exasperação, que consiste não no somatório das penas, mas sim na escolha de uma das penas cominadas, com a incidência de uma causa de aumento, das previstas nos artigos 70 e 71. Este sistema é aplicado na continuidade delitiva e no concurso formal perfeito.
 Antigamente, havia outros dois sistemas, que não mais são adotados: o da absorção, que consistia na simples opção pela pena mais grave, sendo as demais penas menores por esta absorvidas (criando quase que um fomento aos menores delitos, quando se pratica um mais gravemente punido); e o do cúmulo jurídico, que pregava que a pena aplicada deve ser menor do que a soma de todas as penas cominadas para os crimes concorrentes, mas deve ser também maior do que a maior das penas previstas. Por sua impropriedade, vê-se por quê estes critérios foram abandonados.
A necessidade de se diferenciar, como hoje se diferencia, entre o cúmulo material e a exasperação encontra fundamento na proporcionalidade, pois fatos há em que a reprovabilidade da conduta no concurso de crimes é flagrantemente menor do que em situações outras de concurso, e por isso o cúmulo material, então, se demonstraria irrazoável.
Veja DOIS exemplos:
Imagine-se que o agente atropela culposamente quatro pessoas, em um só erro de direção;
 imagine-se, agora, que um agente atropela quatro pessoas, mas em quatro oportunidades diferentes, no mesmo percurso, por quatro erros sucessivos e destacados uns dos outros. 
É evidente que esta última situação é mais grave, pois envolve a quebra de cuidado por quatro vezes, e por isso este concurso material merece o cúmulo material, enquanto no concurso formal do único atropelamento de quatro pessoas merece a exasperação.
2. CONCURSO FORMAL DE CRIMES
 Conceito: Ocorre o concurso formal quando o agente, mediante uma única conduta, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não.
	REQUISITOS E CONSEQUÊNCIAS DO CONCURSO FORMAL OU IDEAL: 
Uma só ação ou omissão- uma única conduta
Prática de dois ou mais crimes- pluralidade de crimes
 Obs: você deve relembrar que conduta é diferente de ato. Se “João” desfere várias facadas em “Maria” com o intuito de matá-la, ele pratica vários atos, mas uma só conduta!!!!!!!!!!!!!
CONSEQUÊNCIAS: 
Aplicação da mais grave das penas, aumentada de 1/6 até a metade;
Aplicação de somente uma das penas, se iguais, aumentada de 1/6 até a metade;
Aplicação cumulativa das penas, se ação ou omissão é dolosa, e os crimes resultam de desígnios autônomos.
2.1. Concurso formal homogêneo e heterogêneo: 
 Se idênticas as tipificações, o concurso será reconhecido como homogêneo; ou seja, quando com um mesmo fato realiza várias vezes o mesmo tipo penal.
 EX: Se com um mesmo disparo se dá a morte de duas pessoas ou proferindo uma só expressão se injuria a muitos indivíduos.
 EX: o sujeito, dirigindo seu veículo de forma imprudente, avança na contramão e atinge outro carro matando as duas pessoas que lá estavam (dois homicídios culposos – art. 302 do CTB).
Se diversas as tipificações, será heterogêneo, ou seja, quando com um só fato se satisfazem as exigências de diversos tipos penais.
 EX: daquele que querendo causar a morte de uma pessoa também fere outra que por ali passava.
 EX: o sujeito, dirigindo seu veículo de forma imprudente, avança na contramão e atinge outro carro matando uma pessoa que lá estava e ferindo a outra (um homicídio culposo e uma lesão corporal culposa – art. 302 e 303 do CTB).
 Dependendo do concurso, se homogêneo ou heterogêneo, o CP traz soluções diversas no momento da aplicação da pena. 
Se homogêneo - o juiz, ao reconhecer, o concurso formal, deverá aplicar uma das penas, que serão iguais em virtude da prática de uma mesma infração penal, devendo aumentá-la de 1/6 até a metade.
Se heterogêneo – o juiz deverá selecionar a mais grave das penas, e também nesse caso, aplicar o percentual de aumento de 1/6 até a metade. 
2.2. Concurso formal próprio (perfeito) e impróprio (imperfeito): 
 O concurso formal consiste no avilte a vários bens jurídicos com uma só conduta. O conceito é simples, bem como a sua divisão em concurso formal perfeito e imperfeito: o próprio artigo 70 do CP faz a diferenciação, trazendo o perfeito na primeira parte, e o imperfeito na parte final. Veja:
 “Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.”
 A distinção varia de acordo com a existência do elemento subjetivo do agente ao iniciar a sua conduta: 
PERFEITO:
 Nos casos em que a conduta do agente:
é culposa na sua origem, sendo todos os resultados atribuídos ao agente a esse título, ou; 
 na hipótese de que a conduta seja dolosa, mas o resultado aberrante lhe seja imputado culposamente, o concurso será reconhecido como próprio ou imperfeito. 
 EX: se alguém, imprudentemente, atropelar duas pessoas que se encontravam no ponto de ônibus, causando-lhes a morte, teremos um concurso formal próprio ou perfeito. (A)
 EX: No caso daquele que, almejando lesionar o seu desafeto, contra ele arremessa uma garrafa de cerveja que o acerta, mas também atinge outra pessoa que se encontrava próxima a ele, causando-lhe, também, lesões, teremos uma primeira conduta dolosa e também um resultado que lhe poderá ser atribuído a título de culpa, razão pela qual essa modalidade de concurso formal será tida como própria ou imperfeita. (VIDE NOTA DE RODAPÉ! RECORDAR É VIVER!) – (B)[1: “Erro na execução” - Erro de tipo acidental NA EXECUÇÃO – Aberratio Ictus:“Art. 73 CP - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoaque pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.” ]
CONSEQUÊNCIA: A regra, para o concurso formal perfeito, é a aplicação do sistema da exasperação da pena, como se vê no texto do artigo: aplica-se a pena mais grave aumentada de um sexto até a metade. 
 A variação da aplicação do percentual de aumento dependerá do numero de infrações penais cometidas pelo agente, consideradas pelo concurso formal de crimes. Assim quanto maior for o numero de infrações penais, maior será o percentual de aumento; ao contrário, quanto menor for o número de infrações penais consideradas, menor será o percentual de aumento de pena, devendo o julgador ter a sensibilidade necessária na análise de cada caso.
 Esta gradação do aumento da pena deve ser feita de forma o mais objetiva possível:, por isso, em regra, o juiz utiliza-se da seguinte regra: 
 se há dois crimes, aumenta-se de um sexto; três crimes, um quinto; quatro crimes, um quarto; cinco crimes, um terço, e se há seis crimes ou mais, aumenta-se da metade.
JURISPRUDÊNCIA – MUITO IMPORTANTE: ( PARA A PROVA DA OAB)
“Praticado o crime de roubo mediante uma só ação contra vítimas distintas, no mesmo contexto fático, resta configurado o concurso formal próprio, e não a hipótese de crime único, visto que violados patrimônios distintos.” (STJ, HC 197684/RJ, Dje 29/06/2012).
“Configura-se concurso formal, quando praticado o crime de roubo, mediante uma só ação, contra vítimas diferentes, ainda que da mesma família, visto que violados patrimônios distintos.” (STJ, REsp 1050270/RS- Dje 30/03/2009). 
IMPERFEITO:
 O concurso formal imperfeito, por sua vez, consiste na prática de uma conduta que se destina, dolosamente, a mais de um resultado (limitada a crimes dolosos, portanto, sendo então certo que concurso formal de crime culposo será sempre perfeito), sendo os desígnios na aquisição de todos os resultados autônomos entre si. 
 Em outras palavras, o agente atua com desígnios autônomos, querendo, dolosamente, a produção de ambos os resultados. 
CONSEQUÊNCIA: Neste caso, aplica-se o sistema do cúmulo material, isto é, embora tenha praticado uma conduta única, produtora de dois ou mais resultados, se esses resultados tiverem sido por ele queridos inicialmente, em vez da aplicação do percentual de aumento de um sexto até a metade, suas penas serão cumuladas materialmente. 
 Mas a casuística apresenta enormes dificuldades em se verificar estes desígnios autônomos, especialmente em crimes mais graves: a jurisprudência tem resolvido de forma casuística, entendendo que nos crimes mais graves se aplica o cúmulo material, em concurso imperfeito, mas alguns crimes mais brandos sofrerão exasperação.
OBS: O JUIZ DEVE NO CASO CONCRETO DELIBERAR A MELHOR FORMA DE CONCURSO A APLICAR. NO CASO CONCRETO. POR EXEMPLO: A COZINHEIRA, PRETENDENDO MATAR TODOS OS MEMBROS DE UMA FAMÍLIA, PARA QUAL TRABALHA, COLOCA VENENO NA REFEIÇÃO A SER SERVIDA, ESTÁ PRATICANDO VÁRIOS DELITOS COM UMA ÚNICA AÇÃO, MERECE SER PUNIDA PELA UNIDADE DE DESÍGNIO (CONCURSO FORMAL IMPERFEITO), PORÉM, AQUELE QUE VAI A SACADA DE UM PRÉDIO, CHAMADO POR POPULARES, E BRADA-LHES “PATIFES!”, ESTARIA OFENDENDO A HONRA DE UM OU DE TODOS? TERIA CABIMENTO APLICAR-LHE O CÚMULO MATERIAL, SOMANDO-SE AS PENAS, NUM TOTAL DE 30 A 40 INJÚRIAS (ART 140 DO CP)? OBVIAMENTE QUE NÃO, NÃO TEVE O AGENTE VÁRIOS DESÍGNIOS, ALMEJANDO ATINGIR VÁRIAS PESSOAS DETERMINADAS, MAS APENAS UM GRUPO DE PESSOAS DE MODO INDEFINIDO. 
 Roubo de bens pertencentes a várias vítimas no mesmo contexto:
 O sujeito entra no ônibus e, com arma em punho, exige que oito passageiros entreguem seus pertences (dois desses passageiros eram marido e mulher). Tipifique a conduta
RESPOSTA: O agente irá responder por oito roubos majorados (art. 157, § 2º, I, do CP) em concurso formal (art. 70). Atenção: não se trata, portanto, de crime único!
 Ocorre concurso formal quando o agente, mediante uma só ação, pratica crimes de roubo contra vítimas diferentes, ainda que da mesma família, eis que caracterizada a violação a patrimônios distintos. Precedentes. (...)
(HC 207.543/SP, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em 17/04/2012)
 Nesse caso, o concurso formal é próprio ou impróprio?
 RESPOSTA: Segundo a jurisprudência majoritária, consiste em concurso formal PRÓPRIO. Veja recente precedente:
(...) Praticado o crime de roubo mediante uma só ação contra vítimas distintas, no mesmo contexto fático, resta configurado o concurso formal próprio, e não a hipótese de crime único, visto que violados patrimônios distintos. (...)
(HC 197.684/RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 18/06/2012)
JURISPRUDÊNCIA – MUITO IMPORTANTE: ( PARA A PROVA DA OAB)
 “Constatada, em Plenário do Júri, a ocorrência de desígnios autônomos do paciente para obtenção dos resultados alcançados, em face de sua conduta de atear fogo em ônibus, impedindo a saída de cada passageiro da aludida condução pública através da restrição de liberdade do motorista do coletivo, mister o reconhecimento do concurso formal impróprio.” (STJ, HC 132870/RJ, Dje 02/08/2010).
 “Se o agente, mediante uma conduta desdobrada em atos diversos, ofende a honra subjetiva e objetiva das vítimas, ao proferir palavras constitutivas dos crimes de calúnia, difamação e injúria, em imputações autônomas, não há o que se falar em progressão criminosa, mas, sim, em concurso formal entre os delitos, na modalidade imprópria ou imperfeita, porquanto derivados de desígnios independentes.” (TJMG, Processo n º 1.0261.02012392-1/001, 30005/2007). 
 “Na compreensão do Superior Tribunal de Justiça, no caso de latrocínio (art. 157, §3º, parte final, do CP), uma única subtração patrimonial, com dois resultados morte, caracteriza-se concurso formal impróprio. Precedente (STJ, HC 33618/SP, Dj 06/08/2006). 
 “ O cometimento de uma só conduta, que acarreta em resultados diversos, um dirigido pelo dolo direto e outro pelo dolo eventual, configura a diversidade de desígnios. Precedente do STF. Hipótese em que se verifica o concurso formal imperfeito, que se caracteriza pela ocorrência de mais de um resultado, através de uma só ação cometida com propósitos autônomos.” (STJ, REsp, 138557/DF). 
 CASO CONCRETO AULA 02 CONCURSO DE CRIMES
 Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de março de 2011, por volta das 23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova Iguaçu de Goiás, amarraram o casal e seus dois filhos, Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua liberdade pelo período de duas horas, causando-lhes extremo temor e traumas indeléveis. Durante o referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a casa e separaram alguns bens que a guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para posterior subtração. Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés amarrados, os obrigaram a se ajoelhar no gramado e desferiram-lhes dois tiros pelas costas, tendo as vítimas morrido instantaneamente. Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio consumado (roubo seguido de morte) em concurso formal de crimes. Inconformados com a decisão proferida, interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e conseqüente descaracterização da incidência do art.70, do Código Penal, sob o argumento de que apenas ocorrera uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, o que configuraria crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema concurso de crimes?responda de forma objetiva e fundamentada: A pretensão dos agentes é procedente?
 R: Informativo 494 STJ. A pretensão dos agentes não é procedente, poisconsoante a súmula 610 STF, há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima. Como ocorreram 2 resultados morte proveniente de designos autônomos, ainda que tivesse sido efetuada apenas uma única subtração patrimonial, serão condenados ou acusados de 2 crimes de latrocínio em concurso formal impróprio.
 Questão n.2
 Simplício ingressou em um ônibus linha Centro  Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus, sentou ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que ele percebesse. Em seguida, com emprego de grave ameaça, atemorizou Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto.
 R: Simplício praticou 2 delitos de roubo em concurso formal imperfeito de crimes e em concurso material de crimes, com o delito de furto, sendo portanto aplicável o sistema do cúmulo material de aplicação de penas.
 Questão n.3 (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO ? TIPO 1 ? BRANCO. QUESTÃO 61)
 Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que:
 R: b) o juiz deverá somar as penas.
 Questão n.4
 Sobre os institutos do Concurso Material de Crimes, Concurso Formal de Crimes e Continuidade Delitiva, assinale a alternativa INCORRETA:
a)   No caso de crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, segundo a qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei.
b)   No caso de incidência de concurso formal de crimes se a pena cominada em decorrência do sistema de exasperação de penas for mais grave que a pena calculada pelo sistema do cúmulo material, será aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico.
c)    Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a delitos dolosos e culposos.
d)   No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa para as condutas praticadas em  continuidade 
 AULA 04/05 REINCIDÊNCIA – ART. 63/64, CP.
 Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Que o crime pelo qual o Réu esteja sendo condenado tenha sido praticado após o Trânsito em Julgado, que o condenou pelo crime anterior.
Que na data do novo crime, não se tenham passado 05 anos desde a extinção ou cumprimento da pena do delito anterior.
 Maus antecedentes, art.59, CP.
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Em razão do Princípio da inocência, somente as condenações anteriores “com Trânsito em Julgado” que não sirvam para o reconhecimento da reincidência.
 Súmula 444/STJ - 26/10/2015. «É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.»
 Súmula 241/STJ - 26/10/2015. «A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.»
 Nada impede que condenação distintas, gerem valorações distintas, por quando oriundos por fatos distintos. De acordo com o STF, se o paciente possuir mais de uma condenação definitiva, será possível utilizar uma para considerar negativa os antecedentes, e a outra como agravante da reincidência, inexistindo o BIS IN IDEM.
 Aula 04/05 – SISTEMA TRIFÁSICO
Da fixação da Pena-base: circunstâncias judiciais (art.59, CP).
 Fixação da pena
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Da fixação da Pena-Intermediária: agravantes e atenuantes (art.61 ao 66, CP).
 Circunstâncias agravantes
        Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        a) por motivo fútil ou torpe;
        b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
        c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
        d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
        e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
        f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
        g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
        h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo oumulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
        i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
        j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
        l) em estado de embriaguez preordenada.
        Agravantes no caso de concurso de pessoas
        Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Reincidência
        Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Circunstâncias atenuantes
        Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
        b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
        c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
        d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
        e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
        Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Obs: O Juiz não pode ultrapassar o limite máximo da pena e nem o mínimo da pena. (art.59,II, e S.231, STJ).
Da fixação da Pena-final: causas de aumento ou diminuição da pena.
Pena base?
Qualificadora? => Alteração da Pena-base.
Causa de ou da pena? => Alteração da Pena por fração.
Agravantes – Rol taxativo.
Atenuantes – Art. 65 + 66, CP.
 Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
 b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
 c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
 d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
 e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
 Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Vedação BIS IN IDEM
Elementos/Qualificadora.
Causas de Aumento e diminuição de pena. Ordem de prevalência. 
Agravantes e atenuantes.
Circunstâncias Judiciais.
 
 Circunstâncias do Crime (art.51, CP).
Tempo;
Lugar;
Maneira de execução.
 Obs: Maus antecedentes=> O homem não pode ser penalizado eternamente por deslizes em seu passado, pelos quais já tenha sido condenado e tenha cumprido a reprimente que lhe foi imposta em regular “Processo Penal”, faz ele jus, então, ao denominado direito ao esquecimento, não podendo perdurar indefinidamente os efeitos de uma condenação anterior, já regularmente extinta.
 CASO CONCRETO AULA 04
 Questão discursiva 1 – Leia o caso concreto abaixo apresentado e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre dosimetria de pena, maus antecedentes e reincidência.
 (ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL. ÁREA: DIREITO PENAL) Ricardo cometeu um delito de roubo no dia 10/11/2007, pelo qual foi condenado no dia 29/08/2009, sendo certo que o trânsito em julgado definitivo de referida sentença apenas ocorreu em 15/05/2010. Ricardo também cometeu, no dia 10/09/2009, um delito de extorsão. A sentença condenatória relativa ao delito de extorsão foi prolatada em 18/10/2010, tendo transitado definitivamente em julgado no dia 07/04/2011. Ricardo também praticou, no dia 12/03/2010, um delito de estelionato, tendo sido condenado em 25/05/2011. Tal sentença apenas transitou em julgado no dia 27/07/2013. Nesse sentido, tendo por base apenas as informações contidas no enunciado, responda aos itens a seguir. 
 A) O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
 Roubo: Ricardo é possuidor de bons antecendentes. Eventual sentença condenatória ainda não transitado e julgado, não tem o condão de implicar-lhe maus antecendentes em razão da violação do Princípio da Incidência.
 B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
 Extorção: Ricardo é primário isso porque o crime de extorção foi praticado em 10/09/09, antes portanto do Trânsito em Julgado que o condenou pelo crime de roubo (Ocorrido em 15/05/10), tal como manda o art.63/CP. Não obstante a primariedade de Ricardo, ele é portador de maus antecedentes, pois na data da sentença relativo ao delito de extorção (18/10/10, Já havia ocorrido o Trânsito em Julgado da sentença do crime de roubo.
 C)O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
 Estelionato: Ainda permanece a primariedade3 de Ricardo, pois o delito de estelionato foi cometido antes do Trânsito em Julgado dos delitos de extorção e roubo. Todavia Ricardo é portador de maus antecedentes, pois na data da sentença relativa ao estelionato (25/05/11), já havia ocorrido o Trânsito em Julgado de 02 sentenças condenatórias (roubo e extorção).
 Questão objetiva 1 – Com relação à aplicação da pena, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
 I-O sistema de aplicaçãode pena é composto por três fases: fixação da pena-base, análise das circunstâncias agravantes e atenuantes e, por fim, das causas de aumento e diminuição de pena. 
 II. Na fixação da pena-base o magistrado analisará as denominadas circunstâncias judiciais, previstas no art.59, do Código Penal, sendo possível sua fixação aquém do mínimo legal previsto na pena abstrata.
 III. Na segunda fase o magistrado analisará as circunstâncias legais, previstas tanto na parte geral, quanto na parte especial do Código Penal.
 IV. Através da interpretação do disposto no art.59, do Código Penal depreende-se o princípio da proporcionalidade das penas.
 
 a) somente as afirmativas I e II estão corretas.
 b) somente as afirmativas I e III estão corretas
 c) somente as afirmativas II e III estão corretas.
 d) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
 e) somente a afirmativa I, está correta.
 Questão 03 objetiva 2 – Consoante entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores sobre o sistema trifásico de aplicação de penas, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
 I. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena aquém do mínimo legal.
 
 II. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
 III. É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo em benefício dos corréus.
 IV. Fixada a pena-base no mínimo legal, é possível o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base na opinião do julgador sobre gravidade abstrata do delito.
 
 a) somente as afirmativas I e II estão corretas.
 b) somente as afirmativas I e III estão corretas
 c) somente as afirmativas II e III estão corretas.
 d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta
 
 AULA 05 QUESTÃO 1 ANULADA
 QUESTÃO 2: Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que: 
 a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela participação de menor importância. 
 b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda que haja circunstância agravante a ser considerada. 
 c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito posteriormente à redução pela confissão espontânea 
 d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto.
 
 PROGRESSÃO DE REGIME
 *Art.33,§2º, CP: formas progressivas + mérito do condenado.
 Reclusão e detenção
    Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
     b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
     c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
 * Do Regime fechado para o semi-aberto, (art.112, LEP), critérios. 
 Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
 - 1/6 da pena imposta ou o total das penas. (objetivo)
 Ex: 12 anos – cumpriu 1 ano, nova condenação de 4 anos.
 11+4= 15 => 1/6.15= 2 anos e 5 meses.
 - Ateste bom comportamento carcerário comprovado pelo diretor do estabelecimento. (Subjetivo).
 Obs: “basta o atestado de boa conduta carcerária”.
 Atenção: O Exame criminológico deixou de ser obrigatório, mas não foi abolido. S.439 STJ + interpretação sistemática, art.33, 2º c/c art. 8º LEP.
 Súmula 439/STJ - 26/10/2015. «Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.»
  Art. 33, CP - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º, LEP O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.
 *Falta Grave, (art.118, I, LEP), prevê a regressão.
 Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
 I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
 Obs: O apenado regride após o cumprimento de 1/6 da pena, a contar da última falta grave cometida.
 Ex: 12 anos no regime fechado, irá progredir em 12.1/6= 2 anos. Mas cometeu uma falta grave quando cumpriu 1 ano e 10 meses da pena de 12 anos.
 10 anos e 2 meses.1/6= 1 ano e 8 meses somando que dá 12 anos novamente.
 *Progressão “PER SALTUM”, é proibido, porém tem especificidades em seu uso. S.491 STJ.
 Súmula 491/STJ - 26/10/2015 «É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.»
 A progressão per saltum somente é admitida na falta de vagas no sistema carcerário, devido a precariedade e a omissão do Estado nesse sentido.
 Progressão nos crimes hediondos e equipadados-L.8072/90.
 Crimes cometidos após a entrada da L.11.464/07, (após 29/03/07).
 - Se for primário=> 2/5 da pena.
 - Se for reincidente=> 3/5 da pena.
 Obs: Art.1º, §1º antes da L.11464/07, previa: regime integralmente fechado (S.V. STF e S.471 STJ).
 Súmula 471/STJ - 26/10/2015. «Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.»
 Regressão, art.118, LEP. Transferência do apenado para o regime penitenciário + rigoroso do que aquele que está cumprindo a sua pena privativa.
 Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
 I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
 II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
 § 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores,frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
 § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
 Hipóteses:
Falta grave.
Fato definido como crime doloso durante a execução.
Superveniência de condenação com Trânsito em julgado por crime anterior, cuja soma com as penas já em execução torne imbatível o Regime em curso.
 Ex: 6 anos + condenação de 6 anos= 12 anos.
 Aula 06 caso concreto:
 Questão n. 1 Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo em concurso material de crimes (art.157,§2º,I e II 2x n.f art.69, ambos do Código Penal) à pena unificada de 16 anos, 1 mês e seis dias de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado, tendo iniciado seu cumprimento em 12 de julho de 2005. Em 05 de maio de 2008, progrediu para o regime semi-aberto de cumprimento de pena e, em 14 de dezembro de 2010, preenchidos os requisitos para o progressão de regimes para o regime aberto teve, entretanto, determinado pelo Juízo das Execuções seu cumprimento em prisão domiciliar face à ausência de vagas em Casa de Albergado. Inconformado com a decisão, o membro do Ministério Público interpôs agravo em execução com vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo Tribunal de Justiça. Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria da Pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser apresentada em sede de Habeas Corpus com vistas à manutenção do cumprimento de pena em prisão domiciliar.
 R: Se por culpa, o condenado não vem cumprindo pena em estabelecimento prisional adequado do regime fixado na decisão judicial (aberto), resta caracterizado em constrangimento ilegal. Certo, e que a super lotação e a precariedade de estabelecimento penal, permite ao condenado do cumprimento da pena em regime aberto, a possibilidade de ser colocado em prisão domiciliar até que solvida a tendência em homenagem aos Princípios da Dignidade da Pessoa Humana, Humanidade da Pena e a Individualização da pena. Afinal, a ocorrência de vagas em estabelecimento prisional é falha do sistema carcerário estatal, sendo inadimissível que o apenado sofra injustamente as consequências dessa deficiência.
 Questão n. 2- Com Relação de penas, assinale um Correta Opção (CESPE - 2013 - TJ-PB- Juiz Leigo)
São Três como Modalidades de penas privativas de Liberdade: Prisão simples, Detenção e reclusão; como de reclusão devem Ser cumpridas regime em Fechado OU semiaberto, e como de Detenção, em regime. Aberto
De a Acordo com o CP, considera-se como regime Fechado a execução da pena em Estabelecimento de Segurança Máxima OU meios de comunicação; regime semiaberto, em casa de albergado OU Estabelecimento Adequado; e regime Aberto, a execução da pena em colônia agrícola, ou industrial similar.
A Opinião do julgador Sobre a Gravidade em Abstrato do crime constitui motivação Idônea parágrafo a imposição de regime severo Mais Que o Permitido Conforme a pena Aplicada.
 d) Consideram-se como Absolutas Teorias concebem a pena Como hum FIM em si MESMA, OU SEJA, Uma Como Retribuição Pela Prática de hum crime; consideram-se relativas como Teorias utilitaristas, que concebem e justificam a pena enquanto Meio Para a Realização do Fim utilitário da Prevenção de futuros delitos.
e) Segundo a Teoria da Prevenção negativa Geral, a pena constitui hum instrumento de infusão, na Geral Consciência, da necessidade de Respeito a determinados valores como forma de Exercício da fidelidade Ao Direito e Promoção da Integração Social 
 
 Questão n. 3 - Sobre as espécies de regimes prisionais, é correto afirmar que o condenado:
 
 A-Reincidente ou não, condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão deverá, obrigatoriamente, iniciar o seu cumprimento de pena em regime fechado.
 B- Não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto.
 C- Reincidente condenado à pena de reclusão de 4 (quatro) anos jamais poderá iniciar o seu cumprimento de pena em regime semi-aberto.
 D- Nos casos de aplicação de medida de segurança, a reclusão pode acarretar a adoção de tratamento ambulatorial, já a detenção, a internação.
			
 DETRAÇÃO
 Art.42, CP: Se o sujeito permaneceu preso em razão de prisão preventiva temporária, ou qualquer outra forma de prisão provisória, tal período deve ser descontado da pena aplicada na sentença final.
 Superveniência de doença mental
        Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Detração
        Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 *Medida de Segurança: internação provisória. (art.310, VII, CPP).
 Art. 319.  São medidas cautelares diversas da prisão:
 VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;          (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
 DETRAÇÃO E REGIME INICIAL (ART.387, §2º, CPP)
  Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
 § 2o  O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade.  (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012) 
 1ª Corrente: O Juiz ao final do sistema trifásico, desconta o tempo de prisão provisória com base no montante final para fixar o Regime Inicial.
 Ex: condenado: 8 anos e 2 meses
 Preso: 4 meses.
 Pena: 07 anos e 10 meses.
 2ª Corrente: (Interpretação Lógico-Sistemática): O Juiz irá verificar se o condenado já teria tempo para progressão. Irá verificar se com o tempo que permaneceu preso, ele já teria cumprido o requisito objetivo para progressão.
 Ex: condenado: 8 anos e 2 meses . 1/6= 1 ano e 4 meses
 Preso provisoriamente: 4 meses.
 Detração e Prisão Provisória em Processo.
 Se o Réu for absolvido em processo que permaneceu provisoriamente preso, a detração poderá ser aplicada em outra condenação.
 Obs: Desde que se refira a crime cometido antes da prisão no processo em que se deu à absolvição.
 AULA13 - CAUSAS EXTINTAS DE PUNIBILIDADE ART.107, CP.
 Extinção da punibilidade
     Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - pela morte do agente;
     II - pela anistia, graça ou indulto;
     III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
     IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
     V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
     VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
     VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
     VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
     IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Decurso do tempo
Vontade do estado
Morte
Morte do Agente: Certidão de Óbito falso.
Anistia – Faz desaparecer o crime: Antes ou depois do Trânsito em Julgado. Refere-se a fatores passados e depende de Lei aprovada pelo Congresso Nacional.
 Ex: Lei 12.191/10 e Lei 12.505/11 – Anistia à crimes militares cometidospor policiais e Bombeiros dos Estados de: MG, RJ, SE.
 Obs: Desaparecem os efeitos Penais, mas não os civis. (não tem direito à indenização).
	GRAÇA (ATO DO CONG. NACIONAL)
	INDULTO (ATO DO CONG. NACIONAL)
	
	
	INDIVIDUAL
	COLETIVA
	EXTINÇÃO DA PENA
	EXTINÇÃO DA PENA
	DECRETO PRESIDENCIAL
	DECRETO PRESIDENCIAL
	SOMENTE APÓS O TRÂNS. EM JULGADO
	SOMENTE APÓS O TRÂNS. EM JULGADO
	DEVE SER REQUERIDA PELA PARTE INTERESSADA (ART,87, 88, LEP)
	CONCEDIDO ESPONTÂNEAMENTE PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU AUTORIDADES QUE DELES RECEBERAM DELEGAÇÃO
 Obs: art. 5º, XLIII, CF – Crimes hediondos ou equiparados=> Insuscetível de Graça (indulto) e Anistia.
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
 3 - Abolitius Criminis – Art.2º, CP
   Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
  Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 4 - Perdão Judicial: Magistrado + Previsão em Lei.
 Ex: art.121, § 5º; art,129, § 8º, CP; S.18 STJ; art.12o, CP-sentença declaratória e não condenatória.
 5 – Renúncia e decadência X Perdão aceito e Perempção. (art. 60, CPP)
 
 Antes de iniciada a Depois de iniciada a Ação Penal
 Ação Penal
 AULA11 - MEDIDA DE SEGURANÇA
 Art.26, Cp: Inimputáveis; semi-imputáveis.
 Inimputáveis
    Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 - Sistema Vicariante:
Pena ou
Medida de Segurança.
 Finalidade? Curar
 R: Garantir à reinserção social.
 Pena: Culpabilidade => olha o passado.
 Medida de Segurança (art.96, I e II, CP): Periculosidade (Juízo lógico de probabilidade pós delitual) => Olha o futuro.
 Espécies de medidas de segurança
     Art. 96. As medidas de segurança são:  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     II - sujeição a tratamento ambulatorial.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Internação: Lei=Crime=> Apenado com reclusão.
 Tratamento Ambulatorial: Lei=Crime => Apenado com detenção (É a regra).
 Periculosidade: Juízo Legislativo? Ou Juízo Psiquiátrico?Art.97, caput: Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 -Internação: Última ratio 
 -Duração: Art.97, §1º, CP
 
  Prazo  § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.   (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Prazo indeterminado???
 1º Entendimento: Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
 2º Entendimento: Máximo da PPL aplicada em abstrato.
 Prazo mínimo: 1 à 3 anos para realização da primeira perícia + depois: art.97, §2º, CP.
 Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Perícia médica
      § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Cessação da Periculosidade: Art.97, §3º, CP.
 Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
   § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Desinternação ou liberação Condicional: Durante o prazo de 1 ano, não praticar o fato indicativo da persistência da periculosidade.
  § 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Doença Reversível:
 Superveniência de doença mental
        Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 + + +
 LEP Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
 
 Doença Mental Irreversível (substitui a pena):
 Art. 183, LEP:  Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
 Caso Concreto Aula 11
 Questão n.1)        Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c.c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo  sido imposta consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso  de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de  sua família, o que prejudicaria sua recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da medida  de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido.  
 R: Caso 01: A escolha das espécies da Medida deSegurança, não depende de um juízo Legislativo e nem da avaliação sobre a gravidade do delito. Isto é, para a sua aplicação, será necessário um juízo Psiquiátrico sobre o grau de periculosidade do agente. Em outras palavras, ainda que o agente tenha praticado um delito abstratamente grave, caso a sua periculosidade seja baixa, deve sim ser aplicada a MS na modalidade tratamento ambulatorial, pois a sua finalidade não é curativa, e sim, a reincerção social.
 Questão n.2)  Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código – homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença  mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de  segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada: 
a)   independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal. 
b)   independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o  cumprimento de sanção penal reclusiva. 
c)    de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os  estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta. 
 d)   de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período residual desta. 
Questão n.3) (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar: 
 a) nos termos do Código Penal, para o semiimputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial. 
 b)   nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins  curativos. 
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena  por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio.
 d)  o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve  primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.

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